Legislação Tributária Flashcards

1
Q

CERTO OU ERRADO:

As fontes materiais, por si só, são capazes de gerar obrigação tributária.

A

ERRADO! Apenas as leis formais.

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2
Q

O que compreende a expressão “legislação tributária”?

A

As leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

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3
Q

Quais as fontes formais do Direito Tributário?

A

As leis, tratados internacionais, decretos e as normas complementares.

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4
Q

PARA FIXAR

Todas as normas que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes integram a legislação tributária.

A
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5
Q

A CF/88 integra a legislação tributária?

A

SIM!

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6
Q

O que são atos normativos?

A

Trata-se de hipóteses normativas que são aplicadas às pessoas de um modo geral e às diversas situações fáticas, dotadas de generalidade e abstração.

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7
Q

No que consiste os atos concretos?

A

São de caráter individual, incidindo sobre pessoa determinada, bem como relativo a situações ocorridas no mundo concreto.

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8
Q

Todos os atos normativos possuem a mesma força jurídica?

A

NÃO!

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9
Q

No que consistem os atos normativos primários?

A

Buscam seus fundamentos direto da Constituição Federal e são capazes de inovar no ordenamento jurídico, criando novos direitos e obrigações.

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10
Q

No que consistem os atos normativos secundários?

A

Aqueles cujo fundamento de validade é uma norma infraconstitucional, que não inovam no ordenamento jurídico.

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11
Q

Como serão considerados os atos normativos primários em desacordo com o seu fundamento de validade?

A

Inconstitucionais.

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12
Q

Como serão considerados os atos normativos secundários em desacordo com o seu fundamento de validade?

A

Ilegais.

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13
Q

Quais as fontes formais principais do Direito Tributário?

A

Constituição Federal e Emendas à Constituição, Leis Complementares e Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções.

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14
Q

Quais as fontes formais secundárias do Direito Tributário?

A

Decretos e as normas complementares.

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15
Q

A doutrina e a jurisprudência são consideradas fontes formais do Direito Tributário?

A

NÃO!

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16
Q

No que consiste a lei complementar?

A

É um ato normativo, cujo processo de aprovação é mais dificultoso do que o rito comum das leis ordinárias.

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17
Q

CERTO OU ERRADO

O legislador constituinte delegou à lei complementar importantes funções, tendo em vista seu maior grau de estabilidade.

A

CERTO!

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18
Q

Há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar?

A

Segundo jurisprudência do STF, NÃO! O que ocorre é a definição de temas específicos, reservados a lei complementar.

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19
Q

Quais tributos só podem ser instituídos mediante lei complementar?

A
  • Empréstimo Compulsório (EC);
  • Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF);
  • Impostos Residuais (I.Res.);
  • Contribuições Sociais Residuais (CSR).
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20
Q

PARA FIXAR

Em regulação à regulamentação específica de alguns tributos, fica a lei complementar responsável pelas seguintes funções:

** - ITCMD**: em casos relacionados ao exterior (ler art. 155, § 1º, III, “a” e “b”);

- ICMS: temas que possam gerar conflitos entre os Estados, situações peculiares ao ICMS e base de cálculo e contribuintes (ler art. 155, § 2º, XII, “a” a “i”);

- ISS: define serviços tributáveis pelo ISS, fixa alíquotas mínimas e máximas, exclui sua incidência sobre as exportações de serviços e regula a forma como os benefícios fiscais são concedidos (ler art. 156, III, c/c art. 156, § 3º, I, II, e III);

- Contribuições Sociais: fixa limites para a concessão de isenção ou anistia de algumas contribuições sociais (art. 195, § 11)

A
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21
Q

Quais as três importantes funções concedidas pela CF/88 à lei complementar?

A

1) Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária;

2) Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

3) Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.

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22
Q

CERTO OU ERRADO

As limitações ao poder de tributar devem ser criadas e reguladas mediante lei complementar.

A

ERRADO! As limitações ao poder de tributar são criada pela CF/88. A lei complementar apenas pode regular essa limitação.

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23
Q

PARA FIXAR

Art. 146 - Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.

alínea ‘d’ corresponde ao Simples Nacional

A
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24
Q

Como deverá ser instituído o Simples Nacional?

A

Mediante lei complementar.

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25
Q

Sobre o Simples Nacional, a lei complementar, além de criá-lo poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Quais as observações a respeito do Simples Nacional?

A

I - será opcional para o contribuinte;
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.

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26
Q

CERTO OU ERRADO

A lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

A

CERTO!

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27
Q

Quando o assunto é instituição de tributos, qual instituto é a regra?

A

As leis ordinárias são a regra para instituição e tributos.

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28
Q

Por que meio são instituídas taxas e as contribuições de melhoria são instituídas?

A

Por lei ordinária municipal, estadual ou federal.

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29
Q

Há hierarquia entre leis federais, estaduais e municipais?

A

NÃO! Todos os entes gozam de autonomia.

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30
Q

PARA FIXAR

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
**I - **a instituição de tributos, ou a sua extinção;
**II - **a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
**III - **a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
**IV - **a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
**V - **a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa
ou redução de penalidades.

ou seja, estão estritas ao princípio da legalidade

A
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31
Q

Quando se está
instituindo um determinado tributo, quais os elementos são primordiais?

A

Fato gerador, da fixação da alíquota e da base de cálculo dos tributos.

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32
Q

PARA FIXAR

De um lado temos a lei complementar que disciplina os fatos que podem ser tributados
pelos impostos; de outro, os fatos geradores definidos na lei instituidora.

A
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33
Q

CERTO OU ERRAO

É necessário que haja definição de fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes de todas as espécies tributárias em lei complementar.

A

ERRADO! Apenas para os impostos que deve ser exigido lei complementar para versar sobre fato gerador, base de cálculo e respectivos contribuintes.

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34
Q

CERTO OU ERRADO

As multas, como espécie tributárias, devem ser estabelecidas obrigatoriamente por lei.

A

ERRADO! As multas devem ser estabelecidas obrigatoriamente por lei, MAS NÃO SÃO ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS.

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35
Q

Atos infralegais possuem
competência para criar penalidades?

A

NÃO!

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36
Q

No que consistem as medidas provisórias?

A

Atos normativos temporários, com força de lei, expedidas pelo Chefe do Poder Executivo e que podem ou não virem a ser convertidas em lei.

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37
Q

As Medidas Provisórias podem tratar de matérias tributária?

A

SIM! Desde que não seja sobre matérias reservadas à lei complementar.

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38
Q

As Medidas Provisórias podem instituir tributos?

A

SIM!

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39
Q

No que consistem as leis delegadas?

