Cardiopatia isquêmica Flashcards
Conceito de cardiopatia isquêmica.
É o desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio e nutrientes, que na grande maioria dos casos é causado por obstrução das artérias coronárias.
Epidemiologia da cardiopatia isquêmica.
A doença isquêmica do coração atinge principalmente homens a partir da meia-idade, com pico de mortalidade na oitava década.
A diferença entre os sexos diminui progressivamente com o avançar da idade, de modo que a partir da menopausa e especialmente após a sexta década sua prevalência é aproximadamente igual em homens e mulheres. V ou F?
V.
Quando ocorre em mulheres, o infarto do miocárdio tende a ser menos grave e letal no primeiro episódio, durante a fase aguda, e causa ruptura da parede ventricular menos frequentemente. V ou F?
F; é mais grave e letal no primeiro episódio, e também causa ruptura da parede mias frequentemente.
Região mais afetada quando há deficiência no suprimento sanguíneo por obstrução por aterosclerose coronariana, geralmente em nível não crítico.
Região subendocárdica.
Sob isquemia, a contração miocárdica fica comprometida (lesão ainda reversível), mesmo antes de haver morte celular. Necrose de miocardiócitos ocorre quando a isquemia é prolongada, em geral a partir de ……………………………………
30 minutos.
Os locais mais afetados por lesões ateroscleróticas acentuadas são…
As regiões proximais da artéria coronária direita e os ramos interventricular anterior e circunflexo da artéria coronária esquerda.
As metaloproteases são enzimas que degradam o colágeno da capa fibrosa, facilitando a ruptura da placa. Qual é a fonte dessas enzimas hidrolíticas?
Células inflamatórias.
Muitas vezes as placas que se rompem, levando a trombose e infarto, são as que causam obstrução arterial intensa. V ou F?
F.
Mais importante, porém, é a composição da placa do que propriamente o grau de obstrução que ela provoca. Placas com grande conteúdo lipídico e capa fibrosa fina são mais vulneráveis a ruptura do que aquelas com capa fibrosa espessa, pois são menos rígidas. V ou F?
V.
Em 25 a 50% dos casos de trombose, os trombos se formam sem que haja ruptura da placa, o que é mais frequente em homens. V ou F?
F; mais frequente em mulheres.
Fatores que contribuem para o vasoespasmo.
Como o ateroma aumenta a distância entre o endotélio e a túnica muscular, fazendo com que o acesso do NO à camada média fica dificultado. Além disso, agregação plaquetária em correspondência com as placas ateromatosas libera tromboxano A2 (TXA2), que é potente vasoconstritor.
Os ramos colaterais das artérias coronárias tornam-se mais desenvolvidos à medida que ocorrem obstruções parciais em diferentes graus e níveis das artérias coronárias. V ou F?
V.
Síndromes da cardiopatia isquêmica são manifestações tardias de doença coronariana que provavelmente inicia na infância e na adolescência. V ou F?
V.
Fatores de risco de Framinghan.
Fatores imutáveis (sexo masculino, idade e fatores genéticos) e mutáveis (dislipidemias, HAS, DM, obesidade, estresse, sedentarismo e tabagismo).
Ramo das artérias coronárias mais atingido por eventos isquêmicos.
Ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda.
Ramos da artéria coronária esquerda.
Divide-se em: interventricular anterior, marginal esquerda e circunflexa.
Ramos da artéria coronária direita.
Divide-se em: cone arterial, marginal direita e interventricular direita.
Patogênese das síndromes isquêmicas.
Estreitamento aterosclerótico fixo, trombose de placa aterosclerótica rompida e vasoespasmo (também associado a aterosclerose).
Estreitamento aterosclerótico fixo é a etiologia mais importante na patogênese das síndromes isquêmicas. V ou F?
F; é a trombose da placa aterosclerótica rompida.
Vasos epicárdicos são afetados, frequentemente os intramurais. V ou F?
F; eles são ~massageados~.
As placas de ateroma costumam ter um lado mais desenvolvido e outro menos, ou seja, não são uniformes, o que as deixa com aspecto “em crescente”. V ou F?
V.
Pode haver revascularização da placa com o passar do tempo. V ou F?
V.
Indivíduos jovens com menos tempo de doença têm mais capacidade de fazer angiogêneses compensatórias e desenvolver anastomoses secundárias, o que levaria a quadros menos graves. V ou F?
F; indivíduos cardiopatas mais velhos com mais tempo de doença tem tempo para fazer isso porque a velocidade de progressão da doença é menor.
