17. Parésia do VI Par Flashcards

1
Q

Núcleo do VI par - É a estrutura final de que via?

A
  • É a estrutura final das vias supranucleares do controlo do olhar conjugado
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Q

Núcleo do VI par - Que % dos Neurónios são motores e que % vão para o FLM?

A

Motoneurónios 60%
- Constituem o Nervo Abducens
Interneurónios 40%
- Vão seguir pelo Fasciculo Longitudinal Medial até o complexo nuclear do III par, para o subnúcleo lateral ventral CONTRALATERAL (do Recto Medial)

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3
Q

Núcleo do VI par - Lesão do núcleo - Que tipo de alteração dá?

A
  • Dá parésia do olhar CONJUGADO horizontal no SENTIDO da lesão :O !!!
    (parésia do olhar conjugado de causa cortical é CONTRA-lateral)
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4
Q

Fasciculo do VI par - qual é o trajecto? Passam perto de que estruturas a nível dorsal e a nível ventral?

A
  • Fibras dos neurónios motores atravessam a ponte desde a porção dorsal até à face ventral
  • Na porção dorsal estão perto de várias estruras importantes para a oculomotricidade
  • Na porção ventral interceptam feixes descendentes motores e sensosoriais
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5
Q

Fasciculo do VI par - Quais são os Síndromes Fasciculares

A

Síndromes da Ponte Caudal

  • S. Foville
  • S. Raymond
  • S. Millard-Gubler
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6
Q

Fasciculo do VI par - S. Foville - Local da Lesão? Que estruturas afecta? Quadro Clínico?

A

Localização da Lesão
- Ponte caudal Medial

Estruturas lesadas
- Tracto descendente do V par
- Fascículo VI par
- Fasciculo do VII par
- Tractor Corticospinhal
- Tracto solitário (paladar)
- Fibras Simpáticas descendentes ipsilaterais

Quadro clínico
- Défice de abdução ipsilateral
- Parésia facial ipsilateral
- Hemiparésia contralateral :O

Pode ainda incluir
- Lesão VIII - Hipoacusia
- Lesão FML - Oftalmoplegia internuclear
- Lesão do Lemnisco medial - Perda da propriocepção e sensibilidade contralateral

  • V a VIII pares + Fibras simpáticas + FML + Tractor Corticospinhal

S. de FOdeille - Fodeu-se tudo

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7
Q

Fasciculo do VI par - S. Raymond - Local da Lesão? Que estruturas afecta? Quadro Clínico?

A

Localização da Lesão
- Ponte caudal Ventral Medial

Estruturas lesadas
- Fascículo VI par
- Tracto Corticospinhal

Quadro clínico
- Défice de abdução ipsilateral
- Hemiparésia contralateral

Pode ainda incluir
- Fibras corticofaciais - Parésia facial central contralateral

  • VI + Tractor Corticospinhal

Rei Mongo

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8
Q

S. Millard-Gubler

A

Localização da Lesão
- Ponte Caudal Ventral
Estruturas Lesadas
- Fascículo VI par
- Fascículo VII par
- Tracto Corticospinhal
Quadro clínico
- Défice de abdução ipsilateral
- Parésia facial central ipsilateral
- Hemiparésia contralateral
* VI + VII + Tracto Corticospinhal

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9
Q

Fasciculo do VI par - Quais são as causas mais frequentes dos S. Fasciculares do VI?

A
  • AVC Isquémico - Ramos Penetrantes da A. Basilar
  • Neoplasia
  • Infeção
  • D. Desmielinizantes
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10
Q

VI par - Trajecto do N. Abducens - Espaço Subaracnoideu - Onde abandona a ponte? O que contorna? Qual a particularidade do trajecto? A que é vulnerável?

A
  • Abandona a ponte através da junção ponto-medular
  • Tem o maior trajecto no espaço subaracnoideu dos doze pares cranianos :O
  • Susceptível a lesão por HTIC
  • HTIC por qualquer motivo pode levar a parésia do VI par
  • Uma parésia VI par é sinal de HTIC
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11
Q

VI par - Trajecto do N. Abducens - Espaço Intradural - Corresponde a que porção? Quais as causas mais frequentes de lesão nesta porção?

A

Espaço Intradural
- Porção em que atravessa o Canal de Dorello
Nesta porção é susceptivel a

Lesões compressivas
- Massas supratentoriais
- Neurinomas do acústuco
- Tumores da base do crânio

Inflamação por continuidade
- Mastoidite
- Petrosite

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12
Q

VI par - Síndrome de Granedigo - Qual é a causa? Quais são as lesões? Quadro Clínico?

