Cirurgia Metabólica e Obesidade Flashcards

1
Q

COMPLICAÇÕES METABÓLICAS RELACIONAS À OBESIDADE

A
  • diabetes mellitus
  • hipertensão
  • dislipidemia
  • colelitíase
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2
Q

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL

A
  • incontinência urinária de esforço
  • refluxo gastroesofágico
  • doenças venosas (tromboflebite, úlcera de estase, TVP)
  • hérnia
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3
Q

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

A
  • hipoventilação
  • apneia do sono
  • TEP
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4
Q

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR

A

doença coronariana
ICC

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5
Q

COMPLICAÇÕES RELACIONAADAS A DISFUNSÇÃO HORMONAL

A
  • amenorreia
  • hipermenorreia
  • hirsutismo
  • infertilidade,
  • câncer de endométrio (5x)
  • câncer de mama (3x)
  • câncer de ovário (3x)
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6
Q

CÂNCER RELACIONADO

A
  • cólon (3x)
  • rim
  • próstata (3x)
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7
Q

COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS

A
  • infecções de pele (erisipela, celulite)
  • infecções pós-operatórias
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8
Q

FATORES SOCIAIS ASSOCIADOS A MORBIDADE

A

vestuário, higiene corporal, assentos, deambulação, escadas, esportes, sexo

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9
Q

FATORES ECONÔMICOS ASSOCIADOS A MORBIDADE

A

Medicações, outras doenças, seguro de vida, vestuário especial, trabalho, despesas com alimentação

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10
Q

FATORES PISIQUIÁTRICOS RELACIONADOS A MORBIDADE

A

depressão, isolamento, alterações neuróticas, baixa autoestima, tendência ao suicídio

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11
Q

QUANDO CONSIDERAR TTO CIRÚRGICO?

A
  • Perda da qualidade e diminuição da expectativa de vida
  • Altos índices de reganho de peso com a terapêutica conservadora
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12
Q

CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE

A

Eutrófico = Até 24,9 kg/m²
Sobrepeso = 25-29,9 kg/m²
Obesidade Grau I = 30-34,9 kg/m²
Obesidade Grau II = 35-39,9 kg/m²
Obesidade Grau III = ≥ 40 kg/m –> MÓRBIDA

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13
Q

SÍNDROME METABÓLICA

A

੦ resistência insulínica
੦ obesidade visceral
੦ hipertensão
੦ hiperlipidemia
੦ risco para DCV e DM2

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14
Q

CRITÉRIOS PARA SÍNDROME METABÓLICA - MULHER

A

C.A = ≥ 88 cm
TRIG = ≥ 150 mg/dL ou em uso de medicamento
HDL = < 50 mg/dL ou em tto
PA= ≥ 130/85 ou em tratamento para HAS
GJ = ≥ 100 mg/dL ou em tratamento

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15
Q

CRITÉRIOS PARA SÍNDROME METABÓLICA - HOMEM

A

C.A = ≥ 102 cm
TRIG = ≥ 150 mg/dL ou em uso de medicamento
HDL = < 40 mg/dL ou em tto
PA= ≥ 130/85 ou em tratamento para HAS
GJ = ≥ 100 mg/dL ou em tratamento

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16
Q

INDICAÇÕES DE CIRURGIA BARIÁTRICA

A

-IMC ≥ 40 kg/m²
-IMC ≥ 35 kg/m² com comorbidades
- Obesidade estabelecida com tratamento clínico
prévio insatisfatório de, pelo menos, 2 anos

  • Idade: maiores de 18 anos
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17
Q

CIRURGIA BARIÁTRICA EM ADOLESCENTES DE 16 a 18 ANOS

A
  • Concordância dos pais ou responsáveis
  • Presença de pediatra na equipe
  • Consolidação das cartilagens das epífises de crescimento dos punhos
  • Avaliar o risco-benefício da cirurgia
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18
Q

INDICAÇÃO DE CIRURGIA METABÓLICA:

A
  • Pacientes com DM com IMC de 30 a 35 Kg/m2
  • Idade entre 30 e 70 anos
  • DM tipo 2 com menos de 10 anos da doença
  • Refratário ao tratamento clínico, após 2 anos de acompanhamento
  • Não tenha contraindicação para a cirurgia
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19
Q

DERIVAÇAO NA CIRURGIA METABÓLICA

A

Derivação gastrojejunal em Y-de-Roux

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20
Q

CONTRAINDICAÇÕES

A

Condições psiquiátricas:
੦ abusadores de álcool
੦ dependentes químicos
੦ depressivos graves com ou sem ideação suicida
੦ psicoses graves
੦ qualquer doença mental que, a critério da avaliação do psiquiatra, contraindique a cirurgia de forma definitiva ou até que a doença tenha sido controlada por tratamento

Outras doenças ou condições clínicas que contraindiquem a cirurgia
੦ doença cardiopulmonar grave e descompensada
੦ hipertensão portal
੦ doenças imunológicas ou inflamatórias graves

