Pulmão Flashcards
O que é atelectasia?
É o parênquima pulmonar relativamente sem ar decorrente de incompleta expansão ou colapso de pulmão previamente inflado.
Características do pulmão com atelectasia.
Consistência borrachosa, com alargamento de septo por perda da pressão do fluxo aéreo. Avermelhado. Certo grau de fibrose.
A atelectasia de reabsorção é causada principalmente
por excesso de secreções (p. ex., tampões de muco) ou exsudatos no interior de brônquios menores e, portanto, é encontrada mais frequentemente na asma brônquica. V ou F?
V.
Tipos de atelectasia e causa de cada tipo.
Reabsorção (obstrução de via), compressão (transformação do espaço virtual pleural num espaço real) e contração (processos cicatriciais fibróticos).
Tipo de atelectasia que não é reversível.
Atelectasia por contração.
Na atelectasia por reabsorção, o mediastino é atraído para o lado do pulmão atelectásico. V ou F?
V.
Na atelectasia por compressão, o mediastino se desvia para perto do pulmão afetado. V ou F?
F; se desvia para longe dele.
A manifestação principal da DPOC é a tosse. V ou F?
F; é a dispneia.
A DPOC está relacionada ao cigarro em 80% dos casos; a maioria dos fumantes vai desenvolver DPOC. V ou F?
F; a minoria desenvolve e a razão disso acontecer é desconhecida.
O enfisema pan-acinar é muito mais comum que a forma centroacinar, constituindo mais de 95% dos casos. V ou F?
F; é o oposto.
Tipo de enfisema pulmonar associado à deficiência de alfa-1-antitripsina.
Enfisema pan-acinar.
Enfisema associado a processo de cicatrização.
Enfisema irregular.
Na maioria dos casos, estes focos de enfisema irregular causam muita sintomatologia. V ou F?
F; na maioria dos casos, são assintomáticos e clinicamente
insignificantes.
Característica do enfisema centroacinar.
As partes centrais ou proximais dos ácinos, formadas por
bronquíolos respiratórios, são afetadas, enquanto os alvéolos distais são poupados.
Característica do enfisema pan-acinar.
Os ácinos estão uniformemente aumentados desde o nível do bronquíolo respiratório até os alvéolos em fundo cego terminais.
Em contraste com o enfisema centroacinar, o enfisema
pan-acinar tende a ocorrer mais frequentemente nas zonas mais altas e nas margens anteriores do pulmão e geralmente é mais severo nos ápices. V ou F?
F; tende a ocorrer mais frequentemente nas zonas mais baixas e nas margens anteriores do pulmão, e geralmente é mais severo nas bases.
Patogenia do enfisema pulmonar.
Considera-se que o enfisema resulte do efeito destrutivo
de uma elevada atividade de protease em indivíduos com baixa atividade antiprotease.
Morfologia do enfisema pulmonar.
Pulmões volumosos, geralmente comprometendo os 2/3 superiores, grandes alvéolos, fusionados, com formação de vesículas e bolhas, e inflamação de pequenas vias na microscopia.
Alteração que leva ao espessamento bronquiolar por hipertrofia muscular, à substituição do epitélio colunar e à metaplasia de células caliciformes.
Enfisema pulmonar.
Característica do enfisema parasseptal.
Neste tipo, a porção proximal do ácino está normal e a parte distal é predominantemente envolvida.
Tipo de enfisema que acomete pacientes mais jovens e
dão pneumotórax espontâneo.
Enfisema parasseptal.
Enfisema possui padrão em favo de mel independente do tipo. V ou F?
V.
Enfisema causado pela dilatação dos alvéolos, porém sem destruição das paredes septais, em resposta à perda de substância pulmonar em outra parte.
Enfisema compensatório.
Nesta condição, o pulmão se expande porque o ar está aprisionado em seu interior.
Hiper-insuflação obstrutiva.
Causa mais comum de hiperinsuflação obstrutiva.
A obstrução subtotal por um tumor ou um objeto estranho ou ainda a hiperinflação lobar congênita em lactentes, provavelmente resultante de hipoplasia da cartilagem brônquica e algumas vezes associada a outras anormalidades congênitas cardíacas e pulmonares.
Por que a hiperinflação em lesões obstrutivas ocorre?
