Desordens da patela Flashcards

1
Q

Quais são

A

Plica sinovial
Osteocondrite dissecante da patela
Defeito dorsal da patela
Condromalacia
Patela bipartida
Tendinopatia patelar
Sd da dor patelo-femoral

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2
Q

Plicas Sinoviais: o que são

A

Desenvolvimento fetal → membranas sinoviais separam joelho em 3 compartimentos

Aos 4-5 meses regridem para formar 1 cavidade

Regressão incompleta ou parcial → plicas

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3
Q

Plicas Sinoviais: localização

A

Supra-patelar (17%)
Infra-patelar (mais comum)
Medial (5-70%)
Lateral

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4
Q

Plicas Sinoviais: Etiologia dos Sintomas

A

Espessamento plica
Irritação crônica
Trauma direto com joelho fletido
Cicatrização após artrotomia (parapat medial)
Possível associação com lesões condrais

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5
Q

Plicas Sinoviais: Clínica

A

Sintomas de estalido e ressalto quando atravessa sobre patela ou côndilo femoral medial
Exame físico para diferenciar de outras lesões (principalmente meniscal)

Pode estar relacionado a lesão condral do condilo femoral: impacto da Plica medial no condilo durante ADM

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6
Q

Plicas Sinoviais: Dignóstico

A

Clínico → exame físico

Palpação porção medial da patela com perna pendente enquanto paciente flete e estende o joelho
MPP = joelho extendido -> empurra a porcao ínfero-medial da patela para colocar a plica medial entre o condilo e a patela (+ se melhora da dor com flexão de 90 graus)  (mais especif que USG e RNM)

US dinâmico → 88% acurácia (operador-dependente)

Melhor diagnosticada pela artroscopia

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7
Q

Plicas Sinoviais: Tratamento

A

Inicialmente conservador (FST, AINE, restrição atividade)
Excisão cirúrgica (via artroscópica) → curativa
Não realizar apenas incisão devido à recidiva por cicatrização

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8
Q

Osteocondrite Dissecante da Patela: caracteristicas

A

Menos frequente e de pior prognóstico que condilar.
2ª e 3ª decadas
Mais comum na metade inferior da patela
Bilateral em até 1/3 dos pacientes
Diferencial com defeito dorsal da patela

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9
Q

Osteocondrite Dissecante da Patela: imagem

A

Melhor visualizada em Rx de perfil
Rx axial para determinar se lesão é na faceta medial ou na faceta lateral
Cintilo: quente

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10
Q

Osteocondrite Dissecante da Patela: Tratamento

A

Tratamento similiar a osteocondrite condilar
Associação com condromalácia periférica ao osso necrotico
Prognóstico depende tamanho área de condromalácia
Raramente tão extensa que necessite patelectomia → tenta-se sempre preservar a patela
Tto Cx – excisao + curetagem + perfuracoes; fixação; implante autólogo de condrócito

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11
Q

Larsen-Johannsen

A

Osteocondrite da porção inferior da patela (MAIS COMUM INFERO-MEDIAL)

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12
Q

Defeito Dorsal da Patela: caracteristicas

A

Lesão circunscrita, benigna de aproximadamente 1 cm, radiolucente, confinada à cartilagem no aspecto súpero-lateral, 50% assintomática, AUTOLIMITADA

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13
Q

Defeito Dorsal da Patela: diag diferencial

A

Osteocondrite dissecante de patela (Porção Inferior) **
Granuloma eosinofílico
Encondroma
Osteoma osteóide
Abscesso de Brodie
Metástase em idosos

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14
Q

Defeito Dorsal da Patela: Etiologia

A

Desconhecida
Variação da ossificação
Tração pelo vasto lateral em sua inserção patelar durante a ossificação
Alguns consideram como defeito fibroso cortical ou fibroma não-ossificante da patela

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15
Q

Defeito Dorsal da Patela: tratamento

A

Melhora espontânea → Autolimitada
Conservador → redução na atividade física
Raramente indicada cirurgia → Curetagem + enxertia óssea aceleram a recuperação

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16
Q

Patela bipartida: caracteristicas

A

Achado incidental
40% de bilateralidade
Usualmente assintomática (sintomática = overuse)
Descrito literatura associação com fratura → raro

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17
Q

Patela bipartida: diagnostico

A

Diagnóstico radiográfico → Rx axial normal e depois  cócoras com carga
Aumento espaço em comparação com Rx axial (skyline)
RNM geralmente não é necessária (edema ósseo)
Cintilografia captante em pcts com e sem sintomas

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18
Q

Patela bipartida: Classificação

A

Classificação de Saupe (SAU-P ATELA)
I a III

Pela localização e nº fragmentos

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19
Q

Saupe I

A

(5%): polo inferior da patela → pode ter relação com Síndrome de Sinding-Larsen-Johansson

