T4 - Doenças Sexualmente Transmitidas (2) Flashcards
Uretrite?
Uretrite gonocócica - Neisseria gonorrhoea . Aderência epitelial (pili) . Infeção e invasão (enzimas, lipooligossacarídeos, expressão do transferrina-R) - Uretrite anterior sintomática em 90’%
UNG (15-55%)
- Chlamydia, Ureaplasma urealyticum,Mycoplasma genitalium, Tricomonas, HSV, adenovírus, enterobacteriaceas
Transmissão direta, indireta e vertical
Incubação 2-5 dias
Complicações
- Epididimite, prostatite, vesiculite
Diagnóstico de Uretrite?
Teste clássico com zaragatoa uretral
- Gram (WBC ≥5)
- Cultura em meio de Thayer-Martin)
- Infeção gonocócica não genital, abuso sexual
Não culturais no 1º jato de urina
- Teste da estearase + / WBC ≥10/campo
- Teste de amplificação dos ácidos nucleicos (útil para excluir infeção clamidial)
. Realizar sempre > 3 semanas após qq tratamento
Infeção Gonocócica no genero feminino?
Assintomática em 50% casos e em muitas das apresentações retal e da orofaringe)
Inicia-se por endocervicite e a uretrite é secundária
No entanto, excluir outras causas de cervicite
- Não infeciosa (irritativa, duche), C. trachomatis (< 25 anos, múltiplos parceiros), N. gonorrhea, T. vaginalis, HSV2,…
Complicações: doença inflamatória pélvica (infertilidade, gravidez ectópica), oftalmia e pneumonia neonatais), bartolinite, salpingite, e peri-hepatite (S. Fitz-Hugh-Curtis)
- A oftalmia neonatal pode ser clamidial
Infeção Gonocócica Sistémica?
Febre, artralgias, manifestações cutâneas
S. artrite-dermatite
Gonococemia
Pode complicar com meningite, endocardite
Tratamento da infeção gonocócica?
Gonorreia não complicada
- Ceftriaxona IM (tb faringite, conjunctivite)
. + Azitromicina x1 (ou doxciclina, 7d) se não for possível excluir infeção clamidial
- Elevada resistência às quinolonas
Gonococemia (inclui endocardite e meningite)
- Ceftriaxona IM seguida de cefixima PO
Linfogranuloma Venéreo - DOenças de Nicolas-Favre?
Chlamydia trachomatis L1-2
6M:F (pode ser reservatório)
Inoculação 30d
Estádios:
- Primário (ulceras herpetiformes indolores)
- Secundário (s. genital agudo, s. anorretal agudo)
-Terciário (sequelas)
Diagnóstico por aspirado ganglionar, úlcera genital (PCR)
Tratamento com doxiciclina 3s
Herpes Genital?
HSV2 (80% dos casos ); causa de herpes e queratoconjuntivites neonatais
Transmissão como DST
Prevalência tem aumentado
Fatores de risco
- Início da atividade sexual (adolescência), nº parceiros, etnia, estrato socioeconómico, género feminino, homossexualidade, infeção HIV
Transmissão como DST de Herpes genital?
Período crítico
- Maior probabilidade de transmissão pela presença de lesões ativas, mas a abstinência é comum pela dor
Período intercrítico
- Ocorre a maioria do contágio por excreção assintomática do vírus nos fluídos genitais
Profilaxia
- Vacina de glicoproteína D (eficácia limitada)
- Nova vacina Gen-003 (imunoterapia) em estudo com eficácia de 55% na redução da excreção vírica
- Preservativo
Herpes genital na mulher?
> Probabilidade de retenção urinária e de sintomas extragenitais na mulher (meningismo)
Herpes genital - diagnóstico?
Tzanck (citodiagnóstico) - Sincícios celulares
PCR
Serologia (Western blot)
Cultura vírica
IF direta
Histopatologia (casos atípicos no imunodeprimido)
Tratamento de Herpes Genital?
Tratamento sistémico preferido (aciclovir, valaciclovir) na crise e na profilaxia das recorrências frequentes
Tratamento tópico com alguma eficácia (creme de aciclovir)
Resistência ao aciclovir frequente no imunodeprimido (foscarnet, cidofovir)