A

É uma norma editada pelo Presidente da República no exercício de sua função legislativa atípica, sob autorização do Congresso Nacional e dentro dos limites por ele impostos e que possuem a mesma força de lei ordinária.
ou seja, é uma delegação dada pelo Congresso Nacional (e não por deputados ou senadores

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40
Q

CERTO OU ERRADO

Medidas provisórias e leis delegadas são leis temporárias e com força de lei ordinária.

A

ERRADO! Ambas possuem força de lei ordinária mas apenas a medida provisória é temporária.

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41
Q

É possível o Poder Executivo introduzir normas tributárias por meio de leis delegadas?

A

SIM! Desde que não sejam temas reservados à lei complementar.

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42
Q

No que consistem as resoluções?

A

São atos normativos com força de lei, emanados pelo Poder Legislativo, sem qualquer participação do Executivo.
denominada de “leis sem sanção” pela doutrina

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43
Q

PARA FIXAR

A
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44
Q

Quem possui competência para editar leis delegadas?

A

O Congresso Nacional, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados.
ou seja, senado e câmara podem editar leis delegadas de forma independente

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45
Q

Qual instituto normativo é utilizado para aprovar a delegação ao Presidente de República para leis delegadas?

A

As resoluções.

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46
Q

Quais as normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos?

A

1) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

2) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;

3) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;

4) os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

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47
Q

No que consistem os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas?

A

São normas secundárias, de caráter geral e abstrato, apenas para orientar contribuintes ou instruir servidores públicos na realização de atos e procedimentos relativos a tributos.
São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos.

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48
Q

Pode haver hierarquia entre os atos normativos administrativos?

A

SIM! A depender do grau hierárquico da autoridade que os expediu.

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49
Q

São exemplos dos atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas:

A

as portarias ministeriais e as instruções normativas, as ordens de serviço, os pareceres normativos, atos declaratórios normativos etc.

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50
Q

Os atos normativos vinculam o Poder Judiciário?

A

NÃO! São meramente administrativos.

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51
Q

Com base nos princípios do contraditório e da ampla defesa, na administração tributária existem órgãos administrativos, cuja função é julgar as impugnações dos contribuintes frente às imposições tributárias.

Em regra, quais efeitos possuem as decisões desses órgãos em relação aos contribuintes?

A

Em regra, produzem efeitos concretos (não são abstratas) em relação a contribuintes determinados (não são gerais).
Porém, como exceção, é possível que a lei atribua eficácia normativa de caráter geral e abstrato.

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52
Q

CERTO OU ERRADO

A regra é que as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa não possuem eficácia normativa, salvo por expressa previsão legal.

A

CERTO!

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53
Q

O que são as práticas, reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas?

A

Os usos e costumes por ela adotados, ou seja, praxe administrativa.

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54
Q

CERTO OU ERRADO

Os usos e costumes adotados por autoridades administrativas poderão ter finalidade normativa.

A

ERRADO! Possuem apenas finalidade interpretativa. Não podem introduzir novas normas nem revogar as existentes.

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55
Q

Em que situações, se tratando de matérias tributária, ocorrem a utilização dos usos e costumes?

A

Quando determinada norma é interpretada pela autoridade administrativa num sentido, e os contribuintes seguem tal
entendimento como correto.

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56
Q

No que consistem os convênios?

A

Também chamados de ajustes de cooperação ou colaboração, são atos infralegais, acordos firmados pelos Poderes Executivos, na busca do aprimoramento das atividades de fiscalização e arrecadação tributária.

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57
Q

CERTO OU ERRADO

É necessário aprovação do Poder Legislativo para que haja celebração de convênios.

A

ERRADO! É ato dos Poderes Executivos e não precisam de aprovação.

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58
Q

Os convênios fiscais podem ser celebrados com quais objetivos específicos?

A

1) Permuta de informações entre os entes federados (ler art. 199 do CTN);
2) Reconhecimento de extraterritorialidade da legislação tributária (ler art. 102 do CTN);
3) Uniformização de procedimentos (obrigações acessórias)

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59
Q

Os convênios celebrados entre pessoas políticas são os mesmos que os Estados celebram no âmbito do CONFAZ, relativamente ao ICMS?

A

NÃO! Os convênios do ICMS, realizados no âmbito do CONFAZ são atos normativos primários, inovando a ordem jurídica.

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60
Q

CERTO OU ERRADO

Embora os convênios do ICMS sejam atos normativos primários, não se confundem com as leis.

A

CERTO! Os convênios não são editados pelo Poder Legislativo.

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61
Q

PARA FIXAR

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que
a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição
de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de
cálculo do tributo.

A
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62
Q

A vigência da legislação tributária pode ser dividida em dois tipos. Quais são?

A

Temporal e espacial.

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63
Q

No que consiste a vigência da legislação tributária temporal?

A

No estudo da legislação no tempo, quando uma lei começa a vigorar.

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64
Q

No que consiste a vigência espacial da legislação tributária?

A

Ao território onde incidirá a legislação tributária.

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65
Q

Por que diz-se que uma lei é presumidamente válida (presunção de validade)?

A

Porque essa lei pode ser contestada a qualquer tempo no âmbito do Poder Judiciário.

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66
Q

Art. 8º. A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento.

Qual a exceção à essa regra?

A

As leis de pequena repercussão que conterão “entra em vigor na data de sua publicação”.

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67
Q

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país depois de quanto tempo?

A

Quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

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68
Q

Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

Qual o nome dado a esse período entre a publicação da lei e sua vigência?

A

Vacatio legis.

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69
Q

§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia em quanto tempo?

A

Três meses depois de oficialmente publicada.

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70
Q

Pode ocorrer aplicação da lei brasileira no exterior por meio de tratado internacional?

A

Sim, é possível!

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71
Q

CERTO OU ERRADO:

Segundo a LINDB, a obrigatoriedade de aplicação da lei brasileira no exterior, quando admitida, cumpre o princípio da noventena, ou seja, a lei começa a vigorar 90 dias após sua publicação.

A

ERRADO! Segundo a LINDB, a lei começa a vigorar 3 MESES depois e não 90 dias.

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72
Q

Terminado o prazo conhecido por vacatio legis, período este que se configura entre a publicação da lei e sua vigência, se houver, a lei já produz efeitos, ou seja, a lei é eficaz?

A

Em regra, SIM!

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73
Q

CERTO OU ERRADO

Quando se trata de tributos, a norma vigente sempre será eficaz.

A

ERRADO! Nem sempre a lei vigente é eficaz, tendo em vista que a maioria dos tributos estão sujeitos ao princípio da noventena ou anterioridade ou aos dois, cumulativamente.