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21
Q

TÉCNICAS CIRÚRGICAS

A

Acesso:
੦ laparotomia, laparoscopia ou robótica

Cirurgias restritivas
Cirurgias disabsortivas (proscritas)
Cirurgias mistas

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22
Q

CIRURGIA RESTRITIVA

A

Banda gástrica ajustável // balão intragástrico
Gastrectomia vertical (SLEEVE) -divide estômago em dois

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23
Q

CIRURGIA MISTA

A
  • Derivações gástricas em Y-de-Roux (Fobi-Capella)
  • Derivação biliopancreático com gastrectomia horizontal (Scopinaro)
  • Derivação biliopancreático com gastrectomia vertical e preservação pilórica (duodenal switch)
24
Q

INDICAÇÃO BALÃO INTRAGÁSTRICO

A

Adjuvante do tratamento de perda de peso, principalmente no preparo pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m²)

**método provisório

25
Q

CONTRAINDICAÇÕES DO BALÃO INTRAGÁSTRICO

A

esofagite de refluxo; hérnia hiatal; estenose ou divertículo de esôfago; lesões potencialmente hemorrágicas, como varizes e angiodisplasias; cirurgia gástrica ou intestinal de ressecção; doença inflamatória intestinal; uso de anti inflamatórios, anticoagulantes, álcool ou drogas e transtornos psíquicos

26
Q

COMPLICAÇÕES DO BALÃO INTRAGÁSTRICO

A

aderências ao estômago; passagem para o duodeno; intolerância ao balão, com vômitos incoercíveis; úlceras e erosões gástricas; esvaziamento espontâneo do balão; obstrução intestinal por migração do balão; perfuração gástrica; infecção fúngica em torno do balão

27
Q

O QUE É GASTRECTOMIA VERTICAL?

A

Restrição gástrica, com remoção de 70% a 80% do estômago proximal ao antro, assim como um componente hormonal associado (redução da grelina)

28
Q

VANTAGENS DA GASTRECTOMIA VERTICAL

A
  • não exclui o duodeno do trânsito alimentar, portanto não interfere no sítio de absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B;
  • pode ser transformada, em caso de insucesso, em qualquer outra técnica bariátrica regulamentada;
  • permite o acesso às vias biliar e pancreática por métodos endoscópicos habituais
29
Q

DESVANTAGENS DA GASTRECTOMIA VERTICAL

A

método irreversível, que pode produzir
complicações de alta gravidade e difícil tratamento, como a fístula junto a ângulo de Hiss (esofagogástrico), porém em baixa incidência;

  • existem dados que demonstram perda de peso aceitável em longo prazo, melhor que a banda gástrica ajustável, porém menor que outros procedimentos derivativos
30
Q

MÉTODO MAIS REALIZADO

A

GASTRECTOMIA VERTICAL

31
Q

CIRURGIAS MISTAS - PREDOMINANTEMENTE MAL ABSORTIVAS

A

੦ derivação biliopancreático com gastrectomia horizontal, com ou sem preservação gástrica distal

੦ derivação biliopancreático com gastrectomia vertical e preservação pilórica

32
Q

CIRURGIAS MISTAS - PREDOMINANTEMENTE MAL RESTRITIVAS

A

Derivações gástricas em Y-de-Roux, com ou sem anel de contenção

OPERAÇÃO DE FOBI-CAPELLA

**padrão-ouro

33
Q

Gastroplastia com reconstituição em Y-de-Roux

A

Cirurgia de derivação gástrica com reconstituição em Y-de-Roux sem ressecção gastrointestinal (bypass gástrico)

  • inicial e transitório componente restritivo alimentar + modificação da produção de hormônios que modulam a fome e a saciedade
34
Q

vantagens da gastroplastia com reconstituição em Y-de-Roux

A
  • perda de peso adequada e duradoura
  • baixo indice de insucesso
  • taxa de complicações a longo prazo aceitáveis
  • reversível
  • controle de comorbidades metabolicas (dm 2)
35
Q

desvantagens da gastroplastia com reconstituição em Y-de-Roux

A
  • tecnica mais complexa
  • acesso limitado ao estômago
  • complicações // deficiência de proteínas e anemia
36
Q

VANTAGENS DAS DERIVAÇÕES BILIOPANCREÁTICO

A
  • menor restrição da ingestão alimentar
  • eficaz na perda de peso e manutenção em longo prazo;
  • reservatório gástrico acessível
  • reversão de dm 1 e dislipidemia (modificações funcionais e hormonais)
37
Q

DESVANTAGENS DAS DERIVAÇÕES BILIOPANCREÁTICOS

A
  • mais sujeitas às complicações nutricionais e
    metabólicas (deficiência de vitaminas lipossolúveis, vitamina B12, cálcio e ferro)
  • desmineralização óssea;
  • úlcera de boca anastomótica;
  • aumento do número de evacuações diárias (fezes e flatos muito fétidos)
38
Q

Cirurgias mistas predominantemente disabsortivas

A

੦ derivação biliopancreático com gastrectomia horizontal, com ou sem preservação gástrica distal (Scopinaro)
੦ derivação biliopancreático com gastrectomia vertical e preservação pilórica (duodenal switch)

39
Q

DUODENAL SWITHC

A

੦ associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal
੦ 60% do estômago retirado
੦ o desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento (75-85% do peso)

40
Q

CIRURGIAS EXPERIMENTAIS PODEM SER REALIZADAS?

