Osteocondrite Dissecante Flashcards

1
Q

Sinonimo

A

Doença de Köenig

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2
Q

Definição

A

Alteração focal idiopática do osso subcondral com risco de instabilidade e desprendimento do fragmento, composto pela cartilagem hialina e pelo osso subcondral, para a articulação, o qual pode resultar em osteoartrite precoce do joelho

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3
Q

Causa mais comum de…..

A

É a causa mais comum de corpos livres no joelho

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4
Q

Causas de corpos livres no joelho

A

Osteocondrite dissecante
Condromatose sinovial
Osteófitos
Fraturas osteocondrais
Lesões meniscais

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5
Q

Epidemiologia: geral

A

Meninos 2:1 ou 4:1 ou 5:3
Adolescência, 12-19 anos
Adolescentes ativos e atletas
Raro em <10 e > 50 anos (etiologia vascular e piores resultados)
20 – 30% bilateral
Pode ocorrer em qualquer articulação

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6
Q

Epidemiologia: articulações mais acometidas

A

Joelho (75%) > cotovelo / tornozelo (tálus) > ombro > quadril

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7
Q

Epidemiologia: local mais frequente joelho

A

Mais comum na porção lateral do côndilo medial perto da inserção femoral do LCP (80%)¹

Póstero-lateral (15%)¹ inferior e central condilo femoral lateral (15%)³
Patela quadrante infero-medial (5%)

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8
Q

Fisiopatologia

A

Área de osso subcondral sofre necrose e alterações degenerativas ocorrem na cartilagem adjacente¹

Formação de fissuras na cartilagem com penetração de líquido sinovial na interface “osso bom – osso necrosado”

Destacamento da lesão → corpo livre articular

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9
Q

Etiologia

A

Controversa! (Multifatorial)
Isquemia
Microtraumas de repetição afetando suprimento sanguíneo
Predisposição familiar (genética)

Outros: Desbalanço endócrino, Anormalidades epifisárias, Centros de ossificação acessórios, Desordens do crescimento, Fratura osteocondral, Variações anatômicas, Anormalidades congênitas do osso subcondral, Eixo mecânico (Varo → lesão côndilo medial; Valgo → lateral), Espaço intercondilar menor

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10
Q

Clínica

A

Desconforto inespecífico – vários meses de evolução¹
História inespecífica de trauma (40 – 60%)¹
Exame físico pode ter:
Edema leve¹ ou nenhum edema²
Dor à palpação de interlinha ou da lesão¹
Limitação de ADM¹
Teste de McMurray + (meniscais +)
Atrofia de quadríceps¹
Sinal de WILSON

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11
Q

Sinal de WILSON

A

caminha com RE → evitar impacto côndilo femoral medial com espinha tibial

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12
Q

Teste de Wilson

A

Joelho em flexão de 90°
Realizada RI com lenta extensão -> dor próximo aos 30° (contato da inserção do LCP com a lesão)
Aliviada quando a tíbia é rodada externamente
Teste positivo em apenas 25% dos pacientes

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13
Q

Clínica: particularidades

A

Bloqueio e estalido podem se tornar proeminentes → destacamento parcial ou total da lesão

Sintomas podem simular os de lesão meniscal

Quando completa separação → presença de corpo livre que pode ser palpável

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14
Q

Exames de imagem

A

Rx
TC
RNM
Cintilografia

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15
Q

Exames de imagem: RX

A

Rx é diagnóstico!
Área esclerótica (osso necrótico) envolta por linha radiotransparente
AP, P
Tunel View (melhor visão interna do côndilo medial) com apoio monopodal
Axial de Merchant
Rx contralateral para comparação em adolescentes
Diferenciar de centro de ossificação anômalo

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16
Q

Exames de imagem: Cintilografia

A

Vascularização do fragmento
Acompanhar a progressão da regeneração
Auxilia para avaliar prognóstico do tratamento

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17
Q

Cintilografia: classificação

A

0- normal
1- alteração no rx e cintilo normal
2- Aumento captação
3- associado aumento de captação isotópica de todo condilo femoral
4- associado ao aumento de captação do planalto tibial

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18
Q

Exames de imagem: RNM

A

Mostra alterações precoces
Avalia a viabilidade fragmento
Avalia o potencial de um fragmento se destacar
Técnica ótima → supressão de gordura com reconstrução 3D
Linha de hipersinal abaixo e entre a cartilagem articular em T2
Defeito focal na cartilagem articular em T2 (hipersinal= destacamento)
Hiposinal em T1: Semi-oval ou semicircular

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19
Q

RNM: Sinais de Instabilidade do Fragmento

A

Líquido sinovial ao redor do fragmento
Áreas císticas focais acima do fragmento

Sem hipersinal entre fragmento e osso subcondral = Estabilidade

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20
Q

Classificações

A

Topográfica: Cahill e Berg
Rx: Berndt e Harty (igual tálus)
Artroscópica: Guhl
RNM (associa com artro + RX (tudão): Dipaola

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21
Q

Cahill e Berg

A

Divide em AP e Perfil

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22
Q

Cahill e Berg: AP

A

Divide o fêmur distal em 5 partes (de medial → lateral)
1 e 2 côndilo medial
3 intercôndilo
4 e 5 côndilo lateral

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23
Q

Cahill e Berg: Perfil

A

Divide em 3 partes
A – anterior a linha de Blumensat
B – entre a linha de Blumensat e a continuação da cortical posterior
C – posterior a continuação da cortical posterior