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74
Q

A Lei X, que dispõe sobre a majoração das alíquotas do ITR, foi publicada em 15 de dezembro de 2024, nada dispondo sobre o início da sua vigência.
A partir de que data essa lei entrará em vigor?

A

Como a lei é omissa em relação à vigência, 45 dias após a sua publicação, ou seja, 29 de janeiro de 2025.
Devemos seguir a regra geral da LINDB

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75
Q

CERTO OU ERRADO

A Lei X, que dispõe sobre a majoração das alíquotas do ITR, foi publicada em 15 de dezembro de 2024, nada dispondo sobre o início da sua vigência.
Seguindo a regra geral da LINDB, essa lei terá eficácia no dia 29 de janeiro de 2025.

A

ERRADO! A lei apenas entrará em vigor no dia 29 de janeiro, mas como se submete aos princípios da noventena e anterioridade, só terá seus efeitos conhecidos depois de 90 dias da publicação, ou seja, em 15 de março de 2025.

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76
Q

CERTO OU ERRADO:

Vacatio legis é o período entre a vigência e a produção de efeitos.

A

ERRADO! Vacatio legis é o período entre a publicação da lei e a vigência.

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77
Q

A lei pode ser vigente mas não ser eficaz?

A

SIM!

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78
Q

PARA FIXAR

A regra é: norma vigente, norma eficaz. Contudo, quando se trata de instituição ou majoração de tributos, nem sempre a lei vigente é eficaz, tendo em vista que a maioria dos tributos estão sujeitos ao princípio da noventena ou anterioridade ou aos dois, cumulativamente. Não se esqueça também de que o conceito de eficácia está intimamente relacionado à produção de efeitos.

A
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79
Q

Há a possibilidade de uma lei ser eficaz mas não mais vigente?

A

SIM! A autoridade fiscal deve
levar em consideração a lei que estava vigente na data da ocorrência do fato gerador, ainda que a lei tenha sido posteriormente revogada.

ex: ocorreu o fato gerador na data 22/03/2023. Em 2024 passou a viger outra lei, revogando a passada. Acontece se o tributo do fato gerador de 22/03/2023, o lei revogada será eficaz pois o tributo será lançado de acordo com a lei vigente na data do fato gerador

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80
Q

Se no momento da ocorrência do fato gerador a alíquota do tributo era 10%, e no momento do lançamento a lei que estipulava a alíquota de 10% já tenha sido revogada, sendo a alíquota do tributo majorada para 15%, qual prevalecerá?

A

A de 10% pois era a lei no dia do fato gerador.

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81
Q

Como é denominada a possibilidade de uma lei não estar vigente mas ainda assim produzir efeitos?

A

Ultratividade da lei tributária.

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82
Q

A vigência e eficácia de uma norma está relacionada à que?

A

A vigência à sua validade formal, ao passo que a eficácia se relaciona à validade social.

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83
Q

No tocante às leis que necessitam de regulamentação por decreto para que produzam efeitos, quando essas leis terão sua eficácia observada?

A

Após a entrada em vigor do respectivo decreto ou regulamento.

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84
Q

Art. 103. Salvo disposição em contrário, quando entram em vigor os atos normativos?

A

Na data de sua publicação.
todas as regras elencadas nos incisos do art. 103 são aplicáveis, salvo disposição em contrário.

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85
Q

Art. 103. Salvo disposição em contrário, quando entram em vigor s decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, quanto a seus efeitos normativos?

A

30 dias após sua publicação.
todas as regras elencadas nos incisos do art. 103 são aplicáveis, salvo disposição em contrário.

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86
Q

Art. 103. Salvo disposição em contrário, quando entram em vigor os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios?

A

Na data neles prevista.
todas as regras elencadas nos incisos do art. 103 são aplicáveis, salvo disposição em contrário.

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87
Q

Quando as práticas, reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas (usos e costumes) entram em vigor?

A

Não há data específica, entrarão em vigor assim que se caracterizarem como praxe administrativa.

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88
Q

Qual efeito se verificará se a lei atribuir eficácia normativa às decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa?

A

Ocorrerá o duplo efeito delas. Em primeiro lugar, o contribuinte é afetado; em segundo, os que se
enquadrarem na situação objeto da decisão.

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89
Q

PARA FIXAR

Relativamente aos convênios celebrados entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a vigência será na data neles prevista.
O art. 103 não é aplicável justamente “salvo disposição em contrário”.
Como as disposições específicas deixaram uma “brecha”, se aplica a regra da LINDB, que estabelece o prazo de 45 dias, contados da publicação oficial.

A
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90
Q

Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:

A

I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.

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91
Q

Atualmente, quais os impostos que incidem sobre patrimônio ou renda?

A

IR, ITR, IGF, IPVA, ITCMD, IPTU e ITBI.

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92
Q

No que consiste a vigência de uma lei tributária no espaço?

A

Aos limites territoriais da incidência dessa norma.

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93
Q

Sobre o princípio da territorialidade, onde uma lei editada em Pernambuco, ou seja, uma lei estadual, poderá produzir efeitos?

A

Somente em Pernambuco.

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94
Q

Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no
País, fora dos respectivos territórios em que que situações?

A

Que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.

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95
Q

Se a pessoa jurídica de direito público se constituir pelo desmembramento territorial de outra, quais leis serão válidas nesse território?

A

Essa PJ de direito público subroga-se nos direitos desta, ou seja, as leis do território desmembrado valera para ela até que entre em vigor a sua própria.

O dispositivo retrata a possibilidade de haver a extraterritorialidade da legislação tributária quando
houver desmembramento territorial, para se criar um novo ente político. Nesse caso específico, o CTN
prevê que o “ente novo” aplique, salvo disposição de lei em contrário, a legislação do município que foi
desmembrado até que a sua entre em vigor.

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96
Q

O decreto expedido pelo Presidente da República alterando a alíquota do imposto sobre importação de produtos estrangeiros entra em vigor a partir de que data?

A

Na data de sua publicação.

A majoração do II é exceção aos princípios da legalidade, da anterioridade e da noventena

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97
Q

PARA FIXAR

Como ato administrativo, o decreto está sempre em situação inferior à da lei e, por isso mesmo, não a pode contrariar. O decreto geral tem, entretanto, a mesma normatividade da lei, desde que não ultrapasse a alçada regulamentar de que dispõe o Executivo.

A
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98
Q

O que vem a ser aplicação da legislação tributária?

A

Trata-se de identificar a norma que será aplicada a cada caso concreto.

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99
Q

A aplicação da legislação tributária é uma tarefa destinada a quem, especificamente?

A

Ao aplicador da lei, que pode ser tanto autoridade administrativa quanto a judiciária.

