MED - DOR ABDOMINAL ✳️ Flashcards

1
Q

Quais as 3 situações em que a radiografia é útil em situação de abdome agudo?

A

1) Obstrução intestinal
2) Corpo estranho
3) Víscera perfurada

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2
Q

O que é a rotina de abdome agudo?

A

1) RX de tórax PA
2) RX de abdome em ortostase
3) RX de abdome em decúbito dorsal

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3
Q

Quais as 4 condições que devem ser prontamente reconhecidas pois necessitam de TTO de urgência na situação de abdome agudo?

A

Pancreatite
Isquemia mesentérica
Obstrução intestinal
Rupturas (aneurisma, prenhez ectópica)

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4
Q

Quais as duas principais causas de pancreatite aguda?

A

1) Litíase biliar

2) Álcool

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5
Q

Quais as duas causas metabólicas que podem causar pancreatite aguda?

A

1) Hipercalcemia

2) Hipertrigliceridemia

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6
Q

O que é o pâncreas divisum? Onde ocorre mais comumente a pancreatite nesses casos? Qual é o ducto mais associado à pancreatite nesses casos?

A

1) Variante anatômica em que há não fusão dos ductos pancreáticos dorsal e ventral na vida embrionária
2) Corpo e cauda do pâncreas
3) Ducto de Santorini

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7
Q

Que alteração oftalmológica incomum pode ocorrer na pancreatite aguda? Como se caracteriza?

A

1) Retinopatia de Putscher

2) Perda súbita da visão e fundoscopia com exsudatos algodonosos e hemorragias

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8
Q

Quais as alterações laboratoriais poderíamos encontrar num paciente com pancreatite?

A

1) Leucocitose com desvio para esquerda
2) Aumento do hematócrito por hemoconcentração
3) Trombocitopenia + alargamento de TAP e PTT na coagulação intravascular disseminada
4) Hipoalbuminemia
5) Hipocalcemia
6) Alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica

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9
Q

Qual a enzima menos específica para diagnóstico de pancreatite aguda? Ela tem relação com a gravidade?

A

1) Amilase sérica

2) Não há relação dos seus valores com a gravidade da pancreatite

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10
Q

Qual enzima é mais específica para pancreatite aguda e fica elevada por mais tempo no sangue? Ela tem relação com a gravidade da doença?

A

1) Lipase

2) Não há relação do seu aumento com a gravidade de doença

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11
Q

Qual o primeiro exame de imagem a ser solicitado para todo paciente com pancreatite aguda? Qual o exame de imagem padrão ouro para diagnóstico e avaliação da gravidade na pancreatite aguda? Qual a recomendação para o melhor momento de se realizar esse exame padrão ouro?

A

1) USG (avalia colelitíase, principal causa de pancreatite aguda)
2) TC de abdome
3) Após 72 a 96 horas do início do sintomas

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12
Q

O que dizem os critérios de Atlanta para diagnóstico de pancreatite aguda?

A

Pelo menos 2 dos seguintes:

1) Sintomas compatíveis
2) Amilase ou lipase séricas aumentadas 3 vezes mais que o limite superior
3) Imagem radiológica compatível com o diagnóstico

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13
Q

Quais são os 5 critérios de Ranson na admissão hospitalar para avaliar a pancreatite aguda de origem NÃO biliar? E os 6 critérios dentro de 48h? Como classificar a pancreatite como grave segundo esse escore?

A

1) Idade > 55; leucocitose > 16 mil; glicose > 200; LDH > 350; AST > 250
2) Queda do hematócrito > 10 pontos; aumento do BUN > 5; cálcio sérico < 8; PaO2 < 60; excesso de base mais negativo que - 4mmol/L; déficit de fluido estimado > 6 L
3) Ranson > ou = 3

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14
Q

Quais são os 5 critérios de Ranson na admissão hospitalar para avaliar a pancreatite aguda de origem biliar? E os 5 critérios dentro de 48h?

