Neuroanatomia Flashcards

1
Q

Conceituação: aferente e eferente

A

São aferentes os neurônios, fibras ou feixes de fibras que trazem impulsos ao sistema nervoso e eferentes os que levam impulsos desta área.

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2
Q

Arcos reflexos: intra e intersegmentar

A

a) Intra: conexão direta (sinapse) entre o neurônio aferente (sensitivo) e eferente (motor), como no arco reflexo simples - reflexo patelar (martelo estimula receptores no quadríceps seguindo em direção a neurônios motores no interior da medula)
b) Inter: envolve duas sinapses e três neurônios - sensitivo, de associação e motor; o impulso aferente chega a um segmento da medula e a resposta eferente se origina em segmentos, às vezes, muito distantes, acima ou abaixo

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3
Q

Aspectos importantes da evolução dos três tipos neuronais fundamentais

A

Aferente (sensitivo): dos anelídeos aos vertebrados, o corpo do neurônio sensitivo passou da superfície à proximidade do SNC; menor risco de lesões (irreversíveis)

Eferente (motor): neurônios eferentes que inervam músculo esquelético têm seus corpo no SNC (cf. coluna anterior da medula); por outro lado, os que inervam m. liso, m. cardíaco e glândulas estão fora do SNC - pertencem ao SNA e são denominados pós-ganglionares;

Associação: internuciais ou inteneurônios quando possuem axônios curtos ligando neurônios vizinhos; sempre dentro do SNC; fortemente associado às funções psíquicas superiores;

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4
Q

Divisão anatômica do Sistema Nervoso: Central

*Procurar corte sagital do sistema nervoso

A

SN Central: Encefálo + Medula Espinhal, o “neuro-eixo”

  • De baixo para cima, a medula se “continua” com: medula oblonga (bulbo), ponte e mesencéfalo, os três compõem o Tronco Encefálico.
  • Dorsalmente (posteriormente) ao Tronco, temos o Cerebelo.
  • Superiormente ao mesencéfalo, temos o diencéfalo e o telencéfalo, respectivamente; esses compõem o Cérebro.
  • Assim, o Encéfalo é composto por Cérebro, Tronco Encefálico e Cerebelo - nessa ordem, desenham um “L”.
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5
Q

Divisão anatômica do Sistema Nervoso: Periférico

A

SN Periférico: nervos, gânglios e terminações nervosas (na extremidade das fibras que compõem os nervos)

  • Nervos são cordões esbranquiçados que unem o SNC a outras estruturas periféricas; se a união se faz com o encéfalo - nervos cranianos; se com a medula - neervos espinhais;
  • Gânglios são dilatações constituídas de corpos de neurônios
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6
Q

Divisão do Sistema Nervoso: segmentar e supra-segmentar

A

Segmentação - conexão com os nervos

a) Segmentar: todo o SN Periférico + partes do SNC diretamente relacionadas aos nervos - medula e tronco encefálico; substância cinzenta pode localizar-se por dentro da branca, como na medula;
b) Supra-segmentar: cérebro e cerebelo; substância cinzenta por fora da branca, formando uma camada fina denominada córtex.

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7
Q

Conexão morfofuncional entre os sistemas: segmentar e supra-segmentar

A

Pode-se afirmar que o sistema segmentar é subordinado ao supra-segmentar, pois aquele conecta este aos órgãos periféricos, receptores, efetuadores.

  • As fibras que levam ao Supra-segmentar informações recebidas no Segmentar são as grandes Vias ascendentes;
  • Por outro lado, as fibras envolvidas na “ordem de efetuação” de neurônios do córtex cerebral aos neurônios motores do sistema segmentar constituem as Vias descendentes; a coordenação desses movimentos é empreendida pelo cerebelo;
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8
Q

Medula Espinhal

a) Definição
b) Limites
c) Calibre

A

a) Massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral, sem ocupá-lo completamente
b) Cranialmente, com o bulbo (medula oblonga, porção do tronco encefálico), a nível do forame magno do osso occipital; caudalmente, L2; termina afilando-se no conde medular, que continua como filamento terminal

c) Não uniforme, apresentando as intumescências cervical e lombar, as quais correspondem às áreas de conexão de grossas raízes nervosas (plexos braquial e lombossacral) com a medula;
apoio na anatomia comparada - dinossauros praticamente sem dilatação cervical em relação à lombar

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9
Q

Secção transversal da Medula Espinhal

A

Sulcos que a percorrem em toda extensão!

a) Substância cinzenta (interior, H ou borboleta): coluna anterior, posterior e lateral* (só na medula torácica e parte da lombar)
b) Substância branca (exterior, fibras que sobem e descem na medula): funículo anterior, lateral e posterior

** (na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido em fascículos grácil e cuneiforme pelo sulco intermédio posterior)

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10
Q

Conexões da Medula com os nervos espinhais e divisão da medula em segmentos

A

a) Nos sulcos lateral anterior e posterior, saem pequenos filamentos radiculares que formam, respectivamente, as raízes ventrais (motora, eferente) e dorsais (sensitiva, aferente) que se unem para formar* o nervo espinhal.
* se unem distalmente ao gânglio sensitivo localizado na raiz dorsal;
b) Existem 31 pare de nervos espinhais aos quais correspondem a 31 segmentos medulares (8* cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e normalmente 1 coccígeo)
* 8 pares de nervos para 7 vértebras cervicais porque o primeiro emerge entre C1 e osso occipital, ou seja, acima de C1, os demais, abaixo da vértebra correspondente;

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11
Q

Topografia vertebromedular

A) Por que a medula não ocupa o canal vertebral por completo?
B) Qual a consequência clínica desse fato?

A

a) A medula termina a nível de L2, depois disso, seguem apenas as meninges e raízes nervosas dos últimos nervos espinhais (dispostas em torno do cone medular e filamento terminal, formam a cauda equina).

Com a chegada do quarto mês, a coluna passa a crescer em ritmo mais acelerado que a medula, sobretudo caudalmente, isso “puxa”, alonga as raízes nervosas (formando um “V” inferiomente- cauda equina)

b) De C2 a T10, adiciona-se dois ao processo espinhoso da vértebra; assim, lesão em C6 corresponde ao segmento medular C8;

T11 - T12: segmentos lombares; L1: segmentos sacrais

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12
Q

Envoltórios da medula

A

a) Dura-máter: externa, paquitomeninge, mais espessa;(abundância de fibras colágenas); envolve toda a medula como um “dedo em luva” - saco dural; termina a nível de S2, no “fundo de saco”
b) Aracnoide-máter: intermediária, justaposta à DM e unida à PM por meio das trabéculas aracnóideas;
c) Pia-máter: delicada, interna; quando a medula termina no cone medualr, a PM se continua como filamento terminal, recebe filamentos de DM e termina como ligamento coccígeo;

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13
Q

Espaços meníngeos

A

a) Epidural (extradural): entre DM e periósteo do canal vertebral; tecido adiposo e plexo venoso vertebral interno (têm comunicações com veias das cavidades torácica, abdominal e pélvica; aumento pressórico nessas cavidades impele sangue para esse plexo - disseminação de infecções e metástases)
b) Subdural: espaço virtual entre DM e AM, com pequena quantidade de líquido (evitar aderência)
c) Subaracnoideo: entre AM e PM; grande quantidade de líquido cerebroespinal (líquor)

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14
Q

Qual serial o local ideal de introdução de uma agulha no espaço subaracnoideo?

