10. Perda Visual Transitória Flashcards

1
Q

Perda visual Transitória - Qual é a definição?

A
  • Perdas de visão parciais ou completas com recuperação < 24 horas
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Q

Perda visual Transitória - O que é que a lateralidade transmite em relação à etiologia? Quais são as excepções?

A

Monocular
- Pre-quiasmatica
Binocular
- Quiasmatica/retroquiasmática

  • Raramente, perda binocular pode ser devido a patologia pré-quiasmatica bilateral simultanea
  • Perda bilateral homónima muitas vezes só é detectada pelo doente no olho com a perda temporal :O
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3
Q

Perda visual Transitória - Que padrões temporais correspondem às patologias?

A
  • Alterações posturais no contexto de Papiledema / Drusas do NO - segundos
  • Convulsões occipitais - segundos
  • Eventos tromboembólicos por patologia carotídea - 1-15 minutos (nunca > 1 hora)
  • Enxaqueca com aura - 1-30 minutos
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4
Q

Perda visual Transitória - O que é que o padrão de instalação pode dizer em relação à patologia?

A

Direção altitudinal em segundos (fechar de persiana)
- Sugestivo de êmbolo da retina
- Vasospasmo pode ter apresentação similar
Mas, por outro lado
- Isquemia retina também se pode manifestar como perda em túnel

Progressivo e associado a elevação da temperatura
Fenomeno Huthoff - Esclerose Múltipla

Perda bilateral completa ou em hemianopsia homónima
- Isquemia circulação posterior

Visão branca bilateral ou constrição periférica, ou padrão geométrico - alterações POSITIVAS
- Disfunção occipital

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5
Q

Perda visual Transitória - Que sintomas poderão estar associados e qual é a sua relação com a Etiologia?

A
  • Fenómenos visuais positivos - fotopsias / cintilações - Enxaqueca
  • Cefaleia persistente agravada por decúbito - HTIC
  • Cefaleias, fadiga, sintomas gerais - ACG
  • Dor orbitaria ipsilateral + S. Horner - Disseção da Carótida
  • Lesões cutâneas, articulações, F. Raynaud - Vasculites
  • Tonturas, diplopia, sinais neurológicos focais (diplopia, disartria, perda consciência) - má perfusão cerebral
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6
Q

Perda visual Transitória - Quais são os possíveis factores precipitantes? Quais são as patologias que podem causar cada um deles?

A
  • Doença carotídea estenótica / Arterite temporal - Claudicação da retina
  • Massa orbitária - Gaze Evoked Amaurosis
  • Doenças Desmielinizantes - Aumento temporarutra - Fenomeno Huthoff
  • Vasospasmo retiniano - Exercício físico
    Manobras posturais e valsalva - Edema papila
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7
Q

Perda visual Bilateral - Causas mais frequentes?

A

Enxaqueca (a mais frequente)
Lesões ocupando espaço
- Tumor
- Malformação AV
- Aneurisma
Isquemia occipital
- AIT embólico
- Vasculite
- Hipoperfusão (Insuficiencia Cardiaca, Hipovolémia, Hipotensão ortostática, Hemodiálise)
Crises epilépticas occipitais

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8
Q

Perda visual Bilateral - Enxaqueca Com aura Visual - Quais são as características do Escotoma Cintilante? Progressão? Lateralidade? Duração típica? Relação com cefaleia?

A
  • Escotoma Homónimo rodeado por linhas luminosas em zig-zag com limites brilhantes
  • Geralmente progressivo, podendo levar a hemianopsia homónima completa
  • Desaparece gradualmente
  • Nunca é monocular, mas doentes podem não ter essa percepção
  • Duração típica 20-30 minutos (sempre < 1 hora)
  • Seguido de cefaleia, mas pode ocorrer isoladamente
  • Tipicamente recorre sem sequelas
  • Pode alternar lateralidade (localização do escotoma)
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9
Q

Perda visual Bilateral - Lesões ocupantes de espaço - principais diferenças para a Enxaqueca?

A

Sem alternância de localização ou lateralidade
- Geralmente surgem DEPOIS da cefaleia (não antes ou durante)

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10
Q

Perda visual Bilateral - Isquémia Occipital? O que representa? Quais são os factores de risco? Como deve ser abordado?

A
  • É para todos os efeitos um AIT da circulação posterior !!
  • Geralmente no contexto de Idade avançada e Factores de risco CV
  • Associado frequentemente a outros Sintomas Neurológicos
  • Deve ser abordado como Via Verde AVC
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11
Q

Perda visual Bilateral - Crises Epilépticas Occipitais - O que as podem causar? Como são os fenómenos visuais? Qual é a duração típica?

A
  • Fenómenos visuais positivos
  • Duração de 30 segundos - 2 minutos
    Em adultos
  • Geralmente associados a lesões a fazer efeito de massa
    Em crianças
  • Carácter benigno mais provável
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12
Q

Perda visual Transitória Monocular - Quais são as casas principais?