A

1) Idade > 70; Leucocitose > 18 mil; glicose > 220; LDH > 400; AST > 250
2) Queda do hematócrito > 10 pontos; aumento do BUN > 2; cálcio sérico < 8; PaO2 < 60; excesso de base mais negativo que - 5 mmol/L; déficit de fluido estimado > 4 L

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15
Q

Qual o escore mais utilizado para avaliar gravidade da pancreatite aguda no ambiente de terapia intensiva? Quando dizemos que ele é grave?

A

1) APACHE II

2) > ou = 8

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16
Q

Como são os critérios de Baltazar modificados para os pacientes com pancreatite aguda candidatos à TC?

A

Grau A: pâncreas de aparência normal - 0 pontos
Grau B: aumetno focal ou difuso do pâncreas - 1 ponto
Grau C: anormalidades pancreáticas com alterações peripancreáticas leves - 2 pontos
Grau D: coleção fluida em uma única localização - 3 pontos
Grau E: duas ou mais coleções fluidas ou presença de gás no pâncreas ou em área de inflamação peripancreática - 4 pontos
Sem necrose: 0 pontos
Um terço da extensão de necrose: 2 pontos
Metade da extensão de necrose: 4 pontos
Mais da metade: 6 pontos

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17
Q

O que é uma pancreatite grave segundo os novos critérios de Atlanta?

A

A) Pancreatite leve: ausência de falência orgânica e ausência de complicações locais (coleções líquidas, necrose peripancreática) ou à distância
B) Pancreatite moderada: falência orgânica transitória (> 48h) ou presença de complicações locais ou à distância
C) Pancreatite grave: falência orgânica persistente (> ou = 48 h)

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18
Q

Comoé feito o TTO da pancreatite leve?

A

1) Repouso
2) Analgesia
3) Antieméticos
4) Dieta zero
5) Reposição de líquidos e eletrólitos

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19
Q

Qual opioide deve ser evitado na analgesia da pancreatite aguda? Quais podem ser utilizados no lugar dele?

A

1) Morfina

2) Meperidina ou fentanil

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20
Q

Como tratar a pancreatite grave?

A

1) Reposição volêmica vigorosa
2) Providenciar vaga na UTI
3) ATB com imipenem em casos de necrose infectada
4) Suporte nutricional (preferência por nutrição enteral)
5) Abordagem das vias biliares (CPRE com papilotomia na pancreatite grave e colecistectomia na pancreatite leve)

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21
Q

Quando está indicada a CPRE na pancreatite aguda?

A

1) Colangite

2) Icterícia progressiva e persistente

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22
Q

Quais as possíveis consequências da coleção fluida aguda, uma complicação da pancreatite? Qual a conduta?

A

1) Formação de pseudocistos

2) Expectante

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23
Q

Qual a complicação mais temida na pancreatite aguda? Como se manifesta? Qual o método diagnóstico mais preciso? Qual a conduta? Quando costuma ocorrer? Quando devemos abordar?

A

1) Infecção de tecido necrótico
2) Leucocitose e febre persistentes
3) Punção guiada por TC
4) laparotomia com necrosectomia + ATB sistêmico (imipenem), podendo ser necessários debridamentos seguidos até que seja removido todo o material necrótico
5) Nas primeiras 3 a 4 semanas
6) O mais tardiamente possível

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24
Q

Como podemos identificar o pseudocisto ao exame físico? Quando suspeitar dele? Qual o método diagnóstico de escolha? Quando costuma ocorrer?

A

1) Massa palpável em hipocôndrio direito ou epigástrio
2) Quando há níveis de amilase altos acima do tempo esperado
3) USG do abdome superior
4) Após 4 a 6 dias do início da pancreatite aguda

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25
Q

O que é o abscesso pancreático? Quando ele costuma surgir? Qual a conduta?