A

Como a medula termina em L2 e o saco dural + aracnoide em S2, entre esses níveis, o espaço subaracnoideo é maior (temos apenas o filamento terminal e as raízes que formam a cauda equina), podendo retirar líquor ou introduzir anestésicos.

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15
Q

Anestesia dos espaços meníngeos

A

a) Raquidiana: introdução no espaço subaracnoideo entre L2-L3, L3-L4 ou L4-L5; indicativo de sucesso - gotejamento de líquor na extremidade; dor de cabeça no pós-anestésico comum, pois saída de líquor puxa junto de si estruturas superiores a favor da gravidade;
b) Epidural (peridural): introdução no espaço epidural, geralmente a nível lombar, atingindo os forames intervertebrais, pelos quais passam as raízes nervosas; indicativo de sucesso - súbita baixa de resistência

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16
Q

Tronco Encefálico: aspectos gerais

a) Localização
b) Partes
c) Três elementos internos encontrados

A

a) interpõe-se entre medula e diencéfalo, localiza-se na parte basal do osso occipital (clivo); anterior ao cerebelo e inferior ao cérebro;
b) bulbo, caudalmente; mesencéfalo, cranialmente e ponte entre ambos;
c) diversos corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas; estas se agrupam em tratos, fascículos ou lemniscos;

NCs: do III ao XII prendem-se à superfície do TE;

Presença de uma matriz neuronal denominada formação reticular

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17
Q

Bulbo: vista anterior

a) Caudal e Rostral
b) Limites
c) Áreas

A

a) fechada e aberta, respectivamente - referência à presença do IV ventrículo; porção caudal com estruturação muito semelhante à ME;

b) inferior: plano horizontal acima do filamento radicular de C1
superior: sulco horizontal denominado bulbopontino

c) anterior (ventral), lateral e posterior (dorsal), delimitadas pela continuidade dos sulcos da medula; as áreas aparecem como continuação dos funículos da medula;

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18
Q

Bulbo: estruturas da vista anterior

  • Caracterização conforme Pág. 124 Meneses (Fig 10.1)
A

Guideline: Fissura mediana > forame cego pirâmides > decussação > olivas

  • A fissura mediana anterior termina cranialmente no forame cego;
  • De cada lado da fissura, temos uma elevação denominada pirâmide bulbar, a qual representa o acúmulo de fibras descendentes com informação motora (constituirão o trato corticoespinal)
  • Na parte caudal do bulbo, 75-90% das fibras desse trato cruzam o plano mediano, formando a decussação das pirâmides (obliterando a fissura)
  • Lateralmente às pirâmides (entre os sulcos lateral anterior e posterior), temos mais uma elevação, as olivas bulbares, correspondendo ao núcleo olivar inferior.
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19
Q

NCs que emergem ventral e dorsalmente às olivas?

Prancha 115 (Netter)

A
  • Ventralmente às olivas, emerge o Nervo Hipoglosso (XII);
  • Inferiormente, no sulco lateral anterior, emergem as radículas de C1;
  • No sulco lateral posterior (dorsalmente à oliva), emergem os nervos Glossofaríngeo (IX) e Vago (X), de cima para baixo;
  • Inferiormente a IX e X, tem-se a raiz craniana do nervo Acessório (XI).
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20
Q

Qual a relação do IV ventrículo com as metades caudal e rostral do bulbo?

A

A metade caudal (porção fechada do bulbo) é percorrida por um estreito canal que é continuação do canal central da medula;

Esse canal se abre posteriormente para formar o IV ventrículo, cuja parte do assoalho é formada pela metade rostral (porção aberta do bulbo).

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21
Q

Vista posterior do Bulbo

  • Caracterização conforme Pág. 126 Meneses (Fig 10.3)
A
  • O sulco mediano posterior termina no óbex (margem inferior do IV ventrículo) para formar os limites inferiores desse ventrículo;
  • Lateralmente, o sulco mediano posterior e sulco intermédio posterior delimitam o fásciculo grácil
  • Do mesmo modo, os sulcos intermédio posterior e lateral posterior delimitam o fascículo cuneifrome
  • Superiormente (próximo do óbex), são formadas as proeminências dos túberculos grácil - medialmente - e cuneiforme - lateralmente;
  • Em virtude do surgimento do IV ventrículo, esses túberculos se afastam como ramos do “V” e continuam para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (forma bordas laterais da metade caudal do IV);
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22
Q

Ponte

a) Localização e repousa sobre dois componentes ósseos
b) Formação do pedúnculo cerebelar médio (Prancha 115 - Netter)

A

a) parte do TE interposta entre bulbo e mesencéfalo; ventral ao cerebelo e repousa sobre parte basilar do occipital e dorso da sela túrcica do esfenoide
b) A base da ponte - ventralmente - apresenta estriações, pois muitas fibras transversais a percorrem. Estas convergem de cada lado, formando o pedúnculo cerebelar médio - “braço da ponte”. Percorrendo longitudinalmente essa superfície ventral, temos o sulco basilar (aloja A. Basilar)

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23
Q

Quais NCs emergem a nível do sulco que separa a face anterior da ponte do bulbo? Implicação clínica?

A

Sulco bulbopontino.

De medial para lateral, o Nervo Abducente (VI), e afastados lateralmente e bem próximos um do outro, os nervos Facial (VII) e Vestibulococlear (VIII).

*Riqueza de sintomas no caso de tumores nessa área > compressão das raízes desses nervos > Síndrome do ângulo ponto-cerebelar.

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24
Q

IV Ventrículo

a) Localização (Prancha 116, Netter)
b) Comunicações

A

a) Cavidade em formato de losango entre bulbo e ponte ventralmente e cerebelo dorsalmente; se continua caudalmente com canal central do bulbo e cranialmente com aqueduto cerebral (do mesencéfalo; comunicação com III V)
b) Essa cavidade se prolonga lateralmente para formar os recessos laterais (superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior)
- Esses recessos se comunicam as aberturas laterais do IV Ventrículo (forames de Luschka); também ocorre a abertura mediana (forame de Magendie); por meio destas, o LCR, que enche a cavidade ventricular, passa ao espaço subaracnoideo

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25
Q

Assoalho do IV Ventrículo

Caracterização conforme:
Prancha 116, Netter) e Pág. 129 Meneses (Figura 10.5

A

Também chamado “fossa romboide” - forma losângica; sueperiormente e inferiormente delimitados pelos respectivos pedúnculos cerebelares.