(1) agente obstrutor funcionando como válvula, ou seja, o ar entra mas não sai (2) circulação de colaterais, como os poros de Kohn e os canais de Lambert.
Enfisema paraseptal, periférico, que causa rupturas espontâneas em pacientes mais jovens. Os espaços alveolares formam bolhas com tamanho maior que 1 cm.
Enfisema bolhoso.
A entrada de ar no estroma de tecido conjuntivo do pulmão, mediastino ou tecido subcutâneo caracteriza o enfisema…
Intersticial.
Causas de enfisema intersticial.
Lacerações alveolares, feridas no tórax ou fraturas de costela.
Curso clínico do enfisema.
Relacionado com a intensidade e extensão do processo; dispneia, sibilos, tórax em barril, prolongamento da expiração, perda de peso.
Diagnóstico de enfisema.
Espirometria.
Definição clínica da bronquite crônica.
A bronquite crônica é definida clinicamente como tosse persistente com produção de escarro por, no mínimo, 3 meses em pelo menos 2 anos consecutivos, na ausência de qualquer outra causa identificável.
Causa da bronquite crônica.
Irritação crônica por substância inaladas que leva à
hipersecreção de muco, hiperplasia das glândulas, aumento das células caliciformes e obstrução da luz de forma crônica.
A hipersecreção de muco na bronquite crônica protege a mucosa de substâncias irritativas mas propicia o surgimento de infecções. V ou F?
V.
O papel da infecção parece ser secundário. Ela não é responsável pelo início da bronquite crônica, mas provavelmente é importante para sua manutenção e pode ser crítica na produção de exacerbações agudas. V ou F?
V.
Mecanismos pelos quais o cigarro favorece o aparecimento de infecções.
Interfere na atividade ciliar, causa lesão direta do epitélio e diminui a capacidade de eliminação de bactérias pelos leucócitos brônquicos e alveolares.
Infecções virais não costumam causar exacerbações da bronquite crônica. V ou F?
F; também podem causar exacerbações da bronquite crônica.
Embora os números de células caliciformes aumentem discretamente, a principal alteração está no tamanho da glândula mucosa (hiperplasia). V ou F?
V.
Índice que avalia a hiperplasia das glândulas mucosas.
Índice de Reid.
Valores normais do índice de Reid e como ele se encontra na bronquite crônica.
O índice de Reid (normalmente 0,4) está aumentado na
bronquite crônica, geralmente de modo proporcional à
severidade e à duração da doença.
O que é o índice de Reid?
É a relação entre a espessura da camada de glândulas mucosas e a espessura da parede entre o epitélio e a cartilagem.
Morfologia da bronquite crônica.
Macroscopicamente, há hiperemia, tumefação
e edema das membranas mucosas, frequentemente acompanhadas pelo excesso de secreções mucinosas ou mucopurulentas que formam plugs. Microscopicamente, há hiperplasia das glândulas mucosas, aumento das células caliciformes e metaplasia escamosa.
Pacientes com bronquite crônica tem risco maior de desenvolvimento de malignidade pela inflamação crônica. V ou F?
V.
A bronquite crônica severa de longa duração geralmente
leva a cor pulmonale com insuficiência cardíaca. V ou F?
V.
É uma doença inflamatória crônica redicivante caracterizada por hiperreatividade das vias aéreas, levando a episódios reversíveis de bronco-constrição.
Asma.
Tipo mais comum de asma.
Asma atópica.
Tipo de asma decorrente de reação de hipersensibilidade mediada por IgE de tipo 1, que geralmente
começa na infância e é desencadeada por alérgenos ambientais; além disso, tem influência familiar.
Asma atópica.
Tipo de asma desencadeada por inflamação induzida por vírus da mucosa respiratória, que diminui o limiar dos receptores vagais subepiteliais aos irritantes.
Asma não atópica.
Tipo de asma que ocorre em indivíduos intensamente sensíveis a pequenas doses de aspirina, assim como a outras medicações anti-inflamatórias não esteroides, e apresentam não apenas crises asmáticas, mas também urticária.
Asma induzida por drogas.
Tipo de asma estimulada por fumaças (resinas, epóxi, plásticos), poeiras orgânicas e químicas (madeira, algodão, platina), gases (tolueno) e outros compostos químicos (formaldeído, produtos de penicilina), geralmente ocorrendo após estimulações repetidas.
