PRÉ/PERI/PÓS OPERATÓRIO ‼️ Flashcards

1
Q

Quais os exames pré operatórios de acordo com a idade segundo o Sabiston?

A

1) < 45 anos: nenhum exame
2) 45-54 anos: ECG apenas para homens
3) 55-70 anos: ECG + hemograma
4) > 70 anos: ECG + hemograma + Ur + Cr + eletrólitos + glicose

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2
Q

Como é feita a quantificação dos METs?

A

1 MET: cuidados próprios (comer, vestir-se, ir ao banheiro)
4 METs: subir um lance de escadas ou uma ladeira
4-10 METs: trabalho pesado de casa (esfregar chão, arrastar móveis)
> 10 METs: participar de esportes extenuantes (natação, tênis, futebol)

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3
Q

Qual o limite de METs para submeter um paciente a uma cirurgia eletiva?

A

4 METs

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4
Q

Quando devem ser solicitados EAS e urinocultura no pré operatório?

A

Em cirurgias urológicas ou com manipulação do trato urinário

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5
Q

Quando deve ser solicitado coagulograma no pré op?

A

1) Grandes cirurgias
2) Cardíaca, torácica
3) Perda estimada de sangue > 2 L
4) Intracraniana
5) Hepática
6) Renal

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6
Q

Quais exames são necessários num pré op de cirurgia de catarata?

A

Nenhum

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7
Q

Como é a classificação de ASA?

A

I) Saudável (não tabagista, sem consumo ou consumo leve de álcool)
II) Doença sistêmica leve, controlada (HAS controlada, DM sem complicações, gestação, tabagismo, anemia, obesidade)
III) Doença sistêmica que limita a atividade, mas não incapacita (DM com complicações vasculares, HAS não controlada, MP; AVC, AIT, IAM com > 3m)
IV) Doença incapacitante que ameaça constantemente sua vida (história com < 3m de IAM, AVC, AIT, doença coronariana com stent)
V) Moribundo, que provavelmente não sobreviverá mais de 24h com ou sem a cirurgia
VI) Morte cerebral submetido a retirada de órgãos para transplante

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8
Q

Que 4 condições podem levar ao adiamento ou cancelamento do procedimento cirúrgico eletivo?

A

1) Síndromes coronarianas instáveis (angina instável e IAM)
2) Insuficiência cardíaca descompensada
3) Arritmias importantes
4) Doença valvar cardíaca grave

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9
Q

Quando está indicado o ECG pré operatório?

A

1) Paciente com história ou sinal de doença cardiovascular
2) Episódio recente de dor torácica isquêmica
3) Pacientes de alto risco
4) Todos os pacientes com DM

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10
Q

Qual o período ideal para realização de cirurgia não cardíaca eletiva em pacientes vítimas de IAM?

A

4 a 6 semanas após o evento coronariano agudo

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11
Q

Quais são os critérios avaliados no índice cardíaco revisado de Lee?

A

1) Operação intraperitoneal, intratorácica ou vascular suprainguinal
2) Doença arterial coronariana (ondas Q, sintomas de isquemia, teste positivo, uso de nitrato)
3) ICC (clínica, RX de tórax com congestão)
4) Doença cerebrovascular, DM em insulinoterapia, Cr pré operatória > 2

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12
Q

Quais são as classes de risco segundo o índice cardíaco revisado de Lee?

A

I- nenhuma variável (risco 0,4%)
II - uma variável (risco 0,9%)
III- duas variáveis (risco 7%)
IV- 3 ou > variáveis (risco de 11%)

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13
Q

Quando se deve fazer prova de função pulmonar pré operatória?

A

1) Qualquer tipo de ressecção pulmonar
2) Cirurgias torácicas que necessitem de ventilação monopulmonar
3) Cirurgias abdominais de grande porte em > 60 anos portadores de múltiplas comorbidades

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14
Q

Quais os principais problemas encontrados em doentes renais crônicos candidatos à cirurgia?

