Farmacocinética Flashcards

1
Q

O que estuda a farmacologia?

A

Antes de tudo, fármacos são substâncias de estrutura química definida que exercem efeito biológico. É papel da farmacologia investigar esses possíveis efeitos, sobretudo em vistas de, ao potencializar o tratamento, reequilibrar a homesostase do apciente.

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2
Q

Breve histórico do desenvolvimento da farmacologia

A

As bases da farmacologia remontam às terapêuticas envolvendo “poções mágicas” e ervas medicinais

  • Temos uma fase fortemente ligada ao comércio, por meio dos boticários que vendiam as “curas”
  • Com o desenvolvimento científico, a farmacologia transita para um status de cientificidade assentada nas bases da química, que permitiu o isolamento dos princípios ativos responsáveis pela “mágica” e subsequente replicação em escala antes inimaginável (de descobertos a “esculpidos”); além disso, o avanço do entendimento fisiopatológico alçou à farmacologia a não só buscar o entendimento dos efeitos, mas também dos aspectos causais de diversas moléstias, ampliando o escopo de ação dos fármacos.
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3
Q

Conceitos-base

a) Princípio ativo
b) Remédio
c) Fármaco
d) Medicamento

A
  • Substâncias que interagem com as moléculas do corpo e, com isso, geram mecanismos intracelulares capazes de restabelecer a homeostase
  • tudo que causa bem estar ao indivíduo, seja por terapia farmacológica ou não farmacológica
  • molécula de estrutura química e caracteres bem definidos (cf. paracetamol é o fármaco do Tylenol)
  • forma farmacêutica (comprimido, pomada, gotas, suspensões) + fármaco
  • substâncias que conferem sabor/aroma ao medicamento devem ser inertes, direcionadas apenas à adesão ao tratamento;
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4
Q

“Paciente asmático faz uso de broncodilatador e apresenta taquicardia”.

Use a situação acima para explicar o que é um efeito colateral.

A
  • (C) explicável pelo mecanismo do medicamento (cf. broncodilatador agonista β2 - paciente asmático; ao cair na circulação sistêmica, pode chegar ao coração, que embora tenha mais β1, pode apresentar efeito cronotrópico positivo, resultando em taquicardia)
  • cabe ressaltar que o efeito colateral é modulável e varia por indivíduo de modo que pode não refletir em sintomas
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5
Q

“Paciente asmático faz uso de broncodilatador e apresenta cefaleia”.

Use a situação acima para conceituar efeito adverso.

A

Efeito adverso não é passível de explicação utilizando o mecanismo de ação do fármaco, ou seja, a cefaleia não pode ser explicada pelo mecanismo de ação do agonista β2 utilizado.

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6
Q

Importância do Índice terapêutico (I.T.)

A

relação entre a dose que mata (dose letal) 50% dos animais testados e a
dose eficaz a 50% dos testados, sem considerar as peculiaridades e riscos (cf. risco de AAS em suspeita d dengue não é contabilizado)

I.T. = dose tóxica/dose efetiva

  • vamos imaginar dois ITs, um baixo’ (10) e um alto’’ (500) e multiplicar cruzado ambos!

Dtóxica’ = 10.Defetiva

Dtóxica’’ = 500. Defetiva

Ou seja, para um determinado paciente, eu posso variar muito mais a dose de um medicamento de alto IT sem incorrer em dose letal do que um de baixo IT, portanto, IT reflete a segurança do fármaco.

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7
Q

Conceitos-base

a) Dose
b) Concentração
c) Especialidade farmacêutica
d) Fármaco eficaz, efetivo e) Fármaco eficiente e seguro
f) Janela terapêutica
g) O que estuda a toxicologia?

A
  • Quantidade de fármaco por quilograma
    de peso do paciente (mg/kg; ml/kg)
  • Quantidade de fármaco dentro de um meio, seja ele veículo (substância para forma líquida, xarope) ou excipiente (substância pra formar forma sólida, comprimido)
  • nome comercial do medicamento (cf. aspirina como nome comercial de AAS)
  • Respectivamente, funciona em ambientes
    controlados (testes em animais) e em ambientes
    controlados e não controlados (testes animais
    e ensaios clínicos com seres humanos).
  • Respectivamente, custo/alcance e alto IT
  • Intervalo entre a
    dose mínima eficaz (abaixo disso, submedicado) e a dose máxima tolerada (acima disso, intoxicado).
  • A toxicologia se dedica ao estudo dos efeitos oriundos de doses acima da janela terapêutica, ou seja, vai além dos efeitos colaterais e adversos e trata propriamente da intoxicação.
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8
Q

Dê um exemplo de uso benéfico de efeito colateral.

