Insuficiência Venosa Crônica Flashcards

1
Q

O que são varizes de membros inferiores?

A

Dilatações ou tortuosidades das veias do sistema venoso superficial/perfurante causadas por suas anormalidade (refluxo, obstrução ou ambos)

**MMII

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2
Q

Qual a definição de varizes? Qual sua localização, tamanho e disposição?

A

Dilatação das veias
Localização: subcutâneo /elevadas
Tamanho: >4 mm
Disposição: tortuosas, dilatadas, saculares

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3
Q

Qual a definição de telangiectasias? Qual sua localização, tamanho e disposição?

A

Dilatação dos capilares (arteríolas ou vênulas)
Localização: derme
Tamanho: <2 mm
Disposição: aracneiformes

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4
Q

Qual a definição de microvarizes/veias reticulares? Qual sua localização, tamanho e disposição?

A

Dilatação das veias
Localização: subcutâneo /sem elevação da pele
Tamanho: 2-4 mm
Disposição: retilíneas ou tortuosas

**assintomáticas

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5
Q

Como é classificada a etiologia da IVC?

A
  1. Primária: incompetência da valva superficial -fisiológica-
  2. Secundária: doença que leva ao aumento da pressão venosa (síndrome pós-trombótica, fístula arteriovenosa, agenesia congênita de SVP)
  3. Congênita
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6
Q

Quais os principais mecanismos da IVC? [3]

A
  1. Incompetência valvar
  2. Deformidades permanentes da parede das veias
  3. Aumento da pressão nas veias
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7
Q

Qual a fisopato da IVC primária ?

A

Incompetência valvular primária / Incompetência no retorno venosos –> enfraquecimento da parede venosa
–> refluxo sanguíneo –> dilatação

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8
Q

Qual a fisiopato da IVC secundária?

A
  • hipertensão venosa pós-TVP
  • oclusão crônica –> hipertensão
  • refluxo pós-recanalização (pela associação com a perda da complacência valvular)
  • hipertensão venosa pós-trauma
  • nas fístulas arteriovenosas
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9
Q

Quais os fatores de risco da IVC? [9]

A
  1. > 50 anos
  2. Hormônios sexuais femininos
  3. Sexo feminino
  4. Gravidez [aumento pressão intra-abd e sobrecarga do retorno venoso]
  5. Posição no trabalho [ortostase]
  6. TVP
  7. Obesidade [pressão intra-abd]
  8. Hereditariedade [principal]
  9. Tu pélvico
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10
Q

Qual a relação da progesterona com a IVC?

A

Dilatação passiva das veias

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11
Q

Qual a relação da estrogênio com a IVC?

A

Relaxamento da musculatura lisa venular e amolecimento das fibras de colágeno

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12
Q

Como acontece o edema e dilatação venosa?

A

Aumento da pressão –> extravasamento de líquido –> acúmulo de líquido do interstício

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13
Q

Como acontece a modificação estrutural na parede das veias e na pele?

A

Aumento da pressão –> extravasamento de líquido + células e citosinas –> resposta inflamatória

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14
Q

Como acontece a dermatofibrose?

A

Aumento da pressão –> síntese de colágeno por fibroblastos

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15
Q

Como acontece a coloração castanha na pele?

A

Parede com defeito –> saída de hemácias –> acúmulo de hemoglobina –> síntese em hemossiderina –> impregnação na pele

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16
Q

Como acontece escurecimento cutâneo?

A

Síntese de melanina

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17
Q

Como acontece a úlcera de estase venosa crônica?

A

Alterações tróficas –> trauma ou espontânea

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18
Q

Como acontece o prurido?

A

Congestão venosa

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19
Q

Qual a localização das úlceras de estase venosa crônica?

