PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL Flashcards

1
Q

No recurso administrativo, a reformatio in pejus é inconstitucional, por violar o princípio da especialidade e da segregação das funções;

A

FALSO

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2
Q

Das decisões administrativas cabe recurso, em regra, apenas nos aspectos que se referem à legalidade do decidido, e a admissibilidade de que o recurso reveja o mérito (conveniência e oportunidade) depende de explícita previsão legal, pena de afronta à competência dos agentes públicos, previamente definida em lei;

A

FALSO. “Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.”

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3
Q

É inconstitucional a exigência de depósito em dinheiro, ou arrolamento de bem, para admissibilidade de recurso administrativo; é admissível, porém, a exigência de fiança ou outra caução.

A

ERRADO. O STF editou a Súmula Vinculante n.º 21, que assim estabelece: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.” Se o STF entende por inconstitucional o arrolamento de bens e o depósito em dinheiro, como condições para admissibilidade de recursos administrativos, parece legítimo sustentar que também seria vedado, pela razão fundamental, exigir fiança ou outros mecanismos de caução.

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4
Q

O princípio da gratuidade exige que todos os processos administrativos sejam gratuitos.

A

ERRADO. O princípio da gratuidade é previsto no Art. 2o, parágrafo único, XI, da Lei 9784/99, o qual impõe a vedação a cobrança de despesas processuais no processo
administrativo, salvo as hipóteses legais. Assim, é possível que, havendo previsão em lei, determinados processos administrativos não sejam, parcial ou integralmente, gratuitos.

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5
Q

A exemplo do processo judicial, em que a instauração se dá de ofício, no processo administrativo, o princípio da oficialidade somente vigora após a provocação da autoridade administrativa pelo interessado.

A

FALSO. NO PROCESSO JUDICIAL NÃO É DE OFÍCIO, PRECISA DE PROVOCAÇÃO. JÁ NO ADM PODE SER FEITO DE OFÍCIO.

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6
Q

Embora se aplique no processo administrativo o chamado princípio do informalismo ou do formalismo moderado, há necessidade de maior formalismo nos processos que envolvem interesses dos particulares, como é o caso dos processos de licitação, disciplinar e tributário.

A

CERTO

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7
Q

Conforme o princípio do formalismo moderado, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada, salvo por exigência legal.

A

CERTO

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8
Q

O princípio da ampla defesa impõe a participação de advogado em todas as fases do procedimento administrativo disciplinar.

A

eRRADO. Consoante prevê o art. 3o, IV, da Lei 9784/99, é assegurado ao administrado fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Nesse sentido também, dispõe a Súmula Vinculante 5 que “a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.”

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9
Q

Por força do princípio da verdade material, admite-se a utilização, em processo administrativo, de provas obtidas por meio ilícito, desde que produzidas de boa-fé.

A

ERRADO. Estabelece o Art. 30 da Lei 9784/99 que “são inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos”.

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10
Q

De acordo com a Lei n. 9.784/99 (Processo Administrativo), a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, taxatividade, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

A

O item julgado está errado.

Não há previsão do “principio da taxatividade”. Por outro lado, a assertiva não menciona o principio da moralidade, previsto na Lei do Processo Administrativo Federal.

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11
Q

Conforme sua conveniência e oportunidade, a administração pública pode, motivadamente, adotar providências acauteladoras em processos administrativos sem a prévia manifestação do interessado.

A

O item julgado está errado.

“Art. 45, Lei 9.784/99. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.”

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12
Q

Os preceitos da Lei n° 9.784/99, também se aplicam aos órgãos do Poder Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

A

certo

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13
Q

São legitimados como interessados no processo administrativo, entre outros, aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada.

A

CERTO

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14
Q

A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até noventa dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

A

FALSO. É 30 DIAS

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15
Q

A possibilidade de reconsideração por parte da autoridade que proferiu uma decisão objeto de recurso administrativo atende ao princípio da eficiência.