A
  • Uso de anti-histamínicos de 1ª geração (prometazina, fenergan) para pacientes com insônia derivada de estresse por conta do efeito colateral de sonolência
  • Isso torna-se ainda mais perspicaz diante do fato de que ansiolíticos hipnóticos (cf. diazepam) apresentam IT baixo e elevado grau de dependência
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9
Q

Farmacocinética

a) Acrônimo dos princípios
b) Quatro fatores que interferem na ação local de uma droga
c) Toda substância é eliminada?

A

A farmacocinética estuda o caminho do fármaco e os eventos correlatos, da administração à eliminação;

- ADME
Absorção a partir do local de administração (compartimento 1) à corrente sanguínea (compartimento 2, fixo)
Distribuição pelo organismo
Metabolização (Biotransformação)
Eliminação

*A concentração de uma droga no local de ação depende da quantidade administrada, localização no tecido, biotransformação (maiores taxas implicam menores chances de efeito) e eliminação;

**Sim, o que ocorre com os metais pesados, por exemplo, é que o tempo de excreção é maior que o tempo da vida humana;

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10
Q

A absorção de um fármaco é fortemente dependente da permeação de membranas. Quais os 5 fatores principais que interferem nesse processo?

A
  • Solubilidade (quanto mais lipossolúvel, melhor - cf. MP, via comum de permeação, possui bicamada fosfolipídica)
  • Circulação local (quanto mais vascularizado, melhor)
  • Tamanho da molécula (maiores dificultam)
  • Área superficial de absorção (quanto maior superfície de contato, melhor)
  • pH
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11
Q

Estrutura da membrana plasmática

a) Organização em camadas
b) Papel do colesterol
c) Proteínas incrustadas

A
  • camada dupla de lipídeos anfipáticos, com suas cadeias de ácidos graxos orientadas para o interior de modo a formar uma fase hidrofóbica contínua, enquanto seus polos hidrofílicos estão orientados
    para o exterior
  • moléculas lipídicas dessa bicamada podem combinar-se ao colesterol, conferindo à membrana fluidez, flexibilidade, organização, resistência elétrica elevada e impermeabilidade relativa às moléculas altamente polares
  • funcionam como “âncoras” estruturais, receptores, canais
    iônicos ou transportadores para a transdução dos sinais elétricos ou químicos, atuando como alvos seletivos para a ação dos fármacos
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12
Q

IAM > duas opções de fármacos vasodilatadores, qual escolher?

  • 100% lipofílico, 5 unidades de medida
  • 100% hidrofílica, 20 unidades de medida
A
  • Nenhum dos dois; dada a natureza anfipática das membranas biológicas, os fármacos devem “imitar” esse caráter bipolar, de modo que possam permear as membrans; do contrário - fármacos 100% hidro ou lipofílicos ficarão ou limitados ou fixados à membrana.
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13
Q

Diferença conceitual entre absorção e distribuição.

A
  • se diferem pelo
    fato de uma ser a passagem da substância do local de
    administração para a corrente sanguínea (absorção) e a
    outra a passagem da substância do sangue para o
    tecido alvo (distribuição). Entretanto, os parâmetros
    para a passagem da substância de um local para o
    outro são os mesmos, já que as duas envolvem
    membranas biológicas.
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14
Q

Qual a importância do coeficiente de partição lipídica ou óleo/água?

A
  • Importante medida do quão lipossolúvel é uma substância, dado por Coeficiente de Partição (CP) = Óleo / Água;

Assim, multiplicando cruzado:
Óleo’: 20.água

Óleo’’: 90. água

“A solubilidade em óleo é 90x a em água. Assim, CPs altos indicam melhor lipossolubilidade”

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15
Q

Quatro formas básicas d etransporte através da membrana

A
  • Difusão livre pelos espaços paracelulares (Difusão aquosa dirigida pelo gradiente de concentração do fármaco; se as moléculas se ligam a grandes proteínas plasmáticas (cf. albumina), não é possível permear os poros aquosos; se o fármaco tem carga, seu fluxo é influenciado pelos gradientes transmembrana (cf. néfron).
  • Difusão livre através da própria membrana
  • Uso de portadores específicos (ideais para moléculas ou grande demais ou demasiado insolúveis em lipídios, para que se difundam de forma fácil através de membranas, por exemplo, peptídeos, aminoácidos e glicose)
  • Combinação com receptores na superfície da membrana e utilizando endocitose para o interior celular ou exocitose em caso de eliminação
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16
Q

Qual a relação entre carga eletrostática (ionização) e solubilidade de fármacos?

A

Carga eletrostática de uma molécula ionizada atrai dipolos de água e resulta em um complexo polar, relativamente hidrossolúvel e insolúvel em lipídios

Assim, ionizar fármacos pode reduzir significativamente sua capacidade de permear membranas!!