A

Causas Vasculares (Amaurose Fugaz)
- Embolica
- Hipoperfusão (Estenose da Carotida Interna por Aterosclerose / Displasia Fibromuscular / Granulomatose de Wegener)
- Hipercoaguabilidade / Hiperviscosidade
- Vasculites
Causas Oculares Não Vasculares
- Olho seco
- Blefarite
- Edema de córnea
- Epífora
- Espasmo acomodação
- Facodonesis
- Hifema recorrente
- S. Dispersão pigmentar
- Encerramento do ângulo
- Tração vítreo macular / vítreo papilar
- Corpos vítreos
- Hemovítreo
Relacionadas com o Nervo Optico
- Papiledema (Obscurações Transitórias?
- Compressivas
- Neuropatia / Nevrite

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13
Q

Perda visual Transitória Monocular - Qual é a definição de Amaurose Fugaz?

A
  • Perda transitória de visão de causa isquémica
  • Muitas vezes usada erradamente como sinóinimo de perda transitória monocular
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14
Q

Perda visual Transitória Monocular - Que causas podem levar a Hifema Recorrente?

A
  • S. Uveite-Glaucoma-Hifema
  • Rubeosis
  • S. Sturge-Weber
  • Distrofia Miotónica
  • Leucemia / Linfoma
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15
Q

Perda visual Transitória Monocular - A que padrão se podem associar as causas Compressivas associadas ao N. Optico?

A

Associadas a Gaze-evoked Amaurosis

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16
Q

Perda visual Transitória Monocular - De que forma é que o Papiledema pode levar a perda visual transitória?

A
  • Tipicamente breves - <10 segundos
  • Várias vezes ao longo do dia
  • Devido a flutuações temporárias na perfusão do disco óptico/retina
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17
Q

Perda visual Transitória Monocular - Em que consiste o Fenómeno de Uthoof?

A
  • Pode levar a perda temporária da visão unilateral no contexto de Nevrite
  • Devido a bloqueio temporário da condução em nervos desmielinizados
  • Agravamento progressivo
  • Duração de minutos
18
Q

Perda visual Transitória Monocular - Que anomalioas congénitas do disco podem dar alterações visuais transitórias? Como é o padrão?

A
  • Drusas
  • Crowded disc
    Quadro típico
  • Breves 10-30 segundos
  • Precipitadas por alterações posturais que levam a hipoperfusão temporária
19
Q

Amaurose Fugaz - A que níveis pode ocorrer a patologia? Quais são os principais mecanismos?

A

A patologia de qualquer caso entre o coração e a retina pode levar a um comprometimento da AV

  • A. Oftálmica
  • A. Retina
  • A. Ciliares
  • N. Optico - Ciliares Curtas

Mecanismos Principais
- Embolia
- Hipoperfusão
- Vasospasmo

20
Q

Amaurose Fugaz - Qual é a diferença entre um êmbolo e um trombo?

A

Embolo
- Massa intravascular que tem origem num local diferente do que está a obstruir

21
Q

Amaurose Fugaz - Onde têm origem a maioria dos Embolos? Qual é o local específico mais comum de formação? Porque?

A
  • Maioria tem origem em placas ateromatosas carotídeas
  • Originam-se sobretudo em locais de fluxo turbulento
  • Local de origem mais frequente é a bifurcação da carótida comum na interna e externa
22
Q

Amaurose Fugaz - Como se chamam as placas ateromatosas onde surgem os êmbolos? Surgem em placas com que grau de estenose?

A

Placas de Hollenhorst

Podem surgir em placa com qualquer grau de estenose :O

23
Q

Amaurose Fugaz - Quais são os Factores de Risco para Doença Embólica?

A

Factores de Risco
- HTA
- DM
- Obesidade
- Tabagismo
- Hiperhomocisteinémia

24
Q

Amaurose Fugaz - Êmbolos cardiácos - porque é que estão menos relacionados com amaurose fugaz do que os carotídeos?

A

Afectam mais frequentemente a Circulação Cerebral Média

25
Q

Amaurose Fugaz - Êmbolos cardiácos - Quais são as patologias cardíacas mais relacionadas?

A
  • Aurícula - FA / Flutter / Mixoma
  • Válvulas - Estenoses / próteses, endocardite
  • Ventriculares - Cardiomiopatia dilatada / trombos / EAM anterior / mixomas
  • Iatrogénicas - Cirurgia cardíaca / cateterismo
26
Q

Amaurose Fugaz - Quais são os tipos mais comuns de êmbolos? Qual é o aspecto de cada um?

A

Colesterol - 80%
- Amarelo/laranja
- Placas de Hollenhorst (nas carótidas)
Plaqueta+Fibrina
- Cinzento/esbranquiçado
- Aterosclerose de grandes vasos
Êmbolos de Cálcio
- Branco
- Válvulas cardíacas patológicas
Outros Tipos
- Talco (drogados)
- Gordura
- Neoplásicos (Mixoma da Auricula)
- Infecciosos (endocardite - responsáveis pela formação de Manchas de roth)
- Ar

27
Q

Amaurose Fugaz - Como é o quadro típico da perda visual transitórias associada a causa embólica?

