Lei do Sigilo Bancário - Lei Complementar Federal n° 105/2001 Flashcards

1
Q

O sigilo bancário encontra-se constitucionalmente protegido no art. 5º, X, da CF/88, ao estabelecer que são invioláveis a (1), a (2), a (3) e a (4) das pessoas, assegurado o direito a (5) pelo dano (6) ou (7) decorrente de sua violação.

A

O sigilo bancário encontra-se constitucionalmente protegido no art. 5º, X, da CF/88, ao estabelecer que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

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2
Q

CERTO OU ERRADO

As instituições financeiras tem o dever de conservar sigilo em suas operações ativas e serviços prestados.

A

ERRADO! Operações ativas, passivas e serviços prestados.

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3
Q

São consideradas como instituições financeiras, as seguintes:

A

I – os bancos de qualquer espécie;
II – distribuidoras de valores mobiliários;
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;
IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos;
V – sociedades de crédito imobiliário;
VI – administradoras de cartões de crédito;
VII – sociedades de arrendamento mercantil;
VIII – administradoras de mercado de balcão organizado;
IX – cooperativas de crédito;
X – associações de poupança e empréstimo;
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
XII – entidades de liquidação e compensação;
XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho Monetário Nacional.

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4
Q

CERTO OU ERRADO

A troca de informações entre instituições financeiras para fins cadastrais viola o dever de sigilo.

A

ERRADO! Não viola o dever de sigilo a troca de informações entre instituições financeiras para fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco.

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5
Q

CERTO OU ERRADO

Configura violação do dever de sigilo o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito.

A

ERRADO! É permitido.

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6
Q

CERTO OU ERRADO

Não configura violação ao dever de sigilo a comunicação por parte das instituições financeiras, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa.

A

CERTO! Lembre-se: penais OU administrativos.

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7
Q

CERTO OU ERRADO

A revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados não configura violação ao dever de sigilo.

A

CERTO!

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8
Q

CERTO OU ERRADO

Se o interessado consente em revelar informações sigilosas a seu respeito, deixa de se caracterizar como violação do dever de sigilo.

A

CERTO!

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9
Q

A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos seguintes crimes:

A

I – de terrorismo;
II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;
IV – de extorsão mediante seqüestro;
V – contra o sistema financeiro nacional;
VI – contra a Administração Pública;
VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX – praticado por organização criminosa.

ATENÇÃO: nesses casos são decretados pelo Poder Judiciário

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10
Q

CERTO OU ERRADO

O dever de sigilo não é extensivo ao Banco Central do Brasil, em relação às operações que realizar e às informações que obtiver no exercício de suas atribuições.

A

ERRADO! É extensivo ao BC sim.

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11
Q

O dever de sigilo é extensivo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quando se tratar de (1) e (2) no mercado de valores mobiliários, inclusive nas instituições financeiras que sejam (3).

A

O dever de sigilo é extensivo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quando se tratar de fiscalização de operações e serviços** no mercado de valores mobiliários, inclusive nas instituições financeiras que sejam companhia aberta.

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12
Q

CERTO OU ERRADO

A Comissão de Valores Mobiliários, instaurado inquérito administrativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento do sigilo junto às instituições financeiras de informações e documentos relativos a bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica.

A

ERRADO! Ela só pode solicitar o levantamento do sigilo de informações e documentos relativos a bens, direitos e obrigações de pessoa físicas ou jurídicas submetida ao seu poder disciplinar, não qualquer uma.

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13
Q

O Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem firmar convênios:
I - com outros (1) de instituições financeiras, objetivando a realização de fiscalizações (2), observadas as respectivas (3);

A

O Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem firmar convênios:
I - com outros órgãos públicos fiscalizadores de instituições financeiras, objetivando a realização de fiscalizações conjuntas, observadas as respectivas competências;

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14
Q

CERTO OU ERRADO

O Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem firmar convênios com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros países.

A

CERTO! Mas há algumas premissas a serem observadas.

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15
Q

O Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem firmar convênios com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros países, objetivando:

A

a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de instituições financeiras estrangeiras, em funcionamento no Brasil e de filiais e subsidiárias, no exterior, de instituições financeiras brasileiras;
b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a investigação de atividades ou operações que impliquem aplicação, negociação, ocultação ou transferência de ativos financeiros e de valores mobiliários relacionados com a prática de condutas ilícitas.

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16
Q

CERTO OU ERRADO

O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, manterão permanente intercâmbio de informações acerca dos resultados das inspeções que
realizarem, dos inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre que
as informações forem necessárias ao desempenho de suas atividades.

A

CERTO!

17
Q

CERTO OU ERRADO

O dever de sigilo se estende aos órgãos fiscalizadores.

A

CERTO!

18
Q

É incumbência do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários e dos demais órgãos de fiscalização, nas áreas de suas atribuições, fornecer ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF informações sobre as operações que possam:

A

constituir determinados crimes.

19
Q

Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de (1), ou indícios da (2), informarão ao Ministério Público, juntando à comunicação os (3) necessários à apuração ou comprovação dos fatos.