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17
Q

O que significa dizer que um fármaco é um ácido ou base fraca? Comente a respeito das formas mais solúveis de cada um.

A

Um ácido fraco é molécula neutra que se dissocia reversivelmente em um ânion e um próton H+ (HA > +H + A-);

Uma base fraca, por sua vez, é definida como uma molécula neutra que pode formar um cátion por combinação com um próton (BA+ > B + H+)

Nas duas equações, perceba que a forma mais lipossolúvel de um ácido fraco é a protonada, enquanto na base é a desprotonada (pois ambas são formas neutras e carga “atrapalha”, como vimos)

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18
Q

Compare o comportamento e a retenção do AINE Piroxicam (ácido) no estômago e no intestino.

A

HA > +H + A-

Estômago: ambiente ácido, equilíbrio deslocado no sentido da forma protonada, mais lipossolúvel, CP alto;

Intestino: meio básico, equilíbrio deslocado para a forma desprotonada (ionizada) e, portanto, menos lipossolúvel, CP baixo. Logo, será absorvida com mais dificuldade (retida no compartimento intestinal)

*(enquanto estiver no compartimento de retenção, a quantidade
de fármaco que atravessa a membrana para outro
compartimento – sangue - é menor).

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19
Q

Compare o comportamento e a retenção do anti-hipertensivo e

antiarrítmico Atenolol (alcalino) no estômago e no intestino.

A

BH+ > B + H+

Estômago: meio ácido, equilíbrio deslocado no sentido da forma ionizada, baixo CP, (retenção) e absorção dificultosa;

Intestino: meio básico, equilíbrio deslocado para forma neutra, alto CP, melhor absorção

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20
Q

Qual o principal local de absorção de fármacos, o estômago ou o intestino?

A

O intestino (passagem de quantidade mínima eficaz para circulação sistêmica);

Peguemos uma substância ácida. Embora sua maior parcela fique retida no intestino (forma carregada), este consegue “driblar” a retenção por dispor de enorme área de superfície de contato, a qual permite eficiente passagem da forma não carregada.

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21
Q

Explique porque a

a partição pelo pH não é o principal determinante do local de absorção de fármacos no trato gastrointestinal

A

Isso ocorre em razão da enorme área de absorção das vilosidades e microvilosidades do íleo, comparada com a área de absorção do estômago, que é muito menor, diminuindo, assim, sua importância.

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22
Q

Intoxicação por AAS. Prescrição de carvão ativado para diminuir absorção e evitar intoxicação do fármaco é adequada?

A

O carvão ativado é uma substância granulada adsorvente (atrai para si moléculas do meio, formando complexos grandes que dificultam a difusão simples pela membrana, reduzindo a absorção)

Porém, a criança já chegou com sintomas de intoxicação, portanto, vários órgãos já receberam uma quantidade de fármaco maior que a tolerada!

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23
Q

Qual a conduta terapêutica indicada para reduzir o grau de intoxicação por AAS?

A

Primeiramente, aumentar a eliminação. Em paralelo, tratar dos sintomas da intoxicação.

  • Bem, se o AAS estiver em sua forma lipossolúvel, este será fortemente reabsorvido por difusão passiva nos túbulos renais. Porém, se ajustarmos o pH da urina para assegurar que a maior parte do fármaco se encontre ionizado, estaremos aprisionando-o na urina; no caso de um ácido fraco como o AAS, teríamos que propiciar uma urina alcalina (HA > +H + A-)
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24
Q

Qual a principal base utilizada na clínica para alcalinização da urina?

A

Bicarbonato de sódio (NaHCO3), o qual deve ser administrado via parenteral/intravenosa para evitar a passagem pelo TGI.

  • A priori, o NaHCO3 alcaliniza o sangue > aumentando a forma carregada > reduzindo distribuição aos tecidos e melhorando os sintomas;
  • Depois, o ácido ionizado + bicarbonato entram nos rins via arteríola aferente; ocorre alcalinização da luz dos túbulos renais, aumentando ainda mais a quantidade de ácido ionizado, que ao ser retido nos túbulos, é eliminado na urina, reduzindo a concentração plasmática de AAS.
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25
Q

A conduta foi adequada?

Bebê (8 meses), 40 ºC de febre.

Prescrição: antitérmico + metoclopramida (acelera esvaziamento gástrico)

A
  • Dada a urgência (aumento da temperatura > convulsões), quanto mais rápida a absorção do antitérmico, melhor

Esvaziamento Gástrico significa que o conteúdo
estomacal, incluindo o antitérmico recém
administrado, vai seguir o trajeto do TGI de maneira
mais rápida, saindo do estômago para o intestino (O LOCAL, independente do pKa da molécula!) com
mais velocidade.

