Obstrução Arterial Aguda Flashcards

1
Q

O que é Insuficiência Arterial Aguda?

A

Interrupção SÚBITA do fluxo sanguíneo de uma
artéria, levando à diminuição da perfusão do tecido irrigado por ela

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2
Q

IMPORTÂNCIA DA OAA

A

Viabilidade do membro está ameaçada

Diagnóstico tardio –> perda de membro e sequelas; óbito

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3
Q

FISIOPATO

A

Diminu. do fluxo sanguíneo –> dimun. oferta de oxigênio –> ativ. metabolismo anaeróbio –> aument. ácido lático –> diminu. ATP –> diminu. bomba ATPase –> influxo de íons para célula –> morte celular

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4
Q

ETIOLOGIAS

A
  • embolia
  • trombose
  • trauma arterial [tiro]
  • dissecção [invasão do sangue nas camadas da artéria –> obst]
  • vasculites
  • causas hematológicas
  • ergotismo/medicações
  • neoplasias invasivas
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5
Q

RESISTÊNCIA DOS TECIDOS À ISQUEMIA

A

Grau diferente de acometimento em cada tecido à resposta da isquemia

Nervo [sintomas neurológicos] –> Endotélio –> Músculo [miosite] –> Pele [q. avançado] –> Gordura –> Ossos e cartilagens

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6
Q

FATORES QUE INFLUENCIAM A GRAVIDADE

A

੦ local de oclusão [volume de tecido afetado]
੦ circulação colateral [fator protetor criado em casos crônicos]
੦ trombose secundária [embolo–> parado –> coagulação / trombo secundário]
੦ trombose venosa associada [raro / nele já tem dificuldade de irrigação]
੦ condições hemodinâmicas
੦ espasmo arterial [mais jovem o pct, mais forte é o espasmo –> diminui a perfusão]

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7
Q

QUADRO CLÍNICO

A

6 “pês”
* dor (pain)
* pulsos diminuídos (topografia)
* palidez
* parestesia
* paresia
* poiquilotermia (frialdade)

DX CLÍNICO

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8
Q

DEFINIÇÃO DE EMBOLIA ARTERIAL

A

Progressão de um êmbolo na circulação arterial obstruindo a luz de uma artéria distante de seu local de origem

**sintomas mais graves, evolução mais rápida

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9
Q

O QUE SÃO OS TIPOS DE ÊMBOLOS?

A

trombos, fragmentos de placa ateromatosa, células tumorais, gases ou corpos estranhos (desprendidos ou introduzidos).

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10
Q

LOCAIS MAIS COMUM DE ACOMETIMENTO DA EMBOLIA ARTERIAL

A

Bifurcações = + comum (por causa do menor diâmetro existente)

  • MMII = 5x MMSS
  • MMII: fem. > popl. > ilíaca > aorta
  • MMSS: braq. > axilar > radial > ulnar > subclávia

35-50%: artéria femoral
20%: circulação cerebral
10%: artérias viscerais

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11
Q

CAUSAS CARDÍACAS DE FORMAÇÃO DE ÊMBOLOS

A

Fibrilação atrial => 1º causa
Lesões orovasculares: estenose mitral => 2º causa
Infarto agudo do miocárdio
Insuficiência cardíaca congestiva
Arritmia por crise tireotóxica
Aneurisma ventricular
Miocardiopatia
Cardioversão
Endocardites [embolo séptico]
Materiais protéticos
Mixoma atrial [tu artrial]

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12
Q

CAUSAS ARTERIAIS E VENOSAS DE EMBOLIA ARTERIAL

A
  • aneurismas [dilatação da parede que cursa com deposição de trombos na parede]
  • aterosclerose [fragmentação da placa]
  • embolia paradoxal [tvp + embolização = s2]
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13
Q

TROMBOSE ARTERIAL - DEFINIÇÃO E CAUSA

A

Obstrução de uma artéria por trombo formado no local

Originada por alterações endoteliais e alterações
da hemostasia

Principal condição preexistente: aterosclerose

**sintomas mais insidiosos, evolução mais lenta

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14
Q

FISIOPATO DA TROMBOSE ARTERIAL

A

Doença aterosclerótica na parede arterial –> Exposição de colágeno + alteração de fluxo –> Agregação plaquetária e coagulação –> Trombose arterial

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15
Q

LOCAIS PREFERENCIAIS DA TROMBOSE ARTERIAL

A

Locais com alteração de fluxo

  • femoral superficial no canal dos adutores, bifurcação da poplítea, bifurcação ilíaca, aorta distal
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16
Q

DIFERENÇA NO QUADOR DE UM PACIENTE COM EMBOLIA DE UM COM TROMBOSE

A

Emoblia: Início agudo, dor intensa, pálido, claudicação prévia ausente, doença cardíaca frequente, fonte de êmbolos frequentes, déficit de pulso contralateral incomum, presença de sopro contralateral incomum