Determinantes da evolução da doença.
- Velocidade de progressão;
- Estado do miocárdio;
- Circulação colateral;
- Condições circulatórias (PA e trombogênese).
Por que os casos de síndromes isquêmicas são mais frequentes no inverno e pela manhã, das 6h ao meio dia?
Maior estímulo adrenérgico.
Forma mais comum de angina pectoris.
Angina estável.
O quadro aparece por aumento súbito do trabalho cardíaco, como acontece em exercícios físicos, estados de estresse, emoções ou outras condições que causam sobrecarga cardíaca.
Angina estável.
Ao ECG, encontra-se infradesnivelamento do segmento ST por a isquemia ser mais intensa na região subendocárdica.
Angina estável.
Em geral, associa-se a aterosclerose acentuada em uma ou mais coronárias. Sua patogênese, portanto, relaciona-se com fluxo sanguíneo em nível crítico por obstrução coronariana que se torna insuficiente quando há aumento da demanda (desbalanço entre demanda e oferta de sangue).
Angina estável.
O quadro doloroso desaparece com repouso ou pelo uso de vasodilatadores.
Angina estável.
Os episódios são desencadeados por pequenos esforços, ou até em repouso, e duram mais tempo (acima de 10 minutos).
Angina instável.
É o tipo de angina que geralmente precede o infarto do miocárdio.
Angina instável.
Na maioria dos pacientes, existe aterosclerose coronariana e formação de trombos não oclusivos, às vezes associados a vasoespasmos.
Angina instável.
Deve-se também a espasmos coronarianos, muitas vezes associados a placas ateromatosas. O quadro não tem relação com aumento da demanda (esforço físico, emoções etc.).
Angina de repouso ou de Prinzmetal.
Ao ECG, encontra-se supradesnivelamento do segmento ST, indicando isquemia transmural.
Angina de repouso ou de Prinzmetal.
Esta forma de angina responde rapidamente a agentes vasodilatadores.
Angina de repouso ou de Prinzmetal.
…………………………… e …………………………… são as complicações mais comuns do infarto do miocárdio.
IC e arritmias.
Infartos que ocorrem sem sintomatologia são raros. V ou F?
F; tais casos não são raros, chegando a representar 25% dos casos comprovados pelo ECG.
Infarto sem dor é comum em indivíduos…
Diabéticos.
Em alguns casos, contudo, não se encontra aumento de troponina sérica porque o paciente falece antes de ocorrer sua elevação no sangue. V ou F?
V.
No IM, um biomarcador é tanto mais efetivo quanto mais associado estiver a cardiomiócitos. Nesse contexto, o marcador mais empregado na prática é a ……………………..
Troponina.
…………………………………… consiste em área de necrose de uma região do miocárdio causada por isquemia aguda.
Infarto do miocárdio.
Clinicamente, …………………………………. manifesta-se classicamente com dor precordial com características de opressão, pontada, queimação ou outras, podendo irradiar para os membros superiores, o pescoço ou o abdome; o paciente apresenta ainda palidez, mal-estar geral, dispneia e taquicardia.
Infarto do miocárdio.
Causa principal de infarto.
Complicação de placa aterosclerótica, principalmente pela formação de trombos.
Em relação aos tipos de IM: diferença entre a topografia que atingem.
O transmural atinge toda a parede e o subendocárdico atinge o terço ou a metade interna da parede.
Em relação aos tipos de IM: tipo de trombo que causa cada um deles.
O transmural é causado por trombo oclusivo e o subendocárdico por um trombo mural ou choque.
Em relação aos tipos de IM: alterações no ECG de cada um deles.
O transmural cursa com supradesnivelamento ST + onda Q; o subendocárdico com infradesnivelamento ST.
Morte cardíaca que se passam por eventos que acontecem 24h antes da morte.
Morte súbita.
Tipo de angina relacionada com microtromboses.
Angina instável.
Comprometimento difuso e insidioso do miocárdio por isquemia, que pode levar tardiamente à insuficiência cardíaca congestiva, geralmente com episódios de angina e/ou infarto do miocárdio prévios.
Cardiopatia isquêmica crônica.
Na cardiopatia isquêmica crônica, pode haver comprometimento das valvas cardíacas, principalmente da valva…
Mitral.
Na cardiopatia isquêmica crônica, as artérias coronárias exibem graus variados de estenose por aterosclerose, muitas vezes resultantes de obstruções por trombos recanalizados. V ou F?
V.