A

Acima do maléolo medial, terço inferior da perna

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20
Q

Quais as principais queixas na IVC? [4]

A
  1. Dor
  2. Desconforto/sensação de peso /cansaço
  3. Alterações estéticas
  4. Prurido, queimação, edema, cãimbras, formigamento
21
Q

Quais os fatores de piora e melhora das queixas na IVC? [4]

A
  1. Piora ao final do dia, após períodos ortostáticos
  2. Piora no início do ciclo menstrual
  3. Piora em temperaturas elevadas
  4. Edema pior pela manhã
  5. Melhora ao deitar, elevar o membro, meia compressiva
22
Q

Quais as principais complicações da IVC? [4]

A
  1. Úlcera
  2. Tromboflebite superficial ou varicotrombose
    *pós acesso venoso periférico ou em varizes
  3. Erisipela de repetição
  4. Varicorragia [elevar o membro e comprimir]
23
Q

Quais as características da úlcera de estase venosa crônica? [6]

A
  1. Única
  2. Circunscrita
  3. Bordas pouco elevadas
  4. Fundo plano
  5. Lesão úmida
  6. Cianótica
24
Q

Quais as características da tromboflebite superficial? [4]

A
  1. Calor, Dor, Eritema no caminho da veia superficial
  2. Caminho palpável como um cordão fibroso
25
Q

Em que é baseado a classificação CEAP?

A
  1. Clínica
  2. Etiologia
  3. Anatomia
  4. Fisiopatologia
26
Q

Alterações da pele na IVC

A
  1. Dermatite ocre
  2. Lipodermato-esclerose
  3. Atrofia branca
  4. Eczema [ñ precisa de atb]
27
Q

Como se dá a classificação clínica da CEAP?

A

Grau 0: sem sinais visíveis e palpáveis
Grau 1: telangectasias/veias reticulares
Grau 2: veias varicosas
Grau 3: edema
Grau 4: alterações cutâneas
Grau 5: 4 + úlcera inativa [cicatrizada]
Grau 6: 4 + úlcera ativa

28
Q

Como se dá a classificação etiológica da CEAP?

A
  1. Primária
  2. Secundária
  3. Congênitas
29
Q

Como se dá a classificação anatômica da CEAP?

A
  1. Superficial
  2. Profunda
  3. Perfurante
30
Q

Como se dá a classificação fisiopatológica da CEAP?

A
  1. Obstrução [aguda]
  2. Refluxo [crônica]
  3. Obstrução + refluxo
31
Q

O que perguntar na anamnese na suspeita de IVC? [7]

A
  1. Duração da doença
  2. Se dor, melhora e piora
  3. Tto prévios
  4. História familiar
  5. Gravidez repetidas
  6. Trauma/TVP
  7. Intensidade dos sintomas
32
Q

Como realizar o exame físico na IVC?

A
  • em pé e deitado
  • inspeção
  • manobras especiais
  • Brodie-Trendelenburg
    › perfurantes + VSM/VSP
  • Perthes
    › SVP e perfurantes
  • Schwartz
    › insuf. valvular segmentar
33
Q

Teste de Brodie-Trendelenburg

A

AVALIA O GRAU DE INSUFICIÊNCIA

Comprimir o óstio da VSM ou VSP a 45 graus e colocar o pct em pé, avaliando se há ou ñ enchimento das varizes:
- se tiver, a causa não é só delas
- se ñ, é insuficiência da veia

34
Q

Teste de Schwartz (percussão venosa)

A

Percussão no trajeto das varizes enquanto aperta em outro ponto

Se sentir a repercussão no outro ponto, tem falhas de válvulas nessa região

35
Q

Teste de Perthes

A

Compressão com garrote + exercícios

  • testar competência de perfurantes e SVP

Coloca o garrote, faz que o pct mexa a perna p/ esvaziar o sistema venoso:
- se ñ encher as varizes + enchimento ao liberar = problema é a v. safena magna
- se sim, outras veias envolvidas

36
Q

Qual o principal exame complementar na IVC? O que ela identifica?

A

USG com doppler

Grau e anatomia

  • localização de refluxos
  • safenas, perfurantes
  • planejamento cirúrgico
37
Q

Caso as técnicas principais não conseguirem orientar o tto da IVC, qual exame fazer? O que ela avalia?