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26
Q

A aceleração do movimento

gástrico garante maior absorção do fármaco?

A

Não.

  • A Metoclopramida não interfere nos
    fatores que influenciam de fato na velocidade de
    absorção (pH do local, presença de alimentos, tamanho
    da molécula, inflamação da mucosa intestinal…).
  • O que ocorre é que o fármaco chega mais rápido ao local de absorção. Assim, a metoclopramida aumenta a possibilidade, mas não garante que o
    evento irá ocorrer.
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27
Q

Como acelerar o esvaziamento gástrico por meio de terapia não farmacológica?

A
  • Quando um paciente faz uso de uma Forma
    Farmacêutica sólida concomitante à ingestão de líquido
    (um copo de 200 mL de água, por exemplo), ocorre
    uma distensão das paredes do estômago, o que
    estimula as terminações nervosas sensíveis a
    estiramento do Plexo Mioentérico que recobrem a
    mucosa gástrica. Essa ativação do Plexo favorece o
    esvaziamento gástrico.
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28
Q

Pode-se adicionar um copo de água às formas farmacêuticas líquidas para acelerar o esvaziamento?

A

Não, pois na forma líquida, o fármaco está na concentração pré-determinada (apropriada à deglutição). Assim, submeter essa concentração a uma grande quantidade de líquido incorre em diluição, podendo alterar o efeito clínico do fármaco.

29
Q

Quem são os ditos ‘transportadores especiais”?

A
  • D ivididos de modo amplo em transportadores carreadores (SLC, solute carrier) e transportadores cassetes de ligação ao ATP (ATP-binding cassette)

Os primeiros facilitam a movimentação passiva de solutos a favor de seu gradiente eletroquímico, enquanto os últimos são bombas ativas movidas por ATP

30
Q

Modo de ação básico de SLCs.

A

Dois SLCs importantes: transportadores de cátions orgânicos (OCTs) e de ânions orgânicos (OATs).

A molécula transportadora consiste em uma proteína transmembrana que liga uma ou mais moléculas ou íons, muda de conformação e os libera do outro lado da membrana.

Em geral, os SLCs podem operar de maneira puramente passiva ou acoplados a gradiente eletroquímico de Na+ e outros íons, e bombas de íons dependentes de ATP (contra o gradiente eletroquímico).

Pode ocorrer transporte de uma molécula em troca de outra (“antiporte”) ou o transporte de duas moléculas juntas na mesma direção (“simporte”

31
Q

Modo de ação básico de transportadores da família ABC.

A

P-glicoproteínas (P-gp; P significando “permeabilidade”), que pertencem à superfamília de transportadores ABC, são a segunda classe importante de transportadores e responsáveis pela resistência a múltiplos fármacos em células cancerosas

Estão frequentemente associados aos transportadores SLC, de modo que um fármaco que seja absorvido por um OAT na membrana basolateral de uma célula do epitélio tubular renal pode ser bombeado para fora por uma P-gp na membrana luminal

32
Q

Explique o mecanismo de saturação de proteínas transportadoras e um possível risco associado.

A

Uma proteína transportadora só estará apta a fazer novo transporte quando seu domínio de ligação estiver desocupado.

Assim, a proteína captura a molécula de fármaco,
muda sua conformação e “joga” a molécula de fármaco
para o outro ambiente. Enquanto isso estiver
acontecendo, as outras moléculas de fármaco esperam
que a proteína transportadora volte a ficar disponível.

  • Nem sempre é eficaz que um paciente,
    em um momento de urgência, duplique a dose
    medicamento para acelerar seu efeito; pois esse
    fármaco pode requerer o transporte por proteínas
    carreadoras, mecanismo passível de saturação.
33
Q

De modo sequencial, um paciente utiliza dois fármacos (A e B) que utilizam a mesma proteína transportadora. O que explica a piora da sintomatologia tratada por A a partir do início da administração simultânea de B?

A

O Fármaco B inibe a proteína transportadora
do A, o que impede a absorção adequada do Fármaco A. Se o
Fármaco B interfere no processo de absorção do A, é
assim que se explica a diminuição da eficácia clínica
dele, pois ele não chega ao sangue numa concentração
plasmática que atinja a concentração mínima eficaz
dentro da faixa terapêutica.

34
Q

Cite alguns fatores que afetam absorção de fármacos no TGI

A

Distúrbios como enxaqueca e neuropatia diabética causam estase gástrica, reduzindo a absorção de fármacos; diarreias podem comprometer absorção; fármacos como o propranolol alcançam altas concentrações plasmáticas se tomados pós refeição por aumento do fluxo sanguíneo esplâncnico; este fluxo é fortemente reduzido em hipovolemia ou IC, reduzindo a absorção;

35
Q

O que é biodisponibilidade?