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100
Q

PARA FIXAR

Art. 105 - A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completo nos termos do artigo 116 (ocorrência do fato gerador).

A
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101
Q

O que são fatos geradores pendentes?

A

Aqueles que já tiveram início mas que ainda não estão concluídos.
o seu ciclo já começou e está em formação, e quando vier a concretizar, deverá respeitar os efeitos da legislação tributária como o fato gerador futuro.

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102
Q

PARA FIXAR

O exemplo mais claro que podemos trazer no momento, para explicar os fatos geradores pendentes,
sem nos aprofundarmos no estudo do fato gerador, é o imposto de renda, cujo fato gerador é concluído em
uma determinada data do ano, sendo fruto de diversos fatos isolados (diversos rendimentos) ocorridos no decorrer desse período.
Há quem defenda a incompatibilidade da aplicação da legislação tributária aos fatos geradores pendentes, com base no argumento de que há colisão com o princípio da irretroatividade. Todavia, o art.
105 do CTN deve ser considerado correto, para fins de prova de concurso público.

A
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103
Q

Qual o marco temporal para definir o princípio da irretroatividade?

A

A vigência da lei.

104
Q

Quais as exceções ao princípio da irretroatividade?

A

Na CF/88 não há nenhuma possibilidade. O CTN dispõe de duas possibilidades: lei interpretativa e lei mais benigna ao infrator.

105
Q

PARA FIXAR

A regra é a irretroatividade. A lei só pode retroagir para interpretar ou beneficiar o infrator

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

Ou seja, tal interpretação não pode ter o objetivo de punir o
contribuinte.

A
106
Q

O que seria uma lei interpretativa e em que hipótese ela vem a ser editada?

A

São leis que contêm dispositivos que geram diversas interpretações. Nesses casos, normalmente o contribuinte busca auxílio ao Judiciário, que emite decisões sobre qual interpretação deve prevalecer. No entanto, tais decisões somente possuem efeitos inter partes (ou seja, somente entre as partes que compõem a lide). Nesse momento, o Poder Legislativo tem nas mãos o poder de resolver as controvérsias, editando uma nova lei que com o único objetivo de trazer uma interpretação uniforme à lei controversa.

107
Q

Como é denominada a interpretação de uma lei, sendo feita por intermédio de outra lei?

A

Interpretação autêntica.

108
Q

Quando a lei for interpretativa, haverá inovação no ordenamento jurídico?

A

NÃO! A lei interpretativa possui apenas efeitos inter partes.

109
Q

Na lei interpretativa, como não há modificação, e sim interpretação, como essa lei retroagirá?

A

Retroagirá à data da lei interpretada, produzindo efeitos desde então, como se fosse a própria lei interpretada.

110
Q

CERTO OU ERRADO

A lei expressamente interpretativa pode interferir nas decisões finais no âmbito do Poder Judiciário.

A

ERRADO! Caso a lei interpretativa só venha surgir após uma apreciação judicial
transitada em julgado, não é possível haver alteração da decisão, tendo em vista a preservação da coisa
julgada.

111
Q

Se o contribuinte deixou de pagar certo tributo, por conta da dúbia interpretação da legislação tributária, a lei interpretativa posterior pode acarretar em aplicação de penalidade?

A

NÃO! A lei posterior pode dirimir as dúvidas, fazendo o contribuinte pagar os tributos devido, mas aplicação de penalidade é vetado pelo inciso I desta lei

112
Q

A lei expressamente interpretativa interfere nas decisões finais no
âmbito do Poder Judiciário?

A

NÃO!

113
Q

Quando a lei aplica-se a ato ou fato pretérito tratando-se de ato não definitivamente julgado?

A

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

114
Q

CERTO OU ERRADO

A retroatividade da lei mais benigna sobre penalidades e
infrações tributárias não alcança os atos definitivamente julgados.

A

CERTO!

115
Q

PARA FIXAR

Os atos só podem ser considerados definitivamente julgados no âmbito do Judiciário.

A
116
Q

CERTO OU ERRADO

Pode ser aplicada retroativamente a lei que reduza ou extinga multa punitiva ou até mesmo multa moratória.

A

CERTO!

117
Q

No que consiste o Direito Tributário Penal?

A

Às sanções administrativas em matéria tributária.
aos crimes, por exemplo, contra a ordem tributária, sendo puníveis, inclusive, com pena privativa de liberdade.

118
Q

CERTO OU ERRADO:

O Direito Tributário Penal pode ser lido como Direito Penal Tributário, uma vez que a mudança na sequência das palavras não mudará o sentido da matéria.

A

ERRADÍSSIMO! O Direito Tributário Penal trata das sanções administrativas em matéria tributária.
O Direito Penal Tributário trata dos crimes, por exemplo, contra a ordem tributária, sendo puníveis, inclusive, com pena privativa de liberdade.

119
Q

CERTO OU ERRADO

Em todas as previsões de aplicação retroativa da lei tributária, fala-se em infrações e penalidades.

A

CERTO!

120
Q

Lei posterior que venha reduzir as alíquotas de determinado tributo pode ser aplicada retroativamente, sob o argumento de beneficiar o contribuinte?

A

NÃO! Nesse caso, aplica-se a alíquota em vigor na data de ocorrência do fato gerador

121
Q

CERTO OU ERRADO

Quando uma lei deixar de definir um ato como infração, essa lei, de acordo com o CTN deverá ser aplicada a ato pretérito, desde que ainda não tenha sido definitivamente julgado.

A

CERTO!

122
Q

Como serão estabelecidas as alíquotas interestaduais ou de exportação do ICMS?

A

Será de iniciativa do Presidente da República ou 1/3 do Sendo Federal, obrigatoriamente, com aprovação por maioria absoluta da Casa.
ou seja, se trata de uma resolução

123
Q

Como serão estabelecidas as alíquotas mínimas do IPVA?

A

Obrigatoriamente de resolução do Senado Federal.

124
Q

Como será o estabelecimento de alíquotas mínimas das operações internas do ICMS?

A

Será de estabelecimento facultativo, por iniciativa de 1/3 do Senado Federal e aprovação por maioria absoluta.

125
Q

Como será o estabelecimento de alíquotas máximas das operações internas do ICMS?

A

Será de estabelecimento facultativo, por iniciativa da maioria absoluta do Senado Federal e quórum de aprovação de 2/3 dos seus membros.

126
Q

Como será o estabelecimento de alíquotas das operações interestaduais e de exportação?

A

Será de estabelecimento obrigatório do Senado Federal, por iniciativa da maioria absoluta e quórum de aprovação de 2/3 dos seus membros.

127
Q

Em relação ao estabelecimento de alíquotas interestaduais e de exportação?

