Cirurgia do Trauma Flashcards

1
Q

Protocolo de Transfusão Maciça no Trauma

A

Crioprecipitado no primeiro pacote → corrigir fibrinogênio
Ácido tranexâmico 1 g nas primeiras 3 h
6 U de plaquetas

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2
Q

Trauma renal - I

A

Contusão: hematúria micro ou macroscópica com estudos urológicos normais
Hematoma: subcapsular, não expansível, sem laceração parenquimatosa

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3
Q

Trauma renal - II

A

Hematoma: perirrenal não expansivo confinado ao retroperitônio
Laceração: < 1 cm de profundidade sem extravasamento de urina

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4
Q

Trauma renal - III

A

Laceração: > 1 cm de profundidade sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento de urina

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5
Q

Trauma renal - IV

A

Laceração: através do córtex rena, medula e sistema coletor.

Vascular: hemorragia contida devido a lesão de artéria ou veia principal

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6
Q

Trauma renal - V

A

Laceração: destruição renal completa

Vascular: avulsão do hilo renal com desvascularização

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7
Q

Indicações absolutas de cirurgia no trauma renal

A

Instabilidade hemodinâmica severa
Hematoma retroperitoneal expansivo, pulsátil
Disjunção pieloureteral total
Lesões de grau 5

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8
Q

Indicações de toracotomia de reanimação - trauma contuso

A

Sinais vitais na cena, no transporte ou na emergência, com RCP < 5 minutos

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9
Q

Indicações de toracotomia de reanimação - trauma penetrante

A

Sinais vitais na cena, no transporte ou na emergência, com RCP < 15 minutos

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10
Q

Manobra de Cattell-Braasch

A

Hematoma de zona 1 inframesocólica
Rotação visceral medial direita
Acesso a aorta infrarrenal, veia cava infra-hepática

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11
Q

Manobra de Kocher

A

Mobilização do complexo pancreatoduodenal

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12
Q

Manobra de Mattox

A

Hematoma de zona 1 supramesocólico
Rotação visceral medial esquerda
Acesso a aorta suprarrenal, tronco celíaco, AMS, artéria renal proximal, VMS

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13
Q

A regra dos 9 para adultos

A
Cabeça 9%.
Tórax 9%
Abdome 9%
Cada Braço: 9%.
Cada Perna: 18%.
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14
Q

A regra dos 9 para crianças

A

Redução dos membros inferiores e aumento da cabeça

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15
Q

Fórmula de Park

A

4 mL/kg por % SCQ

Na décima edição do ATLS 4 ml para elétrica e 2 ml para as demais.

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16
Q

Critérios LPD positivo

A
Conteúdo GI - sangue não coagulável
Bactérias pelo Gram
> 100.000 hemácias/ml³
> 500 leucócitos/ml³
Amilase > 175 mg/dl
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17
Q

Contraindicações a LPD

A

Absoluta:
- Quando há indicação para laparotomia

Relativas:

  • Coagulopatia
  • Gravidez
  • Obesidade
  • Cirurgia prévia
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18
Q

Contraindicações a TC

A

Instabilidade hemodinâmica
Alergia a contraste
Paciente não colaborativo
Demora para realizar o exame

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19
Q

Tríade da morte

A

Hipotermia
Acidose metabólica
Coagulopatia

Mortalidade 50%

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20
Q

Critérios para controle de danos

A

pH < 7,25
Tax < 34ºC
Transfusões múltiplas > 10 CHAD
Sangramento difuso

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21
Q

Não explorar hematomas não expansivos

A

Retroperitônio
Perirrenal
Pélvicos

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22
Q

Hematoma retroperitoneal - Zona I

A

Central: compreende o pâncreas, a aorta e a cava abdominal

Devem ser explorados cirurgicamente (manobra de Kocher e gastroepiploico)

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23
Q

Hematoma retroperitoneal - Zona II

A

Laterais: rins, baço, porções retroperitoneais do cólon

Devem ser explorados hematomas expansivos ou pulsáteis (Cattell e Mattox)

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24
Q

Hematoma retroperitoneal - Zona III

A

Compreende a pelve

Não devem ser abordados. Arteriografia diagnóstica e terapêutica.