  • Percorrido pelo sulco mediano (cranialmente, aqueduto cerebral; caudalmente, canal central da medula)
  • De cada lado do sulco mediano, eminência medial, separada pelo sulco limitante;
  • Supero-lateralmente às eminências mediais, temos uma área de coloração escura relacionada ao sono - o locus ceruleus
  • Este se alarga de cada lado, constituindo depressões: as fóveas superior e inferior
  • Medial à fóvea superior, a eminência medial se dilata > colículo facial; lateralmente ao colículo, temos uma grande área vestibular
  • As estrias medulares delimitam o término do colículo facial; abaixo das estrias, de cada lado e separados pelo sulco mediano, temos os trígonos do hipoglosso e do vago, de cima para baixo;
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26
Q

Tecto do IV Ventrículo

(Prancha 116, Netter) e http://anatpat.unicamp.br/bineucerebrosagital1.html#1

A

Metade cranial: véu medular superior

Metade caudal: véu medular inferior e plexo coroide do IV ventrículo (produção de líquor)

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27
Q

Mesencéfalo

a) Localização
b) Partes (Prancha 116, Netter)

A

a) interpõe-se entre ponte e cérebro; atravessado pelo aqueduto cerebral;
b) dorsalmente ao aqueduto - tecto ou teto; ventralmente - os dois pedúnculos cerebrais

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28
Q

Mesencéfalo

a) Partes do pedúnculo cerebral
b) Secção transversal (Fig. 5.3 Machado, Pág. 48)

http://anatpat.unicamp.br/bineucerebrosagital1.html#1

A

a) parte dorsal (predominantemente celular) - tegmento;
parte ventral - base do pedúnculo;

b) tegmento se separa da base por neurônios que contém melanina - substância negra

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29
Q

Mesencéfalo

Caracterização do teto

a) Vista dorsal; qual NC emerge aqui?
b) Ligação com eminências do Diencéfalo

Pedúnculos cerebrais
c) Vista ventral; fossa? substância no fundo?

A

a) Vista dorsal (posterior): apresenta quatro eminências arrendondadas, os colículos superiores e inferiores; caudalmente a cada colículo inferior emerge (único que o faz dorsalmente) o Nervo troclear (IV).
b) O colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial e o superior ao corpo geniculado lateral. Essas ligações são realizadas pelos braços dos colículos correspondentes.
c) Em vista ventral (anterior), aparecem como grandes feixes na borda superior da pente que divergem cranialmente para penetrar no cérebro - daí formam uma grande depressão, a fossa interpeduncular, limitada pelos corpos mamilares (diencéfalo); fundo da fossa - pequenos furos para vasos, substância perfurada posterior.

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30
Q

Cerebelo - Generalidades

A
  • dorsalmente à ponte e bulbo, contribuindo para formação do teto do IV Ventrículo;
  • liga-se à medula e bulbo pelo p.c. inferior e à ponte e mesencéfalo pelos p.c médio e superior, respectivamente;
  • repousa na fossa cerebelar do osso occipital; separa-se do lobo occipital por uma prega de DM denominada tenda do cerebelo
    (https: //www.edumed.org.br/cursos/neuroanatomia/imagens/meninges6.jpg)
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31
Q

Cerebelo

a) Aspectos anatômicos
b) Organização interna

A

a) - porção ímpar e mediana, Vermis, ligado a duas massas laterais, os hemisférios cerebelares;
- a superfície apresenta sulcos rasos, que delimitam as diversas folhas cerebelares e sulcos profundos, as fissuras, que separam o cerebelo em lóbulos;
b) um córtex (substância cinzenta) e um corpo medular (substância branca interna), o qual apresenta núcleos centrais de substância cinzenta, a saber: fastigial, globoso, emboliforme e denteado; (Prancha 114, Netter)

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32
Q

Secção sagital mediana do cerebelo - “a árvore da vida”

A

Lóbulos - importância mais topográfica que funcional

Em sentido horário:

  • LÍNGULA (aderida ao véu medular superior)
  • fissura pré-central > LÓBULO CENTRAL
  • fissura pré-culminar > CÚLMEN
  • fissura prima > DECLIVE
  • fissura pós-clival > FOLIUM (apenas uma folha do Vermis)
  • fissura horizontal > TUBER
  • fissura pré-piramidal > PIRÂMIDE
  • fissura pós-piramidal > ÚVULA
  • fissura posterolateral > NÓDULO

Lembra que em punções lombares, a retirada de LCR diminui a pressão do espaço subaracnoideo, causando dor de cabeça? Isso decorre da descida das tonsilas, lóbulos vistos na FACE INFERIOR do cerebelo, que podem comprimir o bulbo quando deslocadas caudalmente (cf. hipertensão craniana)

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33
Q

Como já dito, a divisão do cerebelo em lóbulos tem pouco significado clínico. Como isso foi contornado sob a perspectiva da ontogênese?

A

Agrupando os lóbulos em áreas maiores, os lobos.
Sob a ótica da ontogênese:

  • A primeira fissura a surgir foi a posterolateral, a qual dividiu o cerebelo em lobo floculonodular (constituído de nódulo e flóculo - este visto na face inferior) e corpo do cerebelo;
  • Em sequência, o surgimento da fissura prima dividiu o corpo do cerebelo em lobo anterior e posterior;

ANT (Lóbulos: Língula, Central e Cúlmen)
POST (Lóbulos: Declive, Folium, Túber, Pirâmide, Úvula)

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34
Q

Divisão do cerebelo em lobos filogeneticamente

A
  • Arquicerebelo (vestibulocerebelo): mais antiga, lobo floculonodular, manutenção do equilíbrio;
  • Paleocerebelo (espinocerebelo ou cerebelo espinal): regulação do tônus muscular e postura; lobo anterior + pirâmide e úvula (lobo posterior)
  • Neocerebelo (cerebelo cortical ou cérebro-cerebelo): filogeneticamente mais avançada; conexões com córtex motor; controle de movimentos finos, complexos e elaborados nas extremidades; declive, folium, túber, tonsila (lobo posterior)
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35
Q

Diencéfalo

a) Localização
b) Partes

A

a) Na medida em que o telencéfalo cresce bastante nos sentidos lateral e posterior para constituir os hemisférios cerebrais, o diencéfalo fica encoberto numa situação ímpar e mediana, sendo visto na face inferior do cérebro;
b) Tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo; todas guardam relação com o III Ventrículo

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36
Q

III Ventrículo - situação e comunicações

A

Imaginando a união de dois cortes sagitais medianos teríamos uma visão tridimensional do diencéfalo, o qual apresenta uma cavidade mediana, o III Ventrículo (Prancha 109, Netter) e capa do Meneses;

Essa cavidade se comunica com o IV ventrículo por meio do aqueduto cerebral inferiormente e com os ventrículos laterais pelos chamados forames interventriculares (de Monro)

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37
Q

Qual a importância do sulco que se estende do aqueduto cerebral ao forame interventricular em um corte sagital mediano?

A

Estão expostas as paredes laterais do III V (imagine tridimensionalmente);

Sulco hipotalâmico;
Acima do sulco, tálamo; abaixo, hipotálamo

Unindo os dois tálamos - e assim atravessando em “ponte” a cavidade do III V - temos uma trave de substância cinzenta, a aderência intertalâmica

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38
Q

III Ventrículo (Prancha 107, Netter)

a) Parede anterior
b) Assoalho
c) Parede Posterior e Teto
d) Recessos

A

a) Lâmina terminal e comissura anterior (pertencentes ao telencéfalo)
b) Quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo, corpos mamilares (hipotálamo)
c) Epitálamo (de cada lado deste saem as estrias medulares do tálamo em direção as partes mais altas das paredes laterais do III V, onde o Plexo coroide do III V forma o teto deste.
d) Recesso do infundíbulo, óptico (acima do quiasma), pineal e suprapineal.