A

1) Elevada incidência de isquemia e disfunção miocárdica
2) Desnutrição (principalmente os dialíticos)
3) Propensão à hipercalemia
4) Maior risco de complicações hemorrágicas
5) Difícil controle da PA
6) Excreção dificultará de alguns anestésicos e analgésicos

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15
Q

Como deve ser feito o controle das medicações antidiabéticas orais no pré e pós operatório?

A

1) Suspender na manhã do procedimento
2) Retomar assim que o paciente voltar a se alimentar no pós operatório
3) Metformina só pode ser reiniciada se a função renal no pós op se encontrar normal (pelo risco de acidose láctica)

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16
Q

Quais as orientações quanto ao uso de insulina no pré operatório?

A

1) NPH: manter doses do dia anterior; no dia, se cirurgia no primeiro horário, usar 2/3 da dose; se cirurgia pela manhã, 1/2 da dose; se cirurgia à tarde, 1/3 da dose
2) Determir, glargina e degludeca: manter dose do dia anterior; reduzir à metade no dia da cirurgia
3) Rápida ou ultrarrápida: suspender as doses prandiais fixas; manter esquema escalonado durante jejum
4) Manter infusão de soro glicosado 5% quando o paciente estiver em jejum com monitorização de hora em hora durante a cirurgia

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17
Q

Como se faz o preparo do paciente com hipertireoidismo?

A

1) Cirurgia só deve ser realizada quando o estado eutireoideo for alcançado
2) ECG e dosagem de eletrólitos pré op
3) Manter medicações antireoidianas na manhã da cirurgia e retorná-las quando a dieta VO for reintroduzida
4) Lugol: feita por 10 dias para indução do efeito Wolff-Chaikoff

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18
Q

Como deve ser o manejo do corticoide em pacientes que fazem uso crônico?

A

1) Cirurgia de pequeno porte (anestesia local, hérnia): manter dose habitual de CTC pela manhã sem necessidade de nova dose de ataque; manter dose habitual nas 24h perioperatórias
2) Cirurgia de médio porte (ATQ): manter dose habitual de CTC + 50 mg de hidrocortisona em bolus na indução; manter dose habitual nas 24h perioperatórias
3) Cirurgia de grande porte: manter dose habitual de CTC + 100 mg de hidrocortisona em bolus na indução; manter 50mg de hidrocortisona a cada 8h nas 24h perioperatórias

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19
Q

Quando está indicada a transfusão no pré operatório?

A

Quando Hb < 6 g/dL

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20
Q

Quais os fatores de risco para tromboembolismo venoso em pacientes cirúrgicos?

A

1) Idade avançada
2) Obesidade
3) Tabagismo
4) Cateterização venosa central
5) Tromboembolismo prévio
6) Imobilização
7) Neoplasias e QT
8) IC

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21
Q

Qual o escore que avalia o risco de tromboembolismo no paciente submetido à cirurgia?

A

Escore de Caprini

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22
Q

Quais as formas de prevenção do TEV?

A

1) Heparina de baixo peso molecular (40mg/d SC)
2) Deambulação precoce
3) Profilaxia mecânica (compressão pneumática intermitente)
4) Heparina não fracionada (5000 UI 8/8h)
5) Fondaparinux

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23
Q

Como e quando se faz a antibioticoprofilaxia em cirurgia?

A

1) Até 60 min antes da incisão cirúrgica
2) Cirurgias limpas (classe I): profilaxia antibiótica não é obrigatória, exceto na colocação de próteses ou nas incisões ósseas ou em procedimentos em que o processo infeccioso seja catastrófico
3) Cirurgias limpas-contaminadas e contaminadas (classes II e III): profilaxia obrigatória
4) Cirurgias sujas (classe IV): profilaxia e pode ser necessário continuar a administração de ATB para TTO das infecções

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24
Q

Quando devem ser repicadas as doses de ATB profilático na cirurgia?

A

1) De acordo com a meia vida do fármaco
2) De acordo com a duração do procedimento
3) Cirurgias nas quais há perda excessiva de sangue (> 1500 ml)

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25
Q

Como podem ser classificadas as cirurgias de acordo com o nível de contaminação?