A

1) É um pseudocisto infectado
2) 4 a 6 semanas após o início da pancreatite aguda
3) Se assintomáticos, seguimento com USG seriada
4) Se sintomáticos ou complicados, colocação de stent no ducto de Wirsung durante CPRE ou drenagem direta por cistogastrostomia

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26
Q

Quais as possíveis complicações do rompimento do pseudocisto pancreático pós pancreatite aguda?

A

1) Ascite pancreática
2) Fístula pancreaticopleural
3) Fístula pancreaticoentérica

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27
Q

Quais as principais diferenças entre o abscesso pancreático e a necrose infectada após a pancreatite aguda?

A

1) Abscesso: pouca necrose e consistência líquida; complicação tardia (4 a 6 semanas)
2) Necrose: muita necrose e consistência pastosa; complicação precoce (2 a 4 semanas)

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28
Q

Qual a principal etiologia da pancreatite crônica em adultos? E em crianças?

A

1) Álcool

2) Fibrose cística

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29
Q

Quais as principais manifestações clínicas da pancreatite crônica?

A

1) Dor
2) Esteatorreia
3) Deficiência de vitaminas lipossolúveis
4 DM

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30
Q

Qual o padrão ouro no diagnóstico da pancreatite crônica? quais os testes estruturais podem ser realizados? Que achados nos testes estruturais podem ser sugestivos dessa condição?

A

1) Análise histopatológica
2) TC com estudo dinâmico do pâncreas, USG endoscópico
3) dilatação do ducto, atrofia parenquimatosa e calcificações

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31
Q

Como pode ser classificada a pancreatite crônica?

A

1) Dilatada: doença de grandes ductos; homens; esteatorreia e DM; calcificações frequentes
2) Não dilatada: doença de pequenos ductos; mulheres; calcificações raras; menor presença de disfunções orgânicas

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32
Q

Como se faz o TTO Farmacológico da pancreatite crônica?

A

1) Cessar alcoolismo e tabagismo
2) Esteatorreia: reposição oral de enzimas pancreáticas + IBP
3) DM: hipoglicemiantes orais ou insulinoterapia
4) Dor: analgesia escalonada

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33
Q

Como é feito o TTO cirúrgico da pancreatite crônica em casos de ductos dilatados (> 7 mm), ducto normal?

A

1) Ducto dilatado: procedimento de descompressão com pancreatojejunostomia em Y de Roux (cirurgia de Puestow)
2) Ducto normal: ressecção (pancreatectomia total)

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34
Q

Qualé a principal indicação de TTO cirúrgico na pancreatite crônica?

A

Dor refratária ao TTO clínico

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35
Q

Qual a causa mais comum de apendicite em adultos? E em crianças?

A

1) Obstrução do lúmen do apêndice por apendicolitos

2) Hiperplasia linfoide

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36
Q

Qual a história clássica da apendicite em relação à dor e por que ela ocorre?

A

1) Dor periumbilical: relacionada à distensão do apêndice (peritônio visceral)
2) Dor em FID: relacionada à inflamação (peritônio parietal)

37
Q

Quando ocorre mais comumente a gangrena e perfuração do apêndice e o que isso pode gerar?

A

1) Após 48h de evolução

2) Abscessos localizados (periapendicular) ou peritonite generalizada, formando múltiplos abscessos intraperitoneais

38
Q

A flora bacteriana do apêndice é semelhante à de qual segmento intestinal? Quais as bactérias mais comuns

A

1) Cólon

2) Gram negativos (E. Coli principalmente) e anaeróbios (Bacterioides fragilis)

39
Q

O que são os sinais de Lapinsky, Lenander, Rovsing, Chutro e Dunphy na apendicite aguda?

A

1) Lapinsky: dor à palpação da FID quando o paciente ou o próprio examinador eleva o MID esticado
2) Lenander: temperatura retal > axilar em 1 grau
3) Rovsing: dor na FID após compressão da FIE
4) Chutro: desvio da cicatriz umbilical para direita
5) Dunphy: dor na FID ao tossir

40
Q

Que 5 condições cursam com quadro clínico idêntico ao da apendicite porém não são cirúrgicas?

