Prova de Título 1 Flashcards
Quais devem ser as prioridades em uma reconstrução de mão?
1) Cobertura de exposição óssea
2) Estabilização articular
3) Nervo
4) Tendão
Radiografias básicas em cirurgia da mão
Dedo: AP / P
Punho: dor em lado radial - PA com desvio ulnar / AP com punho fechado (LES) / P / OBL
dor em lado ulnar - PA / P / OBL
Segundo Wilgis, qual o tempo necessário de soltura do garrote de MMSS após 2 horas de procedimento, para que o pH volte ao normal
15 a 20 min
Segundo Green, quanto tempo é tolerado o garroteamento de MMSS com anestesia local
20 min em braço
30 min em antebraço
Podem ser potencializados com sedações
Qual a posição básica no pós operatório de imobilização na mão segundo Green
Punho: 30 a 45º de extensão
MF: 50 a 75º de flexão, nunca em extensão total
IFP: extensão quase total
Quais são as indicações relativas e contra-indicações absolutas e relativas do uso de anestesia local (bloqueio de plexo)
1) Contra-indicações absolutas:
- Recusa do paciente / Infecção no local de inserção da agulha
2) Contra-indicações relativas:
- Necessidade de avaliação pós operatória de função nervosa ou síndrome de compartimento
- Fenômeno de dupla queda (bloqueio regional piorar lesão nervosa preexistente
- Terapia de anticoagulação
- Procedimentos bilaterais
3) Indicações relativas:
- Cirurgia microvascular (bloqueio simpático prolongado provoca vasodilatação e melhora o fluxo regional, além de diminuir o vasoespasmo)
- Pacientes pediátricos (melhora da dor pós op)
- Pacientes grávidas (1º trimestre deve-se evitar anestesia geral)
- Pacientes com artrite reumatóide (risco de complicações respiratórias por imobilidade da coluna cervical / uso crônico de corticóide, assim possuem resposta de estresse endócrino diminuída
Cite anestésicos utilizados em bloqueios locais e sua duração anestésica aproximada
Procaína / curta duração / 45 - 90 min
Xylocaína / média duração / 1:30 - 3 hs
Bupivacaína / longa duração / 3 - 10 hs
Como previnir a toxicidade sistêmica (colapso cardiovascular) dos anestésicos, principalmente a bupivacaína ?
- Evitar injeção intravascular
- Use adrenalina para retardar absorção sistêmica
- Uso de benzodiazepínicos como pré anestésicos
- Fracionar a dose
Descreva o bloqueio interescaleno
- Realizado entre o escaleno anterior e médio, ao nível da cartilagem cricóide
- Bom para ombro, terço lateral da clavícula
- Rápida execução e localização
- Cobertura incompleta do tronco inferior do plexo (ulnar n pega), assim ruim para antebraço e mão
Descreva o bloqueio supraclavicular
- Borda lateral do esternocleidomastóideo e superior á clavícula
- Primeira costela é margem de segurança
- Anestesia de todo o braço
- Desvantagem: risco de pneumotórax (1 a 4%) e início lento do bloqueio
OBS: uso de USG diminui risco de pneumotórax
Descreva o bloqueio infraclavicular ou coracóide
- 2 cm medial e inferior ao coracóide
- Bom para todo MS, menos ombro
- Ideal com auxílio de USG
- Improvável de anestesiar nervo frênico, portanto boa para procedimentos bilaterais
- Desvantagem: lesão de artéria subclávia
Descreva o bloqueio axilar
- Mais distal dos bloqueios de plexo
- Bloqueio regional mais antigo e tradicional
- Palpação de artéria axilar
- Pode ser necessário anestésico no músculo coracobraquial para pegar nervo músculocutâneo
- Risco de lesão em artéria braquial
Descreva o bloqueio de cotovelo
- Pouco utilizado como técnica primária
- Usado para complementar bloqueios de plexo
- Mediano: Superior a uma linha ligando epicôndilos
- Radial: 3 a 4 cm acima do epicôndilo lateral
- Ulnar: Entre olécrano e epicôndilo medial
Descreva os bloqueios de punho
- Muito utilizados pela cirurgia da mão
- Mantém extrínsecos, paralisa intrínsecos
- Mediano: Entre palmar longo e flexor radial do carpo
- Ulnar: Medialmente ao flexor ulnar do carpo
- Radial: Ao nível do estilóide radial, seguindo para ulnar (leque)
Descreva o bloqueio digital
- Bloqueio transtecal: Nível da prega palmar digital, agulha até a falange, anestésico entre tendão flexor e periósteo
- Bloqueio transmetacarpal: Nível da prega palmar distal, 1cm proximal a articulação MF, anestesia de nervo digital comum
- Bloqueio subcutâneo: Nível da prega palmar digital, agulha inserida verticalmente em cada canto do dedo, anestesiar região dorsal / evitar anestesiar em anel (necrose)
Incidência de parestesia no pós operatório de bloqueio regional
Inferior a 3%, a maioria com resolução com 4 semanas
Incidência de neuropraxia prolongada no pós op de bloqueio regional
Raros, 0,02%
Cite a bactéria localizada em infecção por picadas e mordidas de animais
Pasteurella multocida e estreptococos
Cite a bactéria localizada em infecção por mordida humana
Eikenella corrodens
Infecção por bactérias anaeróbias são mais encontradas em pacientes:
Diabéticos e usuários de drogas injetáveis
Qual a cepa predominante em infecções da mão
S. aureus
60% destes MRSA CA (adquiridos na comunidade)
O que é a toxina PVL(Panton-Valentine-leukocidin)
- Toxina potente presente em bactérias MRSA CA, que leva a necrose de tecido, principalmente central (característica dermonecrótica)
- Variante H no Brasil / Variante I nos Eua
Descreva a anatomia da unha
Leito ungueal / placa ungueal / matriz ungueal / perioníquio / hiponíquio (queratina entre placa e leito, resistência à infecção, liga unha distal à polpa digital) / eponíquio (cutícula)
Foto
Fator predisponente de paroníquia crônica?