A

Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de ação pública, ou indícios da prática de tais crimes, informarão ao Ministério Público, juntando à comunicação os documentos necessários à apuração ou comprovação dos fatos.

20
Q

Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de ação pública, ou indícios da prática de tais crimes, informarão ao Ministério Público, juntando à comunicação os documentos necessários à apuração ou comprovação dos fatos.

§ 1º A comunicação de que trata este artigo será efetuada pelos (1) e da (2), admitida (3), no prazo máximo de (4), a contar do (5), com manifestação dos respectivos serviços jurídicos.

A

Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de ação pública, ou indícios da prática de tais crimes, informarão ao Ministério Público, juntando à comunicação os documentos necessários à apuração ou comprovação dos fatos.

§ 1º A comunicação de que trata este artigo será efetuada pelos Presidente do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, admitida delegação de competência, no prazo máximo de 15 dias, a contar do recebimento do processo, com manifestação dos respectivos serviços jurídicos.

21
Q

CERTO OU ERRADO

O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários comunicarão aos órgãos públicos competentes as irregularidades e os ilícitos administrativos de que tenham conhecimento, ou indícios de sua prática, anexando os documentos pertinentes.

A

CERTO!

22
Q

O que é a COAF?

A

Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

23
Q

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) foi criado, no âmbito do (1), com a finalidade de (2), aplicar (3), receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de (4), como os crimes de (5) e financiamento do (6).

A

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) foi criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas, como os crimes de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

24
Q

O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras fornecerão ao (1) as informações e os documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e legais.

A

O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e legais.

25
Q

CERTO OU ERRADO

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.

A

CERTO!

26
Q

CERTO OU ERRADO

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s), no exercício de sua competência constitucional e legal de ampla investigação, obterão as informações e documentos sigilosos de que necessitarem, diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários.

A

CERTO!

27
Q

CERTO OU ERRADO

O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal, mediante requerimento, as informações e os documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e legais.

A

ERRADO! Não é mediante requerimento. As informações deverão ser previamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.

28
Q

O (1) disciplinará, inclusive quanto à (2) e aos limites de (3), os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à administração tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus serviços.

A

O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites de valor, os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à administração tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus serviços.
se refere apenas à identificação dos titulares das operações e os montantes globais mensalmente movimentados. vedada a inserção de qualquer elemento que permita identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles efetuados

29
Q

§ 1º Consideram-se operações financeiras, para os efeitos deste artigo:

A

I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança;
II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques;
III – emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados;
IV – resgates em contas de depósitos à vista ou a prazo, inclusive de poupança;
V – contratos de mútuo;
VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros títulos de crédito;
VII – aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável;
VIII – aplicações em fundos de investimentos;
IX – aquisições de moeda estrangeira;
X – conversões de moeda estrangeira em moeda nacional;
XI – transferências de moeda e outros valores para o exterior;
XII – operações com ouro, ativo financeiro;
XIII - operações com cartão de crédito;
XIV - operações de arrendamento mercantil; e
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que venham a ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão competente.

30
Q

CERTO OU ERRADO

As autoridades e os agentes fiscais tributários, sejam eles da União, dos Estados, do DF e dos Municípios podem examinar as informações bancárias do contribuinte, independentemente de ordem judicial.

A

CERTO! Mas há necessidade de processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.

31
Q

Sob forte controvérsia jurisprudencial, o STF fixou o entendimento de que as informações bancárias do do contribuinte podem ser examinadas por autoridades e agentes fiscais tributários, sejam eles da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, independentemente de autorização judicial, basta que haja um processo administrativo instaurado ou um procedimento fiscal em curso.

Entendeu o STF de que essa norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim na:

A

transferência de sigilo da órbita
bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros.

32
Q

CERTO OU ERRADO

As autoridades e os agentes fiscais tributários, sejam eles da União, dos Estados, do DF e dos Municípios podem examinar as informações bancárias do contribuinte, independentemente de ordem judicial e podem dar publicidade a essas informações em caso de relevância social.

A

ERRADO! As autoridades e agentes devem receber a transferência das informações e dar sigilo a elas.

33
Q

Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas na Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de (1), de (2), e (3), aplicando-se, no que couber, o (4), sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

A

Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas na Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

34
Q

Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas na Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

A

omitir e retardar injustificadamente ou prestar falsamente as informações requeridas.

35
Q

No caso do servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo, haverá responsabilidade (1) e (2) pelos danos decorrentes.

A

No caso do servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo, haverá responsabilidade pessoal e direta pelos danos decorrentes.

36
Q

No caso do servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo, haverá responsabilidade pessoal e direta pelos danos decorrentes.
Tal fato pode acarretar, ainda, responsabilidade (1) da entidade pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo com (2).

A

No caso do servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo, haverá responsabilidade pessoal e direta pelos danos decorrentes.
Tal fato pode acarretar, ainda, responsabilidade objetiva da entidade pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo com orientação oficial.

37
Q
A