A

Devido a
- Mastoidite / Petrosite em contexto de Otite Média Aguda complicada

Leva a
- Afeção do V par
- Parésia do VI par
- Parésia do VII par
- Afeção do VIII par
* V, VI, VIII, VIII

Quadro Clínico
- Dor facial
- Parésia VI par
- Paralisia de Bell
- Hipoacúsia neurossensorial

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13
Q

VI par - Síndrome de Pseudo-Granedigo - o que é?

A
  • Quando o mesmo quadro clínico é causado por Tumores do ângulo cerebelo-pontino
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14
Q

VI par - Seio Cavernoso - Qual é a particularidade do trajecto do VI par? A que é que isso leva?

A
  • É mais susceptível a lesão do que os restantes Nervos Oculomotores porque viaja FORA da parede
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15
Q

VI par - Seio Cavernoso - Qual é a relação com a A. Carótida Interna?

A
  • Passa imediatamente LATERAL à A. Carótida Interna
  • Neste segmento pode receber e levar transitoriamente fibras Simpáticas
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16
Q

VI par - Seio Cavernoso - Quais são as causas de lesão nesta parte do trajecto?

A
  • Tumores
  • Fístula C-C (pode ser o único sintoma)
  • Trombose
  • Relação muito estreita com Carótida Interna faz com que seja frequentemente afectado por Fístulas C-C
17
Q

Síndrome do Seio Cavernoso - O que está envolvido? Quais são as causas?

A
  • Envolvimento III, IV, V1, V2 e VI com S. Horner Ipsilateral
    Causas
    Neoplasias
  • Linfoma
  • Meningioma
  • Schwannoma
  • Adenoma da Hipófise
  • Metástases
    Vasculares
  • Aneurisma
  • Trombose
  • Fístula C-C
    Inflamatória
  • S. Tolosa-Hunt (quadro dominado por dor)
  • Doença IgG4
  • Sarcodoise
    Infecciosa
18
Q

IV Par - Porção Orbitária - por onde entra na Órbita? Por onde entra no Recto Medial?

A
  • Entra na órbita pela Fissura Orbitária Superior
  • Passa DENTRO do Anullus de Zinn (IV par passa fora)
  • Entra no recto lateral pela sua face medial
19
Q

IV Par - Porção Orbitária - Como se diferencia uma lesão do Seio Cavernoso VS uma Lesão na Órbita?

A
  • Pista diagnóstica é que no Seio Cavernoso estão afectados V1 e V2 e na órbita só é afectado o V1
  • Quanto mais perto do ápex da órbita, maior a probabilidade de défices múltiplos (está tudo mais apertado e junto perto do ápex)
20
Q

S. Tulosa-Hunt - O que é? O que causa?

A
  • Inflamação IDIOPATICA a nível da Fissua Orbitária Superior
    Quadro Clínico
  • DOR grave no território do V1 e V2 (domina o quadro)
  • Alterações de tudo o que passa na Fissura Orbitária Superior
21
Q

VI par - Vascularização ao longo do trajecto?

A

Tronco cerebral
- Ramos perfurantes da A. Basilar
Espaço subaracnoideu
- Ramos da A. Cerebral posterior
- A. cerebelar superior
Seio cavernoso e órbita
- Ramos da A. Oftálmica

22
Q

VI par - Quadro Clínico - Qual é a diferença entre as lesões nucleares e todas as outras?

A
  • Lesões NUCLEARES não causam diplopia !! (causam parésia do olhar conjugado)
  • Lesões Fasciculares ou internucleares causam diplopia
23
Q

VI par - Quadro Clínico - Em que circunstancias pode dar torcicolo? Como é o torcicolo?

A

Se afectar alinhamento em PPO

Torcicolo com rotação para o lado afectado

24
Q

VI par - Diagnóstico Diferencial da forma adquirida?

A

Estrabismos Restritivos
- Orbitopatia Tiroideia
- Inflamação da Órbita
- Fractura da Parede medial da órbita
Miastenia Gravis
Insuficiencia de Divergência
Paralisia da Divergência
Espasmo do Reflexo do Perto

25
Q

VI par - Diagnóstico Diferencial - Qual é a diferença da Insuficiencia de Divergência e paralisia da divergência?