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39
Q

Tálamo

Vista posterior - Prancha 116, Netter

A
  • massas de substância cinzenta ovoides e volumosas, com uma dilatação anterior (tubérculo anterior) e uma posterior (pulvinar);
  • o pulvinar se projeta sobre os corpos geniculados; o medial (via auditiva) e o lateral (via óptica) “MALO”
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40
Q

Hipotálamo

Base do cérebro sem TE - Pranchas 107 e 108 - Netter

A
  • corpos mamilares (eminências de sub. cinzenta)
  • túber cinéreo (local onde se prende a hipófise por meio do infundíbulo)
  • quiasma óptico
  • infundíbulo (forma de funil, prende-se ao túber cinéreo, continua inferiormente com neurohipófise)
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41
Q

Epitálamo

Prancha 107 - Netter

A
  • limite posterior do III V, acima do sulco hipotalâmico
  • comissura habenular
  • glândula pineal (base do corpo pineal se prende anteriormente a esses dois feixes de fibras que cruzam plano mediano - comissuras)
  • comissura posterior (ponto que o aqueduto se liga ao III V)
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42
Q

Subtálamo (visto em corte frontal do cérebro)

A
  • Zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo
  • Núcleo subtalâmico (elemento de destaque)
  • Abaixo do tálamo e delimitado pela cápsula interna no corte frontal
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43
Q

Telencéfalo

a) Os hemisférios são totalmente separados? E são maciços?
b) Polos e Lobos

A

a) Dois hemisférios incompletamnete separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso (corte frontal); são cavitários, possuem os evntrículos laterais dierito e esquerdo, os quais se comunicam pleos forames interventiculares
b) 3 polos: frontal, temporal e occipital

5 lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e *ínsula (profundamente no sulco lateral)

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44
Q

Telencéfalo

a) Qual a
importância dos sulcos da superfície do telencéfalo?

b) Descreva os principais sulcos.

A

Os sulcos delimitam os giros ou circunvoluções; sua importânci areside no aumento da superfície sem aumento de volume significativo, prova disso é que 2/3 do córtex se encontra “escondido’ nos sulcos

b)
- Sulco lateral (Sylvius): separa lobos frontal e temporal; tem ramos anterior e ascendente - curtos e penetram no lobo frontal e um longo ramo posterior que termina no lobo parietal

Sulco central (Rolando): percorre face supero-lateral; separa os lobos frontal e parietal; adiante (motor), tem o giro pré central e posteriormente, o pós-central (sensitivo)

45
Q

Face súpero-lateral do telencéfalo

(Prancha 106, Netter)

a) Lobo Frontal
b) Lobo Temporal
c) Lobos parietal e occipital

A

a)Sulcos: frontal superior e inferior; pré-central

Giros: pré-central, frontal superior, frontal médio e frontal inferior*

  • de Broca no HE (palavra falada); dividido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral em orbital, triangular e opercular
    b) Os sulcos temporal superior e temporal inferior delimitam os giros temporal: superior, médio e inferior; afastando lábios do sulco lateral, giro temporal transverso anterior (audição)
    c) Sulcos: pós central (giro pós-central) e intraparietal, o qual delimita os lóbulos - parietal superior e inferior, este último com giros supramarginal (curvado na direção da extremidade do ramo posterior do sulco lateral) e angular (curvado em torno da porção ascendente do sulco temporal superior)
46
Q

Face medial do telencéfalo

a) Corpo Caloso
(Prancha 107, Netter)

b) Fórnice
(Prancha 107 e 113, Netter)

c) Entre corpo caloso e fórnice?

A

a) Corpo caloso: maior das comissuras inter-hemisféricas; lâmina branca arqueada dorsalmente;de dorsal para ventral: esplênio > tronco > joelho > rostro (afilamento em direção à comissura anterior)
b) Abaixo do esplênio, temos o fórnice (feixe de fibras não visualizável totalmente no corte sagital); intermediária - corpo do fórnice, se afastando anteriormente (colunas, terminam nos corpos mamilares) e posteriormente (pilares)
c) Septo pelúcido, com a cavidade do septo pelúcido, a qual separa os ventrículos laterais.

47
Q

Face medial do telencéfalo

(Prancha 107, Netter)

a) Lobo Occipital
b) Lobos Frontal e Parietal

A

a) Sulcos: parieto-occipital (separa os lobos do nome) e se encontra ao calcarino (nos lábios deste, centro crotical da visão); entre estes sulcos - giro triangular denominado Cúneo
- Abaixo do sulco calcarino, temos o giro occipitotemporal medial*
* sua continuação no lobo occipital é chamada giro lingual
b) Sulcos: do corpo caloso e do cíngulo, os quais delimitam o giro do cíngulo; do sulco do cíngulo quase sempre se destaca um sulco ascendente denominado paracentral, que delimita com o ramo marginal do sulco do cíngulo o lóbulo paracentral

48
Q

Face inferior ou base do telencéfalo

(Prancha 108, Netter)

  • Lobo Temporal
    b) Lobo Frontal
A

a) De lateral para medial:
- Sulcos: occipitotemporal limita com o temporal inferior giro temporal inferior;
- mais medial, este mesmo sulco delimita junto ao colateral o giro occipitotemporal lateral;
- colateral e calcarino delimitam os giros occipitotemporal medial e para-hipocamapal, cuja porção anterior se curva para formar o unco; o sulco colateral se continua como rinal
- o sulco do hipocampo (continuação do sulco do corpo caloso) separa o giro para-hipocampal do unco
- o giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo por meio do istmo do giro do cíngulo

b)

49
Q

Face inferior ou base do telencéfalo

(Prancha 108, Netter)

  • Lobo Frontal
A
  • Sulco importante: sulco olfatório;
  • Medialmente ao sulco olfatório, temos o giro reto; lateralmente temos os sulcos e giros orbitais (irregulares)
  • O Bulbo olfatório (recebe filamentos do NC I) é uma dilatação ovoide de substância cinzenta que se continua posteriormente como trato olfatório, ambos inseridos no sulco homônimo;
50
Q

Morfologia dos ventrículos laterais (encefálicos)

Prancha 109, Netter

A
  • Cavidades revestidas de epêndima (arranjo epitelial responsável pela produção e circulação de líquor - movimentos ciliares) contendo LCR
  • Corno frontal (anterior), parte central, corno temporal (inferior) e corno occipital (posterior)
  • Plexos corióides ausentes nos cornos anterior e posterior
51
Q

Organização interna

a) Geral
b) Núcleos da Base
c) Corte horizontal passando pelo corpo estriado

(Prancha 111, Netter)

A

a) Assim como cerebelo, a organização interna dos hemisférios cerebrais dentro do âmbito do sistema suprasegmentar se faz com uma camada externa (córtex) de substância cinzenta que reveste um centro de substância branca (centro medular) com massas de substância cinzenta, os núcleos da base.
b) Núcleos da Base: caudado, lentiforme, claustrum, corpo amigdaloide, accumbens e basal de Meynert.

c) Da face lateral até a superfície ventricular:
córtex da insula; cápsula extrema; claustrum; cápsula externa; putâmen; lâmina medular lateral; parte externa do globo pálido; lâmina medular mediai; parte interna do globo pálido; cápsula interna; tálamo; III ventrículo.