A

Será de estabelecimento obrigatório, por iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 do Senado Federal, com quórum de aprovação por maioria absoluta do Senado.

128
Q

No que consistem os decretos legislativos?

A

Atos normativos de competência exclusiva do Poder Legislativo, não se sujeito à sanção presidencial.

129
Q

Os decretos legislativos entram em cena em dois momentos.
Quais são?

A

Na aprovação dos tratados internacionais firmados pelo Presidente da República e no disciplinamento das relações jurídicas decorrentes de medidas provisórias não convertidas em lei.

130
Q

No que consistem os decretos-leis?

A

São atos normativos com força de lei, editados pelo Presidente da República e que foram substituídos pelas medidas provisórias na CF/88.

131
Q

Se os decretos-leis foram substituídos pelas Medidas Provisórias, porque ainda existem decretos-leis em vigor?

A

Porque foram recepcionados pela atual CF por conterem conteúdos com ela compatíveis.

132
Q

Qual a diferença entre decreto-lei e decretos?

A

Decretos-lei possuem força de lei, ao passo que os decretos, em matéria tributária, não possuem força de lei.

133
Q

Quais as etapas do procedimento de celebração dos tratados internacionais?

A

1. Negociação e Assinatura: realizadas pelo Poder Executivo.
2. Aprovação ou Referendo: aprovação (ou homologação) do Legislativo, por meio de decreto
legislativo. Este instrumento autoriza o Presidente da República a ratificar o tratado.
3. Ratificação: realizada pelo Chefe do Executivo, mediante depósito do respectivo instrumento (é nessa etapa que o Estado se compromete a cumprir o tratado a nível internacional).
4. Promulgação: edição de decreto do Presidente da República, a fim de que o conteúdo do tratado internacional passe a ter vigência interna.
5. Publicação: essencial para que o tratado produza efeitos internamente

134
Q

De acordo com o STF, em que momento os tratados e convenções internacionais produzem efeitos internamente?

A

Somente depois de percorrer todas as etapas previstas.

CUIDADO: Há internacionalistas que entendem que a incorporação dos tratados internacionais ao direito brasileiro se dá apenas mediante decreto presidencial. Se deparar com uma questão versando sobre tal assunto, tome cuidado! Se for o caso, analise as demais alternativas antes de definir a resposta

135
Q

PARA FIXAR

De acordo com o STF, os tratados e convenções internacionais só produzem efeitos internamente depois de percorrer TODAS as etapas acima previstas. É de se destacar que, para a Suprema Corte, não há exceções para os tratados realizados no âmbito do Mercosul.
Como consequência dessa obrigatoriedade, o STF decidiu que a CF/88 não consagra o princípio do efeito direto, nem o postulado da aplicação imediata dos tratados e convenções internacionais.

A
136
Q

CERTO OU ERRADO

Os tratados e as convenções internacionais podem revogar ou modificar a legislação tributária interna.

A

CERTO!

137
Q

Segundo a doutrina, em caso de conflito entre a lei interna e tratado internacional, qual lei prevalecerá?

A

O tratado internacional, pois ele excepciona norma geral (da lei interna), tornando- se a norma indiferente se anterior ou posterior.

ESSE É O ENTENDIMENTO APENAS DA DOUTRINA E NÃO DO STF

138
Q

CERTO OU ERRADO

Diante do conflito entre tratado e lei interna, resolvido em favor da norma especial, ocorrerá a revogação da lei interna.

A

ERRADO! Segundo a doutrina, haveria apenas a suspensão da eficácia da norma nacional (interna).

139
Q

CERTO OU ERRADO

Se o tratado algum dia vier a ser denunciado, deixando de produzir efeitos internos, a lei interna readquire sua eficácia e volta a produzir efeitos.

A

CERTO!

140
Q

Qual o entendimento do STF sobre os conflitos entre tratados internacionais e as leis ordinárias?

A

Segundo o STF, há paridade normativa entre os tratados internacionais e as leis ordinárias, possuindo as duas a mesma força normativa de leis ordinárias.

141
Q

Para o STF, que tipo de matéria os tratados internacionais não podem tratar?

A

Matéria reservada à lei complementar.

142
Q

PARA FIXAR

Considerar que os tratados possuem o mesmo status de lei ordinária.
Nessa concepção, se uma lei ordinária for editada posteriormente à internalização de um tratado internacional, e for com este incompatível, prevalece a lei interna.

A
143
Q

Para dirimir (solucionar) conflitos entre o ordenamento jurídico interno e o tratado internacional, quais critérios a Suprema Corte entende que devem ser utilizados?

A

Cronológico e da especialidade.

144
Q

PARA FIXAR

Súmula 575 do STF

À mercadoria importada de país signatário do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), ou membro da ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio), estende-se a isenção do imposto de circulação de mercadoria concedida a similar nacional.

Ou seja, em caso de país signatários dos tratados acima que quiserem importar mercadoria do Brasil, essa mercadoria destinada ao exterior estará livre de ICMS.

A
145
Q

CERTO OU ERRADO

É vedado ao Presidente da República conceder isenções de tributos estaduais e municipais, em razão do princípio da isenção heterônoma.

A

ERRADO! O Presidente pode conceder isenções estaduais e municipais.

146
Q

Pode o presidente da República conceder isenções de tributos estaduais e municipais, sem que se caracterize isenção heterônoma?

A

SIM!

147
Q

No que consiste os decretos?

A

Atos normativos de competência privativa do Chefe do Poder Executivo

148
Q

Quais os dois tipos de decreto?

A

Autônomo e regulamentar.

149
Q

No que consiste o decreto regulamentar?

A

Se restringe a regulamentar o conteúdo das leis, é um ato normativo secundário ou infralegal e retira seu fundamento das próprias leis.

150
Q

CERTO OU ERRADO

O decreto regulamentar se trata de ato normativo secundário mas que inova no ordenamento jurídico.

A

ERRADÍSSIMO! Se é ato normativo secundário não tem como inovar o ordenamento jurídico, instituindo obrigações e deveres.

151
Q

PARA FIXAR

O decreto é um instrumento normativo, amplamente utilizado pelo Presidente da República, para regulamentar leis tributária.

A
152
Q

No que consiste decreto autônomo?

A

É editado na ausência de previsão legal, fazendo com que inove o ordenamento jurídico. É de uso muito restrito e não pode ser usado para matéria tributária.

153
Q

PARA FIXAR

Sempre que ler “decreto” em Direito Tributário, lê-se apenas do decreto regulamentar.

Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de intepretação estabelecidas nesta Lei.

A
154
Q

CERTO OU ERRADO

Embora os decretos sejam normas secundárias, e consideradas normas secundárias pelo CTN.