A

Insuficiencia da divergência
- Perda progressiva com a idade de amplitudes de fusão
- Geralmente surge de forma súbita (quando se ultrapassa o cut-off)
- Desvio maior para o longe do que para o perto
- Ducções NORMAIS e ângulo de desvio CONSTANTE

Paralisia da Divergência
- Marcador de Patologia neurológica subjacente (geralmente com HTIC)
- Dá quadro de Pseudo VI par
- Limitação da divergência desproporcionalmente mais alto que limitação da acção do recto lateral

26
Q

VI par - Diagnóstico Diferencial da forma congénita?

A

S. Duane
- S. Duane é muito mais comum !!
- Grau de abdução na PPO é muito maior na Parésia congénita do VI par
S. Mobius
- Parésia VI + VII par BILATERAL + Microglossia
ET Congénita

27
Q

VI Par - Causas mais frequentes em adultos?

A

Isquémia Microvascular
- Causa mais frequente em doentes > 50 anos
- Associado a factores de risco CV
- HTA
- DM
- Tabagismo
- Dislipidemia
Idiopática
Neoplasica
- Pode ser forma de apresentação
Trauma
- Até 32%
HTIC
Inflamação
- Quadro NÃO é isolado
- Esclerose Multipla
- Pseudotumor da Órbita
- Lupus
- Sarcoidose
- Granulomatose de Wegener
- S. Tolosa-Hunt (dor domina o quadro)
- Arterite de Células Gigantes (15% dos casos têm diplopia antes da perda de visão)
Vasculares
- Fístula C-C (pode dar VI par isolado)
- Aneurisma
- Disseção da cartórida
Apoplexia da Hipófise
- Cursa com múltiplas parésias, mas a do VI pode ser a PRIMEIRA a surgir

28
Q

VI Par - Particularidades das causas nas crianças?

A
  • Quadro isolado é MUITO MENOS frequente
  • Causa idiopática é MUITO MENOS frequente

Crianças mais velhas devem suscitar mais preocupação
- Excluindo os traumatismos, uma parésia ISOLADA do VI par tem 50% de probabilidade de ter uma Neoplasia :O !!

29
Q

VI Par - Quais poderão ser as causas tumorais em crianças?

A
  • Glioma é o tumor do SNC mais frequente em crianças
  • Glioblastoma é o tumor maligno do SNC mais frequente em crianças
30
Q

VI Par - Parésia VI par Recorrente Benigna - O que é? Epidemiologia? Lateralidade? Sexo? A que se associa?

A
  • Mais comum no sexo Feminino
  • Mais comum no OLHO ESQUERDO :O
    (= S. Duane)
  • Associada a vacinação
  • Sem outros défices neurológicos
  • Recuperação espontânea
  • Recorre com muita recorrência
    (poderá dever-se a factores anatómicos)
31
Q

VI Par - Em quem se deve fazer o estudo por Neuroimagem?

A

Crianças - sempre

Adultos
- > 50 anos e sem factores de risco
- Parésia não isolada
- Traumatismo
- Agravamento Progressivo ou ausência de melhora
(Torna mais provável ser patologia intracraniana)

32
Q

VI Par - Em quem não se faz Neuroimagem?

A
  • Adultos > 50 anos com factores de risco
    Não é consensual …
    Na prática faz-se em todos
33
Q

VI Par - Evolução? Que etiologias têm mais probabilidade de recuperar espontaneamente?

A

Isquémica microvascular
- Recuperam TOTALMENTE em 86% dos casos

Tumoral
- Maioria progride

Traumática
- Geralmente recuperam em 6 meses
- Parésia completa ou bilateral tem PIOR prognóstico

Recurrentes benignas
- Recuperação é RAPIDA
- Geralmente recidivam

34
Q

VI Par - Tratamento em Fase Aguda? Qual é o objectivo? O que se pode fazer?

A

Tem como objectivo reduzir sintomas incluindo diplopia e torcicolo

  • Oclusão
  • Prismas
  • Toxina botulínica - esperar no mínimo 2-4 semanas
35
Q

VI Par - Tratamento em Fase Crónica - Objectivo?

A
  • Melhorar alinhamento em PPO, posição de leitura e prevenir torcicolo
36
Q

VI Par - Tratamento Cirúrgico - o que se pode fazer?

A
  • Retroinserção RM contralateral +/- Resseção do RL parético +/- fio de cuppers

Casos de musculo com ação muito fraca
- Transposição vertical +/- toxina +/- miopexia