A
  • termo usado para indicar a fração (F) de uma dose oral que chega à circulação sistêmica na forma de fármaco intacto, levando em consideração tanto a
    absorção quanto a degradação metabólica local (sucessão de enzimas na parede intestinal e fígado – “metabolismo de primeira passagem ou pré-sistêmico”)

Por exemplo, a biodisponibilidade de administração oral é muito baixa (metabolismo pré-sistêmico) em comparação à intravenosa (perda praticamente nula; absorção também NULA, pois o fármaco já é colocado na via sistêmica).

36
Q

O que é bioequivalência?

Qual sua relação com medicamentos genéricos?

A
  • Avalia parâmetros farmacocinéticos entre duas
    especialidades farmacêuticas diferentes, a aspirante a
    genérico e o medicamento de referência (precisam ter mesmo princípio ativo, forma farmacêutica e mesma dose)
  • A bioequivalência implica que, se uma formulação de um fármaco for substituída por outra, não haverá consequências clínicas indesejáveis e é condição requerida para aprovação de medicamento equivalente genérico.
37
Q

Análise de curva farmacocinética. Quais parâmetros são avaliados no teste de bioequivalência?

A
  • Avalia concentração plasmática x tempo
  • Curva ascendente (absorção), descendente (distribuição, metabolização, excreção) separadas por um pico
  • Área abaixo da curva: perfil farmacocinético!
  • São avaliados: pico de concentração plasmática, tempo para atingir esse pico e área sobre a curva;
38
Q

Correlacione os resultados do teste de bioequivalência aos medicamentos genérico e similar.

A

(Genérico): os três parâmetros não dão diferença estatística; assim, pode vender com tarja de genérico, pois é bioequivalente!

(Similar): não passou no teste de bioequivalência, mas pode ser comercializado (sem tarja de genérico)

*Atenção! Dizer que é similar não significa que é ruim. O teste tem caráter de cinética e não de efeito. Imagine que no teste o parâmetro diferente foi um pico e um tempo de absorção mais rápida. Ele pode ser comercializado desde que esteja dentro da faixa terapêutica. Do contrário, a ANVISA o retirará do mercado.

39
Q

Onde a quantidade de dipirona é maior, em um xarope ou em um injetável intramuscular?

A

Em um xarope.

Quanto menor for o caminho que o
fármaco deve percorrer para chegar até a circulação
sistêmica, menor será a dose a ser administrada, pois a
biodisponibilidade será maior, uma vez que menor
quantidade de fármaco será perdida até chegar à
circulação.

40
Q

A absorção é sempre necessária para absorção do fármaco?

A

Não, além do exemplo intravenoso, pode-se citar um broncodilatador aerossol ou creme esteroide para pele;

*Porém, um fármaco aerossol pode ser absorvido, uma vez que a irrigação
sanguínea é bastante elevada nos brônquios.

41
Q

Vias de adiminstração

a) Cite as principais.
b) Utilidade da absorção sublingual.

A
  • Vias: Oral, Sublingual, Retal, Aplicação em outras superfícies epiteliais (p. ex., pele, córnea, vagina e mucosa nasal) Inalação
    Injeção (– Subcutânea – Intramuscular – Intravenosa – Intratecal – Intravítrea)

Absorção diretamente da cavidade oral às vezes é útil (desde que o fármaco não tenha um sabor muito ruim) quando se deseja um efeito rápido, especialmente quando o fármaco é instável no pH gástrico ou rapidamente metabolizado pelo fígado; fármacos absorvidos na boca passam diretamente para a circulação sistêmica sem entrar no sistema porta, escapando, assim, do metabolismo de primeira passagem pelas enzimas da parede do intestino e do fígado

42
Q

Absorção por via cutânea

a) Quando usar?
b) Organofosforados

A

A administração cutânea é usada quando é necessário um efeito local na pele (cf. esteroides tópicos). No entanto, pode haver absorção apreciável, causando efeitos sistêmicos;

A maioria dos fármacos é muito pouco absorvida pela pele intacta. Contudo, diversos inseticidas organofosforados, que precisam atravessar a cutícula dos insetos para exercer seu efeito, são absorvidos pela pele, ocorrendo intoxicação acidental em trabalhadores rurais.

43
Q

Como prolongar a ação de um anestésico local?

A
  • adição de epinefrina (adrenalina) a
    um anestésico local reduz a absorção do anestésico na circulação geral, prolongando apropriadamente o efeito anestésico;
  • outro método utilizado para conseguir a absorção lenta e contínua de certos hormônios esteroides) é a implantação subcutânea do fármaco
44
Q

Qual a diferença entre as vias de administração enteral e parenteral?

