Osteonecrose Flashcards

1
Q

Definição

A

Morte in situ de um segmento de osso

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2
Q

Tipos

A

Espontânea – SPONK (spontaneous osteonecrosis of the knee)
Pós-artroscopia – ONPK (osteonecrosis of the postoperatory knee)
Secundária (CTC, falciforme, álcool) – AVN (avascular necrosis)

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3
Q

SPONK: epidemiologia e caracteristica

A
Sem causa definida
Unilateral
90% área de carga do côndilo femoral medial (Sizínio)
50-60 anos
Mulher 3-5:1
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4
Q

SPONK: Quadro Clínico

A
6-8 semanas
Paciente não relata evento traumático
Dor de início súbito e piora com carga (Sizínio)
Derrame articular leve/moderado
Espasmo muscular
Diminuição da ADM por dor
Dor à palpação do côndilo femoral medial
Associação com lesão meniscal
Exame ligamentar tipicamente normal
Pode evoluir para dor crônica ou melhorar
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5
Q

SPONK: Onde ocorre?

A

Pode ter ON plato tibial medial, côndilo lateral e patela – raro

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6
Q

SPONK: etiologia

A

Traumática
Vascular
Lesão meniscal

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7
Q

SPONK: etiologia–traumática

A

Teoria mais aceita
Pequenos traumas de repetição produzem microfraturas do osso subcondral
Processo é mais significativo em osso com insuficiência (osteoporose – mulher após menopausa)
Hipotese inicial seria aumento de pressão no local por infiltração do líquido sinovial levando à osteonecrose
Estudos histológicos mostram pequenas áreas de necrose em apenas alguns pacientes
Osteonecrose é um evento secundário às fraturas ou relacionado ao processo de reabsorção óssea
Fratura por insuficiência do osso subcondral

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8
Q

SPONK: etiologia–Vascular

A

Sem comprovação
75% pacientes com trombofilia ou coagulopatia
Oclusão da circulação venosa leva a morte celular por hipóxia tecidual
Estudo pequeno demonstrou melhor sintomática e parada da progressão com anticoagulantes

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9
Q

SPONK: etiologia–Lesão meniscal

A
50-78% de associação com SPONK
Perda da distribuição de carga
Aumento pressão côndilo medial – fx por estresse
Root Tear – associado LCA
Não possui comprovação causal
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10
Q

SPONK: exames imagem

A
Rx 
     Com carga
         AP
         Perfil
         Rosenberg (P/A com 45˚ de flexão)
         Axial de patela ou Merchant

CINTILO e RNM

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11
Q

SPONK: RX

A
Pode ser normal nas fases iniciais 
Evolução:
Lesão radiolucente
Halo esclerótico
Achatamento do côndilo

Casos avançados:
Colapso do osso subcondral
Degeneração secundária:
Esclerose, osteófitos, perda do espaço…

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12
Q

SPONK: Classificação

A

KOSHINO modificada por Aglietti

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13
Q

Classificação - KOSHINO/Aglietti

A

SPONK

Estágio I-V

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14
Q

KOSHINO/Aglietti I

A

RAIO-X NORMAL

RNM e cintilo / Pode resolução espontânea

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15
Q

KOSHINO/Aglietti II

A

Retificação do côndilo / Risco de fx subcondral

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16
Q

KOSHINO/Aglietti III

A

Lesão clássica
Halo esclerótico discreto ao redor da lesão radioluscente
Pode ter lesão em crescente (Sizínio)

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17
Q

KOSHINO/Aglietti IV

A

aumento do halo e colapso subcondral

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18
Q

KOSHINO/Aglietti V

A

alterações degenerativas

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19
Q

SPONK: Prognóstico

A

Tamanho da lesão na radiografia em A/P

Área da lesão

Índice: tamanho lesão/tamanho do côndilo

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20
Q

SPONK: Prognóstico–Tamanho da lesão na radiografia em A/P

A

<1cm: pequena

>1cm: grande

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21
Q

SPONK: Prognóstico–

Área da lesão

A

<2,5 cm2: pequena progressão

>5 cm2: pior prognóstico

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22
Q

SPONK: Prognóstico–

Índice: tamanho lesão/tamanho do côndilo

A

< 0,45: bons resultados

> 0,5: artrose grave

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23
Q

SPONK: Outros exames de imagem

A

Cintilografia

RNM

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24
Q

SPONK: Cintilografia

A

Sensível, porém muito pouco específica
Ruim para localização espacial
Aumento captação nas bordas da lesão

