Colelitíase Flashcards
Quais estruturas compõe a via biliar extra hepática?
Ducto hepático direito, esquerdo, comum e colédoco.
Quais estruturas compõe o triângulo de calot?
DUCTO CÍSTICO, HEPÁTICO COMUM E
BORDA INFERIOR DO LOBO INFERIOR
DIREITO DO FÍGADO
Qual a importância do triângulo de calot?
Possui importância, pois existem LINFONODOS (dentre eles o LINFONODO DE MASCAGNI) e principalmente, a ARTÉRIA CÍSTICA, que deve ser ligada para que o cirurgião faça uma colecistectomia segura.
Onde é produzida a bile? e quais os seus componentes?
É produzida pelos HEPATÓCITOS! É constituída de: ÁGUA, COLESTEROL, SAIS BILIARES, LECITINA E BILIRRUBINA (são os 4 componentes importantes).
Como a bile chega na vesícula?
É produzida no hepatócito > escoa para ductos progressivamente maiores > até que a bile deixa o fígado pelo hepático direito
e esquerdo.
No jejum, o nosso colédoco distal está “esmagado” por fibras musculares lisas do esfíncter de Oddi, que está tenso, com o tônus muscular aumentado. O que
acontece então? A bile vai até a porção distal do colédoco, mas não consegue passar pelo lúmen duodenal por causa dessa tensão. Então, ela reflui e se deposita na vesícula através de um FLUXO RETRÓGRADO.
QUAIS OS PRINCIPAIS COMPONENTES LITOGÊNICOS?
↑COLESTEROL + ↓LECITINA
+ ↓SAIS BILIARES.
A principal função dos sais biliares é solubilizar o colesterol na bile – se não fosse
por isso, o colesterol se organizaria em verdadeiras pedras dentro da bile.
QUAIS OS PRINCIPAIS ESTIMULANTES DA VESÍCULA BILIAR?
CCK, GASTRINA E
SECRETINA.
O que acontece quando a bile chega na vesícula?
A vesícula biliar ‘concentra’ os principais componentes na bile, pois o epitélio absorve água.
Quando a vesícula esvazia o conteúdo?
Quando nos alimentamos e o alimento passa pelo duodeno, há a produção de CCK, que age de maneira a contrair a vesícula biliar e relaxar o esfíncter de Oddi. Para a vesícula contrair, deve haver alimento no duodeno!
O QUE É “ICTERÍCIA OBSTRUTIVA”?
ICTERÍCIA + PRURIDO + COLÚRIA + ACOLIA FECAL + ↑FA, ↑GGT, ↑
Como é chamada o impedimento do fluxo de bile?
Colestase
Como ocorre a icterícia obstrutiva?
Uma colestase extra-hepática tem como sinônimo ‘icterícia obstrutiva’. Não vai ter icterícia obstrutiva quando tiver obstrução de ducto cístico! Apenas quando houver obstrução na via extra-hepática!
Perceba: quando temos um cálculo em ducto colédoco, por exemplo, haverá um aumento da pressão na árvore biliar extra-hepática > essa pressão será transmitida para os canalículos biliares de dentro do fígado, que é
o local de onde a bile é produzida > essa pressão aumentada nos canalículos biliares dentro do fígado vai dificultar que o hepatócito jogue a bile por eles. Então, o hepatócito acaba “regurgitando” para o sangue alguns componentes da bile: bilirrubina (icterícia), ácidos e sais biliares (prurido). E, além disso, a bile não chega no duodeno (acolia fecal). Nesses casos, sempre pensar em icterícia obstrutiva: obstrução de árvore biliar extra-hepática.
Causas da icterícia obstrutiva?
Coledocolitíase, câncer de cabeça de pâncreas (comprime o colédoco distal),colangiocarcinoma (câncer da via biliar extra-hepática –
localização mais frequente em colédoco distal).
Diferenciação de conceitos:
Conceito de colelitíase?
Presença de CÁLCULOS NA VIA BILIAR
Quais os tipos de cálculos?
Qual o quadro clínico?
80-85% DOS CASOS SÃO ASSINTOMÁTICOS
15%: DOR EM QSD TRANSITÓRIA QUE DURA MENOS DE 6 HORAS (a obstrução se desfaz…) “CÓLICA BILIAR”
- Geralmente há ASSOCIAÇÃO COM ALIMENTAÇÃO GORDUROSA
- PODE SER REFERIDA PARA OMBRO/PONTA DA ESCÁPULA
- NÃO HÁ ICTERÍCIA! PODE HAVER NÁUSEAS E VÔMITOS.
Não vai ter febre, nem murphy positivo
Qual o diagnóstico?
- USG ABDOMINAL (S = 95% e E = 98%) - Excelente para cálculos na vesícula biliar. É o PADRÃO OURO!
O que se encontra na USG abdominal?
Achados: IMAGENS CIRCULARES HIPERECOGÊNICAS (‘bolinhas brancas’) com SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR.
CUIDADO! O USG de pólipos na vesícula é semelhante, mas a diferença é que NÃO TEM SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR!
Qual o tratamento?
COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA é o padrão ouro! porém só se faz a partir de critérios
Quando operar mesmo com o paciente assintomático?
- ASSINTOMÁTICOS: NUNCA, SALVO EXCEÇÕES. QUAIS?
Cálculo > 2,5/3CM (maior risco de câncer)
Associação com PÓLIPO (maior risco de câncer)
Vesícula em PORCELANA (maior risco de câncer)
ANOMALIAS CONGÊNITAS (ex: vesícula duplicada)
ANEMIA HEMOLÍTICA (falciforme, talassemia, microesferocitose…)
Se PÓLIPO ISOLADO: somente se > 1cm e/ou > 50-60 anos e crescimento
MICROLITÍASE (segundo algumas referências questão recente do SUS-SP)
Quando operar se tiver só a presença de pólipo?
Idade > 50 anos
Tamanho > 1 cm
Crescimento documentado na USG
Cirurgia: pode ser convencional
(antigamente era preferida) ou
laparoscópica