15. Parésia do III par Flashcards
Parésia do III par - Onde se situam os núcleos do III par?
Nucleos III encontram-se MEDIALMENTE no MESENCÉFALO, a nível dos Colículos SUPERIORES
Parésia do III par - Quais são os vários subnúcleos? Quais são as particularidades de cada um?
- Núcleo superomedial – Inerva BILATERALMENTE elevador da pálpebra sup
- Nucleos de Edinger-Westphal – BILATERALMENTE esfíncter pupila e corpo ciliar
- 2 Nucleos paralelos, subdivididos em subnúcleos – um para cada músculo extraocular
- Todos IPSIlaterais, EXCEPTO Recto SUPERIOR, que é CONTRALATERAL :O
- Núcleo do Recto Medial está disperso em várias regições
Parésia do III par - Qual é o trajecto do Fasciculo? Passa ao pé de que estruturas importantes? Onde emerge?
Trajecto Fascicular
- Em direção ventral
Passa próximo de
- Fascículo longitudinal medial
- Núcleo vermelho
- Substância nigra
Emerge na fossa interpeduncular
Parésia do III par - Qual é o trajecto do III par após emergia na fossa interpeduncular?
Trajecto Basilar
- Desde a fossa interpeduncular até o Seio cavernoso
- Passa entre a A. cerebelar posterior e a A. cerebelar superior
- Corre paralelamente à A. Comunicante posterior
Parésia do III par - Qual é o trajecto e a posição no Seio Cavernoso?
- Localiza-se LATERAL e SUPERIORMENTE ao IV e ao V1 e V2
- Patologia neste fase do trajecto QUASE NUNCA é isolada
Parésia do III par - Qual é o trajecto Intra-orbitário? Como se divide?
Trajecto Orbitário
- Entra na órbita através da Fissura Orbitária Superior
Divide-se em Ramo Superior e Inferior
Ramo Superior
- Elevador da pálpebra superior
- Recto superior
Ramo Inferior
- Recto medial
- Recto inferior
- Oblíquo inferior
O ramo para o oblíquo inferior transporta fibras para o corpo ciliar e pupila
Parésia do III par - Paralisia Congénita do III par - qual é a frequência? Quais são as causas? Como é o padrão?
Etiologia
- Hipóxia perinatal
- Traumatismo no parto
- Geralmente UNILATERAL e INCOMPLETA
- Ptose
- Exotropia
- Hipotropia
- COM OU SEM atingimento pupilar
Os músculos mais frequentemente atingidos são Recto superior e obliquo inferior – quadro de Double elevator palsy
Parésia do III par - Paralisia Congénita do III par - Quais são as associações patológicas?
- Quando é bilateral, está SEMPRE associada a outras malformações
- 50% das crianças tem outras alterações neurológicas associadas com paralisia cerebral, hemiparesia/hemiplegia CONTRAlateral e atraso no desenvolvimento
Obriga a realização de RM
Parésia do III par - Paralisia Congénita do III par - Como evolui? Que alterações discinéticas pode deixar?
- Recuperação PARCIAL é frequente
Associada a desenvolvimento de discinesias por Inervação Aberrante - Sinal de Pseudo-Graefe
Sinal de pseudo-Graefe
- Elevação paradoxal da pálpebra superior na tentativa de adução ou depressão do globo ocular – inervação das fibras do elevador por fibras destinadas ao recto medial ou inferior
Pseudo-pupila de Argyll-Robertson
- A pupila NÃO reage a luz mas fica miótica na adução do globo ocular. Fibras destinadas ao recto medial a inervar esfíncter da pupila
Discinésia do olhar palpebral
- Pálpebra eleva na adução
Paralisia oculomotora cíclica
- Espasmos curtos de actividade dos músculos envolvidos que podem ser provocados na tentativa de adução, elevação ou acomodação
Síndrome da retração vertical
- Olho retrai quando se tenta supraversão
Parésia do III par - O que é o sinal de Pseudo-Graefe? Em que condições pode ocorrer?
Discinésia após Parésia Congénita do III par
- Elevação paradoxal da pálpebra superior na tentativa de adução ou depressão do globo ocular – inervação das fibras do elevador por fibras destinadas ao recto medial ou inferior
Parésia do III par - O que é a Pseudo-pupila de Argyll-Robertson? Em que condições pode ocorrer?
Discinésia após Parésia Congénita do III par
- A pupila NÃO reage a luz mas fica miótica na adução do globo ocular. Fibras destinadas ao recto medial a inervar esfíncter da pupila
Parésia do III par - Quadro Clínico
- Ptose
- Infraversão
- Abdução
- Midriase e Anisocoria
Parésia do III par - Como se Classificam?
Isolada / Não isolada - presença de outros défices neurológicos
Com / Sem disfunção dos músculos oculares intrínsecos - alteração pupilar
Completa / Incompleta - Todos os desvios envolvidos
Parésia do III par - Em que circunstancias pode cursar com dor aguda?
Dor intensa pode ocorrer no contexto de
- Apoplexia da hipófise
- Hemorragia subaracnoideia
Dor moderada
- Lesão isquémica das fibras trigeminais do III
Parésia do III par - Lesões Nucleares - Isoladas? Como é o quadro numa parésia Unilateral?
NUCLEARES
- Geralmente NÃO-isoladas
Unilateral
- Ptose e défice de elevação BILATERAL !! :O
- Porque núcleo do elevador da pálpebra é único e recto superior tem o núcleo contralateral e obliquo inferior tem o núcleo ipsilateral
- Podem causar envolvimento isolado de determinado músculo, mas parésias isoladas do Recto Medial são RARISSIMAS, tendo em conta a sua distribuição anatómica
Parésia do III par - Qual é o diagnóstico mais provável para uma parésia isolada do Recto Medial? Porque?
Oftalmoplegia Internuclear
Porque o núcleo medial do III é distribuído ao longo de uma vasta área, pelo que lesão quase nunca ocorre isolada
Parésia do III par - Lesões Fasciculares - Isoladas? Completas / Incompletas? O que podem mimetizar?
- Maioritamente NÃO-isoladas
- Completas ou incompletas
- Podem mimetizar parésias do ramo superior ou inferior (por organização intra-axial dos fascículos :O