Gonartrose Flashcards

1
Q

Quais enzimas pró- inflamatórias envolvidas no desgaste da cartilagem articular na AO?

A
  • Metaloprotease 13 , IL-1 , IL-6 , FNT-alfa(este relacionado ao aumento da dor)
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2
Q

Na composição da cartilagem articular, o principal tipo de colágeno existente e seu mecanismo nutricional são, respectivamente:

A) tipo I, nutrição vascular pelo fluido sinovial
B) tipo II, nutrição vascular pelo fluido sinovial
C) tipo III, vascular e pelo fluido sinovial
D) tipo IV, apenas pelo fluido sinovial

A

B

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3
Q

Sobre o tratamento medicamentoso da artrose do joelho, é correto afirmar:

A) os condroprotetores possuem muitos efeitos colaterais
B) a glicosamina aumenta a produção do tecido cartilaginoso
C) a triancinolona é o corticosteróide que possui maior tempo de ação, quando administrado por via intra-articular
D) o ácido hialurônico não tem efeito sobre o metabolismo da cartilagem articular

A

C

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4
Q

Na artrose do joelho com deformidade angular associada, o tratamento com desbridamento articular artroscópico está contra-indicado.

( ) certo ( ) errado ( ) não sei

A

certo

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5
Q

Na artrose de joelho, injeções intra-articulares de CTC promovem a remissão dos sintomas e contribuem para regeneração da cartilagem.

( ) certo ( ) errado ( ) não sei

A

Errado

Não regenera.
CTC atua nos processo inflamatórios associados.
Em excesso, destruição do colágeno.

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6
Q

Ácido Hialurônico

A

(Synvisc – alto peso molecular)
Polissacarídeo da família dos glicosaminoglicanos, contribui para a homeostase articular
Melhora dor
Restitui a viscoelasticidade do liquido sinovial;
Estimula a síntese de AH pelos sinoviócitos;
Previne a degradação de proteoglicanos e colágeno na matriz;
Previne a apoptose dos condrócitos e degeneração condral;
Reduz a resposta inflamatória articular;
Evitar o uso em pacientes alérgicos a pena e pássaros
resultados ainda controversos

Campbell: contra indica fortemente

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7
Q

Diacereína

A

Atua na IL-1
Efeito colateral: diarréia
Campbell: contra indica fortemente

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8
Q

Glicosamina

A

Downregulation de mataloprotease I e II
Aumenta a produção de ácido hialurônico

Aumento produção MEC (controverso)
Campbell: contra indica fortemente

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9
Q

Condroitina

A

Anti-inflamatória
Neutraliza o processo catabólico (IL-1 e metaloproteases)

Redução espaço articular*
Campbell: contra indica fortemente

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10
Q

DEFINIÇÃO

A

“Desgaste em espelho de duas superfícies articulares, com lesão da cartilagem e pelo menos um ponto de exposição do osso subcondral.”

  • Dejour
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11
Q

Onde Doença se inicia

A

na CARTILAGEM

iniciado e perpetuado pelo estresse mecânico

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12
Q

Substrato bioquimico para artrose

A

Perda da homeostasia menisco-cartilagem-osso subcondral
Evolui com perda de massa cartilaginosa (inicialmente) e de tecido ósseo (tardiamente)

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13
Q

PREVALÊNCIA

A

É a principal causa musculoesquelética de incapacidade no mundo

Acima de 65 anos
60% homens
70% mulheres

Acima de 75 anos: 85%

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14
Q

ETIOLOGIA

A

Primária
Secundária

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15
Q

ETIOLOGIA: Primária

A

Alteração intrínseca da cartilagem
Acomete várias articulações
Pacientes mais idosos
Antes dos 50 anos mais comum em homens, após os 50 anos mais comum em mulheres

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16
Q

ETIOLOGIA: Secundária

A

Mais jovens, carga normal em cartilagem doente
Endócrina / infecciosa / reumatológica
Mecânica / funcional
Circulatória
Displásica / congênita
Traumática

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17
Q

CARTILAGEM: caracteristicas

A

Tecido metabólicamente ativo
2-5mm espessura
Avascular
Nutrição por difusão do líquido sinovial

Condrócitos e matriz extracelular
3 camadas (superficial, transição, profunda)