A

1) Limpa: não traumática; sem entrar em trato respiratório, TGI ou geniturinário (ex: cirurgia cardíaca, neurocirurgia, cirurgia plástica, ortopédica, herniorrafia, CVL)
2) Limpa-contaminada: entra no TGI ou respiratório, sem extravasamento significativo (ex: cirurgia orofaríngea, esôfago, biliar, cólon e reto, HT, cesariana)
3) Contaminada: extravasamento significativo do TGI, feridas traumáticas (ex: colecistectomia em quadro de colecistite aguda, apendicectomia)
4) Suja e infectada: infeccao clínica com supuração prévia à cirurgia (ex: apendicite aguda supurada, colecistite com empiema)

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26
Q

Que medicamentos podem ser mantidos no dia da cirurgia?

A

1) Anti-hipertensivos
2) Psicotrópicos
3) Anticonvulsivantes
4) Drogas pulmonares inaladas ou nebulizadas
5) Levotiroxina, propiltiouracil e metimazol

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27
Q

Que medicamentos devem ser suspensos no dia da cirurgia?

A

1) Antidiabéticos orais
2) Vitaminas
3) Redutores de colesterol
4) Diuréticos (?)

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28
Q

Que medicamentos devem ser suspensos dias antes da cirurgia?

A

1) Aspirina: 7-10 dias antes
2) Clopidogrel, prasugrel: 7-10 dias antes
3) AINE: 1-3 dias antes
4) Estrogênio e tamoxifeno: 4 semanas antes
5) Anticoagulantes orais: 4-5 dias antes (checar INR)

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29
Q

Como deve ser a conduta em relação ao warfarin no pré operatório?

A

1) Suspender o uso 4-5 dias antes
2) Obter INR no dia anterior à cirurgia, que deve estar < 1,5
3) Iniciar HBPM em dose terapêutica para pacientes de alto risco de trombose

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30
Q

Que fitoterápicos aumentam o risco de sangramento durante a cirurgia e devem ser suspensos?

A

1) Extrato de alho
2) Ginkgo biloba
3) Ginseng

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31
Q

Que medida laboratorial auxilia na verificação do estado nutricional do paciente?

A

Albumina < 3,5

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32
Q

Quais as indicações de terapia de suporte nutricional?

A

1) História prévia de desnutrição ou doença crônica
2) Perda involuntária > 10-15% do peso corporal normal dentro de 6 meses ou > 5% em 1 mês
3) Perda de sangue esperada > 500 ml
4) Albumina < 3 ou transferrina < 200 na ausência de estado inflamatório, disfunção hepática ou renal
5) Doença catabólica (queimaduras, trauma significativo, sepse, pancreatite)

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33
Q

Como é a classificação de Mallampati?

A

I- palato mole, fauce, úvula e pilares palatinos visíveis
II- palato mole, fauce e úvula visíveis
III- palato mole e base da úvula visíveis
IV- palato mole não totalmente visível

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34
Q

Qual o papel das drogas anestésicas?

A

1) Agentes inalatórios: induzem inconsciência, analgesia e discreto relaxamento muscular; principais drogas de manutenção
2) Agentes hipnóticos IV: induzem sedação, amnésia e inconsciência; são os indutores anestésicos mais usados em adultos
3) Opioides: drogas de manutenção da analgesia, controlam a resposta neurovegetativa
4) Bloqueadores neuromusculares: somente bloqueio neuromuscular
5) Anestésicos locais: bloqueiam impulsos nervosos, inativando o canal de Na+ dentro da célula

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35
Q

Qual a diferença entre raquianestesia e peridural?

A

1) Ráqui: injeção de anestésico local no espaço subaracnoídeo; bloqueio sensitivo e motor com formação de nível medular; ação rápida e previsível; só pode ser feita na região lombar
2) Peridural: injeção de anestésico local no espaço peridural; bloqueio sensitivo e motor; permite colocação de cateter; melhor controle da dor no pós op; pode ser mais alta

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36
Q

Quais as características da anestesia geral?