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20
Q

Saupe II

A

(20%): borda lateral da patela → pode ter relação com fratura não consolidada da patela

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21
Q

Saupe III

A

(75%): borda súpero-lateral da patela

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22
Q

Patela bipartida: Classificação Pela localização e nº fragmentos

A

Classificação pelo localização
Lateral
Súpero-lateral

E número de fragmentos:
Bipartite
Tripartite
Multipartite

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23
Q

Patela bipartida: tto

A

Se dor

Conservador:
Restrição de atividades → correção da atividade causadora do overuse
AINES
Imobilização temporária (3 semanas)

Cirúrgico (raro)
Excisão (artroscópica (bons resultados) ou aberta)
Release retináculo lateral (inserção músculo vasto lateral)
Fixação interna se grande → pouco suporte na literatura
Cirurgia de Ogata

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24
Q

Cirurgia de Ogata

A

release lateral subperiosteal

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25
Q

Colagenos x tecidos

A

Colágeno I – ossos, tendões, pele
Colágeno II – cartilagem
Colágeno III – músculos lisos, fases iniciais cicatrização

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26
Q

Condromalácia: epidemio

A

Mulheres Jovens (2: 10.000)

Jovens atletas – lesão pro trauma
Idosos – lesão degenerativa

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27
Q

Condromalácia: clinica

A

Dor + edema + sintomas mecânicos
Lesão femoral – Dor medial e lateral em região tibiofemoral. Piora com carga e atividade de impacto
Lesão patelar – Dor ao ajoelhar, subir escadas e muito tempo sentado

28
Q

Condromalácia: fisiopato

A

Lesão inicial → mudanças nas fibras de colágeno das camadas profundas → somente irá envolver camadas superficiais em estágio avançado

≠ Osteoartrose → início em camadas superficiais

29
Q

Condromalácia: alterações causadas

A

↓ Sulfatos de Mucopolissacarídeos (perda da basofilia no HE)
Amolecimento e degeneração cartilagínea

30
Q

Condromalácia: Áreas de acometimento

A

Áreas profundas mais comuns de acometimento:
central

31
Q

Condromalácia: fisiopatologia

A

Durante mobilização do joelho → cartilagem amolecida → mecanicamente inadequada → microrroturas no complexo estrutural de colágeno → degeneração (fibrilações)

Progressão até camadas osso subcondral → Dor

32
Q

Condromalácia: Classificação

A

Outerbridge
I-IV

33
Q

Outerbridge I

A

Grau I: cartilagem amolecida / opaca

34
Q

Outerbridge II

A

Grau II: área de fibrilação ou fissura e superfície irregular

35
Q

Outerbridge III

A

Grau III: fibrilação com fissura se estendendo até o osso subcondral
“Carne de caranguejo” (>1,3cm diâmetro / >50% espessura cartilagem)

36
Q

Outerbridge IV

A

Grau IV: erosão com exposição osso subcondral

37
Q

Condromalácia: Etiologia

A

Causas Mecânicas: aumento pressão fêmoro-patelar
Causas Biológicas: doenças que lesam a cartilagem

38
Q

Condromalácia: Clínica

A

Sinais e sintomas inespecíficos

Dor vaga anterior do joelho → proveniente da sinóvia ou osso subcondral

Piora dos sintomas após longo tempo sentado
Movie sign ou theater sign

Piora da dor para descer escadas

Grau variável de crepitação fêmoro-patelar

Piora com uso de sapatos com salto alto

39
Q

Condromalácia: tto

A

Depende da causa de base
Geralmente conservador
AINE
Fisioterapia
Fortalecimento quadríceps
Alongamento de IITT
Braces e órteses
Restrição de atividades
Evitar Leg press > 90° e agachamentos

40
Q

Condromalácia: Tratamento Cirúrgico

A

Indicado casos refratários tratamento conservador

2 Fases:
Direcionada ao mal alinhamento do aparelho extensor e anormalidades da articulação fêmoro-patelar
Direcionada à doença da cartilagem

41
Q

Condromalácia: Tratamento Cirúrgico – Mal alinhamento

A

Frequentemente resulta em subluxação ou luxação da patela (Cirurgias na aula de instabilidade patelar)

Anteversão femoral excessiva, torção tibial externa excessiva, geno valgo grave podem necessitar de osteotomias

Síndromes de dor patelo-femoral pode ser realizada liberação do retináculo lateral via subcutânea, aberta ou artroscópica

42
Q

Condromalácia: Tratamento cirúrgico – Cartilagem

A

Debridamento artroscópico (shaving)
Excisão de defeitos + microperfurações → tecido cicatricial fibrocartilaginoso (capacidade limitada de cicatrização)
Facetectomia
Descompressão mecânica da articulação patelo-femoral → elevação anterior da tuberosidade da tíbia (Cirurgia de Maquet)
Patelectomia (exceção → casos muito avançados e graves)
Mosaicoplastia
Ressurfacing patelar ou artroplastia patelo-femoral