A

1) Apendagite epiploica
2) Linfadenite mesentérica
3) Infarto omental
4) Doença de Crohn
5) Diverticulite do lado direito

41
Q

Que achados na USG são sugestivos de apendicite aguda?

A

1) Diâmetro anteroposterior > 7mm
2) Espessamento da parede e estrutura luminal não compressível
3) Presença de apendicolito
4) Ausência de gás no interior do apêndice
5) Aumento da ecogenicidade da gordura periapendicular
6) Alteração do fluxo vascular apendicular
7) Dor à compressão com transdutor

42
Q

Quando devemos pedir exames complementares de imagem na suspeita de apendicite? Quais exames pedir?

A

1) Casos duvidosos (crianças, gestantes, idosos e quadros atípicos em mulheres) e casos tardios (> 48h)
2) USG em gestante e criança, TC se disponível no resto

43
Q

Como se faz o escore de Alvarado?

A

1) Dor que migra para FID - 1 ponto
2) Dor à palpação da FID - 2 pontos
3) Anorexia - 1 ponto
4) Náuseas/vômitos - 1 ponto
5) Descompressão brusca dolorosa em FID - 1 ponto
6) Temperatura > 37,5 - 1 ponto
7) Leucocitose - 2 pontos
8) Desvio para esquerda - 1 ponto

44
Q

Quando fazemos ATB pós operatório de apendicectomia? Até quando se faz?

A

1) Quando a apendicite é perfurada ou gangrenosa

2) Até o paciente não ter mais febre

45
Q

Qual a principal vantagem da abordagem aberta na apendicectomia em relação à laparoscopia? Quais as incisões nesses casos?

A

1) Menor incidência de abscessos intrabdominais

2) Incisão de McBurney (oblíqua) incisão de Davis Rockey (transversa)

46
Q

Quais as duas principais complicações de apendicectomia?

A

1) Infecção do sítio cirúrgico

2) Obstrução intestinal

47
Q

Onde ocorrem mais comumente os divertículos intestinais? Quais os pontos de maior fragilidade da parede colônica onde eles costumam surgir? Qual a definição de diverticulite?

A

1) No sigmoide
2) Locais onde as artérias retas atravessam a camada muscular
3) Inflamação pericolônica causada pela perfuração de um ou mais divertículos

48
Q

Qual a classificação de Hinchey para diverticulite?

A
0 - diverticulite não complicada
I - abscesso pericólico ou mesentério
II - abscesso pélvico
III - peritonite purulenta generalizada
IV - peritonite fecal generalizada
49
Q

Qual a clínica da diverticulite aguda?

A

1) História de constipação
2) Dor em FIE
3) Massa palpável em FIE
4) Febre

50
Q

Qual o principal DX para diverticulite aguda? Como e quando investigar?

A

1) Câncer de retossigmoide

2) Após 4 a 6 semanas de resolução do quadro de diverticulite com retossigmoidoscopia ou colonoscopia

51
Q

Quais exames devem ser evitados na diverticulite aguda?

A

1) Colonoscopia

2) Enema opaco com contraste baritado

52
Q

Qual o valor do escore de Alvarado para baixa probabilidade de apendicite?

A

0 a 4 pontos

53
Q

Qual o TTO para diverticulite não complicada nas suas duas formas?

A

1) Sintomas mínimos e poucos sinais de inflamação: dieta líquida sem resíduos + ATB oral (cipro + metro) por 7 a 10 dias
2) Sinais de inflamação exuberantes (febre, leucocitose com desvio, descompressão dolorosa): internação + dieta zero + hidratação venosa + ATB parenteral

54
Q

Qual exame deve ser realizado após o término do TTO da diverticulite aguda e por que?

A

1) Colonoscopia

2) Avaliação do intestino grosso para excluir neoplasias

55
Q

Quando devemos indicar cirurgia na diverticulite aguda?