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18
Q

CARTILAGEM: Matriz Extracelular

A

→ Colágeno tipo II: Proteoglicanos, Agrecano (Sulfato de condroitina e glicosamina) e Água

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19
Q

CARTILAGEM: zonas

A

Zona Superficial
Zona transicional
Zona profunda
Zona Calcificada

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20
Q

CONDRÓCITOS: caracteristicas

A

2-3% do volume do tecido
Unidade funcional → síntese e manutenção da matriz
Equilibro entre processos anabólicos e catabólicos

Céls mesenquimais > Condroblastos > Produção de matriz > Condrócitos

Nutrição e oxigênio pelo difusão do líquido sinovial
Usa vias anaeróbias devido ao ambiente avascular

Difere em tamanho, forma e atividade metabólica conforme a zona estrutural

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21
Q

MATRIZ EXTRACELULAR composição

A

Água: 75% → depende dos proteoglicanos

Macromoléculas
Colágeno (20%)
Tipo II (90%) → força tênsil, cisalhamento
Proteoglicanos (5%) → compressão
Proteína com glicosaminoglicanos
Ácido hialurônicos
Condroitina
Queratan e Heparan sulfato

Glicoproteínas (1%)

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22
Q

MATRIZ EXTRACELULAR: caracteristicas

A

Entrega de nutrientes e remoção de metabólitos por difusão

Processo de reciclagem (degradação) controlado por citocinas e fatores de crescimento

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23
Q

citocinas e fatores de crescimento: quais

A

IL-1 (principal) → induz produção de metaloproteinases (colagenase, estromelisina)
TNF-α → efeito semelhante, importante na AR
IL-6

Metaloproteinases levam a degradação do colágeno e proteoglicanos, com ativação de outras enzimas de degradação

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24
Q

Composição das zonas cartilagem

A

Superficial: + AGUA, - PG, colágeno paralelo, exsuda água na compressão, resiste ao cisalhamento
Transitória: aumento PG, colágeno oblíquo, cisalhamento e compressão
Profunda: - água, + PG, colágeno transversal, resiste à compressão

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25
Q

FISIOPATOLOGIA

A

Desequilíbrio entre processos anabólicos e catabólicos na cartilagem

Macromolecular → fibrilação, fissuras, neovascularização, necrose focal, erosões

Molecular → desorganização da matriz / upregulation das metaloproteinases / atividade pró-inflamatória

Mediadores inflamatórios alteram a composição da matriz extracelular (colágeno e PG), induzindo a degradação da cartilagem

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26
Q

CLÍNICA

A

Dor mecânica
*Dor logo pela manhã (devido à imobilidade durante a noite), melhora ao longo do dia e piora à noite devido aos esforços
Rigidez pós-repouso < 30 minutos
Edema periarticular
Espasmos e atrofia da musculatura periarticular
Crepitação
Arco da ADM
Sinais discretos de inflamação (raros)

Na historia: comorbidades, medicações..

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27
Q

Ex fisico

A

Avaliação da marcha (flambagem)
Mau alinhamento articular e defeitos posturais
Desvios de eixo → mais comum o varo
Flexo
Frouxidão e instabilidade (degeneração do LCA)
Desequilíbrio muscular

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28
Q

Desequilíbrio muscular

A

Rotadores internos e ITT são mais fortes que rotadores externos e anterior
Atitude em flexão e rotação interna, tendência ao varo
Rotação interna → formação de osteófitos no intercôndilo → insuficiência do LCA
Subluxação anterior → formação de osteófitos posteriores (tenta impedir o deslocamento anterior)

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29
Q

EXAMES COMPLEMENTARES

A

Radiografias

30
Q

Radiografias

A

AP com apoio monopodal (com carga)
Perfil com 30° flexão
Axial de patela
Rosemberg
Panorâmica de MMII

Buscar: redução do espaço articular, esclerose, cistos, osteófitos, corpos livres, alteração de eixo
Cuidado com a dissociação clínico-radiológica

31
Q

Rosemberg

A

PA com flexão 45° e inclinação 10° caudal
Paciente em pé, patela encostada no chassi, raio a 40cm
Mais sensível para redução do espaço articular → precoce