43
Q

Tendinopatia Patelar: sinonimo

A

Conhecido como “jumper’s knee”

44
Q

Tendinopatia Patelar: definição

A

Dor relacionada à atividade física
Polo distal patela ou porção proximal tendão patelar (profunda e posterior)
Stress repetitivo no mecanismo extensor
Mais prevalente em esportes com salto

45
Q

Tendinopatia Patelar: epidemio

A

Vôlei (45%), basquete (32%), futebol, atletismo
Na patologia áreas de degeneração → Tendinose

46
Q

Tendinopatia Patelar: Etiologia

A

Fatores extrínsecos
Fatores intrínsecos

47
Q

Tendinopatia Patelar: Fatores extrínsecos

A

Esforço repetitivo
> 3 treinos por semana → frequência e intensidade
Calçados e palmilhas NÃO tem estudos

48
Q

Tendinopatia Patelar: Fatores intrínsecos

A

IMC elevado
Mau alinhamento patelar
Patela alta
Frouxidão do tendão patelar
Falta flexibilidade de quadríceps e iitt
Fraqueza muscular de perna e coxa

49
Q

Tendinopatia Patelar: Clínica

A

Dor anterior joelho, relacionada à atividade física
Insidiosa e gradual, podendo progredir
Piora após longos períodos sentado
Piora ao descer ou subir escadas
Dor à palpação polo inferior patela (joelho estendido)
Squat test → teste funcional em plano inclinado 30°
(descendo uma rampa)

50
Q

Tendinopatia Patelar: Diag diferencial

A

Síndrome da dor patelo-femoral
Inflamação gordura de Hoffa

51
Q

Tendinopatia Patelar: Classificação

A

Blazina
1 a 4

52
Q

Blazina 1

A

Dor leve após atividade física

53
Q

Blazina 2

A

Dor no início, melhora durante e piora após exercício, porém sem comprometer rendimento

54
Q

Blazina 3

A

Dor constante, em repouso, durante e após exercício, comprometendo rendimento

55
Q

Blazina 4

A

Ruptura parcial ou total do tendão

56
Q

Tendinopatia Patelar: Exames de imagem

A

Rx
USG
RNM

57
Q

Tendinopatia Patelar: Rx

A

“Sinal do dente” por tração repetitiva
Lesões associadas
(Osgood-Schlatter, Sinding-Larsen-Johansson)

58
Q

Tendinopatia Patelar: usg

A

Áreas de tendinose (zonas hipoecogênicas)
Espessamento tendão patelar
Áreas de calcificação intratendínea
Examinador-dependente

59
Q

Tendinopatia Patelar: rnm

A

Alto sinal em T2 no polo inferior da patela
Alto custo → usada somente para casos duvidosos

60
Q

Tendinopatia Patelar: Tratamento

A

Conservador
Cirurgico

61
Q

Tendinopatia Patelar: Tratamento conservador

A

até 6 meses (90% melhoram)
FST → Exercícios excênctricos (remodelar fibras colágenas)
Ondas de choque extra-corpóreas
Injeção CTC (?), PRP (?), ácido hiaurônico (?)

62
Q

Tendinopatia Patelar: Tratamento cirurgico

A

(aberto x artroscópico)
Excisão tecido anormal
Indução processo reparo polo inferior patela
Ressecção 5mm distais da patela
Microperfurações

63
Q

Síndrome da dor patelo-femoral: epidemio

A

Mulheres jovens, corredoras → dor anterior no joelho

64
Q

Síndrome da dor patelo-femoral: etiologia

A

Multifatorial → Possíveis fatores etiológicos:

Movimentos repetitivos de flexo-extensão, desuso por dor, piora do desbalanço muscular (Overuse → Desuso)

Mau alinhamento estático
Retração retináculo lateral → Lateralização da patela
Ângulo Q >20°
Ângulo Q em flexo-extensão não deve variar > 8° (extensão máxima e flexão 90°)

Mau alinhamento dinâmico ou funcional
Valgo dinâmico → Lateralização da patela
Hipermobilidade patelar

65
Q

Síndrome da dor patelo-femoral: imagem

A

No início sintomas é comum não haver lesão exames complementares
Nesse caso, afastadas outras causas e dor permanece → artroscopia dinâmica e TC em flexão e extensão

66
Q

Síndrome da dor patelo-femoral: diagnostico

A

Diagnóstico de exclusão!!

67
Q

Síndrome da dor patelo-femoral: tto

A

Tratamento → conservador (FST, brace, órteses, tapes, medicações)