Trombose: Início agudo/gradual, dor moderada/intensa, mosqueada, claudicação prévia presente, doença cardíaca incomum, fonte de êmbolos incomum, déficit de pulso contralateral frequente, presença de sopro contralateral frequente

17
Q

DICA PARA DIFERENCIAR EMBOLIA DE TROMBOSE EM OBSTRUÇÃO ARTERIAL AGUDA

A

SINTOMAS CRÔNICO (CLAUDICAÇÃO) = TROMBOSE

CASO AGUDO, ARRITMIAS = EMBOLIA

18
Q

CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD PARA IAA

A

I - viável
IIA - risco marginal
IIB - risco imediato
III - inviável

19
Q

EXAMES DIAGNÓSTICOS AUXILIARES NA IAA

A

੦ Doppler portátil (não invasivo, ITB)
੦ Duplex Scan (Doppler + imagem, presença e velocidade de fluxo, não invasivo/sem contraste, examinador-dependente)
੦ Angiotomografia (avalia perviedade e anatomia arterial, contraste iodado e acesso venoso, exposição à radiação ionizante)
੦ Arteriografia

20
Q

PADRÃO OURO DE IMAGENS NA IAA E SUAS CARACTERÍSTICAS

A

ARTERIOGRAFIA

  • local de obstrução/leito distal
  • embolia x trombose
  • muito invasiva: acesso arterial e contraste
  • principalmente intraoperatório: terapêutica
21
Q

CARACTERÍSTICAS DA EMBOLIA NA ARTERIOGRAFIA

A
  • taça invertida
  • artérias lisas
  • pobre circulação colateral
  • localização em bifurcações
22
Q

CARACTERÍSTICAS DA TROMBOSE NA ARTERIOGRAFIA

A
  • ponta de lápis/secção transversa
  • artérias trabalhadas
  • rica circulação colateral
23
Q

O QUE GUIA O TTO DA IAA?

A

GRAVIDADE DO MEMBRO AFETADO [CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD]

24
Q

TTO DA IAA

Membro viável Ruth I // Membro marginalmente ameaçado Ruth IIA

A
  • aquecimento do membro
  • anticoagulação plena e observação
  • pesar risco cirúrgico versus prognóstico nas embolias
  • monitorar resposta e necessidade de tratamento cirúrgico
25
Q

TTO DA IAA

Membro em risco imediato Ruth IIB

A

੦ revascularização imediata

  • embolia –> embolectomia com cateter de Fogarty (bifurcação femoral, poplítea, braquial)
  • trombose –> pontes cirúrgicas, angioplastias
26
Q

TTO DA IAA

Membro inviável Ruth III

A
  • amputação primária
  • isquemia avançada
  • cianose fixa
  • ausência de sensibilidade / motricidade
  • rigidez articular
  • elevação de CP
27
Q

FIBRINÓLISE POR CATETER

COMO É REALIZADA? QUANDO FAZ?

A
  • entra com cateter intratrombo
  • injeta baixas doses de fibrinolítico (infusão contínua) –> alteplase, estreptoquinase, uroquinase
  • promove lise de trombos secundário e expõe o ponto para angioplastia
  • pct com isquemias Ruth IIa / trombose arterial aguda
  • casos em que a angiografia não permita revascularização
28
Q

SÍNDROME DE REPERFUSÃO

A

੦ alterações sistêmicas pós-revascularização, causada por liberação de elementos celulares na circulação
੦ síndrome compartimental (edema muscular pós-revasc)
੦ sequelas definitivas

**maior o tempo de isquemia, maior a chance da sd

29
Q

QUADRO CLÍNICO DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL

A
  • dor – desproporcional – piora progressiva
  • déficit sensitivo e motor [compressão dos nervos]
  • musculatura endurecida
  • ausência de pulso (fase tardia)
  • doentes sob IOT: pressão intracompartimental (9-14 mmHg)
  • > 30 mmHg: fasciotomia
30
Q

QUAIS AS ALTERAÇÕES SISTÊMICAS PÓS-REVASCULARIZAÇÃO NA SINDROME DE REPERFUSÃO?

A
  • acidose metabólica
  • rabdomiólise
  • mioglobinúria
  • IRA por NTA
  • hiperpotassemia (principal / pode levar a óbito por arritmia)
  • elevação de TGO, DHL e CPK (maior a isquemia, maior o cpk - analisar o prognóstico por sua curva)
31
Q

CUIDADOS NA SD DE REPERFUSÃO

A

੦ controle da hiperpotassemia
੦ controle da IRA (hidratação, alcalinização da urina, manitol, hemodiálise, se necessário)
੦ fasciotomia na síndrome compartimental (medial ou lateral)