A

1) Falha terapêutica clínica na diverticulite não complicada
2) Após primeiro episódio de diverticulite complicada com abscessos
3) Diverticulite com fístulas
4) Impossibilidade de explicitar câncer de cólon
5) Diverticulite em imunossuprimidos

56
Q

Quais os dois medicamentos que podem ser benéficos na melhora da qualidade de vida do paciente com múltiplos episódios de diverticulite?

A

1) Anti-inflamatórios colônicos (mesalazina)

2) Probióticos

57
Q

Comoé feito o TTO da diverticulite complicada com abscessos? E com fístulas? e com obstrução? E com peritonite?
/

A

1) Abscessos > ou = 4 cm: drenagem guiada por TC + ATB + colono em 4-6 semanas + cirurgia em 6 a 8 semanas
2) Fístula: ATB + colonoscopia para excluir Crohn e câncer colorretal + cirurgia de ressecção do cólon espessado
3) Obstrução: drenagem nasogástrica + ATB
4) Peritonite: reanimação volêmica + ATB + laparotomia com sigmoidectomia à Hartmann

58
Q

Qual a principal fístula da diverticulite aguda? Como se manifesta? Qual o teste mais confiável para detecção?

A

1) Vesical
2) Pneumatúria, fecalúria e ITU de repetição
3) TC

59
Q

Quais são as 3 artérias que irrigam o conteúdo intrabdominal e quais estruturas elas irrigam?

A

1) Tronco celíaco: fígado, estômago, vias biliares, porção proximal do duodeno, pâncreas e baço
2) Artéria mesentérica superior: porção distal do duodeno, jejuno, íleo, ceco e apêndice, cólon ascendente e metade do cólon transverso
3) Artéria mesentérica inferior: outra metade do cólon transverso, cólon descendente, sigmoide e porção proximal do reto

60
Q

Quais são as regiões intestinais mais propensas à isquemia?

A

1) Flexura esplênica (área de Griffiths)

2) Junção retossigmoide (área de Sudeck)

61
Q

Qual a isquemia intestinal mais comum? Quais artérias são mais acometidas? Qual o grupo de pacientes mais acometido? Quais os 4 principais fatores de risco? Quais os 3 principais achados clínicos?

A

1) Isquemia colônica
2) Artérias distais
3) Idosos
4) DM, doença aterosclerótica, vasculites e estados hipotensivos
5) Dor abdominal leve a moderada, febre e hematoquezia (diarreia sanguinolenta)

62
Q

Qual o sinal mais específico encontrado na radiografia de abdome em casos de isquemia colônica? Qual o melhor exame para diagnóstico?

A

1) Sinal das impressões digitais (thumbprint)

2) Endoscopia baixa (retossigmoidoscopia ou colonoscopia)

63
Q

Qual o TTO para colite isquêmica? Quando a cirurgia é indicada, qual o procedimento de escolha?

A

1) Suporte (dieta zero, hidratação venosa, ATB e suspensão de agentes potencialmente ofensivos)
2) Colectomia parcial ou total

64
Q

Quais as indicações de cirurgia na colite isquêmica?

A

1) Aguda: peritonite, sangramento maciço, colite fulminante

2) Crônica: estenose ou colite crônica sintomáticas

65
Q

Qual a artéria mais acometida na isquemia mesentérica aguda? Que segmento intestinal é mais acometido? Quando suspeitar dessa condição?

A

1) Mesentérica superior
2) Intestino delgado
3) Dor abdominal intensa, presença de fator precipitante (IAM recente, arritmia, cardiopatias), piora do estado geral

66
Q

Que sinal tomográfico pode ser sugestivo de isquemia intestinal? Qual o exame padrão ouro para diagnosticar essa condição?

A

1) Pneumatose intestinal

2) Angiografia mesentérica seletiva com infusão de papaverina

67
Q

Quais as 4 principais causas de isquemia mesentérica aguda?