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24
Q

Cahill e Berg: local classico

25
Berndt e Harty
Rx I-IV
26
Berndt e Harty I
pequea área de envolvimento com área de compressão osso subcondral
27
Berndt e Harty II
Fragmento osteocondral parcialmente destacad0
28
Berndt e Harty III
Fragmento totalmente destacada mas permanece no leito
29
Berndt e Harty IV
Corpo livre
30
Guhl
Artroscópica, orienta tratamento I-IV
31
Guhl I e tratamento
Cartilagem amolecida Microperfurações
32
Guhl II e tratamento
Fissura (solução de continuidade) porém estável Debridamento e estabilização
33
Guhl III e tratamento
Flap : parcialmente inserida Debridamento + enxerto + estabilização
34
Guhl IV e tratamento
Corpo Livre Agudo: Debridamento + enxerto + estabilização Crônico: Excisão + microperfurações
35
Dipaola
Junta rx, rnm e artroscopia I-IV
36
Dipaola I
RX: Compressão local (sem fragmento) RNM: Edema cartilagem (espessamento) ARTRO: Amolecimento, Irregularidade local
37
Dipaola II
RX: Fragmento fixo RNM: Hiposinal atrás do fragmento, indicando conexão fibrosa (cartilagem rompida) ARTRO: Fissura Cartilagem, fragmento sem desvio (estável)
38
Dipaola III
RX: Fragmento solto porém sem desvio RNM: Hipersinal atrás do fragmento, indicando líquido sinovial entre fragmento e osso subcondral ARTRO: Fragmento em flap (parcialmente destacado)
39
Dipaola IV
RX: Fragmento destacado, Corpo Livre RNM: Corpo Livre ARTRO: Corpo Livre
40
Grupos: tratamento x resposta
2 Grupos distintos: Crianças e adolescentes (5 – 15 anos) com fise aberta Adultos com fise fechada
41
Grupos: tratamento x resposta--crianças
Melhores resultados Tendência a tratamento conservador
42
Grupos: tratamento x resposta--adultos
Causa mais provável é um fenômeno vascular Piores resultados Tendência a instabilidade e soltura do fragmento Tendência a tratamento cirúrgico
43
Fatores Prognóstico
Idade (< 15 anos), status da fise (aberta) Tamanho (<1cm) Localização (Porção lateral do côndilo medial) Área de carga →pior prognóstico Progressão Quantidade de osso subcondral presente Estabilidade da lesão Bons resultados (65 – 95%) Porém, função pior comparada ao joelho contralateral
44
Tratamento: geral
Depende da idade e do grau de envolvimento Jovens com fise aberta = tratamento conservador Adolescentes mais velhos e adultos apresentam pior prognóstico, independente do tratamento
45
Tratamento Conservador
Períodos de imobilização Evitar longos períodos para não perder ADM Modificação de atividades Retirada de carga 4-6 sem
46
Tratamento Conservador: indicações
Lesão não destacada (até Grau 3) < 1 cm Sem dor < 12 anos (fise aberta)
47
Tratamento Conservador: Imobilização
Tempo de imobilização depende da idade e tamanho da lesão Fase 1 (6 semanas): Brace (articulado) + Restrição atividades Fase 2 (6 semanas): se paciente sem dor e melhora radiográfica → carga parcial progressiva + FST (ADM e fortalecimento de quadríceps) Fase 3: Exercícios de impacto Período de 1 ano (cicatrização ou fechamento da fise) Acompanha a cada 2 meses: EF e exames
48
Tratamento Cirúrgico: Indicações
Joelho sintomático após esqueleticamente maduro > 12 anos Dor refratária ao tratamento conservador Lesão com sintomas persistentes após o fechamento da fise Lesões > 1cm de diâmetro em área de carga Fragmento se destaca ou instabiliza enquanto o paciente está no tratamento conservador (absoluto)
49
Tratamento Cirúrgico: objetivos
Restaurar superfície articular Melhorar Vascularização Estabilizar Fragmento
50
Tratamento cirurgico: o que fazer
Segue o descrito nas classificações Lesões extensas → pode-se utilizar autoenxerto osteocondral, aloenxerto ou técnica de implantação autóloga de condrócitos excisão, fixação com parafuso
51
Vantagens da artroscopia
Avaliação imediata da superfície articular Diminuição tempo de reabilitação Evita cirurgia aberta Diminui risco de infecção Diminui custos de internação
52
Cirurgia aberta – Artrotomia
Indicações: Lesões > 3 cm Presença de vários corpos livres Necessidade de mais de 1 enxerto Corpos livres grandes passíveis de reposicionamento Lesões inacessíveis artroscopicamente
53
Cirurgia aberta – Artrotomia--- Material sintese
Bons resultados na fixação de corpos livres com parafusos sem cabeça, canulados e implantes biodegradáveis
54
Indicações para excisão de corpos livres
Fragmentos pequenos (< 2cm) Fragmentos que não podem ser fixados Fragmentos com inadequado estoque ósseo Maioria passível de remoção artroscópica Alguns fragmentos compostos por cartilagem podem não aparecer no Rx
55
Complicações
Infecção Hemartrose Lesão iatrogênica da cartilagem articular Reação de corpo estranho a componentes biodegradáveis Hipertrofia fibrocartilaginosa Retardo de consolidação Pseudoartrose
56
A osteocondrite dissecante do joelho caracteriza-se por necrose avascular da cartilagem articular com posterior fratura por fadiga do osso subcondral. ( ) Certo ( ) Errado
Errado Inicia no osso subcondral
57
OCD patela
Menos frequente (5%) Pior prognostico Unilateral 2-3ª década + sintomatico Localização: inferomedial Cintilografia: hipercaptante
58
Defeito dorsal da patela
Circular Radiolucida Assintomatica (50%) Autolimitada Localização: superolateral Cintilografia: hipocaptante