S10 - Urgências em Neurologia Flashcards

1
Q

Como proceder perante um défice neurológico agudo?

A

Rápido na abordagem!

Reconhecer os sinais de alerta de um eventual Acidente Vascular Cerebral (AVC)

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2
Q

AVC?

A

Perturbação neurológica súbita por isquemia ou hemorragia do SNC de causa não traumática.

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3
Q

Sinais de alerta principais (3Fs)?

A
  • Perturbação da fala (Fala)
  • Desvio da comissura labial (“boca ao lado”) (Face)
  • Falta de força num braço (Força)

• Também podem ser sinais de AVC:

  • Depressão súbita de consciência
  • Falta de força aguda numa perna
  • Visão dupla ou hipovisão aguda
  • Perda de equilíbrio ou incoordenação agudas
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4
Q

Em termos de tempo , quando se pode ativar a via verde do AVC?

A

Se <24h

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5
Q

História Clínica Sumária Importante?

A
 Última hora a que foi visto bem/hora de instalação do quadro;
 Sintomas resumidos;
 Cefaleia/vómitos/alteração consciência?
 Antecedentes relevantes:
• Fatores risco vascular;
• Medicação anticoagulante;
• História de neoplasia ou hemorragia;
• Alergias medicamentosas;
 Grau de dependência.
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6
Q

Diagnósticos Diferenciais?

A

Hipoglicémia, enxaqueca com aura, encefalopatia hipertensiva, encefalopatia de Wernicke, abcesso ou tumor do SNC, intoxicação, quadro psicogénico.

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7
Q

Exame físico e Neurológico rápido?

A

 Monitorizar sinais vitais (PA, FC, Taur, Sat O2, glicemia capilar, dor)
 Exame neurológico -> NIHSS

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8
Q

Meios Complementares de Diagnóstico?

A

 Colher sangue para análises básicas;
 TC cerebral; angioTC troncos supra-aórticos e cerebral;
 Monitorizar ritmo ECG

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9
Q

Estudo Analítico na VVAVC?

A

Hemograma
Bioquímica
Estudo de Coagulação/INR
A única análise que é obrigatória antes de se iniciar tratamento trombolítico num doente não hipocoagulado é a determinação da glicose.

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10
Q

TC Cerebral?

A

 Exclusão de hemorragia ou tumor
 Localização, tamanho e distribuição vascular do enfarte
 Presença de oclusão de grande vaso
 Identificação de contraindicações para trombólise

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11
Q

Angio-TC cerebral?

A

Se potencial candidato a trombectomia mecânica.

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12
Q

TC perfusão?

A

Em casos selecionados após as 6h de sintomas ou hora indeterminada.

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13
Q

Doente é candidato é tratamento trombolítico endovenoso?

A

Sim, se AVC isquémico com ≤4,5h desde início dos défices, sem risco hemorrágico que contraindique.

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14
Q

O doente é candidato a tratamento endovascular?

A

AVC isquémico em território carotídeo com <24h de sintomas ou vertebrobasilar <24h ou hora desconhecida mas <24h

Evidência de oclusão de ACI ou ACM (segmentos M1 ou M2) ou basilar

Área cerebral sintomática sem enfarte relevante (com potencial clínico-imagiológico de reversibilidade) (necessidade de exames complementares avançados após as 6h)

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15
Q

Medidas gerais para conservar viável a área de penumbra isquémica em todos os doentes com AVC isquémico agudo?

A

 Doente deitado, cabeceira 30o
 Soro fisiológico: perfusão ev para euvolémia
 Glicémia capilar ou da punção venosa (corrigir se <60 ou >140 mg/dl)
 Monitorizar pressão arterial
 Monitorizar frequência cardíaca, ritmo cardíaco
 Temperatura
 Oximetria

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16
Q

Se o doente tiver AVC isquémico agudo e não tiver critérios nem para trombólise nem para tratamento endovascular?