A

ERRADO! Apesar de serem normas secundárias, o CTN não considera como normas complementares.

155
Q

Art. 100.
São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:

A

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

156
Q

No que consiste os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas

A

São normas secundárias de caráter geral e abstrato, com o objetivo de orientar contribuintes ou instruir servidores, na realização de atos e procedimentos administrativos relativos a tributos.

157
Q

Pode haver hierarquia entre os atos normativos expedidos pela autoridade administrativa?

A

SIM! A depender do grau hierárquico da autoridade que os expediu.

158
Q

No que consistem as portarias ministeriais?

A

São normas expedidas pelo Ministro da Fazendo e são hierarquicamente superiores às instruções normativas.
pois o Ministro da Fazenda (que edita portarias ministeriais), ocupa posição hierárquica superior ao Secretário da Receita Federal (que edita instruções normativas).

159
Q

Cite exemplos de atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas.

A

1) portarias ministeriais
2) as instruções normativas
3) ordens de serviço
4) os pareceres normativos
5) atos declaratórios normativos etc.

160
Q

CERTO OU ERRADO

Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas vinculam o Poder Judiciário.

A

ERRADO! Não vinculam.

161
Q

PARA FIXAR

Em regra, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a quem a lei atribua eficácia normativa, produzem efeitos concretos (não são abstratos) em relação a contribuintes determinados.

A
162
Q

As decisões dos órgãos de jurisdição administrativa possuem eficácia normativa?

A

Em regra, NÃO! Exceto se houver expressa disposição legal.

163
Q

O que são as práticas, reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas?

A

Os usos e costumes por ela adotados, ou seja, a praxe administrativa.

164
Q

CERTO OU ERRADO

Os usos e costumes somente podem ter finalidade
interpretativa.

A

CERTO! Não podem introduzir novas normas nem revogar aquelas que existem.

165
Q

Quando pode ser observado os usos e costumes em matéria tributária?

A

Quando determinada norma é interpretada pela autoridade administrativa num sentido, e os contribuintes seguem tal entendimento como correto

166
Q

No que consistem os convênios?

A

Também denominados ajustes de cooperação ou de colaboração, são firmados por pessoas políticas, quais sejam a União, os Estados, o DF e os Municípios, na busca pelo aprimoramento das atividades de fiscalização e arrecadação tributária.

167
Q

PARA FIXAR

Os convênios celebrados entre as pessoas políticas são atos infralegais celebrados pelo Poder Executivo.

A
168
Q

Os convênios celebrados entre pessoas políticas inovam na ordem jurídica?

A

NÃO, são atos infralegais!

169
Q

CERTO OU ERRADO

É necessário a aprovação do Poder Legislativo para a celebração de convênios entre pessoas políticas.

A

ERRADO! Não é necessário aprovação do Poder Legislativo.

170
Q

Os convênios fiscais, para que sejam celebrados, devem observar objetivos específicos.
Quais são?

A

1) Permuta de informações entre os entes federados (ler art. 199 do CTN);
2) Reconhecimento de extraterritorialidade da legislação tributária (ler art. 102 do CTN);
3) Uniformização de procedimentos (obrigações acessórias

171
Q

Os convênios celebrados entre as pessoas políticas são os mesmos que os Estados celebram no âmbito do CONFAZ relativamente ao ICMS?

A

NÃO! Os convênios do ICMS, realizados no âmbito do CONFAZ são atos normativos primários, inovando a ordem jurídica.

172
Q

PARA FIXAR

Embora os convênios do ICMS sejam atos normativos primários, não se confundem com as leis, pois não são editados pelo Poder Legislativo.

A
173
Q

PARA FIXAR

A observância das normas referidas neste artigo (normas complementares das leis, dos tratados e convenções internacionais e dos decretos) exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

Ou seja, se o contribuinte observar as normas complementares aplicáveis à sua situação, não é possível aplicar-lhe penalidades, nem cobrar juros de mora e, nem mesmo, atualizar o valor monetário da base de cálculo do tributo.

Ex: Se o contribuinte recolheu o tributo à base de prática administrativa adotada pelo fisco, eventuais diferenças devidas só podem ser exigidas sem juros de mora e sem atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

A
174
Q

CERTO OU ERRADO:

A concessão de crédito presumido relativo a quaisquer impostos somente pode ser feita mediante lei complementar.

A

ERRADO!

O art. 150, § 6º, estabelece que o crédito presumido e outros benefícios fiscais devem ser
concedidos mediante lei específica do ente federativo que detenha a competência tributária sobre o tributo objeto do benefício.

175
Q

Em determinada situação, verifica-se a necessidade de conferir tratamento tributário adequado aos atos de natureza cooperativa, praticados por sociedades cooperativas.
Nesse caso, qual o instrumento legal adequado?

A

A lei complementar.

176
Q

CERTO OU ERRADO:

De acordo com o CTN, os tratados internacionais estão compreendidos na expressão “legislação tributária”, definida no referido Código, enquanto as convenções internacionais não estão.

A

ERRADO! Segundo o CTN, tanto os tratados internacionais como as convenções internacionais estão compreendidos na expressão “legislação tributária”.

177
Q

CERTO OU ERRADO:

O contribuinte recifense que observar as decisões colegiadas de órgãos de jurisdição administrativa municipal, com ou sem eficácia normativa, não deve ser penalizado por infração à legislação tributária do Município.

A

ERRADO! Apenas decisões de órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa são normas
complementares e estão excluídas de penalidades.

178
Q

A vigência da legislação tributária se dá de duas maneiras: temporal ou espacial.
No que consiste a vigência temporal?

A

Ao estudo da legislação no tempo, isto é, quando uma lei começa a vigorar.

179
Q

A vigência da legislação tributária se dá de duas maneiras: temporal ou espacial.
No que consiste a vigência espacial?

A

Ao território onde incidirá a legislação tributária.

180
Q

CERTO OU ERRADO

Na fase final do processo de elaboração de uma lei, ocorre a promulgação e publicação desse diploma normativo. Após isso, a lei é válida.

A

ERRADO! A lei é presumidamente válida, pois pode ser contestada a qualquer tempo no Judiciário. Presume-se que a lei tenha sido elaborada seguindo-se os aspectos formais, bem como os aspectos materiais.

181
Q

Via de regra, em que comento a lei passará a ter vigência?

A

No momento em que a lei começa a impor as suas regras aos destinatários.

182
Q

PARA FIXAR

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.

A
183
Q

CERTO OU ERRADO

É permitido a lei traga uma cláusula” entra em vigor na data de sua publicação” que estabelece a vigência imediata, a partir da data de publicação da lei.

A

CERTO!