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25
SPONK: RNM
PADRÃO-OURO Detecta a fx subcondral T1: área de baixo sinal rodeada por área de sinal intermediário T2: Alto sinal nas bordas (edema ósseo) (+) gadolíneo: turnover nas bordas da lesão – maior aitividade pode indicar maior potencial de cicatrização
26
SPONK: evolução
Após 06 semanas: dois grupos Bom prognóstico Mau Prognóstico Independente do grupo, em 02 anos quase 100% evolui com artrose no compartimento afetado
27
SPONK: bom prognostico
Melhora da dor, pode ter sintoma residual por até 18 meses Lesões menores, 20 a 40% Volta às atividades diárias
28
SPONK: mau prognostico
Não melhora a dor Lesões extensas, > 50% (NO AP) Evolução rápida colapso > artrose
29
ON pós artro - ONPK: epidemiologia
Rara, baixa prevalência, poucos estudos Pacientes um pouco mais jovens Homem = mulher
30
ON pós artro - ONPK: etiologia
Após meniscectomia, reconstrução ligamentar ou condroplastia | Associação com existência de lesão condral prévia
31
ON pós artro - ONPK: local e quando suspeitar
SEMPRE no compartimento doente/abordado Côndilo medial 82% > côndilo lateral > platô lateral > platô medial suspeitar: piora ou permanência da dor após artro
32
ON pós artro - ONPK: hipóteses fisiopatologicas
Incerta Alteração da biomecânica após meniscectomia FST agressiva após artro Uso de laser ou radiofrequência – edema ósseo e aumento de pressão Aumento da permeabilidade da cartilagem patológica ao fluido da artro
33
ON pós artro - ONPK: Exames complementares
Rx normal Cintilo – positiva, mas inespecífica Principal exame é RNM Paciente com exame pré-operatório normal e alteração após artroscopia
34
ON pós artro - ONPK: particularidade imagens
SPONK pode ter janela de 4-6 semanas com exame normal após inicio sintomas Dificil determinar o início do quadro, pois artro causa edema ósseo Após 3 meses achados similares SPONK
35
ON pós artro - ONPK: Prognóstico
Poucos estudos Menos relação com o tamanho da lesão Rápida progressão para alterações degenerativas independente do tamanho da lesão em pacientes suscetíveis
36
Secundária - AVN: epidemiologia
Pacientes mais jovens (<45a) | Associada a fatores de risco e comorbidades
37
Secundária - AVN: local
Cabeça fêmur (90%) e úmero proximal Joelho é 3ª articulação mais acometida Afeta múltiplos locais simultaneamente Bilateral 80%
38
Secundária - AVN: clínica
``` DOR insidiosa, atraumática e moderada Afeta ambos os condilos e platos FATORES DE RISCO CTC, Álcool, falciforme, lúpus Grandes lesões em múltiplos locais ```
39
Secundária - AVN: Patogênese
Teorias similares às do quadril Provavel alteração de cirurculação por trombose/embolismo intravascular, alterações intrínsecas dos vasos ou compressão extravascular por aumento de volume no compartimento ósseo rígido
40
Secundária - AVN: Exames complementares
Rx Cintilografia RNM
41
Secundária - AVN: rx
Áreas de infarto escleróticas rodeadas por anel serpinginoso de osso esclerótico, pode ocorrer reação periosteal na metáfise Pode evoluir com sinal do crescente e perda esfericidade do côndilo
42
Secundária - AVN: RNM
Áreas geográficas de intensidade variável circundadas por anel serpinginoso de baixo sinal
43
Secundária - AVN: CINTILO
Sensível, pouco específica
44
AVN x SPONK/ONPK