A

Enteral: oral, retal e sublingual;

Parenteral: injeções (intramuscular, intravenosa, subcutânea), além das vias tópica, transdérmica, respiratória;

Refere-se à administração da droga por injeção, liberando-a diretamente no líquido tecidual ou no sangue, sem atravessar a mucosa intestina

A via parenteral introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica. Ela é usada para fármacos que são pouco absorvidos no trato gastro intestinal (TGI) e para os que são instáveis no TGI (WHALEN et al., 2016)

45
Q

Distribuição

a) Definição
b) Relação com três proteínas plasmáticas

A
  • se refere à passagem do
    fármaco da circulação sistêmica para os tecidos, primeiramente em direção à tecidos mais irrigados (cérebro, coração, rins), mas sem necessariamente agir nestes.
  • Ao chegar à circulação sistêmica, os fármacos se ligam às proteínas plasmáticas, cf. (destaque para Albumina, que se liga com fármacos ácidos e Beta-globulina e glicoproteína ácida, que se ligam* à fármacos básicos)
  • Em geral, essas ligações não são fortes como uma covalente, estão mais próximas de uma LH.
46
Q

Possível repercussão farmacológica a partir de VHS elevado.

A

O exame bioquímico de Valor de Hemossedimentação elevado indica processo inflamatório > essa resposta está, muitas vezes, associada ao aumento de glicoproteína ácido > logo, a possível consequência é que mais fármaco básico estará associado à essa proteína > lembrando que “A porção livre do fármaco é que constitui a forma farmacologicamente ativa. “

47
Q

Ao analisar a curva farmacocinética de um fármaco, a queda pós pico tem como variável a distribuição. O que ocorre para tentar compensar essa queda?

A

À medida que o fármaco se distribui e sua concentração plasmática cai, o organismo tenta mantê-la em uma faixa terapêutica e, para tanto, ocorre desligamento das proteínas plasmáticas para aumentar a porção ativa (livre).

Com isso, o fármaco volta a se distribuir
para os tecidos e alcança o fígado, por exemplo. Nesse
órgão, ele será metabolizado/biotransformado, formando metabólitos que voltam para o sangue e,
com isso, a queda da concentração plasmática passa a ser irreversível, assim como quando chega nos rins para ser eliminado.

Quando distribuído a tecidos não-hepáticos e não encontrando receptor, retorna ao sangue > quedas reversíveis (momentâneas)

48
Q

O que são tecidos de armazenamento? Qual sua relação com o fato de ter de readministrar doses de medicamentos após certa quantidade de horas?

A
  • Em sua forma livre, um fármaco com alto coeficiente de partição O/A - altamente lipofílico - pode se armanezar no tecido diposio, mesmo que este nao seja seu local de ação.
  • Esse fármaco armazenado só é mobilizado do tecido de armazenamento em caso de queda na concentração plasmática
  • Entretanto, chega um momento que nem a mobilização destes tecidos de armazenamento nem o desligamento de proteínas plasmáticas é suficiente para manter a concentração plasmática minimamente eficaz, fazendo-se necessário uma nova dose (6, 8, 12h)
49
Q

Por que um paciente com sobrepeso precisar emagrecer antes de cirurgia que requer anestesia geral?

A

A perda de peso evita que a maior parte da dose armazenada fique estocada no tecido de armazenaemnto.

Isso porque ao ocorrer queda na [ ] plasmática do fármaco, o pico de retorno, proporcional ao tecido de estoque, vai ser muito grande, podendo deprimir os centros bulbares, incorrendo em parada cardiorrespiratória.

50
Q

O que é volume de distribuição aparente?

A

Volume de distribuição aparente Vd é definido como o volume necessário para conter a quantidade total do fármaco (Q) no organismo, na mesma concentração presente no plasma (Cp)

O Vd é calculado dividindo-se a dose que alcança a
circulação sistêmica pela concentração no plasma no tempo zero (C0

A concentração plasmática está relacionada ao
fármaco livre na corrente sanguínea. Quanto maior for
o volume de distribuição (quanto mais o fármaco se
armazenar em determinados tecidos), menor vai ser a
quantidade dele no sangue.

51
Q

Risco de interação medicamentosa e ajuste de dose

A
  • Fármaco A (95% de ligação à proteína plasmática)
  • Fármaco B (55% de ligação à proteína plasmática)
  • Administrando-os em conjunto, é evidente que B estará em excesso; se B tem IT baixo, isso representa um risco ao paciente, fazendo-se necessário baixar sua dose, isso é mais importante ainda em pacientes com disfunções hepatorrenais.
52
Q

Em geral, todos os fármacos são eliminados com facilidade do organismo?