52
Q

Centro Branco Medular

a) Tipos de fibras
b) Fibras de associação inter-hemisféricas

A

Fibras de projeção: ligam o córtex a centros subcorticais

Fibras de associação: ligam áreas corticais em pontos diferentes

  • Intra-hemisféricas: curtas - fibras arqueadas do cérebro e longas - fascículos
  • Inter-hemisféricas (comissurais)

b) Comissura do fórnice: entre as duas pernas do fórnice; conexão entre os dois hipocampos

Comissura anterior: liga bulbos e tratos olfatórios, conexão entre os lobos temporais

Corpo caloso: maior feixe de fibras do SNC; conexão entre áreas corticais simétricas dos dois hemisférios, com exceção das do lobo temporal

Comissura Posterior, comissura das Habênulas, omissura do Fórnice

53
Q

Diferença básica entre a dura-máter encefálica e medular?

A

DM: tecido conjuntivo rico em fibras colágenas, vasos e nervos; a encefálica é composta de 2 folhetos, o externo, que adere intimamente aos ossos do crânio e um folheto interno, o qual continua com a DM espinhal.

54
Q

Peculiaridades do folheto externo da dura-máter encefálica

A
  • Como adere aos ossos do crânio (espaço epidural é virtual), atua como um periósteo, mas sem capacidade osteogênica - dificuldade na consolidação de fraturas;
  • Altamente vascularizado, sobretudo pela A. meníngea média (ramo da maxilar, ramo da ACE)
  • Ricamente inervada: sensibilidade intracraniana
55
Q

O que ocorre quando o folheto interno da DM se destaca do externo? Exemplifique (4).

http://anatpat.unicamp.br/bineufatcoronal-2b.html

A

São formadas pregas divisórias (fragmentam cavidade craniana em compartimentos) da DM;

https: //www.edumed.org.br/cursos/neuroanatomia/imagens/meninges6.jpg
a) foice do cérebro (septo vertical que ocupa fissura longitudinal, separando os hemisférios)
b) tenda do cerebelo* (septo transversal entre lobo occipital e cerebelo; divide cavidade em compartimento supratentorial e infratentorial)
* sua borda anterior livre (incisura da tenda) pode lesar mesencéfalo e nervos oculomotor e troclear
c) foice do cerebelo (localizada abaixo da tenda, em sentido posterior, entre hemisférios cerebelares)
d) diafragma da sela (lâmina que fecha superiormente a sela túrcica, isola e protege hipófise)

56
Q

Cavidades da Dura-máter

a) Cavo trigeminal
b) Seios da DM (generalidades)

A

Os dois folhetos se separam, delimitando cavidades

a) ou loja do gânglio trigeminal, abriga o mesmo (visto em base do crânio)
b) canais venosos (cavidades) revestidos de endotélio entre os dois folhetos; contêm sangue; recebem sangue das veias do encéfalo e bulbo ocular e drenam para Vv. jugulares internas; comunicam-se com superfície externa do crânio por meio das Vv. emissárias

57
Q

Seios venosos da abóbada craniana (5)

Prancha 104, Netter

A

a) Sagital superior: ímpar e mediano, percorre margem da foice do cérebro, termina próximo da protuberância occipital interna - confluência dos seios
b) Sagital inferior: na margem livre (inferior) da foice do cérebro
c) Reto: ao longo da linha de união entre foice do cérebro e tenda do cerebelo; recebe anteriormente o SSI e V. Cerebral Magna; termina na confluência
d) Transverso: par, de cada lado, ao longo da inserção da tenda do cerebelo no occipital
e) Sigmoide: forma de S, continuação anterior do transverso até o forame jugular, continua com V. jugular interna

58
Q

Seios venosos da Base do crânio (Destaque: Cavernoso)

Prancha 105, Netter

A

Seio Cavernoso

  • situado de cada lado do corpo do esfenoide e sela túrcica;
  • recebe sangue das veias oftálmica superior e central da retina;
  • drena através dos seios pretrosos superior e inferior e comunica-se com o outro lado através do seio intercavernoso
  • atravessado pela artéria carótida, nervos abducente, oculomotor, troclear e ramo oftálmico do trigêmeo
59
Q

Aplicação clínica do Seio Cavernoso

A
  • aneurismas de carótida > compressão do abducente > distúrbios do movimento do bulbo ocular
  • perfuração da carótida interna nesse nível > fístula arterio-venosa > aumento da pressão no seio > inverte circulação das Vv. oftálmicas > protrusão do bulbo ocular > pulsa simultânea com carótida (exoftálmico pulsátil)
  • infecções superficiais na face (espinhas no nariz) podem propagar-se para o seio cavernoso, tornando-se intracranianas em virtude da comunicação entre as veias oftálmicas e angular (drena região nasal)
60
Q

Aracnoide (espaços relativos)

Prancha 103, Netter

A

Justaposta à DM - espaço subdural é virtual;
separa-se da PM pelo espaço subaracnoideo, contendo grande quantidade de líquor;

trabéculas da AM penetram no espaço subaracnoideo, conferindo aspecto de teia de aranha

61
Q

A profundidade do espaço subaracnoideo é constante?

A

Variável, em certas áreas a PM adere intimamente ao sulcos, giros e depressões do telencéfalo; em outras, no entanto, essa aderência é pouca, de modo que formam áreas dilatadas contendo grande quantidade de LCR, as cisternas subaracnoideas

62
Q

Exemplos de cisternas subaracnoideas

Fig. 9.4 Machado, pág. 88

A
  • Cisterna cerebelo-medular ou magna: ocupa espaço entre face inferior do cerebelo e face dorsal do bulbo; continua caudalmente com esp. subaracnoideo da emdula e comunica-se com IV ventrículo por meio da abertura mediana
  • Cisterna superior (ambiens): dorsalmente ao tecto do mesencéfalo, entre esplênio do corpo caloso e cerebelo
  • Cisterna pontina: ventral à ponte
  • Cisterna quiasmática: adiante do quiasma
63
Q

O que são penetrações da Aracnoide nos seios da DM?

Prancha 103, Netter

A

Granulações aracnoideas; abundantes no SSS; “levam” prolongamentos do espaço subaracnoideo; absorvem líquor que, aqui, cai no sangue; se grandes demais, formam os corpos de Pacchioni

64
Q

Pia-máter

A

Intimamente aderida ao encéfalo; porção profunda recebe prolongamento dos astrócitos (membrana pio-glial)

Confere resistência ao tecido nervoso

Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso e assim forma a parede externa do espaço perivascular - amortece o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido nervoso

65
Q

Pia-máter

Qual a função dos espaços perivasculares?

A
  • Por conter líquor, formam um manto protetor que amortece o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido nervoso
66
Q

Líquor ou líquido cerebroespinal

a) O que é?
b) Função atrelada a dois princípios hidrostáticos

A

Fluido aquoso e incolor que ocupa espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares

Função: proteção mecânica do SNC por formar um coxim líquido entre este e o estojo ósseo (dois princípios: Pascal, trasmissão integral d epressão a todos os potnos e Arquimedes, a submersão reduz o Peso do encefálo, reduzindo chances de traumatismo contra caixa craniana

67
Q

Formação e reabsorção do líquor

A

Formado: plexos corióides (corno inferior e parte central dos ventrículos laterais, tecto do III ventrículo e IV ventrículo); ativamente secretado pelo epêndima

Reabsorção: granulações aracnóideas

68
Q

Circulação de líquor

Prancha 110, Netter

A

Dos ventrículos laterais (maior contigente), passa ao III V pelos forames interventriculares; daí, segue pelo aqueduto cerebral para o IV V, o qual é direcionado para o espaço subaracnoideo pelas aberturas laterais e mediana do IV ventrículo; como a maior parte das granulações se encontra no SS Superior, a circulação segue de baixo para cima.