A

1) Embolia
2) Trombose arterial
3) Vasoconstrição
4) Trombose venosa

68
Q

Quando suspeitar de embolia da artéria mesentérica? Como diagnosticar? Qual o TTO?

A

1) Pacientes com cardiopatia emboligênica + dor súbita em cólica e intensa na região periumbilical desproporcional ao exame físico
2) Angiografia com oclusão da artéria mesentérica superior e ausência de colaterais (sinal do menisco)
3) Heparinização + cirurgia (laparotomia + embolectomia + ressecção de segmentos infartados)

69
Q

Quando suspeitar de trombose de veia mesentérica?

A

1) Dor abdominal intensa desproporcional ao exame físico + história de complicações por aterosclerose disseminada (angina, claudicação)
2) Leucocitose importante + hemoconcentração + acidose metabólica + elevação de amilase sérica (não tão altos quanto pancreatite) + elevação de ALT/AST, LDH, CK, FA

70
Q

Como diagnosticar trombose de veia mesentérica? E como tratar?

A

1) Arteriografia é o exame mais importante
2) Medidas gerais (ATB de amplo espectro, heparinização, aspiração nasogástrica, reposição hidroeletrolítica) + cirurgia (ressecção de áreas necrosadas, infusão de papaverina intra-arterial, tentar revascularização com safena)

71
Q

Como se avalia se uma alça está isquêmica?

A

1) Deixar em soro morno por 10 minutos
2) Observar coloração
3) Observar peristalse
4) Observar pulso arterial
5) Observar sangramento nas superfícies de corte

72
Q

Quando suspeitar de vasoconstrição mesentérica? Quais os fatores de risco? Como tratar?

A

1) Quadro mais insidioso, sem dor abdominal intensa, pode ter hemorragia digestiva baixa
2) Choque, IAM, ICC, insuficiência aórtica, drogas (digital, diuréticos, cocaína)
3) Suspender drogas potenciais + infusão de papaverina intra-arterial diretamente na artéria mesentérica

73
Q

Quando devemos pensar em trombose de veia mesentérica? Como é a clínica?

A

1) Estados de hipercoagulabilidade, hipertensão porta, trauma, pancreatite, esplenectomia
2) Quadro insidioso com desconforto abdominal progressivo ao longo de semanas, diarreia sanguinolenta, exame físico sem muitas alterações

74
Q

Qual o primeiro exame a ser solicitado na suspeita de trombose de veia mesentérica? Que outro exame podemos realizar se o primeiro não for conclusivo? Qual o TTO?

A

1) AngioTC
2) Angiografia seletiva da artéria mesentérica superior
3) Ressecção do segmento infartado + trombectomia + heparinização

75
Q

Quando devemos suspeitar de isquemia mesentérica crônica? Qual o exame padrão ouro e o que ele costuma mostrar? Como tratar?

A

1) Paciente com história de tabagismo, fatores de risco para aterosclerose, mulheres, dor abdominal e emagrecimento, angina abdominal (comeu, doeu)
2) Arteriografia mostrando acometimento de 2 ou mais artérias proximais com grande rede de colaterais
3) Revascularização com derivação aórtica ou ilíaca

76
Q

Qual é a etapa limitante na produção da porfirina? qual enzima faz essa reação? Como se produz o heme?

A

1) União da succinil-CoA com glicina
2) ALA sintase
3) Porfirina + ferro = heme

77
Q

De maneira geral, como se manifestam as porfirias hepáticas? E as eritropoiéticas?

A

1) Hepáticas: sintomas neuroviscerais

2) Eritropoiéticas: reações de fotossensibilidade

78
Q

Como se manifesta a porfiria aguda intermitente? Quais costumam ser os fatores precipitantes? Qual a enzima disfuncional?