A

Flebografia

Ascendente: válvula, paredes, lúmen
Descendente: aspectos funcionais [refluxo]

38
Q

Além do usg com doppler e flebografia, quais outros exames podem ser utilizados? Com qual objetivo?

A

TC = avaliar síndromes compressivas abdominais

Pletismografia = registro da variação do volume do membro pela entrada e saída de sangue

Pressão venosa ambulatorial = monitorização hemodinâmica da insuficiência venosa

39
Q

Qual o objetivo do tto?

A
  • Alívio dos sintomas [estética e clínica]
  • Tratamento/prevenção de complicações
  • Prevenção de recorrências
  • Satisfação cosmética
40
Q

Como é feito o tratamento clínico da IVC? [4]

A
  1. Meias elásticas compressivas [20-30mmHg / 35]
  2. Elevar membro 2x/dia
  3. Deambular
  4. Bota de Unna, se úlcera ativa
  5. Mudanças no estilo de vida [obesidade, atividade física, salto alto - diminui a contração da panturrilha, cama em trendelembrug]
41
Q

Quando é utilizado terapia com flebotônicos? Quais sua ações?

A
  • terapia complementar
  • pct sem indicação cirúrgica
  • persistência dos sintomas após tto cirúrgico
  • reforço da parede venosa
  • melhora da microcirculação
  • melhora da drenagem linfática
  • diminuição da permeabilidade capilar (diminui o extravasamento de sangue)
42
Q

Exemplos de classes de flebotônicos

A
  • diosmina
  • hesperidina
  • aminaftona
  • dobesilato de cálcio
  • cumarina
  • troxerrutina
  • castanha da Índia
43
Q

Qual a função da terapia compressiva?

A
  • equilibrar aumento patológico da pressão
    venosa (p/ diminuir o extravasamento -alt pele, úlcera)
  • promover absorção do edema e retorno dos
    líquidos para o sistema venolinfático
  • não interferir com suprimento arterial
  • aliviar/tratar os sintomas da IVC
44
Q

Tipos de pressão na terapia compressiva

A

PRESSÃO DE REPOUSO
- pressão de interface constante exercida nos
tecidos, independentemente da postura

PRESSÃO DE TRABALHO
- pressão adicional à pressão de repouso exercida pelo aumento volumétrico muscular durante contração contra algum sistema contensivo
- aumento de pressão refletido nos sistemas
venoso e linfático

**varia com o tipo de tecido = elástica (pressão mais igual), menos elástica (pressão de trabalho vai ser maior)

45
Q

Compressões graduadas no tto clínico

A

› 15-20 mmHg: profilaxia, viagens de longa distância
› 20-30 mmHg: CEAP 2 e 3
› 30-40 mmHg: CEAP 3, 4 e 5, linfedemas leves
- síndrome pós-trombótica, TVP

**pior a doença, maior a pressão necessária

46
Q

O que é a bota de Unna?

A

Curativo compressivo com óxido de zinco, gelatina e glicerina

Inelástica

47
Q

Quando é indicado o uso de substâncias esclerosantes em varizes?

A

Acometimento venoso superficial

escleroterapia térmica (laser transdérmico) x escleroterapia química (irritação endotelial produzindo oclusão e fibrose)

48
Q

Quais as indicações do tratamento cirúrgico da IVC? [6]

A
  1. Estética
  2. Sintomas refratário ao tto clínico
  3. Sangramento pelas varizes
  4. Tromboflebite superficial
  5. Úlcera com sinais de infecção
  6. Lipodermatofibrose
49
Q

Quais as principais técnicas cirúrgicas da IVC? [3]

A
  1. Safenectomia [dissecção + fleboextrator + compressão do trajeto]
  2. Valvuloplastia
  3. Retirada de microvarizes
  • flebectomia
  • ligadura de veias perfurantes
  • termoablação [laser/radiofrequência + queimação da safena por dentro = oclusão //melhor estética e tempo de recuperação, sem hematoma]
  • escleroterpia com espuma [ablação química / polidocanol + ar]