Na cardiopatia isquêmica crônica, o coração pode estar normal, diminuído ou aumentado de volume; em geral, há diminuição de volume do órgão. V ou F?
F; em geral, há aumento do volume.
O denominador comum a todas as condições que levam a morte súbita parece ser o desenvolvimento de necrose grave. V ou F?
F; desenvolvimento de arritmia grave, principalmente fibrilação ventricular.
Os miócitos da “penumbra isquêmica” do infarto geralmente sofrem necrose dias após o evento. V ou F?
F; geralmente voltam a atividade.
Tipo de infarto que se apresenta em “ilhas”.
Subendocárdico.
Tipo de necrose que ocorre no IM.
Coagulação.
Aneurisma ventricular é uma complicação comum do IM. V ou F?
F; é raro.
Diagnóstico diferencial de infarto à macroscopia.
Milk spots -> brilhante, elevada; processo onde a incursão retroesternal resultada em fibrose.
Milk spots aparecem em indivíduos…
Trabalhadores braçais e atletas.
Milk spots representam perda de função. V ou F?
F.
Morte súbita é um evento frequente. V ou F?
V.
Formação de sulco no lóbulo da orelha que indica grau de aterosclerose maior que a média da população.
Sinal de Frank.
Praticamente todo infarto transmural compromete o …………………………………
VE.
Infarto isolado do ventrículo direito é raro. V ou F?
V.
Em cerca de 1% dos infartos agudos, existe pericardite fibrinosa. V ou F?
F; em cerca de 10%.
A mais característica é a necrose de ………………. das células cardíacas, as quais ficam mais finas e mais eosinofílicas, perdendo as estriações. Outra lesão, chamada necrose ……………………….. caracteriza-se por células contendo bandas hipereosinofílicas de miofilamentos aglomerados, com aspecto grumoso, ao lado de bandas claras sem miofilamentos; seus núcleos mostram as alterações da necrose.
Coagulação/em banda de contração.
A formação de bandas de contração parece ligada a grande acúmulo de ………………………………. devido a dano no sarcolema.
Ca intracelular.
Na periferia da região infartada, a necrose tem o aspecto de ……………………, ou seja, células globosas, vacuolizadas, com miofilamentos rechaçados junto ao sarcolema.
Miocitólise.
O número máximo de neutrófilos é encontrado em torno do ………… dias, quando o tecido já está em grande parte digerido, friável, fato que explica a maior incidência de ruptura do miocárdio em torno do fim desse período.
Segundo ao quarto.
O predomínio de tecido de reparação e o início da formação de colágeno ficam evidentes entre o …………………………….
Sétimo e décimo quarto dias.
É frequente o encontro de macrófagos contendo hemossiderina em meio ao tecido de reparação, mesmo em infartos com bastante tempo de cicatrização. V ou F?
V.
Para se fazer a chamada “datação” morfológica do infarto, a …………………………….. é a que deve ser tomada em consideração, pois é a partir dela que se dá a reparação da lesão.
Zona periférica.
Em geral, o infarto ……………. tem menor repercussão do que o …………………; porém, como atinge pacientes em que o estado geral é mais grave, isso nem sempre é de fácil verificação.
Subendocárdico/transmural.
Aneurisma cardíaco pós-infarto do miocárdio forma-se sobretudo nas lesões da…
Parede anterior do VE.
Se uma área adjacente à necrótica for atingida, o fenômeno é chamado extensão ou expansão do infarto, que se caracteriza morfologicamente pelo fato de a reparação ser mais avançada na ………………………. do que na …………………….. da lesão.
Região central/periferia.
Quando administrados nas primeiras horas após o início das manifestações, medicamentos trombolíticos melhoram a função ventricular em grande número de pacientes. V ou F?
V.
Quando o miocárdio fica cronicamente sob perfusão inadequada, mas ainda suficiente para não haver infarto, a função cardíaca torna-se deficiente. Este é o chamado …………………………….., que pode permanecer após meses ou anos de isquemia.
Miocárdio hibernante.
Mesmo quando não acontece morte celular, o retorno ao estado bioquímico e funcional normal do miocárdio muitas vezes não ocorre de imediato, podendo demorar dias. A esse fenômeno denomina-se ……………………….. ou disfunção ventricular pós-isquemia prolongada. Não há sinais morfológicos característicos dessa condição.
Miocárdio atordoado.
Fatores flogísticos liberados por células T e por macrófagos em resposta à lesão endotelial na patogenia da aterosclerose.
ICAM-1, VCAM-1, seletinas, TNF, IL-6 e INF-gama.