69
Q

Hidrocefalia

A

Aumento da quantidade e pressão do líquor, levando a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso contra o estojo ósseo; se durante a vida fetal, grande dilatação da cabeça, pois ossos não estão soldados, difultando o parto;

70
Q

Dois tipos de hidrocefalia

A

Comunicantes resultam de um aumento na produção ou deficiência na absorção do liquor, devidos a processos patológicos dos plexos corióides ou dos seios da dura-máter e granulações aracnóideas.

Não-conuuiicanies: mais frequentes e resultam de obstruções no trajeto do liquor

71
Q

Locais de obstrução ao trajeto do líquor

A
  • forame interventricular, provocando dilatação do ventriculo lateral correspondente;
  • aqueduto cerebral, provocando dilatação
    do III ventriculo e dos ventrículos laterais;
  • aberturas mediana e laterais do IV ventriculo, provocando dilatação de todo o sistema ventricular;
  • incisura da tenda, impedindo a passagem do liquor do compaitimento infratentorial para o supratentorial, provocando também dilatação de todo o sistema ventricular
72
Q

Hipertensão craniana

A

O aumento de volume de qualquer componente da cavidade craniana se reflete sobre os demais, levando a um aumetno de pressão, isso porque a cavidade é fechada (DM), não permitindo expansões de volume

73
Q

Como verificar se o espaço subaracnoide da medula está obstruído?

A

Quando se comprime no pescoço as veias jugulares internas que drenam o sangue do encéfalo,
há estasc sanguínea, com aumento da quantidade
de sangue nos vasos cerebrais. Isso resulta em
imediato aumento da pressão intracraniana que sc
reflete na pressão liquóriea o que pode ser detectado medindo-se essa pressão durante uma punção lombar

74
Q

Hérnias intracranianas

A

As pregas da dura-máter dividem a cavidade
craniana em compartimentos separados por septets mais ou menos rígidos. Processos expansivos
como tumores ou hematomas que se desenvolvem em um deles aumentam a pressão
dentro do compartimento, podendo causar a projrusão de tecido nervoso para o compartimento
vizinho

  • Hérnia de unco: aumento de pressão no compartimento supratentorial empurrão uncus, que faz
    protrusão através da incisura da tenda, comprimindo o mesencéfalo
  • Her´nia de tonsila: processo expansivo na fossa posterior, por exemplo, um tumor em um dos hemisférios cerebelares, pode empurrar as tonsilas
    do cerebelo através do forame magno, produzindo uma hérnia de tonsila. Nesse caso, há
    compressão do bulbo, levando geralmente à
    morte por lesão dos centros respiratório
75
Q

Hematomas extradurais e subdurais

A

Hematomas extradurais

  • Ruptura de uma artéria meníngea
  • Acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio

Hematomas subdurais

  • Ruptura de uma veia cerebral
  • Acúmulo de sangue entre a aracnóide e a dura-máter

Hemorragia subaracnóide
- Não se forma hematoma, pois sangue se espalha no líquor

76
Q

Dependência do SNC em relação ao fluxo sanguíneo

A

Por conter estruturas nobres que dependem de um metabolismo de oxidação da glicose em condições estritamente aeróbias, faz-se necessário um aporte sanguíneo intenso e contínuo (cf. a parada da circulação por mais de 7 segundos conduz à perda de consciência; em 5 minutos, lesões irreversíveis)

77
Q

Fatores de dependência do fluxo sanguíneo cerebral

A
  • Diretamente proporcional à pressão arterial;
  • Inversamente à chamada resistência cerebrovascular (dependente da pressão intracraniana, condições da parede - arterioesclerose, viscosidade e calibre dos vasos - fatores humorais* e nervosos)
  • Destaque para o CO2, com potente ação vasodilatadora; liberado na oxidação da glicose > processos interligados!
78
Q

Vascularização do SNC - Generalidades

A
  • Derivam, essencialmente, das artérias carótidas internas e vertebrais (com trajeto no pescoço)
  • Formam um polígono anastomótico na base do cérebro (Polígono de Willis)
  • Artérias cerebrais: paredes finas (propensão à hemorragia); tortuosidade no trajeto, espessamento da túnica elástica interna e espaços perivasculares (líquor) amortecem o choque da onda sistólica
79
Q

Dois sistemas de vascularização do SNC

A

Sistema carotídeo (circulação anterior)

  • Artérias carótidas internas
  • Artérias cerebrais anteriores e médias

Sistema vértebro-basilar (circulação posterior)

  • Artérias vertebrais
  • Artéria basilar
  • Artérias cerebrais posteriores
80
Q

Artéria carótida interna

a) Origem
b) Classificação de Fischer (1938)
c) Ramos

A
  • Deriva da bifurcação da A. Carótida Comum (ramo do arco da Aorta);
  • Em seu trajeto ascendente:
parte cervical
parte petrosa (penetra pelo canal carotídeo do osso temporal)
parte cavernosa (atravessa o seio cavernoso em trajeto S, o sifão carotídeo)
parte cerebral (penetra DM e se continua até divisão em cerebrais anterior e média)
  • Além dos ramos terminais supracitados, emite: A. oftálmica, A. comunicante posterior, A. corióidea posterior;
81
Q

Artérias vertebrais

a) Origem
b) Formação da A. Basilar
c) Outros ramos

A
  • Origem na A. subclávia, ascendem dentro dos forames transversos das vértebras cervicais, perfuram membrana atlanto-occipital, DM, AM e penetram o crânio pelo forame Magno.
  • A nível do sulco bulbopontino, as Artérias vertebrais se unem para formar a A. Basilar;
  • Antes, ainda como vertebrais, emitem os ramos espinais anterior e posterior e, claro, a Artéria cerebelar inferior posterior (PICA)
82
Q

Ramos da A. Basilar

A

Após união das vertebrais para formá-la, a A. Basilar emite:
- A. cerebelar inferior anterior (AICA), logo pós origem;

Em trajeto mais acima:

  • A. cerebelar superior
  • A. cerebral posterior
83
Q

Polígono de Willis

(Slide da Aula do Prof. Gerardo Cristino)

a) Definição
b) Componentes

A

a) Anastomose do sistema carotídeo com sistema vértebro-basilar; circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo

b)
Porções proximais das Aa. cerebrais (A, M e P)

A. comunicante anterior - anastomosa as Cerebrais anteriores

Aa. Comunicantes posteriores- anastomosam ACI com porção proximal da cerebral posterior

84
Q

Polígono de Willis

a) Ramos de interesse
b) Território cortical das Aa. cerebrais

(Prancha 142, Netter)

A

a) Corticais: emergem das Aa. cerebrais e vascularizam córtex e substância branca subjacente;
Centrais: emergem da porção proximal das Aa. cerebrais e comunicantes; se destinam a diencéfalo, Núcleos da Base e cápsula interna