Asma ocupacional.
Morfologia da asma.
Acúmulo de muco na luz brônquica, aumento no número de células caliciformes e hipertrofia das glândulas submucosas. Presença de inflamação crônica intensa devida ao recrutamento de eosinófilos, macrófagos e outras células inflamatórias. A membrana basal subjacente ao epitélio mucoso fica espessada, e existem hipertrofia e hiperplasia das células musculares lisas.
Na asma, ocorre remodelação das vias aéreas a longo prazo. V ou F?
V.
Patogenia da asma.
Inflamação crônica das vias associadas a uma hipereatividade brônquica, na qual atuam múltiplos mediadores - depende da resposta individual e do tipo de asma. Genes de susceptibilidade interagem com fatores ambientais.
Característica do estado de mal asmático.
Crise persistente e resistente a medicação; respiração difícil
por dias. Pode ser grave e letal.
Dilatação anormal e permanente das vias aéreas proximais
associadas a processos infeciosos necrosantes.
Bronquiectasia.
Principais condições associadas à bronquiectasia.
Obstrução e infecção. Discinesia ciliar primária também pode estar relacionada.
O que é a síndrome de Kartagener?
Bronquiectasia, sinusite e situs inversus ou anormalidade
de lateralização parcial.
Cor pulmonale, abscessos cerebrais e amiloidose são complicações frequentes da bronquiectasia. V ou F?
F; não são frequentes.
Em virtude do tratamento atual com melhores antibióticos
e fisioterapia, a evolução melhorou consideravelmente e a
expectativa de vida dos indivíduos com bronquiectasia quase dobrou. V ou F?
V.
Quadro clínico da bronquiectasia.
Tosse persistente pela estagnação do muco, expectoração fétida e escarro hemoptoico (ulcerações da mucosa). Mais evidente em mudança de decúbito.
Morfologia da bronquiectasia.
Dilatação das vias aéreas, fibrose, exsudato inflamatório associado a uma descamação do epitélio de
revestimento e áreas extensas de ulceração necrosante. Pode haver pseudoestratificação das células colunares ou metaplasia escamosa do epitélio remanescente
A fibrose das paredes brônquicas e bronquiolares e fibrose
peribronquiolar surgem em casos mais agudos, levando
a graus variáveis de obliteração subtotal ou total da luz
bronquiolar. V ou F?
F; surgem em casos mais crônicos.
Dois tipos morfológicos de bronquiectasia.
Cilindróide ou sacular. Este último é caracterizado por um abaulamento localizado da parede.
Com relação ao enfisema é verdadeiro: ocorre dilatação reversível das vias aéreas distais ao bronquíolo terminal.
F.
Com relação ao enfisema é verdadeiro: o processo pode ser decorrente de uma alteração congênita levando a alteração panacinar.
V.
Com relação ao enfisema é verdadeiro: quando associado ao fumo, ocorre uma inflamação crônica supurativa com necrose liquefativa do septo alveolar.
F.
Com relação ao enfisema é verdadeiro: macroscopicamente o pulmão assume aspecto de favo de mel e quando os espaços aéreos têm mais de 1 cm fala-se em bolhas.
V.
Com relação a asma é verdadeiro: a inflamação pode ocorrer no período entre as crises.
V.
Com relação a asma é verdadeiro: histologicamente o principal achado é a hipertrofia das glândulas mucosas.
F; o achado macroscópico mais notável é a oclusão de brônquios e bronquíolos por tampões mucosos espessos e pegajosos. Histologicamente, os tampões de muco contêm espirais de epitélio descamado, que originam os conhecidos tampões mucosos de forma espiral chamados de espirais de Curschmann (estes resultam da obstrução dos ductos das glândulas mucosas subepiteliais por tampões de muco posteriormente expelidos ou de tampões nos
bronquíolos).
Com relação a asma é verdadeiro: a inflamação decorrente de infecções virais, assim como exercício e frio podem desencadear as crises.
V.
Com relação a asma é verdadeiro: entende-se por remodelação a dilatação das vias aéreas que comprime espaços alveolares e causa obstrução crônica.
F; a obstrução aguda é decorrente da bronco-constrição, edema agudo e muco, embora a remodelação das vias possa contribuir.