``` Idade: AVN mais novo Sintomas: AVN gradual e Sponk agudo Bilateral: AVN 80% e SPONK <5% Nº lesoes: AVN multiplas e SPONK unica Tamanho lesao: AVN grande e Sponk pequena ```
45
TRATAMENTO
SPONK, ONPK, AVN igual | Não-cirúrgico e cirúrgico
46
Tratamento não cirúrgico
``` Proteção com muletas 4-8 semanas brace que força o valgo – diminui sobrecarga medial e o momento adutor do joelho AINE FST alongamento de quadríceps e IQT Ruim para forma secundária (AVN) Bons resultados em SPONK pequena ```
47
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Debridamento Artroscópico DESCOMPRESSÃO ( core decompression ) OSTEOTOMIA TIBIAL ALTA ATJ
48
TRATAMENTO CIRÚRGICO: Debridamento Artroscópico
pouca aplicação (a doença é intra-óssea) fragmentos condrais instáveis corpos livres perfuração retrógrada - lesa cartilagem, pode piorar colapso, difícil de localizar a lesão
49
TRATAMENTO CIRÚRGICO: DESCOMPRESSÃO
Diminui a pressão intra-óssea ESTÁGIO I E II PRÉ-COLAPSO
50
TRATAMENTO CIRÚRGICO: OSTEOTOMIA TIBIAL ALTA
ESTÁGIO III Pacientes jovens e ativos Não recomendado para secundária Hipercorrigir para 10 de valgo Melhores resultados – menos 65anos e lesao menor que 50% côndilo
51
TRATAMENTO CIRÚRGICO: ATJ
Falha de técnicas preservadoras Lesões grandes, avançadas APJ em casos selecionados Secundária: tricompartimental Resultado satisfatório, porém inferior aos casos de gonartrose Sobrevivência do implante em 05 anos em 85% Focos de necrose no osso metafisário pode comprometer resultado
52
Osteonecrose da Tíbia: geral
Sintomas similares Dor medial, mais posterior Mulheres, >60 anos Estadiado pela RNM (do condilo é pelo RX)
53
Osteonecrose da Tíbia: RNM
4 tipos de alterações/ classificação | De A a D
54
Osteonecrose da Tíbia: RNM A
alts pequenas | Baixo sinal no osso subcondral
55
Osteonecrose da Tíbia: RNM B
áreas de baixo sinal, que descem abaixo da linha epifisária
56
Osteonecrose da Tíbia: RNM C
clássico Bem localizada Baixo sinal, rodeada por área serpiginosa
57
Osteonecrose da Tíbia: RNM D
colapso (já visto no Rx)
58
Osteonecrose da Tíbia: Tratamento
A e B: Retira carga Pode descompressão para alívio da dor C e D: Sintomas intensos, sem colapso: descompressão Colapso: ATJ ou Uni
59
Dça de Pellegrini-Stieda
É uma ossificação do ligamento colateral medial do joelho causada normalmente por lesões do mesmo relacionada a traumas esportivo, a ossificação se da após 6 semanas e no exame físico apresenta dor a palpação deste ligamento. Mais comum em pacientes jovens.
60
A osteonecrose espontânea do côndilo femoral medial é causada por fratura subcondral por estresse: () Certo () Errado
Certo ; O autor descreve dois tipos de osteonecrose: a clássica, que geralmente está relacionada ao uso de corticóides, acomete ambos os joelhos, acomete grandes áreas da epífise e metáfise e tem RX positivo quando o paciente tem dor. E a osteonecrose espontânea, que geralmente envolve uma porção superficial do côndilo medial, geralmente acomete pacientes idosos, +- 70 anos, a maioria dos quais tem um único foco; Rx não é bom para fazer o diagnóstico e freqüentemente são necessárias RNM, cintilo, ou ambas para o diagnóstico. E o estudo sugere que a insuficiência subcondral secundária a pequenas fraturas em um osso osteoporótico é a causa deste tipo de necrose