A

CERTO

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16
Q

São legitimados como interessados no processo administrativo:
pessoas que têm interesse direto ou indireto na matéria;

A

ERRADO. Tendo em vista que os servidores ou as autoridades que tenham interesse direto ou indireto na matéria são impedidas de atuar em processo administrativo, de acordo com o art. 18, I, da Lei nº 9.784 de 1999.

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17
Q

São legitimados como interessados no processo administrativo pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;

A

CERTO. Com base no art. 9º, II, da Lei nº 9.784 de 1999.

Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o indiciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

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18
Q

Aplica-se ao processo administrativo o princípio da verdade material o que permite à Administração ir além do alegado e/ou provado pela parte.

A

CERTO. VERDADE REAL E MATERIAL.

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19
Q

A ausência de defesa por advogado é causa de nulidade do processo administrativo disciplinar em homenagem ao princípio da ampla defesa.

A

ERRADO.A presente opção diverge frontalmente do teor da Súmula Vinculante n.º 5 do STF, no seguinte sentido: “ A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.”

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20
Q

Em atenção ao princípio da oficialidade, a Administração depende de prévia provocação, quer para instaurar processo administrativo, quer para dar-lhe seguimento.

A

ERRADO. o princípio da oficialidade permite que a Administração instaure e dê seguimento, de ofício, aos respectivos procedimentos administrativos, sem a necessidade, pois, de aguardar regular provocação de interessados.

21
Q

A Lei nº 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria

A

CERTO

22
Q

Analisando as disposições da Lei nº 9.784/1999,É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados.

A

ERRADA. De acordo com o art. 18, I, da Lei nº 9.784/1999, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria. A amizade íntima ou inimizade notória justifica a suspensão (art. 20).

23
Q

o processo administrativo é regido pelo princípio da oficialidade, explícito na Lei nº 9.784/1999.

A

:
CORRETA. O princípio da oficialidade está previsto explicitamente no art. 2º, parágrafo único, XII da Lei nº 9.784/1999: (…) impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados.

24
Q

a Lei nº 9.784/1999 não pode ser aplicada aos estados e municípios, devendo estes, obrigatoriamente, editar legislações próprias.

A

ERRADA. De acordo com a súmula nº 633 do STJ, a Lei nº 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria”.

25
Q

o direito da Administração de revogar os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

A

ERRADA. De acordo com o art. 54 da Lei nº 9.784/1999, o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

26
Q

De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, o recurso administrativo deve ser dirigido à autoridade
que tiver proferido a decisão, a qual, se não a reconsiderar, deverá encaminhá-lo à autoridade superior.

A

CERTO. o disposto nesta alternativa é praticamente a transcrição do art. 56, §1º, da Lei federal n.º 9.784/1999. Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

27
Q

A invalidação de atos administrativos de que decorram efeitos concretos favoráveis a particulares deve ser precedida de regular processo administrativo.

A

Verdadeiro: Foi a tese fixada pelo STF no RE 594296 (tema 0138 da lista de repercussão geral): “Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já tiverem decorrido efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo administrativo”.

28
Q

É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 anos para anulação de atos administrativos reputados inválidos pela Administração Pública estadual.

A

Verdadeiro: Foi a tese fixada pelo STF na ADI 6019/SP (Informativo nº 1.012): “É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 (dez) anos para anulação de atos administrativos reputados inválidos pela Administração Pública estadual”. (STF. Plenário. ADI 6019/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 12/4/2021)

29
Q

O prazo decadencial de 5 anos para anulação de atos administrativos previsto na Lei 9.784/1999 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal.

A

Verdadeiro

30
Q

Em caso de flagrante ilegalidade do ato administrativo, é dado ao Poder Judiciário determinar à Administração Pública que proceda à revogação de tal ato.

A

falso: Em caso de ilegalidade, o ato deve ser anulado. Lembre-se que não é dado ao Poder Judiciário a prerrogativa de adentrar ao mérito do ato administrativo (fato que ensejaria, em tese, a sua revogação).