A

Administrar AAS 250 mg (dose de carga)

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17
Q

Tratamento de emergência da crise?

A

Diazepam 10 mg EV ao longo de 2 minutos, pode ser repetido uma vez
Administrar a dose toda mesmo que a crise pare entretanto (exceto se insuficiência respiratória ou baixo peso)

∗ Sinais vitais e avaliação da glicemia capilar
∗ Oxigenoterapia

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18
Q

Crise sintomática aguda?

A

Em intíma relação temporal com insulto agudo do SNC

O intervalo de tempo aceitável entre o insulto e a crise varia consoante a condição clínica

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19
Q

Crise não provocada?

A

Na ausência de condição clínica potencialmente responsável

Fora do intevalo estimado para a ocorrência de crise sintomática aguda

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20
Q

Tratamento na Crise sintomática aguda?

A

Não precisam de tratamento antiepilético se a causa provocante puder ser eliminada.
Exceto na primeira semana após TCE severo, não existe evidência para a profilaxia com fármaco antiepilético para prevenir uma primeira crise não provocada.

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21
Q

A presença de anomalia estrutural potencialmente epileptogénica em TC CE/RM CE num doente com uma primeira crise não provocada preenche critérios para a definição prática de epilepsia?

A

SIM

22
Q

Identificar fatores precipitantes?

A
• Privação de sono, estimulação luminosa intermitente, hiperventilação, má adesão à terapêutica antiepilética
• Insulto agudo do SNC recente:
-Metabólico
-Tóxico
-Iatrogénico
23
Q

Estudo?

A
TC Cerebral
Glicemia Capilar
Eventualmente:
-Doseamento de antiepiléticos
-Pesquisa de tóxicos na urina
-Estudo de LCR apenas se suspeita infeciosa
24
Q

Vertigem?

A

Implica que haja uma sensação giratória ou rotacional

25
Q

Vertigem Central?

A

AVC Cerebeloso / Tronco Cerebral

Sinais Neurológicos Focais

26
Q

Vertigem Periférica?

A
  • Vertigem Paroxística Posicional Benigna (VPPB)
  • Dx de Ménière
  • Nevrite Vestibular
27
Q

Nistagmo Periférico?

A

Unidirecional
Fixação visual inibe nistagmo e vertigem
Latência Adaptação Fatigabilidade

28
Q

Nistagmo Central?

A

Multidirecional

Fixação Visual sem efeito no nistagmo ou vertigem

29
Q

Test Of Skew?

A

Desalinhamento Vertical Ocular

30
Q

Medidas Imediatas?

A
  • Manter A, B e C
  • Sinais Vitais (PA, FC, FR, Temperatura)
  • Saturação de O2
  • Glicemia Capilar
  • Gasimetria
  • Estudo Analítico
31
Q

Nível de Consciência (Vigília)?

A

Sistema Reticular Ativador Ascendente + Tálamo

32
Q

Coma Simples?

A
Sem défices neurológicos focais. TC e estudo de líquor sem alterações.
• Causas toxicológicas
• Distúrbios metabólicos
• Infeção sistémica
• Choque
• Estado pós-ictal
• Hipertermia/hipotermia
33
Q

Coma com Sinais Meníngeos?

A

Sinais meníngeos positivos. Sem défices neurológicos focais ± alterações imagiológicas.
• Hemorragia subaracnoideia
• Meningite bacteriana aguda
• Encefalite

34
Q

Coma com Sinais Neurológicos Focais?

A

Patologias que causam sinais focais do tronco ou sinais de lateralização cortical.
• Hemorragia ou enfarte cerebral maciço
• Hemorragias ou enfartes da fossa posterior
• Hemorragia subdural/epidural
• Abcesso cerebral, empiema subdural
• Tumores cerebrais

35
Q

Examine Eye Movements?

A
Binocular ou Monocular
Horizontal, Vertical ou Oblíqua
Instalação?
Fator de Agravamento
Sintomas Associados
36
Q

Sinais de Alarme em Cefaleias?