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25
Zona quente
Epicentro do acidente. Deve evitar o excesso de pessoas e recursos pelo risco de novos eventos adversos.
26
Zona morna
Região segura mais próxima do evento. Posto médico avançado para tratamento inicial das vítimas mais graves.
27
Zona fria
Região mais segura. Maior parte dos recursos humanos e materiais para atendimento.
28
Triagem START
Simple Triage and Rapid Treatment Parâmetros clínicos: capacidade de locomoção, respiração, enchimento capilar e nível de consciência Verde: estável, deambula, pode aguardar Amarelo: potencialmente grave, sem riscos em 2 horas Vermelho: grave, risco em 2 horas (30-2 pode fazer) Preto: óbito
29
Cricotireoidostomia
Na suspeita de obstrução completa diminuir o fluxo de O2 de 12l para 6l Crianças > 12 anos é contraindicado cricotireoidostomia cirúrgica Retenção de CO2 e relação 4:1
30
Complicações da traqueostomia
Hemorragia: vasos tireoidianos e jugular anterior Fístula traqueocutânea: manutenção do tecido epitelizado Fístula traqueovascular: artérias inominada
31
Indicação de traqueostomia na sala de emergência
Trauma de laringe: rouquidão, enfisema subcutâneo, fratura palpável
32
Trauma interpretado pelo SNC
SNA - eixo hipotálamo hipofisário → adrenal: catecolaminas e glicocorticoides
33
Citocinas anti-inflamatorias
IL-4 e IL-10 | Inibem a produção de TNF α, IL-1 e IL-6
34
IL-1
Baixas concentrações - estímulo imunológico positivo | Altas concentrações - febre, hipotensão e proteólise
35
IL-3
Inflamatória | Estimula a proliferação de células medulares progenitoras de eritrócitos
36
IL-6
Grandes concentrações no politraumatizados Estimula a produção hepática de proteínas na fase aguda Altos níveis - associado a maior mortalidade e gravidade
37
Interferon γ
Ativação de leucócitos e fibroblastos
38
Fator de Necrose Tumoral - TNF α
Promove a proliferação de células T, células B ativadas Estimula a secreção de citocinas por células T Aumenta a citotoxicidade de células NK
39
Cortisol
Função catabólica, no equilíbrio eletrolítico e no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos Mobilização de AA na musculatura Potente efeito anti-inflamatório.
40
NT-κβ
Função reduzida pelo cortisol Influencia a resposta imunológica inata e adaptativa , inflamação, resposta ao estresse, desenvolvimento de células B, organogênese linfoide
41
Neutrófilos
Aumento decorrente da mobilização de células agrupadas junto aos vasos sanguíneos
42
Volume intra e extra-celular
1/3 Extracelular - variável | 2/3 Intracelular - fixo
43
Composição de água
60% homem jovem | 50% mulher jovem
44
Movimento diário de água no TGI
8 a 10 litros dos quais apenas 200 ml são eliminados nas fezes
45
Nível de glicemia em paciente internados
140 a 180 mg/dL
46
Redução da glutamina - fase catabólica
Mais abundante AA livre intracelular Tem a mesma origem da alanina (glutamato) Alanina = gliconeogênese Aumento da produção de alanina e redução de glutamina É fonte de energia para enterócitos
47
Distúrbio metabólico mais comum após gastrectomia
Anemia
48
Fase catabólica - endócrina
↑ ACTH, cortisol, HAD, hormônio do crescimento, glucagon, renina , aldosterona ↓ Insulina
49
Fase catabólica - metabólica
Carboidratos: hiperglicemia, aumento da resistência insulínica, intolerância a glicose Proteínas: aumento do catabolismo Gorduras: aumento da lipólise
50
Fase catabólica - água e eletrólitos
Retenção de água e sódio | Excreção aumentada de potássio
51
Cortisol
Mobiliza AA da musculatura Estímulo a lipólise Aumento de 4-5 vezes o normal por mais de 24h
52
Catecolaminas (epinefrina)
Vasoconstrição Estímulo da glicogenólise, gliconeogênese e lipólise Necessária a presença de glicocorticoides Elevado de 48 a 72h
53
ADH
``` Reabsorção de água pelos túbulos renais Retenção hídrica PO Oligúria funcional, edema Vasoconstrição esplâncnica Estímulo a glicogenólise e gliconeogênese Pode permanecer elevado por 1 semana ```
54
Aldosterona
Lesão tecidual - balanço de K positivo | Manutenção do volume intravascular
55
Glucagon
Estimula a glicogenólise e inibe a síntese de glicogênio - Atividade lipolítica - Efeito permissivo do cortisol
56
Insulina
Principal hormônio anabolizante - Armazena glicose e ácidos graxos - Secreção reduzida pelas catecolaminas - Meia vida reduzida - Ação periférica bloqueada
57
Atrasam a recuperação
``` Ansiedade e medo Disfunção orgânica Íleo pós-operatório Náusea e vômitos Jejum prolongado Drenos Hipoxemia Tubos Cateteres ```