184
Q

LINDB Art. 1º
Salvo disposição contrária, depois de quanto tempo de publicada a lei começa a vigorar em todo o país?

A

Quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

185
Q

LINDB Art. 1° § 1º
Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, a lei começa a vigorar a partir de quanto tempo depois de oficialmente publicada?

A

Três meses depois (não é 90 dias).

186
Q

Caso seja instituída uma lei que seja omissa quanto à sua vigência, em que data essa lei entrará em vigor?

A

45 dias após a oficial publicação.

187
Q

A possibilidade de aplicação da lei brasileira no exterior pode ocorrer por meio de tratado
internacional?

A

SIM!

188
Q

A LINDB é aplicável ao Direito Tributário?

A

SIM!

189
Q

No caso de não haver coincidência entre a data de publicação da lei e o início de sua vigência, como é denominado intervalo temporal?

A

vacância da lei ou vacatio legis.

190
Q

Terminado o prazo conhecido por vacatio legis, se houver, a lei já produz efeitos, ou seja, a lei é eficaz?

A

Com a vigência, em regra, a lei produz efeitos.

191
Q

PARA FIXAR

A interpretação de uma norma trata-se de uma atividade que visa a compreender o conteúdo da norma e o seu alcance, isto é, entender o pensamento do legislador, quando da elaboração da lei.

A
192
Q

Como é chamada a atividade de interpretação de uma norma?

A

Exegese.

193
Q

Qual o nome dado à ciência que estuda as normas?

A

Hermenêutica.

194
Q

Todas as normas devem ser interpretadas?

A

SIM!

195
Q

O que signigica “brocardo in claris cessat interpretatio”?

A

A expressão significa “as normas claras não precisam ser interpretadas”, que não existe no Brasil.

196
Q

PARA FIXAR

É necessário analisar os principais modos de interpretação das leis em geral, com base na:
- fonte que promove a interpretação
- nos modos pelos quais a interpretação é feita e nos
- efeitos produzidos pela interpretação.

A
197
Q

A interpretação de uma norma, quanto à sua fonte, possui quatro classificações.
Quais são?

A
  • Autêntica
  • Doutrinária
  • Judicial ou jurisprudencial
  • Executiva ou administrativa
198
Q

No que consiste a interpretação autêntica?

A

Quando o mecanismo da interpretação das leis é realizado pelo próprio Poder Legislativo. Ou seja, uma lei posterior é editada com a finalidade de interpretar outra lei.

199
Q

No que consiste a interpretação Judicial ou jurisprudencial?

A

Interpretação feita pelos juízes e tribunais de um país, no âmbito do Poder Judiciário.

200
Q

No que consiste a jurisprudência?

A

Reiteradas decisões no mesmo sentido sobre determinado assunto.

201
Q

No que consiste a interpretação Executiva ou Administrativa?

A

Interpretação do Poder Executivo ao exercer sua função de aplicar a lei.

202
Q

A interpretação executiva pode ser realizada por que meios?

A

1) Atos normativos (instruções normativas, decretos e portarias
2) atos concretos (jurisdição administrativa e lançamento tributário)

203
Q

No que consiste a interpretação Doutrinária?

A

Intepretação levada a cabo pelos estudiosos do direito, e expressada por intermédio de artigos, livros ou revistas

204
Q

A interpretação de uma norma, quanto aos modos ou métodos, possui quatro classificações.
Quais são?

A
  • Gramatical (literal)
  • Sistemática (sistêmica)
  • Histórica
  • Teleológica
205
Q

No que consiste a Interpretação Gramatical (literal)?

A

Leva em consideração apenas o sentido das palavras do texto legal, ignorando os demais aspectos.

206
Q

No que consiste a interpretação Sistemática (ou sistêmica)?

A

Leva em consideração todo o ordenamento jurídico vigente, em vez de só observar o texto legal. Como consequência, deve-se respeitar as normas de hierarquia superior.

207
Q

No que consiste a interpretação Histórica?

A

Visa entender a intenção do legislador, ao criar a norma, com base no contexto cultural, social, político e econômico da época em que foi editada. Considera-se a evolução dos conceitos ao longo do tempo.

208
Q

No que consiste a interpretação Teleológica?

A

Busca a finalidade da norma, isto é, os objetivos que o legislador possuía ao criar a norma.

209
Q

Os critérios de interpretação da norma podem ser cumulativos?

A

SIM!

210
Q

Os critérios de interpretação da norma possuem hierarquia?

A

NÃO!

211
Q

Nem sempre o legislador diz (insere no texto) exatamente o que queria dizer (sua intenção). Nesses casos, pode ocorrer de o texto dizer menos ou mais do que deveria ser dito.

Quando o legislador diz menos do que era sua real intenção, o intérprete da lei necessita realizar:

A

interpretação extensiva ou ampliativa.

212
Q

Nem sempre o legislador diz (insere no texto) exatamente o que queria dizer (sua intenção). Nesses casos, pode ocorrer de o texto dizer menos ou mais do que deveria ser dito.

Quando o legislador extrapola o que realmente pretendia dizer – cabe ao intérprete, percebendo a situação, realizar a:

A

interpretação restritiva, ou seja, restringe-se o conteúdo exposto na norma.

213
Q

Há casos em que o interpretador da lei chega à conclusão de que o que foi expresso na lei
condiz com a intenção real do legislador, que faz com que a interpretação seja:

A

declaratória, isto é, sem ajustes ampliativos ou restritivos.

214
Q

A respeito da interpretação, o CTN estabeleceu duas maneiras específicas de se interpretar a
legislação tributária:

A

interpretação literal e interpretação benigna em matéria de infrações.

215
Q

O CTN também disciplina a utilização dos princípios e conceitos do _______ _______ na
seara tributária.

A

direito privado

216
Q

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

A

I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

217
Q

A suspensão do crédito tributário, em síntese, é a:

A

suspensão temporária da possibilidade de o fisco exigira dívida tributária do contribuinte.

218
Q

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da _________ _________ cujo crédito seja ________, ou dela ____________.

A

I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.

obrigação tributária / suspenso ou dela consequentes

219
Q

A exclusão do crédito tributário, prevista no art. 175 do CTN, suas hipóteses são apenas duas:

A

isenção e anistia.

220
Q

A exclusão de crédito tributário por isenção ou anistia caracterizam-se pela dispensa __________ do pagamento do tributo objeto do benefício fiscal.

A

definitiva

221
Q

Cabe destacar que, sendo a regra o cumprimento de todas as obrigações acessórias previstas na legislação tributária, a dispensa do cumprimento de tais obrigações, por ser exceção, deve ser
interpretada:

A

literalmente.