*Aa. estriadas, ramos da cerebral média, pefuram substância perfurada anterior e por se destinarem a cápsula interna (diversas fibras de projeções do córtex)

b) (Slide da Aula do Prof. Gerardo Cristino)
(A) Curva-se em torno do corpo caloso; supre a face medial de cada hemisfério e a parte MAIS ALTA da face súpero-lateral

(M) Percorre sulco lateral; supre a maior parte da face súpero-lateral de cada hemisfério

(P) Contorna o pedúnculo cerebral, supre lobo occipital

85
Q

Drenagem Venosa do Encefálo

a) Sistema geral
b) Papel das Veias emissárias
c) Regulação da circulação venosa

(Slide Prof. Gerardo Cristino)

A
  • Vv. encefálo > Seios da DM > Vv. jugulares internas
  • Ligam seios da DM às veias extracranianas, passam por pequenos forames no crânio
  • Aspiração da cavidade torácica, gravidade (dispensa válvulas), pulsação arterial
86
Q

Sistema Venoso Superficial

a) Região de drenagem
b) V. cerebrais superficiais superiores
c) V. cerebrais superficiais inferiores

(Slide Prof. Gerardo Cristino)

A
  • Drena córtex e substância branca subjacente
  • Face medial e metade superior da face súpero-lateral de cada hemisfério; desembocam no seio sagital superior
  • Face inferior e metade inferior da face súpero-lateral de cada hemisfério; desembocam nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e no seio transverso; destaque para Veia cerebral média superficial
87
Q

Sistema Venoso Profundo

a) Região de drenagem
b) V. cerebral Magna (de Galeno)

(Slide Prof. Gerardo Cristino)

A
  • Drena corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular
  • Formada pela confluência das veias cerebrais internas e veias basais; desemboca no seio reto
88
Q

O que produzirá mais efeitos, uma dose x de toxina tetânica injetada no líquor ou uma dose 10x no sangue?

A

A dose no líquor; existem mecanismos de regulação da permeabilidade capilar entre sangue-líquor-tecido nervoso, as chamadas barreiras encefálicas*, que dificultam a livre difusão de substâncias (cf. Adrenalina e Acetilcolina no sangue) entre esses compartimentos.

*Barreiras hemoliquórica, hemoencefálica e líquor-encefálica, esta última é muito mais fraca, o que explica a resposta da pergunta.

89
Q

Há barreira encefálica em toda extensão do SNC? Esta é homogênea?

A
  • Não, em áreas associadas diretamente às funções endócrinas, tais como corpo pinela, neurohipófise e nos plexos corioides, está ausente
  • Não, certas áreas concentram mais um agente farmacológico que outras, isso explica porque estes, quando injetados no sangue, não agem em determinadas áreas em detrimento de outras.
90
Q

Por que icterícias são, em geral, mais graves nos RNs?

A

O acúmulo de bilirrubina - derivada do metabolismo de hemácias - característico da icterícia é mais grave no RN porque a barreira hemato-encefálica é pouco desenvolvida, permitindo grande passagem do metabólito

91
Q

Componentes da barreira hematoencefálica

e peculiaridades do endotélio dos capilares cerebrais

A
  • Neurópilo, espaço entre vasos e corpos de neurônios/neuróglia, rico em prolongamentos destes últimos e pouca substância intercelular;
  • Capilar cerebral, formado pelo endotélio e fina membrana basal; há contribuição de pés vasculares dos astrócitos para a permeabilidade seletiva altíssima > dificuldade terapêutica
  • Peculiaridades do endotélio dos capilares cerebrais:
  • junções íntimas unem as células;
  • não existem fenestrações;
  • não são contráteis, por exemplo, são insensíveis à ação da histamina (aumenta permeabilidade do capilar contraindo células endoteliais)
92
Q

Nervos em geral

a) Espinhal ou craniano?
b) Dor fantasma
c) Origem real ou aparente?

A
  • Medula Espinhal > Áreas periféricas - Nervo espinhal
    Encéfalo > Áreas periféricas - Nervo craniano

” > “ indicam impulsos aferentes e eferentes;
*Periférica diz respeito a estar fora do SNC;

  • Diante do estímulo, a dor é sentida não no ponto estimulado, mas no território sensitivo que ele inerva; são interpretados impulsos que parecem ter origem no membro retirado;
  • Real: de fato, onde estão os corpos de neurônios; aparente: local de emergência ou entrada na superfície do SNC
93
Q

Divisão funcional das fibras dos nervos espinhais

A
  • Aferentes: somáticas (podem ser exteroceptivas, relativas à dor, temperatura, tato e pressão) e viscerais;
  • Eferentes: somáticas (para músculos estriados esqueléticos) e viscerais (músculo liso, cardíaco e glândulas)
94
Q

Nervos cranianos

a) Respectivas conexões
b) Visão geral das funções - sensitivos, motores e mistos

A

a) Olfatório (I par) > telencéfalo
Óptico (II par) > diencéfalo
III ao XII pares > tronco encefálico

b) Sensitivos/Sensoriais
I (olfação), II (visão), VIII (equilíbrio e audição)

Motores
III, IV e VI (motricidade ocular)
XI (cefalogiria e elevação dos ombros)
XII (motricidade da língua)

Mistos (motores e sensitivos)
V (sensibilidade exteroceptiva da face; mastigação)
VII (mímica facial, função lacrimal e salivar; gustação)
IX (deglutição, salivação (parótida); gustação)
X (deglutição, fonação (parte craniana do XI); inervação das vísceras do tórax e abdome

95
Q

NC I

A

Nervo olfatório;

  • Origem na mucosa olfatória, acima da concha nasal superior, no teto da cavidade nasal;
  • São as fibras centrais das células olfatórias da mucosa, as quais conseguem detectar propriedades odoríferas que, levadas pelas fibras, atravessam a lâmina cribriforme do etmoide para fazer conexão com o bulbo olfatório e, em seguida, trato olfatório; daí, partem divisões para alcançar a área cortical responsável pelo olfato e o bulbo do outro lado;
  • Anosmia, parosmia (da qual a cacosmia - odor fétido - é a mais comum)
96
Q

NC II

A

Nervo óptico;

  • São os axônios das células ganglionares da retina, as quais recebem conexões de cones e bastonentes;
  • Seguem até o disco óptico, penetram no crânio pelo canal óptico e se unem para formar o quiasma óptico;
  • As fibras provenientes da retina nasal cruzam para o outro lado no quiasma óptico, enquanto as da retina temporal seguem pelo mesmo lado, sem cruzar;
  • Campo visual lateral captado pelas retinas nasais e campo visual medial captado pelas retinas temporais;
  • Do quiasma, os tratos ópticos percorrem posteriormente em direção aos corpos geniculados laterais, dos quais partem as radiações ópticas ou trato geniculo-calcarino em direção ao córtex visual primário nos lábios do sulco calcarino do lobo occipital;
97
Q

NCs III, IV, VI

A

Oculomotor, Troclear e Abducente

- Penetram na órbita pela fissura orbital superior
Distribuem-se aos mm. extrínsecos do bulbo ocular
M. elevador da pálpebra superior (III)
M. reto superior (III)
M. reto inferior (III)
M. reto medial (III)
M. reto lateral (VI)
M. oblíquo superior (IV) 
M. oblíquo inferior (III)

*Lembrar dos vetores a partir do nome do músculo para conseguir identificar a lesão,;

*Vimos acima a função somática do NC III, porém este ainda tem sua função visceral:
Parassimpática: M. ciliar (acomodação do cristalino), M. esfíncter da pupila (Miose - contração da pupila)
Simpática: M. radial da íris (diâmetro da pupila)

98
Q

Dificuldades para descer escadas são comuns na lesão de qual nervo?