A

Só se normatizada pelo CFM e CONEP

Sob protocolos de investigação científica

41
Q

CIRURGIAS PROSCRITAS

A

A derivação jejunoileal exclusiva (terminolateral ou laterolateral ou parcial) –> alta incidência de complicações metabólicas e nutricionais a longo prazo

  • grande parte do intestino fica desfuncionante –> acúmulo de bactéria
42
Q

HORMÔNIO QUE AUMENTA E DIMINUEM O APETITE

A

AUMENTA O APETITE = Grelina
੦ estimulador
੦ secretado 1ª pelo estômago (fundo gástrico)

DIMINUEM O APETITE
੦ leptina
੦ GLP-1
੦ polipeptídio Y – PYY
੦ colecistocinina – CCK

43
Q

ONDE É PRODUZIDO A LEPTINA? E QUAL O SEU PAPEL?

A

Leptos = magros

  • Produzido por adipócitos
  • Reduz o apetite
  • Aumento do gasto energétic
44
Q

PRODUÇÃO E FUNÇÃO DA GLP1

A

Incretina = regulam a glicose

Estimulado por alimento no delgado

Reduz a glicemia

Inibe motilidade → saciedade

45
Q

PRODUÇÃO E FUNÇÃO DO PEPTÍDIO YY

A
  • Produzido pela mucosa intestinal
  • Estimulado por refeição proteica
  • Inibe o apetite
46
Q

FUNÇÃO E PRODUÇAÕ DA COLECISTOCININA (CCK)

A

੦ liberada pelas células endócrinas da mucosa do duodeno e jejuno

੦ suprime o apetite retardando o esvaziamento do estômago

੦ promoção da saciedade

47
Q

EFEITOS HORMONAIS DA DERIVAÇÃO GÁSTRICA

A

↓ Grelina ↓ CCK

↑ Leptina ↑ PYY ↑ GLP1

Redução da ingestão de alimentos
Aumento da saciedade
Controle da glicemia

48
Q

AS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS ESTÁ MAIS ASSOCAIDA A QUEM?

A
  • > 65 anos
  • IMC > 55 kg/m²
  • Múltiplas comorbidades

Mortalidade de 0,1 a 1%
Precoces: no 1º mês pós-operatório

49
Q

COMPLICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA MAIS COMUM E MAIS ASSOCIADA A MORTALIDAE PRECOCE

A

Mais comum
- Parede abdominal, até 40%

Mortalidade precoce (1%)
- TEP e fístulas

50
Q

COMPLICAÇÕES PO PRECOCES

A
  • Tromboembolismo pulmonar
  • Trombose venosa profunda
  • Infarto agudo do miocárdio
  • Seromas e hematomas da parede abdominal
  • Infecção da ferida operatória
  • Evisceração
  • Sangramento
  • Abscesso intracavitário/ fístulas (1ª sem)
  • Deiscência das anastomoses (1ª sem)
  • Taquicardia
  • Taquipneia
  • Acidose metabólica
51
Q

COMPLICAÇÕES CAPELLA MAIS COMUNS

A
  • Obstrução e impactação dos alimentos
  • Efeito dumping para açúcares
  • Anemia – vitamina B12, ácido fólico e ferro
  • Aumento do turnover ósseo e diminuição da massa óssea – cálcio e vitamina D
52
Q

COMPLICAÇÃO TARDIA

A

Obstrução intestinal

  • Hérnias incisionais
  • Impactação alimentar
  • Estenoses da anastomose
  • Erosões pela banda ou pelo anel
  • Úlcera
  • Refluxo gastroesofágico (gastrectomia vertical)
  • Câmara gástrica exclusa e inacessível preocupa
53
Q

CAUSAS DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL NO PO TARDIO

A
  • aderências (cirurgia convencional)
  • hérnia interna (laparoscopia)
  • hérnia de Petersen (transmesocólica
54
Q

COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS TARDIAS

A

Até 40%

  • Sintomas compulsivos
  • Drogas e álcool
  • Depressão
55
Q

COMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS TARDIAS DO PO

A

** Maiores nas operações mistas

  • Anemia ferropriva
  • Deficiência de microelementos (cálcio, zinco e vitaminas do complexo B)
56
Q

RESULTADOS DA CAPELLA

A

੦ redução média de 50 a 60% do excesso de peso corporal, 35 a 40% peso
੦ redução média no IMC de 10 kg/m² nos primeiros 12-24 meses do pós-operatório
੦ leve aumento de peso (5-7 kg) após os 2 primeiros anos
੦ manutenção esperada de 50% de redução do excesso de peso

57
Q

QUAIS AS MELHORIAS DAS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À OBESIDADE

A

੦ diabetes
੦ apneia do sono
੦ hipertensão
੦ hiperlipidemia
੦ mortalidade reduzida em 9x