A
  • Indolor
  • Subita
  • Parcial (altitudinal, lacunar) ou Total
  • Pode ter fenomenos positivos - fotopsias e cintilações :O
  • Duração 2-30 minutos, gravidade máxima inicialmente
28
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipoperfusão - Quais são as causas mais comuns?

A
  • Estenose da Carotida Interna por Aterosclerose
  • Displasia Fibromuscular
  • Granulomatose de Wegener
29
Q

Perda visual Transitória Monocular - Quais é o padrão característico da perda de visão por Estenose Carotídea de Alto Grau?

A
  • Inicio súbito de sintomas
  • Padrão altitudinal de aparecimento ou resolução
  • Duração 1-10 minutos
  • Claudicação Retiniana
  • Agravamento com Mudanças posturais / pós-prandial
30
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipoperfusão por Estenose Carotídea - Qual é a importância da presença dos sintomas oculares?

A

Pode identificar população de alto risco com indicação cirurgica

31
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipoperfusão por Disseção Carotídea - Quais são Patologias mais associadas?

A

Espontanea
- Displasia Fibromuscular
- S. Ehlers Danlos Tipo IV
- S. Marfan
- Pseudoxantoma Elasticum
- D. Renal Poliquistica (HTA)
Traumática

32
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipoperfusão por Disseção Carotídea - Qual é o local mais frequente da Disseção?

A

Carótidas Extracranianas

33
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipoperfusão por Disseção Carotídea - Quais são os mecanismos da isquémica?

A
  • Isquemia a jusante por diminuição do fluxo por estreitamento/oclusão do lumen
  • Mecanismo tromboembólico - trombose local + embolia
34
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipoperfusão por Disseção Carotídea - Qual é o padrão da perda de visão? Em que % as alterações oculares são o primeiro sinal? Qual é a importância do sintoma?

A
  • Perda visão Transitória
  • S. Horner
  • DOR

Alterações oculares
- São a forma de apresetação em > 50% dos casos :O
Estão presentes em 2/3 dos casos :O
Muito frequentemente antecedem um AVC/AIT neste contexto

35
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipercoaguabilidade / Hiperviscosidade - Causas Hereditárias e Adquiridas?

A

Hereditárias
- Défice Proteina C
- Défice Proteina S
- Défice de Antitrombina III
Adquiridas
- Lupus
- Anti fosfolipideo
- D. Mieloproliferatias
- Hiperhomocisteinemia

36
Q

Perda visual Transitória Monocular - Hipercoaguabilidade / Hiperviscosidade - Qual é a diferença do padrão para as causas embólicas?

A

Clinicamente indistinguiveis

37
Q

Perda visual Transitória Monocular - Artrite - Em que % dos casos pode dar perda transitória antes de dar perda sustentada? Qual é o padrão?

A
  • Pode originar episodios previos de perda transitória 10-30%

Clinicamente semelhantes a doença carotidea
- Sintomas associados caracteristicos

38
Q

Vasospasmo Retiniano - O que é? Em que idade geralmente surge? Quanto dura o episódio? Como se diagnostica?

A
  • Mal compreendido
  • Controverso
  • Hoje em dia chama-se enxaqueca retiniana
  • 1º episodio geralmente antes dos 40 anos
  • Episódios 5-60 minutos
  • É SEMPRE diagnostico de exclusao
39
Q

Perda de visão temporária por drogas de abuso - Qual é o mecanismo?

A

VAsospasmo

40
Q

Perda Temporária de visão - Diagnóstico e Abordagem?

A

Exclusão imediata da possibilidade de ser Arterite de Células Gigantes

Estudo Sistémico
- Exame neurologico
- Identificação de factores de risco vasculares
MCDTs
- ECG
- TC-cerebral / Angio-TC / RM / Angio-RM
- Ecodoppler cervical
- Ecocardiograma

Observação com Neurologia para ser avaliado risco de AVC e risco cardiovascular

41
Q

Perda Temporária de visão - Qual é o papel do AAS? E das Estatinas? E dos NOACs/Varfarina?

A

AAS e Estatinas
- Devem ser instituídos nos casos de episódios Tromboembólicos

NOACs
- Devem ser instituídos nos casos de episódios CARDIO-Embolicos

42
Q

Perda Temporária de visão - Hipoperfusão carotídea - Que doentes devem ser submetidos a Endardectomia?

A

OPERAR em
- 70-99% com Esperança média de vida > 5 anos
- 50-69% com esperança media de vida > 5 anos + Sexo Masculino
NÃO OPERAR em
- Oclusão COMPLETA
- Oclusão < 50%
- Oclusão 50-69% em mulher