Quais lesões impossibilitam a lateralização do olho?

Ptose palpebral associada à midríase (oftlamoplegia)?

A

Nervo troclear, por diplopia, visão dupla de objetos situados medial e inferiormente;

Nervo abducente, sem lateralizar, ocorre estrabismo convergente e diplopia durante mirada lateral do olho lesado;

Nervo oculomotor, cursa com queda na pálpebra e dialtação pupilar

99
Q

NC V

A

Nervo trigêmeo, com uma raiz sensitiva e uma motora, respectivamente:

  • Gânglio trigeminal (no cavo trigeminal da parte petrosa do temporal), seus prolongamentos distalmente formam os ramos oftálmico, maxilar e mandibular
    V1 > atravessa fissura orbital superior e penentra no seio cavernoso, inerva parte superior da face
    V2 > passa pelo forame redondo e inerva parte média d aface
    V3 > passa pelo forame oval e inerva parte inferior da face e músculos mastigatórios
  • Fibras que acompanham o N. mandibular e se destinam aos músculos mastigatórios
  • Neuralgia do trigêmeo (unilateral) é frequentemente confundida com dor de dente; migrânea (enxaqueca) pode estar relacionada à defeitos na neurotransmissão do sistema trigeminal
100
Q

NC VII

A

Nervo Facial

  • Emerge do sulco bulbopontino através de uma raiz motora (nervo facial propriamente dito) e uma sensitiva (nervo intermédio ou de Wrisberg)
  • Penetra junto ao NC VIII no Meato acústico interno, penetra no canal facial (parte petrosa do osso temporal), emerge pelo forame estilomastoideo e se dirige à parótida, sem inervá-la, emitindo os ramos temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical
101
Q

NC VII

a) Funções N. Facial x N. intermédio
b) Paralisia central ou periférica?

A

a) - Raiz motora: N. facial, eferente visceral especial > motricidade da Mímica facial, estilo-hiodeio, ventre posterior do digástrico, platisma, estapédico da orelha média;
- Raiz sensitiva: N. intermédio, eferente visceral especial > gustação 2/3 anterior da língua, função lacrimal e salivar
b) Parte do núcleo motor principal do N. Facial responsável pelo suprimento dos músculos da parte superior da face recebe fibras córtico-nucleares dos dois hemisférios cerebrais; enquanto que a parte do núcleo destinada à porção inferior da face recebe fibras córtico-nucleares do hemisfério cerebral oposto.

Lesão no trato corticonuclear* à direita (paralisia facial central) só causa paralisia da parte inferior contralateral (esquerda), com desvio da rima da boca.
*(lesão entre o córtex e o núcleo do nervo facial)

Porém, se o próprio N. Facial (no seu núcleo ou durnate o trajeto) é acometido (paralisia facial periférica), toda a hemiface homolateral - o lado correspondente à lesão é acometido.

Em resumo: parte superior da face, fibras do trato cruzadas e não cruzadas; parte inferior, apenas cruzadas;

102
Q

NC VIII

A

Nervo vestibulococlear

  • Origem aparente no sulco bulbopontino, mais esepcificamente no ângulo pomto-cerebelar
  • Entra pelo meato acústico interno e tem trajeto na parte petrosa do osso temporal
  • Parte vestibular: fibras de neurônios sensitivos do gânglio vestibular, as quais conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio até os núcleos vestibulares;
  • Parte coclear: fibras que se originam do gânglio espiral (de Corti) , conduzem impulsos relacionados à audição;
  • Lesões causam redução na audição (coclear), vertigem, perda de equilíbrio (vestibular); também ocorre Nistagmo (movimento oscilatório dos olhos)
103
Q

Neurinomas e NC VIII

A
  • Tumores formados por células de Schwann (neurinomas) podem comprimir VIII e VII (facial e intermédio), formando uma mescla de sintomas
  • O crescimento de neurinomas no ângulo ponto-cerebelar pode comprimir também o trigêmeo e o peduncúlo cerebelar médio, originando a síndrome do ângulo ponto-cerebelar;
104
Q

NC IX

A

Nervo glossofaríngeo

  • Nervo misto, com origem aparente no sulco lateral posterior (entre oliva e tubérculo cuneiforme), emerge sob a forma de filamentos radiculares, passa pelo forame jugular junto a X e XI
  • Funções
    Sensitivo geral: 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seio carotídeo (dilatação da ACI);

Sensitivo especial: gustação do 1/3 posterior da língua

Motor: Mm. faringe, levantador do véu palatino, da úvula, palatoglosso, palatofaríngeo, constrictor d afarimge e estilofaríngeo

Parassimpático: glândula parótida e linguais

105
Q

NC X

A

Nervo Vago, misto e essencialmente visceral

  • Emerge no sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o Vago, emerge através do forame jugular, percorre pescoço (dentro da bainha carotíde junto a AC e ACI e VJI) e tórax, indo em direção ao abdome

Eferente visceral geral > Inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais

Eferente visceral especial (fonação) > Mm. da faringe e laringe (n. laríngeo recorrente)

Aferente visceral geral (sensibilidade geral) > Faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome

Aferente visceral especial

106
Q

Sinal de cortina

A

O palato mole é inervado pelos NCs IX e X; solicita-se ao paciente que diga “ah”, se ocorre lesão unilateral, a úvula é desviada contralateral à lesão, enquanto a rafe da faringe é desviada para o lado são

107
Q

NC XI

A

Nervo Acessório

  • Emerge como filamentos radiculares do bulbo pelo sulco lateral posterior (raiz craniana) e dos segmentos C1-C5/C6 da medula (raiz espinhal); raiz espinhal penetra no crânio pelo forame magno
  • Atravessa o forame jugular juntamente com os IX e X pares; divide-se em ramos interno (fibras da raiz craniana) e externo (fibras da raiz espinhal)
  • O ramo interno junta-se ao vago, inervando Mm. laringe através do Laríngeo recorrente e as vísceras torácicas junto às fibras vagais
  • o ramo externo inerva os mm. trapézio e esternocleidomastóideo
108
Q

NC XII

A

Nervo Hipoglosso, essencialmente motor

  • Emerge do sulco lateral anterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, distribuindo-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua
  • Lesões > paralisia de uma das metades da língua; quando o paciente faz a protrusão (projetada para fora), desvia para o lado lesado, devido ação da musculatura íntegra
109
Q

Inervação da Língua

A

a) trigêmeo: sensibilidade geral (dor e temperatura) nos 2/3 anteriores;
b) facial: sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores;
c) glossofaríngeo: sensibilidade geral e gustativa no 1/3 posterior;
d) hipoglosso: motricidade
* vago: sensibilidade na base da língua (epiglote)