A

1) Inconsciência, analgesia, relaxamento muscular e controle da resposta neurovegetativa
2) Atingida por associação de anestésicos
3) Indicada na maioria das cirurgias abdominais altas e torácicas
4) 4 tipos de induções: intravenosa; sequência rápida; inalatória e composta balanceada

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37
Q

Como é a classificação de Cormack Lehane na laringoscopia?

A

Grau I: glote bem visível
Grau II: somente parte posterior da glote é visualizada
Grau III: somente a epiglote pode ser visualizada
Grau IV: nem epiglote nem glote são visíveis

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38
Q

Que achados são preditores de via aérea difícil?

A

1) Incisivos longos comparados ao resto dos dentes
2) Prognatismo
3) Micrognatia
4) Pescoço curto e pescoço com diâmetro aumentado
5) Palato estreito ou muito arqueado
6) Mallampati IV
7) Limitação da mobilidade cervical

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39
Q

Quais são os agentes inalatórios e suas características?

A

1) Óxido nitroso: sempre associar com outro anestésico inalatório; anestésico fraco
2) Halotano: atualmente em desuso; maiores efeitos cardiológicos
3) Isoflurano: seguro e sofre metabolismo mínimo; é o que menos deprime a contratilidade miocárdica e faz Vasodilatação coronariana; mais potente; cheiro ruim
4) Sevoflurano: odor suave, não induz laringoespasmo; rápido início de ação (bom para pacientes pediátricos)

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40
Q

Quais as contraindicações ao uso dos agentes inalatórios?

A

1) Hipovolemia

2) Hipertermia maligna

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41
Q

Como é medida a potência de uma anestésico volátil? Qual a diferença de potência dos principais anestésicos inalatórios?

A

1) Pela concentração alveolar mínima (CAM) - quanto menor a CAM, mais potente é o agente
2) Halotano (CAM 0,75); isoflurano (CAM 1,15); óxido nitroso (CAM 105); sevoflurano (CAM 2)

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42
Q

Quais as características mais importantes dos anestésicos inalatórios?

A

1) Halotano: mais associado a efeitos colaterais e maior potência
2) Isoflurano: menor metabolismo
3) Óxido nitroso: maior velocidade de indução e emergência e menor potência

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43
Q

Como se monitora a profundidade da anestesia?

A

1) Pelo índice biespectral (BIS)
2) Valores variam de 0-100
3) 0 é um BIS isoelétrico (sem atividade cerebral)
4) 100 é EEG típico de um paciente acordado
5) BIS alvo de anestesia geral é de 40-60

44
Q

Quais as características do tiopental (agente hipnótico IV)?

A

1) Barbitúrico
2) Alta lipossolubilidade (difunde rapidamente pela BHE, com rápida indução => < 30s)
3) Meia vida longa e lenta metabolização hepática
4) Efeitos colaterais: hipotensão e depressão respiratória;
5) Reduz a PIC (bom para hipertensão intracraniana)

45
Q

Quais as características do propofol (agente hipnótico IV)?

A

1) Rápida indução
2) Meia vida curta (2-8 min)
3) Menos efeitos colaterais tardios
4) Alto custo
5) Pode causar dor intensa ao ser injetado e é meio de cultura para bactérias
6) Efeitos colaterais: hipotensão, depressão respiratória, reducao da PIC, dislipidemia e acidose metabólica
7) Incapaz de produzir hipertermia maligna

46
Q

Quais as características do etomidato (agente hipnótico IV)?

A

1) Indução rápida
2) Não promove alterações do sistema cardiovascular (bom para cardiopatas e betabloqueados)
3) Dor na aplicação
4) Não é uma droga boa para manutenção da anestesia
5) Induz supressão adrenocortical dose-dependente (pode gerar insuficiência adrenal)
6) Produz broncoespasmo e hipotensão (por liberação de histamina)

47
Q

Quais as características da quetamina (agente hipnótico IV)?

A

1) Produz amnésia e analgesia
2) Efeito vasoconstritor importante
3) Boa opção no choque hemorrágico
4) Produz anestesia dissociativa
5) Pode causar alucinações, pesadelos, delirium (pode ser evitado com uso prévio de benzo)
6) Aumenta a PIC
7) Promove broncodilatação

48
Q

Quais os efeitos colaterais dos opioides na anestesia?

