4_Coxiella ★ Flashcards

1
Q

Características da Coxiella

  1. Metabolismo _____
  2. Gram-_____^
  3. Crescem, _____, dentro de células _____, logo são _____ ___\_____
    Contudo, ao contrário da _____, são mais _____, sobrevivem ____ (____ tempo), e em _____.

O modo de transmissão é:
* Por _____, através de _____ (+comum)
* Por _____, nos produtos _____
Muito raro, mas possível, nos _____ - reservatórios, por contacto com o _____ _____ infetado.

Reservatórios:
* Mamíferos - _____
* _____.

^dada a dificuldade em colorir com a coloração Gram, tem colorações específicas:
* ____ (____)
* _____

A
  1. Metabolismo aeróbio
  2. Gram-negativas^
  3. Crescem, obrigatoriamente, dentro de células eucariotas, logo são parasitas intracelulares obrigatórios
    Contudo, ao contrário da Rickettsia, são mais resistentes, sobrevivem fora da célula (muito tempo), e em superfícies

O modo de transmissão é:
* Por via aérea, através de aerossóis (+comum)
* Por via digestiva, nos produtos lácteos
Muito raro, mas possível, nos partos animais - reservatórios, por contacto com o líquido amniótico infetado.

Reservatórios:
* Mamíferos - gado
* Animais de companhia.

^dada a dificuldade em colorir com a coloração Gram, tem colorações específicas:
* Giemsa (hematogénica)
* Gimenez

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2
Q

A Coxiella burnetii causa o quê?

A

FEBRE Q AGUDA E CRÓNICA

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3
Q

A febre Q mais comum é a _____, sendo a _____ grave das duas.

A

aguda
menos

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4
Q

A febre Q aguda, causada pela ______ ______, é a forma mais ______ e ______ grave das duas. Cursa com:
1. ______
2. ______, que persiste durante vários dias
3. ______
Pode, ou não, causar ______ ______.

A forma mais típica de apresentação é:
Doente com ______ que persiste há ______, sem outros sintomas, à exceção das ______ ______.

Outros sintomas, não tão frequentes são:
* ______ e ______
* ______ (não muito comum em Portugal, mais frequente noutros sítios)

A

A febre Q aguda, causada pela Coxiella burnetii, é a forma mais comum e menos grave das duas. Cursa com:
1. Alterações da função hepática (+ comum - hepatite)
2. Febre, que persiste durante vários dias
3. Cefaleias
Pode, ou não, causar alterações gastrointestinais.

A forma mais típica de apresentação é:
Doente com febre que persiste há mais de uma semana, sem outros sintomas, à exceção das transaminases aumentadas.

Outros sintomas, não tão frequentes são:
* Pericardite e Miocardite
* Pneumonia (não muito comum em Portugal, mais frequente noutros sítios)

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5
Q

A febre Q crónica é ______ frequente, mas ______ grave. É um quadro ______.

A ______ é a forma mais comum, e a mais conhecida de febre Q crónica. Outros sintomas incluem:
* ______ e ______
* ______
* ______
* _____/_____
* ______

A ______ por febre Q, se não for tratada e diagnosticada, é quase invariavelmente mortal.

A sua prevalência é ______, sendo que na eventualidade de não ser possível encontrar o agente etiológico da ______, devemos rastrear a febre Q crónica

A

A febre Q crónica é muito menos frequente, mas muito mais grave. É um quadro arrastado.

A endocardite é a forma mais comum, e a mais conhecida de febre Q crónica. Outros sintomas incluem:
* Infeções vasculares de enxertos e aneurismas
* Hepatite granulomatosa crónica
* Encefalite
* Osteomielite/osteo-artrite
* Infeção pulmonar

A endocardite por febre Q, se não for tratada e diagnosticada, é quase invariavelmente mortal.

A sua prevalência é muito rara, sendo que na eventualidade de não ser possível encontrar o agente etiológico da endocardite, devemos rastrear a febre Q crónica

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6
Q

A endocardite na febre Q crónica tende a afetar que grupos?

A
  • pessoas imunodeprimidas,
  • com defeito valvular prévio
  • insuficientes renais crónicos.

A válvula aórtica é a mais afetada

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7
Q

Como é feito o diagnóstico de febre Q aguda?

A

Serologia (IFI) dos Ac’s de fase II - fase II é aquela em que os anticorpos sobem rapidamente e aparecem na fase aguda.

Dx alternativo será sempre as culturas celulares (só em laboratórios de referência ou de investigação, dado o potencial patogénico) e o PCR

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8
Q

Como é feito o diagnóstico de febre Q crónica?

A

Serologia (IFI) dos Ac’s de fase I

Dx alternativo será sempre as culturas celulares (só em laboratórios de referência ou de investigação, dado o potencial patogénico) e o PCR

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9
Q

Diagnóstico da Coxiella burnetii

Qual é a diferença dos anticorpos de fase I e de fase II?

A

Os anticorpos de fase I (e aqui vocês não vão pedir IgM, porque se trata de uma infeção crónica, vão pedir IgG para a fase I) só aparecem na febre Q crónica, porque necessitam de um estímulo antigénico continuado e repetido, ou seja, se vocês pedirem anticorpos para a fase I na febre Q aguda, não vão obter nada.

Se vocês pedirem anticorpos para a fase I na febre Q crónica, vão ter resultados positivos.

Mas e a fase II também aparece na febre Q crónica? Aparece. Portanto, a distinção é que, apesar de os anticorpos de fase II aparecerem nas duas, é a fase I que faz a distinção e, portanto, é esta que é usada para a febre Q crónica, esta é que é a distintiva

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10
Q

Como é que tratas a Coxiella, distingue de acordo com a forma clínica? Que outra bactéria é tratada da mesma forma?

A

Na febre Q aguda (igual à Rickettsia)
Base do tratamento são tetraciclinas, sobretudo a doxiciclina
Podem ser utilizadas as fluoroquinolonas
Grávidas e crianças, o cotrimoxazol

Na febre Q crónica:
* junção da doxiciclina com cloroquina (≥18 meses)

A cloroquina é um anti-malárico, mas, ao alterar o pH dos lisossomas, fazia com que a doxiciclina passasse a ter efeito, ou seja, os lisossomas com o seu pH muito ácido, não permitiam que a doxiciclina tivesse efeito lá dentro e a Coxiella muitas vezes conseguia resistir dentro dos lisossomas das células e, portanto, a cloroquina ao restabelecer o pH, portanto, fazia com que a doxiciclina tivesse efeito. Isto permitiu que se conseguissem tratamentos (tratamentos prolongados, de um ano e meio, às vezes até dois anos), mas sem ser para o resto da vida.

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