32
Q

RX: Achado na imagem x etiologia- achados da imagem

A

Redução do espaço articular

Esclerose óssea

Cistos subcondrais

Corpo livre

Osteófitos

Alteração do eixo

33
Q

RX: Achado na imagem x etiologia

A

Redução do espaço articular: perda da massa cartilagem

Esclerose óssea: tentativa de impedir a progressão

Cistos subcondrais: microfratura e infiltração de líquido sinovial

Corpo livre: desprendimento de cartilagem

Osteófitos: aumento da área de distribuição de carga

Alteração do eixo: perda cartilagem e deformação óssea

34
Q

CLASSIFICAÇÃO

A

AHLBACH (VARO) e radiografica
Dejour
Kellgreen e Lawrence

35
Q

CLASSIFICAÇÃO AHLBACH

A

Grau I-V

36
Q

CLASSIFICAÇÃO AHLBACH I

A

redução do espaço articular

37
Q

CLASSIFICAÇÃO AHLBACH II

A

Obliteração do espaço articular

38
Q

CLASSIFICAÇÃO AHLBACH III

A

AP – contato do platô tibial < 5 mm
P – parte posterior do platô intacta

39
Q

CLASSIFICAÇÃO AHLBACH IV

A

AP – contato de 5 - 10 mm do platô tibial
P – extenso desgaste da margem posterior do platô tibial (indica insuficiencia do LCA)
(osteófitos posteriores)

40
Q

CLASSIFICAÇÃO AHLBACH V

A

AP – grave subluxação da tíbia
P – subluxação anterior da tíbia > 10 mm

41
Q

CLASSIFICAÇÃO DEJOUR

A

I-IV

42
Q

CLASSIFICAÇÃO DEJOUR I

A

pré artrose
Rx normal

43
Q

CLASSIFICAÇÃO DEJOUR II

A

artrose inicial
Medial: AP - pinçamento parcial. P - pinçamento central
Lateral: AP - esclerose e osteófitos. P - pouco pinçamento

44
Q

CLASSIFICAÇÃO DEJOUR III

A

artrose com desequilíbrio
Medial: AP - pinçamento total com báscula do CM (varo com RI)
Lateral: AP - valgo com RE

45
Q

CLASSIFICAÇÃO DEJOUR IV

A

artrose grave, subluxação
Medial: AP - varo com côndilo lateral em conflito com espinhas tibiais. P - lesões patela
Lateral: AP - valgo, P - lesões patela

46
Q

CLASSIFICAÇÃO Kellgreen e Lawrence

A

0-IV

47
Q

Kellgreen e Lawrence 0

A

normal

48
Q

Kellgreen e Lawrence I

A

Estreitamento do espaço articular duvidoso e possiveis osteofitos de borda

49
Q

Kellgreen e Lawrence II

A

Possivel Estreitamento do espaço articular e osteofito definido

50
Q

Kellgreen e Lawrence III

A

Definido Estreitamento do espaço articular, multiplos osteofitos moderados, alguma esclerose e possivel deformidade do contorno osseo

51
Q

Kellgreen e Lawrence IV

A

Notavel estreitamento do espaço articular, severa esclerose subcondral, definida deformidade do contorno osseo e presença de grandes osteofitos

52
Q

TRATAMENTO

A

Conservador
Cirúrgico

53
Q

TRATAMENTO Conservador

A

Educação

Fisioterapia / outras modalidades
Exercícios
Biomecânico
Hidroterapia
Térmico
Acupuntura

Medicamentoso
Analgésico / AINE
CTC intra-articular
Condroprotetores

54
Q

TRATAMENTO Conservador Educação

A

Reduzir ansiedade
Explicar o tratamento e evolução natural da doença
Modificações das atividades – baixo impacto (natação, bicicleta) → melhora da nutrição articular
Perda de peso

55
Q

TRATAMENTO Conservador Exercícios

A

Alongamento para manutenção da ADM
Fase aguda → dor
Após melhora da dor → fortalecimento
Condicionamento aeróbico (sem impacto)
Perda de peso

56
Q

TRATAMENTO Conservador Biomecânico

A

Taping
Bracing
Bengala / andador
Reduz 50% da carga, se usado no lado contralateral

57
Q

TRATAMENTO Conservador Hidroterapia

A

Bom em obesos
Neutraliza a gravidade
Diminui o estresse na articulação
Temp 34-37˚C
Efeito sedativo
Relaxamento muscular