A

1) Náuseas e vômitos
2) Depressão respiratória
3) Íleo paralítico
4) Prurido
5) Retenção urinária
6) Tórax duro (dificulta ventilação => fazer BNM para reverter a situação)

49
Q

Que sinais sugerem que o paciente está sentindo dor durante a cirurgia?

A

1) Aumento da PA > 15 mmHg do valor basal
2) Taquicardia > 90 bpm na ausência de hipovolemia
3) Respostas somáticas (movimentos corporais)
4) Sinais autonômicos (sudorese, lacrimejamento, flushing)

50
Q

Quais os dois tipos de bloqueadores neuromusculares?

A

1) Agentes despolarizantes: bloqueiam os receptores de acetilcolina na fenda sináptica; fazem fasciculações seguidas de relaxamento muscular; tem efeito rápido (nao indicados em cirurgias longas) succinilcolina (comumente usada na IOT)
2) Agentes não despolarizantes: competem com acetilcolina por seus receptores; promovem intenso e contínuo relaxamento muscular; rocurônio, cisatracúrio

51
Q

Quais as características da succinilcolina?

A

1) Promove hipercalemia
2) Um dos agentes mais associados à hipertermia maligna
3) Pode causar dor muscular no pós op
4) Uso crônico pode promover miopatia
5) Aumenta pressões intragástrica, intracraniana e intraocular

52
Q

Quais são as drogas capazes de reverter o bloqueio neuromuscular?

A

1) Anticolinesterásicos (neostigmina, edrofônio)

2) Sugammadex (reverte o BNM por rocurônio)

53
Q

O que é pKA?

A

É o pH em que uma substância encontra-se metade em sua forma ionizada (hidrossolúvel) e metade em sua forma não ionizada (lipossolúvel)

54
Q

Por que é difícil anestesiar áreas inflamadas?

A

Pois são áreas com pH ácido, portanto os anestésicos encontram-se na sua forma ionizada (hidrossolúvel) por terem seu pKA alto

55
Q

Qual a sequência de bloqueio das fibras nervosas pelo anestésico local?

A

Dor - frio - calor - tato - pressão profunda - motor

56
Q

Quais as características dos anestésicos locais?

A

1) Bupivacaína: alta potência; necessita de menor quantidade de anestésico; boa para raqui; dose máxima menor
2) Lidocaína: boa para bloqueios mais extensos (bloqueios periféricos, peridurais); possui dose máxima maior que a bupivacaína

57
Q

Quais os principais efeitos colaterais dos anestésicos locais?

A

1) Dormência perioral e parestesia de língua
2) Tontura
3) Zumbido (sintoma precoce)
4) Borramento visual
5) Agitação, nervosismo,
6) Fala arrastada, sonolência, queda do nível de consciência

58
Q

Qual a dose máxima da lidocaína?

A

1) 4,5 - 5 mg/kg sem vasoconstritores

2) 7mg/kg com vasoconstritores

59
Q

Por que o diafragma raramente é acometido nas anestesias de neuroeixo?

A

Pois o nervo frênico tem sua origem na região cervical

60
Q

Quais os principais efeitos colaterais da raquianestesia?

A

1) Hipotensão
2) Bradicardia
3) Disfunção cardiorrespiratória
4) Cefaleia pós punção (pela perda de LCR pelo sítio da anestesia; TTO com hidratação, repouso e anestésicos a base de cafeína, blood patch em casos extremos)

61
Q

O que é a manobra de Sellick e para que serve?

A

1) Compressão da cartilagem tireoide na IOT

2) Para evitar broncoaspiração

62
Q

Quando devemos preferir a anestesia geral em relação à anestesia de neuroeixo?

A

Em caso de choque (pelo risco de hipotensão)

63
Q

Quais as principais complicações de vias aéreas no pós anestesia?

A

1) Obstrução: efeito anestésico residual, que cursa com queda de língua e tecidos da orofaringe; deve-se fazer o jaw thrust e head tilt e colocação de cânula de Guedel
2) Hipoxia e hipoventilação: hipoxemia pode ocorrer por hipoventilação ou atelectasia

64
Q

Que complicações são comuns após a anestesia e como resolvê-las?