A

Não, a excreção renal tem função central na eliminação de fármacos polares ou ionizados em pH fisiológico;

Porém, na prática, a maioria dos fármacos é lipofílico e não inonizada/parcialmente.

Assim, as características lipofílicas dos fármacos que promovem sua passagem pelas membranas biológicas e o acesso subsequente aos locais de ação dificultam sua excreção do organismo

Portanto, tem de haver uma forma de tornar mais fácil a eliminação desses fármacos. É aí que entra o metabolismo: compostos lipofílicos são transformados em produtos mais polares e, portanto, excretados mais prontamente

53
Q

Diferencie metabolismo e eliminação.

A

A eliminação de um fármaco representa sua exclusão irreversível do corpo. Ela ocorre por meio de dois processos: metabolismo e eliminação, conversão enzimática de uma entidade química em outra dentro do organismo, enquanto a eliminação consiste na saída do fármaco ou seus metabólitos do organismo (renal, hepatobiliar, pulmonar – no caso de anestésicos voláteis/gasosos)

54
Q

Biotransformação

a) Três funções
b) Localização subcelular do maquinário enzimático

A
  • Ocorre em substâncias exógenas (xenobióticos), com destaque para o fígado, mas passível em qualquer TC que tenha a maquinaria enzimática necessária.

Funções

  • Transformar drogas lipofílicas em hidrofílicas
    para facilitar sua eliminação renal (uma vez que compostos lipossolúveis podem ser reabsorvidos nos rins)
  • Por vezes, tornar inativo o fármaco, reduzindo sua [ ] plasmática e finalizando sua ação no organismo.
  • Ativar pró-fármacos (necessita de biotransfromação para ser ativo, não indicando em casos de disfunção hepática)
  • retículo endoplasmático (RE), nas mitocôndrias, no citosol, nos lisossomos, ou mesmo no envelope nuclear ou na membrana plasmática
55
Q

Metabolismo de primeira passagem e de primeira circulação

A

biotransformação/degradação metabólica local antes de atingir a circulação sistêmica (sucessão de enzimas na parede intestinal - “metabolismo de primeira passagem ou pré-sistêmico”e sistema porta do fígado – metabolismo de primeira circulação )

Assim, seja pelo intestino ou pelo fígado, a quantidade que chega à circulação sistêmica é consideravelmente menor que a absorvida, reduzindo a biodisponibilidade do fármaco

56
Q

Reações da Fase I

A

Reações de fase 1 (p. ex., oxidação, redução ou hidrólise) são catabólicas e geralmente convertem o fármaco-mãe a um metabólito mais polar pela introdução ou pelo desmascaramento de um grupo funcional (–OH, –NH2, –SH)

  • Seus produtos geralmente são quimicamente mais reativos; por isso, paradoxalmente, às vezes se apresentam mais tóxicos ou carcinogênicos que o fármaco original
    o.
57
Q

Quem são os responsáveis pela catálise das possíveis modalidades reacionais da fase I?

A
  • As reações de oxirredução são catalisadas pelo sistema microssomal do citocromo p450 (CYP450), complexo presente na membrana do REL, sobretudo hepático
  • Já as reações de hidrólise dispensam essa catálise, podendo ocorrer no próprio plasma e em diversos tecidos
58
Q

Modo de ação sistema mono-oxigenase P450 (CYP)

A

As enzimas do CYP estão embebidas na camada fosfolipídica dupla do retículo endoplasmático (RE). A maior parte dessas enzimas está localizada na superfície citosólica do RE. Outra enzima, a NADPH-citocromo P450 oxidorredutase, transfere elétrons para o CYP, onde eles podem, em presença de O2, oxidar os substratos xenobióticos dos quais muitos são hidrofóbicos e estão dissolvidos no RE

59
Q

Três possíveis metabólitos da fase I

  • Diazepam, dipirona, paracetamol
A
  • Ativo: Quando se administra o diazepam,
    toma-se a forma ativa, quando ele é
    biotransformado nos hepatócitos, forma-se
    um metabólito também ativo. Sendo assim, a
    sua posologia deve ser baixa.
  • Inativo: A dipirona é administrada em sua
    forma ativa, quando é biotransformada nos
    hepatócitos, forma-se um metabólito inativo.
  • Tóxico: O paracetamol é administrado na
    forma ativa, mas quando é biotransformado,
    forma um composto tóxico.
60
Q

Reações da fase II

A

Reações da fase 2 são sintéticas (“anabólicas”) e incluem conjugação (i. e., ligação de um grupo substituinte, muitas vezes umsubstrato endógeno, como ácido glicurônico, ácido sulfúrico, ácido acético ou um aminoácido), com o objetivo de formar um conjugado altamente hidrofilico

61
Q

Por que as reações da fase I antecedem as da fase II? Podem ocorrer exceções?

