Hemorragia digestiva alta não varicosa Flashcards

1
Q

Definição de HDA

A

Até o ângulo de Treitz
Mortalidade 10%
3 vezes mais frequentes que a baixa
Maioria dos casos pacientes > 60 anos

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2
Q

Manifestações clínicas

A

Hematêmese
Melena 50 a 100 ml
Enterorragia > 1000 ml
Sinais de perda volêmica

Quadro agudo - choque hipovolêmico
Quadro crônico - anemia ferropriva

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3
Q

Uso da SNG no diagnóstico

A

Não é considerado diagnóstico (falso negativo)
- Sangue vivo → grande quantidade
- Presença de bile → exclui sangramento alto
- Sem efluente ou suco gástrico → não exclui
Se for realizar lavagem NÃO utilizar soro GELADO

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4
Q

Reposição sanguínea

A

Choque grau III - tipo específico com prova cruzada
Choque grau IV - protocolo de reposição maciça

Plaquetas - valores < 50 mil → 1 un/Kg

Plasma fresco - levar RNI até 1,5 → 10 a 20 ml/Kg

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5
Q

Terapia medicamentosa

A

IBP - Omeprazol 40mg 12/12h
- Inibidores dos receptores H2 (alergia a IBP)

Drogas vasoativas (vasoconstritor esplâncnico - principalmente na hemorragia varicosa)

  • Terlipressina - bolus 2mg IV 4/4h
  • Octreotide - bolus 100μg depois 50μg/h
  • Somatostatina bolus 250μg depois 250 a 500μg/h
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6
Q

EDA

A

Estabilização → EDA nas primeiras 12h

Não estabilização → EDA imediata

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7
Q

Epidemiologia não varicosa

A

Úlcera gastroduodenal - 60%
Lesões agudas da mucosa gastroduodenal - 10 a 15%
Mallory-Weiss 5%

Outras: neoplasias, esofagite, Dieulafoy, anomalias vasculares, pólipos, hemobilia, fístula duodenal, fístula aortoduodenal, ectasia vascular antral

80% cessam espontaneamente
14% retornam a sangrar nas 24 a 72h iniciais
Mortalidade de 6 a 8%

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8
Q

Posições críticas e tamanho

A

Pequena curvatura alta - artéria gástrica esquerda

Duodenal de parede posterior - artérias gastroduodenal

Maiores que 2 cm de diâmetro
Úlceras profundas

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9
Q

Hemostasia por EDA

A

Químico

  • Adrenalina, álcool, etanolamina
  • Polidocanol, trombina, cola fibrina
  • Cianoacrilato e glicose 50%

Térmico: Eletrocoagulação, plasma de argônio, laser

Mecânico: hemoclip, ligadura elástica

Novidade: talco hemostático (Hemospray)

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10
Q

Repetição da EDA

A

Sem indicação de forma rotineira

Indicações:
- Biópsia não realizada inicialmente com pesquisa de H. pylori

Fatores de ressangramento - Escore Rockall

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11
Q

Escore de Rockall

A

Idade, pulso, PAS, comorbidades, EDA

De 0 a 3 em cada item exceto EDA e pulso

Baixo ≤ 2 - ressangramento <5%
Médio 3 a 7 - ressangramento 14%
Alto ≥ 8 - ressangramento 52%

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12
Q

Forrest - IA

A

Sangramento em jato

Ressangramento > 50%

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13
Q

Forrest - IB

A

Sangramento em babação

Ressangramento 20 a 30%

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14
Q

Forrest - IIA

A

Coto vascular visível

Ressangramento 30 a 50%

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15
Q

Forrest - IIB

A

Coágulo vermelho

Ressangramento 5 a 10%

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16
Q

Forrest - IIC

A

Coágulo branco

Ressangramento < 5%

17
Q

Forrest - III

A

Lesão cicatrizada sem sinais recentes de sangramento

Ressangramento < 5%

18
Q

Indicações de cirurgia

A

Falha na 2ª EDA
Persistência da instabilidade hemodinâmica
Hemotransfusão maciça (≥ volemia calculada)
Idade > 60 anos
Comorbidades
Úlceras de difícil acesso por EDA

19
Q

Tratamento cirúrgico da úlcera duodenal

A

Ulcerorrafia
Cirurgia ácido redutora
- Vagotomia + antrectomia
- Vagotomia + piloroplastia

20
Q

Mallory Weiss

A

Vômitos de repetição e sangramento
Etilistas, hiperêmese gravídica, pós-QxT
5% dos casos de HDA (esôfago distal)
IBP e tratamento dos vômitos normalmente resolvem

21
Q

Lesão de Dieulafoy

A
Principal causa de HDA com EDA normal
Anomalia ARTERIAL na submucosa
Corpo alto e fundo gástrico
Arteriografia
Possibilidade de ressecção cirúrgica
22
Q

Anomalias vasculares

A
Qualquer lugar do TGI
Telangiectasias isoladas (↑ IRC)

Telangiectasias hereditárias (Síndrome de Osler-Weber-Rendu)

Possibilidade de outras causas de sangramento associadas

23
Q

Esofagite erosiva

A

Refluxo GE crônico → anemia

Raramente causa hemorragias agudas graves

Úlcera de Cameron

TTO: correção cirúrgica do RGE

24
Q

Úlcera de Cameron

A

Úlcera presente dentro da hérnia hiatal

25
Q

Gastrite erosiva

A

Causa incomum de sangramento → perdas crônicas com anemia
Associado a AINEs, álcool, estresse (pacientes graves)
TTO sangramento maciço → IBP + arteriografia
Se falência do tratamento → gastrectomia total (exceção)

26
Q

Neoplasia gástrica maligna

A

1% das hemorragias digestivas

Maior propensão em lesões ulceradas

Neoplasia gástrica precoce (apresentação mais comum)

27
Q

Hemobiliar

A

Trauma ou neoplasia
Tríade de Sandblom
Arteriografia e embolização

28
Q

Tríade de Sandblom

A

Icterícia, sangramento e dor no HD

29
Q

Hemosuccus pancreaticus

A

Sangramento de origem pancreática, relacionado a traumas.

30
Q

Fístulas aortoentéricas

A

Associado a aneurismas e cirurgias vasculares anteriores

Geralmente ocorre sangramento sentinela antes do maciço

A fístula mais comum é a aortoduodenal (80%)

31
Q

Ectasia vascular antral

A

Estômago em melancia

Proeminência de capilares da mucosa antral

Atrofia da mucosa antral
Mulheres idosas com anemia ferropriva

Ablação endoscópica e eventualmente antrectomia