31
Q

prefeito de um município brasileiro delegou determinada competência a um secretário municipal. No exercício da função delegada, o secretário emitiu um ato ilegal. Nessa situação, a responsabilidade pela ilegalidade do ato deverá recair apenas sobre a autoridade delegada.

A

certo.

Em geral, a responsabilidade pelos atos decorrente de delegação cabe ao delegado.

Quem pratica o ato é que é o responsável, ou seja, quem responde. Nesse sentido a súmula 510 do STF:

Súmula 510 STF - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

32
Q

A respeito de improbidade administrativa, processo administrativo e organização administrativa, julgue o item seguinte.

Caso o administrado não atenda a intimação em processo administrativo, incidirá o ônus de reconhecimento da verdade dos fatos alegados.

A

Errado.

Não existe revelia nos processos administrativos (artigo 27 da Lei 9784). Portanto, desatender a intimação NÃO significa que:

→ quem desatendeu reconheceu a verdade dos fatos;

→ quem desatendeu renunciou o seu direito.

33
Q

recurso hierárquico impróprio é interposto para fora da entidade que proferiu a decisão recorrida

A

CERTO

34
Q

embora não esteja previsto de forma explícita, o processo administrativo é regido pelo princípio da oficialidade.

A

iNCORRETA. O princípio da oficialidade está previsto explicitamente no art. 2º, parágrafo único, XII da Lei nº 9.784/1999: (…) impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados

35
Q

No processo administrativo, os cidadãos e as associações têm legitimidade para interpor recurso administrativo, quando se tratar de direitos ou interesses difusos.

A

O item julgado está correto.

De acordo com a Lei nº 9.784/1999, em seu art. 58 - Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

36
Q

O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

A

falso. 5 anos

37
Q

No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de prescrição contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

A

falso. é decadência

38
Q

Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.

A

certo

39
Q

Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos insanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

A

falso. pode desde que os defeitos sejam sanáveis.

40
Q

A admissão do recurso administrativo independe da comprovação do depósito prévio das custas.

A

correto.

Súmula Vinculante 21: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”

E de acordo com a Lei nº 9.784/1999, em seu art. 56. § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.

41
Q

A desistência do interessado quanto a pedido formulado à administração pública impede o prosseguimento do processo.

A

falso. § 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige.

42
Q

O recurso administrativo é meio hábil para propiciar o reexame da atividade da Administração por razões de legalidade ou de mérito.

A

certo

43
Q

O recurso hierárquico impróprio é aquele dirigido pela parte, à autoridade ou órgão estranho à repartição que expediu o ato recorrido, mas com competência julgadora expressa.

A

certo. o recurso hierárquico impróprio é aquele interposto para fora da entidade que proferiu a decisão recorrida (ex.: recurso interposto contra decisão proferida por autarquia federal perante determinado Ministério ou Presidente da República).

44
Q

A reprodução mecânica dos fundamentos de decisões para diferentes casos, ainda que versem sobre hipóteses de mesma natureza, acarreta prejuízo presumido aos administrados, motivo por que é vedada.

A

falso. é possível.

45
Q

O direito da administração de anular atos dos quais decorram efeitos favoráveis aos interessados prescreve em quatro anos.

A

falso. 5 anos

46
Q

O recurso administrativo, que, em regra, não tem efeito suspensivo, deve ser interposto perante a autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

A

certo

47
Q

As decisões administrativas a respeito de reexame de ofício não dispensam a necessidade de motivação.

A

certo

48
Q

O processo administrativo que resultar em sanção poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, se surgirem fatos novos relevantes que justifiquem a inadequação da sanção, podendo esta ser amenizada ou agravada.

A

falso. não pode ser agravado.

49
Q

A motivação dos atos administrativos poderá se dar por simples concordância com os fundamentos de parecer em que se baseie o ato, hipótese em que o documento passará a integrar o ato em si.

A

certo