Imersão de mãos em soluções alcalinas (detergentes)
Diagnóstico diferencial de paroníquia aguda e crônica
Aguda: paroníquia herpética
Crônica: tumor ou cisto
Porcentagem de infecção na mão por felon
15 - 20%
Tipos de drenagem no felon
1) Incisão em boca de peixe
2) Incisão em taco de hóquei
3) Incisão Through-and-Through
4) Incisão volar (transversal e longitudinal)
5) Incisão longitudinal lateral
Técnicas cirúrgicas de paroníquia aguda e crônica
Agudo:
- Descolamento com instrumento rombo, incisão em perioníquio de distal p/ proximal
- em caso de comprometimento do eponíquio, realizar abertura bilateral de perioníquio + retirada de porção proximal de placa ungueal
Crônico:
- Marsupialização eponíquial
Cite os 4 sinais cardinais de Kanavel para tenossinovite piôgenica dos flexores
- Posição de semiflexão do dedo
- Alargamento simétrico de todo o dígito (edema fusiforme)
- Sensibilidade excessiva limita o movimento
- dor intensa na extensão passiva do dedo (dor ao longo da bainha do tendão)
O que é o espaço de Parona?
- Situa-se entre a fáscia do pronador quadrado e a bainha dos tendões FPD
- Continuidade do espaço mediopalmar
- Infecção normalmente acontece devido a ruptura de bursa radial ou ulnar
Qual a ordem de acometimento nas infecções agudas da mão (%)?
Paroníquia aguda (35%) Celulite (35%) Felon (15%) Tenossinovite (10%) Infecção dos espaços profundos (2%) Artrite séptica (2%) Osteomielite (1%)
O que significa Infecção Circundante na Paroníquia?
“Infecção circundante”: pode estender-se pelo eponíquio para a dobra oposta.
Apenas uma dobra lateral + eponíquio: eponíquia
Qual a etiologia da Paroníquia e agente mais comum?
Causa: rompimento da vedação entre a placa ungueal e a dobra ungueal
S.aureus (na onicofagia = flora mista)
Quais os agentes mais comuns da Celulite da mão?
Porta de entrada nem sempre presente.
S.pyogenes e S.aureus (vesículas)
Qual a definição de FELON?
Abscesso subcutâneo da polpa digital que envolve o coxim gorduroso.
SUPERFICIAL: infecção apical.
Os múltiplos septos fibrosos verticais são envolvidos e causam compressão na polpa digital.
S. aureus (também relatados G-, geralmente imunocomprometidos ou diabéticos).
Característica da dor no FELON?
dor (não se estende pela IFD)
Evolução do FELON
Aumento da pressão - comprometimento retorno venoso - lesão microvascular, desenvolvimento de necrose e abscesso
Expansão do abscesso (com destruição dos septos):
Em direção à falange = osteomielite
Em direção à pele = necrose e fístula
Infecções crônicas da mão são comuns? Qual o procedimento diagnóstico sempre necessário?
Raras.
Consideradas em qualquer lesão crônica da mão.
Biópsia e culturas devem ser sempre realizadas para DX diferencial - principalmente imunocomprometido.
Qual era a infecção crônica mais comum da mão?
Tuberculose
Atualmente como se encontra a infecção pelo Mycobacterium Tuberculosis?
Infecções com mycobactéria não tuberculosa (atípica) da mão atualmente são mais comuns q as infecções por M. tuberculosis
Qual a infecção crônica FÚNGICA da mão mais comum na America do Norte?
ESPOROTRICOSE
Qual a infecção crônica BACTERIANA da mão mais comum na America do Norte?
NOCARDIOSE
Qual a infecção crônica BACTERIANA da mão mais comum nos paises em desenvolvimento?
HANSENÍASE
Qual a infecção crônica PARASITICA da mão mais comum? Onde é encontrada?
Protozoário = PROTOTHECA
Esporadicamente na Africa, America do Sul, Asia
NÃO na America do Norte.
Quais os estados de imunossupressão mais comuns que tornam o paciente susseptível a infecção crônica da mão?
hipogamaglobulinemia congênita, infecção por HIV, transplante de órgãos, malignidades sanguíneas, anemia pancitopênica, LES e DM
Que tipo de cultura deve ser solicitada para diagnóstico do agente na infecção crônica?
cultura para bactérias (anaeróbicas e aeróbicas), micobactérias (tipicas e atipicas) e fungos.
Qual a melhor amostra para culturas?
Amostra tecidual.
Melhor que SWAB.
Para a coleta de material amostral para a cultura, qual a melhor técnica?
Biópsia aberta é melhor que aspiração por agulha, biópsia por punção ou curetagem superficial
Quais as colorações utilizadas na identificação de organismos na infecção crônica?
Coloração de Gram para bactéria, coloração acid-fast para micobactéria e coloração KOH para fungos
Como se faz a distribuição do “eight pack” do material coletado?
50% - histopatologico (formol)
50% - microbiologia (s/formol ou soro)
desses:
1 - Gram = bactéria
2- Acid-fast (Ziehl-Neelsen ou Kinyoun) = micobact
3 - KOH = fungo
Os próximos “five packs” são para cultura: 1 para aeróbios, 1 para anaeróbios, 1 para micobactérias, 1 para micobactérias atípicas e 1 para fungos