A

1) Agitação e delirium
2) Investigar hipoxia, acidose, hipotensão, hipoglicemia, DHE, reações adversas a medicamentos
3) Tratar os sintomas com analgesia

65
Q

Quais as complicações circulatórias pós anestesia?

A

1) Hipotensão: suspeitar de hipovolemia; fazer volume, aminas vasopressoras e posição de Trendelenburg
2) Hipertensão: mais comumente causada por dor, ansiedade, HAS não controlada, Hipoxia, hipercapnia

66
Q

Quais as manifestações do bloqueio neuromuscular residual?

A

1) Hipoventilação alveolar (com hipercapnia e hipoxemia)
2) Retorno lento da consciência
3) Taquicardia
4) Midríase

67
Q

Quais os problemas da hipotermia no pós anestesia?

A

1) Disfunção plaquetária e de fatores de coagulação com risco de sangramento
2) Aumento do risco de infecções
3) Prejuízo na cicatrização de feridas
4) Aumento do tônus simpático

68
Q

Como se define hipotermia?

A

Pela avaliação da temperatura corpórea central (através de cateter de artéria pulmonar, membrana timpânico)

69
Q

Quais as características da hipertermia maligna?

A

1) Desordem do músculo esquelético de caráter autossômico dominante
2) Crise hipermetabólica potencialmente fatal
3) Agentes mais envolvidos são os anestésicos halogenados inalados (halotano, desfrutando, sevoflurano)
4) Taquicardia, arritmias, elevações de temperatura, acidose
5) Espasmo do masseter, Taquipneia, hipercapnia, flush, hipoxemia, hipotensão, rabdomiólise
6) TTO com dantrolene venoso

70
Q

Que manifestações endócrina, metabólica e imune são comuns no pós operatório?

A

1) Íleo adinâmico (catecolamina e opioides endógenos)
2) Oligúria funcional (ADH)
3) Alcalose mista (aldosterona, drenagem nasogástrica, hiperventilação anestésica)
4) Hiperglicemia (glucagon)
5) Elevação discreta da temperatura (IL1)
6) Anorexia (TNF-alfa)

71
Q

Qual o objetivo da administração de glicose no perioperatório?

A

Inibir a gliconeogênese para minimizar perda muscular

72
Q

Quando a REMIT é menos intensa?

A

1) Quando fazemos bloqueio do neuroeixo

2) Quando a cirurgia é por vídeo

73
Q

Como podem ser divididas as fases pós operatórias?

A

1) Fase adrenérgica-corticoide: dura 5-8 dias
2) Fase anabólica precoce: paciente ganha peso por massa corporal magra
3) Fase anabólica tardia: balanço nitrogenado positivo; ganho de peso à custa de tecido adiposo

74
Q

Qual a diferença entre reparação e regeneração de feridas?

A

1) Reparação: fechamento de feridas com formação de cicatrizes
2) Regeneração: fechamento perfeito dos tecidos danificados, sem cicatrizes

75
Q

Como se dão os fechamentos de feridas?

A

1) Primeira intenção: fechamento imediato das feridas por sutura simples, enxertos de pele ou retalhos
2) Segunda intenção: fechamento por reepitelização com contração da ferida; não são feitas suturas e os bordos da lesão ficam abertos
3) Terceira intenção: ferida deixada aberta para realizar lavagens, retirada de debris e antibioticoterapia

76
Q

Quais as fases da cicatrização?

A

1) Fase inflamatória: predomina hemostasia e inflamação; macrófago
2) Fase proliferativa: processos de fibroplasia, angiogênese e epitelização; fibroblastos
3) Fase de maturação: formação de tecido cicatricial propriamente dito, com retração da ferida; miofibroblasto

77
Q

Quais os principais fatores que influenciam a cicatrização de feridas?