A

As reações de fase 1 normalmente introduzem na molécula um grupo reativo, como o grupo hidroxila, um processo conhecido como “funcionalização”. Esse grupo serve de ponto de ataque para que o sistema de conjugação ligue um substituinte, o que explica por que as reações de fase 1 tão frequentemente precedem as reações de fase 2.

Entretanto, se a molécula de um fármaco tiver uma “alavanca” (for hidrofilico o suficiente) adequada (p. ex., um grupo hidroxil, tiol ou amino), torna-se suscetível à conjugação, independente do metabolismo da fase I. Atenção! Mesmo ele tendo esses pontos de ataque, pode ser que não encontre um reagente endógeno e/ou enzima, assim, segue para fase I

62
Q

Fatores gerais que afetam biotransformação de fármacos

A

Além da variação de caráter genético:

  • Idade (menor que 6 meses > fígado insuficiente para biotransformar e idosos têm função hepática reduzida)
  • Patologias (cf. hepatite ou cirrose hepática é fator de contraindicação para paracetamol, pois forma metabólito tóxico na fase i)
  • Ambientais (Benzopirenos são indutores enzimáticos > aumentam isoformas de CYP450, aumenta a biotransformação)
63
Q

Indução enzimática

  • Definição e exemplos de agentes causadores
A
  • Diversos fármacos, tais como rifampicina, etanol e carbamazepina aumentam a atividade dos sistemas microssômicos de oxidação e conjugação quando administrados repetidamente, assim como muitas substâncias químicas carcinogênicas (p. ex., benzopireno, 3-metil clorantreno)
  • Esse efeito é denominado indução, e é resultante da síntese aumentada e/ou redução da destruição das enzimas microssomais
64
Q

Como a indução enzimática pode ser prejudicial ou terapêutica?

A
  • pode aumentar a toxicidade e a capacidade carcinogênica de um fármaco, pois diversos metabólitos da fase 1 são tóxicos ou carcinogênicos
  • explorada terapeuticamente na administração de fenobarbital em bebês prematuros, de forma a induzir a glucoronil transferase para, desse modo, aumentar a conjugação da bilirrubina e reduzir o risco de kernicterus (uma lesão neurológica dos gânglios basais pela bilirrubina)
65
Q
  • Qual a diferença entre eliminação e excreção?

- Por que não é recomendado o uso de fármacos na lactação?

A
  • Eliminação é definida como a retirada da
    forma inalterada, já a excreção é definida como a
    retirada dos metabólitos.
  • mesmo estando em pequenas
    doses, as crianças de até 6 meses podem ser
    intoxicadas, visto a imaturação do fígado.
66
Q

Quais os três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos?

Explique a principal forma de quantificar esse processo.

A

Filtração glomerular.
Secreção tubular ativa.
Reabsorção passiva (difusão pelo fluido tubular concentrado e reabsorção pelo epitélio tubular)

depuração (ou clearance) renal, definida como o volume de plasma que contém a quantidade da substância removida pelos rins na unidade de tempo

CLren = (Cu x Vu) / Cp

concentração plasmática, Cp, da concentração urinária, Cu, e da velocidade do fluxo urinário, Vu;

67
Q

Filtração glomerular

Quem passa?
Relação com Albumina?

A
  • A maioria dos fármacos atravessa livremente o filtro glomerular, a não ser que apresentem uma extensa ligação com proteínas plasmáticas
  • Capilares glomerulares possibilitam que moléculas com PM < 20 kDa se difundam para o filtrado glomerular
  • Quase impermeáveis à albumina plasmática, de modo que no caso de fármacos, só passa a porção livre ligados
68
Q

Secreção tubular

Quais transportadores?
Eficaz?

A
  • 20% do FSR é filtrado pelo glomérulo; 80% se destina aos capilares peritubulares do TP;
  • Aqui, as moléculas do fármaco sã transferidaspara o lúmen do TP por meio de OATs (ácidos na forma aniônica) e OCTs (bases na forma catiônica)
  • A secreção tubular é potencialmente o mecanismo mais efetivo de eliminação renal de fármacos, pois cerca de 80% do fármaco que chega aos rins é conduzido aos transportadores
69
Q

Difusão através do túbulo renal

O que ocorre com a água?

Comparativo entre fármacos apolares e polares

A
  • Grande reabsorção de água (urina é 1% do FG)
  • Como tem muito fármaco no túbulo, há um gradiente muito favorável à reabsorção passiva para fármacos lipossolúveis (eliminados infimamente),
  • Enquanto os fármacos polares (cf. digoxina) têm permeabilidade tubular baixa e permanecem na luz, tornando-se mais concentrados à medida que a água é reabsorvida;