58
Q

TRATAMENTO Conservador Térmico

A

Calor
Produz:
analgesia em terminações nervosas livres
relaxamento muscular
Calor úmido é mais eficaz
Diatérmicos / ondas curtas
altera as propriedades viscoelásticas do colágeno
US
Ondas absorvidas e transformadas em calor
Mais profundo
Crioterapia
Reduz espasmo, melhora a função
TENS (Estimulação elétrica transcutânea nervosa)
Atua nas fibras cutâneas
Diminui a transmissão nervosa de dor

59
Q

TRATAMENTO Conservador medicamentoso

A
  1. Analgésicos
  2. AINE
  3. Corticóide intra-articular
    Alívio da dor e melhora funcional
    Suprime a produção de metaloproteinases, e reduz a degradação pelos radicais livres
    Em baixas doses, pode retardar a degradação condral e formação de osteófitos (artigo do Mauro Albano)
    Triancinolona (Triancil)

4.DMOADs (Disease-modifying osteoarthritis drugs)
Ácido Hialurônico
Glicosamina
Condroitina
Diacereína
Cloroquina
Extrato de soja e abacate

60
Q

TRATAMENTO CIRÚRGICO: indicação

A

Indicado na falha do tratamento conservador
Considerar:
Idade
Demanda física
Expectativa de resultados do tratamento
Tipo de artrose
Peso corporal
Evolução da doença
DOR!!!!!!!!

61
Q

ARTROSCOPIA

A

Episódio de dor aguda após trauma com derrame articular (dor provavelmente por lesão meniscal aguda em menisco degenerado)
Bloqueio articular (por flap meniscal ou corpo livre)
Não realizar em casos com desvio de eixo / artrose tricompartimental
Pode-se realizar:
Desbridamento com microfraturas = produção de fibrocartilagem
Auto-transplante de cartilagem
Retirada de corpos livres

Procedimento de excessao na artrose
Fazer em cenario de bloqueio mecanico
Não fazer “toalete”

62
Q

ARTROSCOPIA fatores prognosticos

A

Bom prognóstico:
História recente, trauma, sintomas mediais, sem desvio de eixo, sem instabilidade ligamentar, unicompartimental, corpos livres, flap meniscal

Mal prognóstico:
História arrastada, ganhos secundários, múltiplos procedimentos, dor lateral, desvios de eixo, instabilidade ligamentar, > 1 compartimento, menisco degenerado, lesão condral severa

63
Q

ARTRODESE: indicações

A

Salvação após falha de ATJ → geralmente por infecção
Piores resultados do que na artrodese primária (consolidação, infecção, encurtamento)
Pacientes jovens com artrose grave → peso, ocupação e nível de atividade
Anquilose dolorosa pós-infecção, tuberculose ou trauma
Deformidade severa em desordem paralítica
Artropatia neuropática
Lesões periarticulares potencialmente malignas

64
Q

ARTRODESE: Técnicas

A

Fixador Externo com compressão
Útil quando bom estoque ósseo, ou pós-infecção
6-8 semanas com fixador, depois 6-8 semanas com órtese

Haste intramedular
Útil quando mau estoque ósseo
Se pós-infecção, proceder em 2 etapas (1º espaçador cimento)
Maior morbidade cirúrgica, porém maior conforto pós-op

Fixação com dupla placa (ortogonais ou paralelas)
Material interno, evita contaminação, maior conforto
Cultura positiva, na ausência de sinais de infecção ativa, não é contra-indicação absoluta ao procedimento

65
Q

ARTRODESE: posição

A

Posição: Flexão 0-15° / Valgo 5-8° / RE 10°

66
Q

Osteotomia e Artroplastia

A

outra aula

67
Q

Pq doi se cartilagem é avascular e sem tecido nervoso?

A

Sinovite e dano osseo

68
Q

Biomecanica

A

60-70% da carga passa no compartimento medial

Gonartrose em varo (70-75%)

Eixo anatomico x mecanico: valgo de 5-7º
Tibia: 3º varo
Femur: 9º valgo

69
Q

Piramide do tto

A

TODOS: educação, exercicios fisicos e perda peso

MUITOS: farmacologico, viscossuplementação, corticoide intra-articular

70
Q

CTC intra-articular

A

Indicado somente nos momentos de sinais inflamatorios sistemicos
Derrame articular

cuidados: condrotoxico

Efeito: 1-4 semanas

71
Q

Acumputura

A

Campbell: contra indica fortemente