A

1) Infecção (principal)
2) Isquemia
3) Diabetes
4) Radiação
5) Idade avançada
6) Desnutrição (albumina < 2)
7) Medicamentos
8) Carência de oligoelementos e vitaminas

78
Q

Como é o processo de cicatrização?

A

Interrupção do sangramento => quimiotaxia celular => migração epitelial => proliferação => maturação => contração => cicatrização => remodelamento

79
Q

Qual o tipo celular mais prevalente na fase inicial da cicatrização de feridas?

A

Neutrófilos

80
Q

Quais são as citocinas anti-inflamatórias? e as pró inflamatórias?
E os fatores de crescimento?

A

1) IL4 e IL10
2) TNF-alfa, IL1, IL2, IL6, IL8, IFN gama
3) PDGF, TGF beta, EGF, TGF alfa, FGF, VEGF

81
Q

Qual a sequência de alterações dos queratinócitos no processo de reepitelização?

A

1) Destacamento
2) Migração
3) Proliferação
4) Diferenciação
5) Estratificação

82
Q

Quais as diferenças entre queloides e cicatrizes hipertróficas?

A

1) Queloide: crescem além dos bordos da ferida; ocorre cerca de 3 meses após a ferida; mais comuns em negros; acometem tronco, MMSS e face; não regridem
2) Cicatriz hipertrófica: cicatriz elevada limitada aos bordos da ferida original; podem aparecer em qualquer local do corpo, especialmente em superfícies extensoras; ocorrem 4 semanas após o insulto inicial; regridem espontaneamente

83
Q

Qual o nome da lesão maligna que ocorre por feridas crônicas?

A

Úlcera de Marjolin (carcinoma espinocelular)

84
Q

O que é, como previne e como trata o seroma?

A

1) Acúmulo de gordura liquefeita, fluido sérico e linfático no subcutâneo; aspecto claro, amarelado e pouco viscoso; abaulamento macio da região
2) Drenos de sucção contínua
3) Drenagem simples (punção e esvaziamento)

85
Q

O que é, como previne e como trata o hematoma?

A

1) Coleções de sangue pós cirúrgicas; abaulamento azulado/arroxeado da área, dor e sintomas compressivos
2) Correção das discrasia sanguíneas no pré op e técnica de hemostasia correta
3) TTO expectante; se houver complicação, drenagem em CC

86
Q

Quando ocorrem as deiscências de suturas? Como se caracterizam?

A

1) Em 7-10 dias do pós operatório

2) Saída de líquido róseo (salmão) pela ferida

87
Q

Que fatores aumentam o risco da deiscência de suturas?

A

1) Erro técnico no fechamento da fáscia
2) Cirurgias de emergência
3) Infecções intrabdominais
4) Idade avançada
5) Infecção da ferida, seroma, hematoma
6) PIA aumentada
7) Obesidade, desnutrição, DM
8) Uso crônico de Corticoides
9) Deiscência prévia

88
Q

Como podem ser classificadas as infecções de sítio cirúrgico? Quais os agentes mais comuns?

A

1) Incisional superficial (primeiros 30d): pele e tecido SC; drenagem purulenta; dor, eritema, calor; cultura positiva
2) Incisional profunda (primeiros 30d): fáscia e músculo, independentemente do acometimento do SC
3) Relacionadas ao espaço orgânico: abscessos intrabdominais, empiema, mediastinite
4) S. Aureus > SCN > enterococcus > E. Coli

89
Q

Quais os principais fatores relacionados à infecção de sítio cirúrgico?

A

1) Infecção concomitante de sítios remotos
2) Hospitalização recente
3) Procedimento de longa duração (principal)
4) Classificação da ferida (principal)
5) Raspagem de pelos no pré operatório com barbeadores
6) Extremos de idade; imunossuprimidos; obesos; DM; desnutrição; controle glicêmico inadequado

90
Q

Quais as causas de febre no pós operatório?

A

1) Primeiras 72h: atelectasia (principal), infecções necrosantes, fístulas digestivas
2) Após 72h: infecção do sítio cirúrgico, infecções não relacionadas à ferida operatória

91
Q

Quais os principais fatores implicados no surgimento de deiscência de anastomose gastrointestinal?