A

1) Dor abdominal aguda em cólica, mal localizada, mais comum em mulheres, após puberdade, sem irritação peritoneal, sem febre e sem leucocitose. Sinais de hiperatividade simpática podem estar presentes (hipertensão, taquicardia, tremores, sudorese); neuropatia periférica (hiporreflexia e fraqueza muscular) e sintomas psiquiátricos, hiponatremia
2) Álcool, dieta hipocalórica, drogas, estrogênio, hormônios esteroidais, intoxicação por chumbo
3) HMB sintase

79
Q

Como fazer o diagnóstico de porfiria aguda intermitente? Como tratar?

A

1) Excreção urinária de PGB > 50mg/dia ou ALA > 20mg/dia

2) Administração do Heme ou de carboidratos (glicose IV)

80
Q

Como pode se manifestar a cetoacidose diabética?

A

Dor abdominal intensa em região epigástrica ou periumbilical, náuseas, vômitos, ritmo de Kussmaul e glicemia capilar alta

81
Q

Como pode se apresentar a insuficiência suprarrenal?

A

Dor abdominal, náuseas e vômitos, anorexia, hipotensão, choque, febre, hiponatremia, hipercalemia, hipoglicemia

82
Q

Como pode se manifestar o saturnismo (intoxicação por chumbo)? Como se faz o diagnóstico? Como tratar?

A

1) Dor abdominal em cólica, difusa e recorrente, microcitose, pontilhados basofílicos, síndrome de Fanconi, nefrite intersticial crônica, encefalopatia crônica, linha de chumbo na gengiva
2) História ocupacional + dosagem de chumbo sérico
3) Quelantes de chumbo (DMSA ou EDTA)

83
Q

Qual o agente etiológico da febre tifoide? Como é a transmissão? Como são as manifestações clínicas? Onde ficam alojadas as bactérias?

A

1) Salmonella typhi
2) Fecal oral
3) Febre, dor abdominal, diarreia, rash maculopapular (roséolas) em abdômen e tórax, epistaxe, hepatoesplenomegalia, sinal de Faget (dissociação pulso-temperatura)
4) Nas placas de Peyer do intestino

84
Q

Qual a principal complicação da febre tifoide? Como se faz o diagnóstico? Como tratar? Qual droga é recomendada pelo MS como primeira linha?

A

1) Hemorragia digestiva
2) Cultura com identificação do agente; hemocultura nas 2 semanas iniciais, coprocultura da 2a até a 5a semana e mielocultura é a mais sensível
3) Ceftriaxona 2g IV por 10-14 dias + Azitromicina 1g VO por 5 dias
4) Cloranfenicol VO por no máximo 21 dias

85
Q

O que é a síndrome de Wilkie?

A

1) Compressão do duodeno da artéria mesentérica superior e pela aorta e coluna vertebral
2) Dor abdominal recorrente em adolescentes e jovens adultos
3) Associada a cirurgias de retificação da coluna vertebral, anorexia nervosa e perda rápida de peso

86
Q

Quais os sinais que falam a favor de uma dor abdominal orgânica crônica (mais de 3 a 6 meses de duração)?

A

1) Idade > 40 anos
2) Perda ponderal e desnutrição
3) Distúrbios hidroeletrolíticos e desidratação
4) Febre
5) Anemia e sangramento digestivo

87
Q

Que exame laboratorial (além dos comuns) podemos pedir na suspeita de dor abdominal crônica orgânica? A que condições a alteração desse exame pode estar associada?

A

1) Ferritina

2) Neoplasias gastrointestinais, doença inflamatória intestinal e doença celíaca podem cursar com deficiência de ferro

88
Q

Qual a afecção cirúrgica não ginecológica mais comum na gravidez? Como tratar? Qual a melhor época da gravidez para TTO cirúrgico?

A

1) Apendicite aguda
2) Apendicectomia videolaparoscópica
3) 2o trimestre

89
Q

Qual bactéria pode causar gastroenterite com sintomatologia idêntica à apendicite?

A

Yersinia enterocolitica