Teoria do crime Flashcards

1
Q

Se a vítima de lesão corporal de trânsito concordou com o excesso de velocidade por parte do condutor do veículo, é possível excluir a ilicitude pelo consentimento do ofendido.

A

Certo

Nada impede a incidência da causa supralegal justificante nos delitos culposos, pois perfeitamente possível que a vítima aceite a conduta descuidada do agente e seja por esta atingida. Imagine-se a situação do condutor de uma motocicleta que pratica manobras imprudentes, arriscando a integridade física do passageiro, que, não obstante, estava no veículo justamente para que o condutor lhe demonstrasse tais manobras. Neste caso, se houver lesão corporal no passageiro, pode-se invocar o consentimento do ofendido para afastar a ilicitude da conduta.

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2
Q

João está depredando uma loja. Márcio, segurança, bate em João o suficiente para ele parar. Márcio pode invocar legítima defesa da pessoa jurídica para afastar o crime de lesão corporal.

A

Certo

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3
Q

Bruno está cortando uma árvore. João pede para ele parar, mas não para. Então, João bate em Bruno o suficiente para ele parar. João pode invocar legítima defesa do meio ambiente/sociedade.

A

Errado.
Bens jurídicos supraindividuais NÃO são suscetíveis de legítima defesa.

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4
Q

A exigência do meio necessário para configurar a legítima defesa não corresponde à exigência de ‘paridade de armas’ como meio para repelir uma agressão injusta.

A

Certo
Não exige o “commodus discessus”. Diferente do estado de necessidade, a legitima defesa não exige o uso do meio menos lesivo, justamente porque existe uma agressão humana injusta.

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5
Q

Ocorre legítima defesa sucessiva na hipótese de legítima defesa real contra legítima defesa putativa.

A

Errado.
A legítima defesa sucessiva ocorre em reação ao excesso de uma legítima defesa real.

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6
Q

Ana, em legítima defesa, direciona um pedaço de pau para Marcos. Por erro na execução, acaba atingindo terceiro que passava no local.

Ana responde por lesão corporal culposa.

A

Errado.
A legitima defesa é compatível com o erro na execução. Se, em legitima defesa, eu acabo atirando em uma pessoa inocente, dá pra reconhecer a legitima defesa.

Interessante pensar também que, no caso de erro na execução, deve-se considerar as circunstancias da vítima virtual, em relação à qual haveria legítima defesa.

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7
Q

Joana, em estado de necessidade, puxa Marcos de dentro do carro para fugir com o carro. Marcos, vendo que Joana está fugindo, bate em Joana, tentando defender-se.

Marcos não pode invocar legítima defesa.

A

Certo
Não cabe legítima defesa real contra estado de necessidade – a agressão de quem está em estado de necessidade não é injusta (o mesmo raciocínio para quem age em exercício regular de um direito ou cumprimento de dever legal).

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8
Q

Martha vê Bruna furtando uma bolsa em um salão. Martha prende Bruna com uma corda até a polícia chegar.

Não há crime, pois Bruna estava no exercício regular de direito.

A

Certo.
Qualquer do povo pode prender em flagrante delito.

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9
Q

O estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito são considerados descriminantes penais em branco, vez que o conteúdo da norma permissiva precisa ser complementado por outra norma jurídica.

A

Certo

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10
Q

Qual a natureza jurídica das ofendículas?

A

Exercício regular do direito enquanto o ofendículo não é acionado. Legítima defesa preordenada, quando é acionado o aparato.

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11
Q

O que se entende por Coculpabilidade (Zaffaroni)? Qual sua natureza jurídica?

A

Tratamento mais brando a quem cresce em condições desfavoráveis, próximas à criminalidade. “Co” porque o Estado tem parte da culpa.

Trata-se de uma atenuante genérica inominada (art. 66, CP) (MPF)

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12
Q

O que se entende por Coculpabilidade às avessas? Qual a sua natureza jurídica?

A

Coculpabilidade às avessas: tratamento mais severo aos poderosos econômicos.

Circunstância judicial desfavorável (agravantes precisam de previsão legal expressa).

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13
Q

Emoção e a paixão nunca não excluem o crime.

A

Errado
A emoção e a paixão patológica/doentia/extremada pode ser considerada como doença mental, excluindo a imputabilidade penal, desde que determinada por perícia.

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14
Q

O que é cláusula de consciência?

A

PF 21 discursiva

É uma causa supralegal de exclusão de culpabilidade, vinculada à inexigibilidade de conduta diversa, sendo corolário da liberdade de crença e da liberdade de consciência, asseguradas constitucionalmente.

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15
Q

Na coação moral resistível há concurso de pessoas entre coator e coagido.

A

Certo
Na coação moral resistível há concurso de pessoas entre coator e coagido, incidindo agravante para o coator e atenuante para o coagido.

Não há concurso de pessoas entre coator e coagido no caso de coação moral irresistível, pois (I) o coagido não é culpável e (II) não há liame subjetivo.

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16
Q

A configuração da dirimente de obediência hierárquica não exige necessariamente uma relação de direito público.

17
Q

Na ordem manifestamente ilegal há concurso entre superior e subalterno.

A

Certo
Na ordem manifestamente ilegal há concurso entre superior (há agravante) e subalterno (há atenuante)

18
Q

Crime de atentado é aquele que tipifica ato preparatório, enquanto crime obstáculo é aquele em que a tentativa já equivale à consumação.

A

Errado
Ao contrário

19
Q

Tentativa é sinônimo de “conatus”, crime imperfeito, incompleto, manco ou truncado.

Crime impossível é sinônimo de crime oco, tentativa inidônea/impossível/irreal, QUASE CRIME.

20
Q

A tentativa possui dupla natureza jurídica:
Norma de extensão temporal da figura típica causadora de adequação típica mediata ou indireta.
Causa geral obrigatória de diminuição de pena.

21
Q

Pode excluir a imputabilidade penal a embriaguez acidental causada por substância análoga ao álcool.