A

1) Alça isquêmica
2) Resistência da anastomose
3) Pressão intraluminal elevada

92
Q

Como podem ser classificadas as fístulas de acordo com seu débito?

A

1) Baixo débito: até 200 ml/24h
2) Moderado débito: até 500 ml/24h
3) Alto débito: > 500 ml/24h

93
Q

Que fatores são favoráveis e quais são desfavoráveis no manejo da fístula gastrointestinal?

A

1) Favoráveis: trajeto longo > 2cm; trajeto único; ausência de outras fístulas; trajeto não epitelizado; origem em jejuno, cólon, coto de duodeno ou pancreaticobiliar; sem grande abscesso adjacente; sem doença intestinal ou obstrução distal; parede abdominal intacta
2) Desfavoráveis: trajeto curto < 2cm; múltiplos trajetos; outras fístulas associadas; fístula terminal; trajeto epitelizado; origem em duodeno lateral, estômago e íleo; com grande abscesso adjacente; com doença intestinal ou obstrução distal; fístula que abre para a base de uma incisão aberta; com tela

94
Q

Quais as contraindicações à nutrição enteral?

A

1) Íleo paralítico
2) Isquemia gastrointestinal
3) Vômitos biliosos ou persistentes
4) Fístula intestinal de alto débito
5) Obstrução mecânica
6) Instabilidade hemodinâmica

95
Q

O que define se a nutrição deve ser com sonda nasogástrica ou sonda nasoentérica?

A

O risco de broncoaspiração

96
Q

Que fatores compõem a fórmula para o cálculo do gasto energético basal?

A

1) Idade
2) Sexo
3) Altura
4) Peso

97
Q

Quais as manifestações da síndrome de realimentação?

A

1) Mal estar
2) Edema
3) Fraqueza muscular
4) Arritmias cardíacas
5) Hipofosfatemia, hipocalemia, hipomagnesemia
6) Deficiência de tiamina

98
Q

Qual a importância de se iniciar a nutrição via enteral em pacientes graves pós trauma ou em pós operatório?

A

Evitar a atrofia de enterócitos e Translocação

99
Q

Quais as vias de acesso para a nutrição parenteral?

A

1) Acesso periférico: limitam a osmolaridade da reposição

2) Acesso central: ideias para reposição parenteral total

100
Q

Quais as complicações mais comuns associada à nutrição parenteral total?

A

1) Hiperglicemia
2) Trombose e infecção relacionada ao cateter
3) Distúrbios hidroeletrolíticos

101
Q

Como é dividida a lista de verificação da sala de cirurgia?

A

1) Sign in (antes da indução): confirma identidade do paciente, procedimento, local e assinatura de consentimento; verificação do equipamento de anestesia e medicações; oxímetro; alergias; via aérea difícil
2) Time out (após indução e antes da incisão): apresentação dos membros da equipe; confirmar nome do paciente, procedimento, sítio cirúrgico; profilaxia antibiótica já foi feita? Esterilização confirmada?
3) Sign out (antes do doente sair da sala): nome do procedimento; contagem de instrumentos, compressas; identificação de peças cirúrgicas;

102
Q

Como deve ser o jejum pré operatório?

A

1) 2h para líquidos claros
2) 6h para preparados
3) 8h para alimentos sólidos

103
Q

Quais os efeitos dos opioides no pós operatório?

A

1) Depressão respiratória
2) Retenção urinária
3) Náuseas e vômitos
4) Íleo pós operatório prolongado

104
Q

O que é anti-sepsia?

A

Conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de micro-organismos ou removê-los de um determinado ambiente podendo ou não destruí-los

105
Q

Quando e como deve ser feita a tricotomia no pré operatório?

A

1) Evitar uso de lâminas para não escarificar a pele

2) Fazer imediatamente antes da cirurgia com o paciente já em sala cirúrgica

106
Q

Onde se encontram os autores da cirurgia?

A

1) 1o auxiliar: em frente ao cirurgião
2) 2o auxiliar: ao lado do cirurgião
3) Instrumentador: ao lado contrário do cirurgião, próximo ao primeiro auxiliar