222
Q

As obrigações acessórias têm caráter pecuniário?

A

NÃO!

223
Q

A interpretação literal não pode impedir o
aplicador da lei (a autoridade fiscal, por exemplo) de valer-se de uma equilibrada ponderação dos
elementos:

A

lógico-sistemático, histórico e finalístico ou teleológico.

224
Q

O CTN direciona suas regras em favor do acusado, adotando o princípio “in dubio, pro reo”, que significa:

A

(na dúvida, interpreta-se em favor do acusado)

225
Q

A mesma observação, feita em relação à aplicação retroativa das leis sobre penalidades, aplica-se na interpretação mais benigna em favor do acusado, mas apenas se for a interpretação em favor do acusado só se faz
possível em matéria de infrações.

A
226
Q

A mesma observação, feita em relação à aplicação retroativa das leis sobre penalidades, aplica-se na interpretação mais benigna em favor do acusado, mas apenas se for:

A

em matéria de infrações

227
Q

Se houver alguma dúvida sobre a aplicação de alíquota de determinado tributo deve se interpretar em favor do acusado?

A

NÃO! Não deve interpretar nem em favor do acusado e nem em favor do fisco.

228
Q

Incidência de juros não pode ser considerada uma:

A

penalidade.

229
Q

Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da
maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

A

I - à capitulação legal do fato
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus
efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

De acordo com o STJ, não havendo dúvida, este art. do CTN não pode ser aplicado!

230
Q

Interpretação do Prof. Luciano Amaro:

“De qualquer modo, o princípio in dúbio pro reo, que informa o preceito codificado, tem uma aplicação ampla: qualquer que seja a dúvida, sobre a interpretação da lei punitiva ou sobre a valorização dos fatos concretos (se ele realmente cometeu a infração) efetivamente ocorridos, a solução há de ser a mais favorável ao _______.”

A

acusado

231
Q

Há nenhum dispositivo no CTN que prevê a interpretação da legislação tributária em favor do fisco?

A

NÃO!!

232
Q

Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da _________, do
________ e do _______ de seus __________, _________ e ______, mas não para definição dos ___________ _______ __________.

A

da definição, conteúdo e do alcance de seu institutos, conceitos e formas / respectivos efeitos tributários

233
Q

Os princípios gerais do Direito Privado podem ser usados para para definir efeitos tributários?

A

NÃO! Isso cabe às leis tributárias.

234
Q

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela ___________ _______, pelas _____________ ___ _______, ou pelas ____ _________ do ________ _______ ou dos __________, para _______ ou _______ competências tributárias.

A

Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar

235
Q

Só quem define ou limita as competências
tributárias é a:

A

Constituição Federal, apenas

236
Q

as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas do
DF ou dos Municípios podem definir ou limitar competências tributárias?

A

NÃO! Apenas a Constituição Federal.

237
Q

O art. 110 do CTN permite inferir que os institutos, conceitos e formas de Direito Privado não previstos na CF/88 podem ser _________ pela __________ __________.

A

alterados pela legislação tributária

238
Q

Pode o aplicador da lei (o juiz ou a autoridade fiscal) não pode deixar de solucionar o caso concreto, alegando que não há lei que regule especificamente aquela situação. Então dele deve:

A

suprir a lacuna da lei, utilizando-se a técnica prevista na própria lei, denominada integração. Trata-se de criar uma solução para casos ainda não previstos na lei.

239
Q

Diz-se que a integração tem efeito ____________ das leis.

A

constitutivo

240
Q

Qual a diferença entre interpretação e integração das leis?

A

Na interpretação, o objetivo é descobrir o que determinado dispositivo legal quer dizer. Ou seja, a norma existe.
Na integração, o objetivo é suprir determinada lacuna que não foi prevista pelo legislador. Por conseguinte, não existe norma específica sobre o caso.

241
Q

Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:

INTEGRAÇÃO DAS LEIS

A

I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a equidade.

observe que o legislador utilizou a palavra “sucessivamente”, o que vincula o aplicador da lei, ao realizar a integração da legislação tributária, respeitar a ordem das modalidades de integração, conforme disposto no art.

242
Q

Na ausência de disposição expressa, o emprego da analogia não poderá resultar na:

Adaptação do Art. 108 § 1°

A

exigência de tributo não prevista em lei

243
Q

Na ausênca de disposição expressa, o emprego da eqüidade não poderá resultar na:

Adaptação do Art. 108 § 2°

A

dispensa do pagamento de tributo devido.

244
Q

PARA LEMBRAR

O CTN é a regra específica e, portanto, a que prevalece no âmbito do Direito Tributário.
Portanto, o que você deve memorizar para prova é o art. 108 do CTN, e não a LINDB.

A

.

245
Q

A analogia, pautada no __________ __ ________, que tem por objetivo encontrar _____ ________ que se aplique a _____ ___________ ao que não foi previsto.

A

A analogia, pautada no princípio da isonomia, que tem por objetivo encontrar normas jurídicas que se aplique a casos semelhantes ao que não foi previsto.

246
Q

Cite alguns dos princípios gerais do Direito Tributário:

A

capacidade contributiva, o não confisco, a não limitação ao tráfego de pessoas e bens…

247
Q

Cite exemplo do princípios gerais do Direito Público:

A

contraditório e ampla defesa.

248
Q

O conceito de equidade está intimamente relacionado à:

A

justiça.

249
Q

Há discricionariedade na escolha das modalidades de integração?

A

NÃO! É necessário obedecer a ordem prevista no art. 108 do CTN.

250
Q

É possível utilizar esse instrumento integrativo para tributar algo que não foi previsto expressamente como fato gerador?

A

NÃO!

251
Q

O STJ já decidiu que não cabe a extensão de isenção tributária a:

A

outra situação não prevista na lei isentiva, com base no uso da analogia.

252
Q

Pode o aplicador da lei, unicamente com base nas técnicas integrativas, dispensar o tributo devido?

A

NÃO! Faz-se necessária a edição de uma lei para impedir a cobrança do tributo. O aplicador não pode achar que a decisão mais justa dispensar o tributo devido.

253
Q

Com relação à interpretação e à integração da legislação tributária, é correto afirmar que é vedado o uso da analogia para instituir:

A

contribuições sociais não previstas em lei.

254
Q

CERTO OU ERRADO:

A interpretação da legislação tributária a partir dos princípios gerais de direito privado é realizada para identificar o conceito, o conteúdo e o alcance dos institutos de direito privado, determinando, assim, a definição dos respectivos efeitos tributários.

A

De modo contrário ao exposto na questão, o art. 109, do CTN, determina que os princípios
gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.

255
Q

O art. 112, do CTN, prevê que a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

A

I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.