A
  • Início após os 50 anos
  • Início súbito ou explosivo
  • Despertar noturno/ início matinal precoce ou associada a alterações posturais
  • Surge ou agrava com o esforço ou manobra deValsalva
  • Cefaleia progressiva ou contínua (semanas)
  • Não responde aos analgésicos convencionais
  • História recente de TCE
  • Doente hipocoagulado, grávida
  • Cefaleia de novo em doente imunodeprimido (p.e. VIH+, transplantado) ou hx de neoplasia
  • Sinais neurológicos focais, meníngeos ou papiledema
  • Crises epiléticas ou perdas de conhecimento
  • Letargia ou confusão
37
Q

O que perguntar nas Cefaleias?

A
Site
Onset
Character
Radiation
Associations
Time course
Exacerbating/Relieving factors
Severity
38
Q

Enxaqueca?

A

Dor pulsátil, uni ou bilateral, de intensidade moderada a grave, fronto-temporal, associada a foto e/ou fonofobia, náuseas e/ou vómitos.

39
Q

Cefaleia de tensão?

A

Cefaleia tipo “pressão, capacete”, holocraniana, aparecimento ao final do dia, duração variável.

40
Q

Cefaleias trigemino-autonómicas?

A

Cefaleia intensa, unilateral, região fronto-orbitária, tipo “facada”, associada a inquietação e sinais disautonómicos da face ipsilateral.

41
Q

Nevralgia do trigémio?

A

Dor intensa, tipo “choque elétrico, guinada…”, dura segundos a minutos, no território do n.trigémio.

42
Q

O que valorizar no exame físico de Cefaleias?

A
  • Alteração do estado mental
  • Edema da papilla
  • Alteração da acuidade visual
  • Tamanho das pupilas, assimetria das pálpebras
  • Parésias oculares
  • Outros sinais focais neurológicos
  • Sinais meníngeos (rigidez da nuca, Brudzinski, Kernig)
  • Dor e ausência de pulsatilidade da artéria temporal
  • Exantemas cutâneos, febre
43
Q

Lesão do 1o neurónio?

A
  • Fraqueza muscular (ligeira)
  • Hiperreflexia
  • Sinal de Babinski (Reflexo cutâneo-plantar extensor)
  • Espasticidade
  • Paralisia pseudobulbar
  • Perda de destreza manual
44
Q

Lesão do 2o neurónio?

A
  • Fraqueza muscular (marcada)
  • Hiporreflexia
  • Hipotonia / Flacidez
  • Atrofia muscular
  • Fasciculações
  • Cãibras musculares
45
Q

Polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda grave de predomínio motor?

A

Infeção Vírica - Trigger de resposta inflamatória desmedida

46
Q

Síndrome Confusional Aguda (Delirium)?

A

Alteração Aguda/Subaguda da Vigília e Cognição com curso flutuante.
Hiperativa (Agitação, Hipervigilância, Combatividade)
Hipoativa (Sonolência, Letargia, Estupor, Coma)

47
Q

DELIRIUM?

A
  • INÍCIO AGUDO/SUBAGUDO
  • CURSO FLUTUANTE
  • ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
48
Q

DEMÊNCIA?

A
  • CURSO PROGRESSIVO
  • MENOR ALTERAÇÃO DA ATENÇÃO
  • NÍVEL DE CONSCIÊNCIA PRESERVADO
49
Q

DELÍRIO?

A

• IDEIA OU CRENÇA SEM FUNDAMENTO, INABALÁVEL PELA ARGUMENTAÇÃO LÓGICA.

50
Q

Tratamento Síndrome Confusional?

A

Cada nova medicação pode agravar a Síndrome Confusional
Medidas não farmacológicas de ajuste ambiental
TRATAR A CAUSA
Haloperidol 0.5-1mg em SOS transitoriamente
Tiamina ev 200-300mg se possibilidade de Encefalopatia de Wernicke