58
Perdas ocultas
Perdas do intravascular para o intersticial
59
Diabetes Insípido
``` ↓ ADH (Arginina Vasopressina - AVP) Poliúria Hipernatremia Desidratação Perda excessiva de fluído ```
60
Ameaça iminente a vida
B - pneumotórax hipertensivo ou aberto, hemotórax maciço e contusão pulmonar C - sangramento ativo por lesões pulmonares, vasos sistêmicos, lesões pulmonares ou cardíacas, tamponamento cardíaco
61
Hérnia diafragmática
Trauma fechado por aumento da pressão intra-abdominal Frequência igual a D/E, mas mais diagnosticadas a E Laparotomia
62
Hemotóroax progressivo
> 150 (200) ml/h por 2 a 4 horas Queda hematimétrica e necessidade de transfusões Sugere sangramento ativo Artéria intercostal ou outro vaso sistêmico VATS, angiografia, toracotomia
63
Hemotórax coagulado
Não há expansão após drenagem de tórax > 500 ml estimado > 1/3 do tórax ao Rx Tratamento: VATS 3 a 5 dias, fibrinolítico, toracotomia
64
Pneumotórax
A causa mais comum é lesão de parênquima pulmonar 95% tratado pela drenagem do tórax Pneumotórax laminares podem ser tratados por fisioterapia (desde que não seja necessário IOT)
65
Pneumotórax oculto
Rx normal, encontrado na TC | Não há necessidade de drenagem, mesmo em pressão positiva
66
Borbulhamento pelo dreno
1º falha do sistema | Outras: lesão de vias áreas e parênquima pulmonar
67
Lesões de vias aéreas
Muito raras Frequentemente letal na cena Laringe e traqueia - lesão direta Brônquios ou traqueia próximo a carina - compressão torácica Enfisema subcutâneo, fuga aérea pelo dreno, fallen lung TNO: até 1/3 da circunferência, sem fuga aérea importante
68
Contusão pulmonar
Associado a fraturas de costelas, pneumotórax e hemotórax Potencialmente lesão por shunt D-E Tratamento das lesões associadas IOT e FiO2 em casos selecionados
69
Fraturas de costela
Fraturas de costelas - indicador de lesão - 1 a 3 lesões de mediastino e aorta - 4 a 9 pneumotórax, hemotórax e lesões abdominais - 10 e 11 lesões abdominais Tratamento: - Analgesia - Fisioterapia - Fixação (não indicada para fraturas isoladas)
70
Tórax flácido
Fratura de duas ou mais costelas em dois ou mais pontos Respiração paradoxal Associado a contusão pulmonar
71
Lesões de aorta
Mecanismo de desaceleração Ligamento de Botallo/ducto arterioso Oligossintomático, alargamento de mediastino ``` Classificação I - íntima - TNO II - dissecção - TNO III - pseudoaneurisma - cirurgia IV - sangramento ativo - cirurgia ```
72
Mecanismo do trauma
FAF 52,3% Abdome e membros inferiores Lesão depende da energia cinética FAB 27,3% Tronco, membros superiores e região cervical 25% dos acidentes são domésticos Contuso 14,4% Abdome, pelve, tórax e membros Mais grave com lesões associadas Iatrogênico 5,4% 1-2% cateterismo cardíaco 1,9-12% angioplastias
73
Sinais maiores de trauma vascular
Hemorragia ativa Hematoma expansível ou pulsátil Sopro ou frêmito Sinais de isquemia (6 Ps)
74
Sinais menores de trauma vascular
``` Hematoma pequeno e estável Lesões de trajeto vascular História de hemorragia pregressa Diminuição de pulso Hipotensão persistente ```
75
Síndrome isquêmica
6 Os - Pain - Palidez - Parestesia - Paralisa - Pulselessness - Poiquilotermia
76
Síndrome tumoral
Tumor/massa em expansão: pulsátil, frêmito, sopro
77
Secção parcial e total
Secção parcial arterial tendem a sangrar mais do que totais por não retrair os cotos
78
Lesão mínima
Dano vascular com exame físico normal
79
Duplex scan
Operador dependente | 50% de sensibilidade em lesões mínimas
80
Angio-TC
Sensibilidade 95-100% Especificidade 87-100% Vantagens - Alta acurácia - Rápida realização - Avaliação de outros órgãos Desvantagens - Uso de contraste - Não transportável
81
Arteriografia
Padrão-ouro Sensibilidade 97-100% Especificidade 90-98% Vantagem: propicia tratamento Desvantagens: invasivo, uso de contraste, trauma iatrogênico
82
Tratamento endovascular no trauma
Hemostasia - Embolização seletiva - Locais de difícil acesso (ramos da carótida externa e femoral profunda) Controle vascular - Oclusão temporária de hemorragia ativa - Acesso cirúrgico com menor perda volêmica Reparo vascular - Stent revestido - Artérias lesadas de difícil acesos cirúrgico
83
Avaliação da resposta ao choque
Rápida, transitória ou sem resposta
84
Grandes quantidades de SF 0,9%
Acidose metabólica hiperclorêmica
85
Excesso de volume de cristaloides
Edema generalizado Lesão aguda pulmonar → SARA Hipertensão intra-abdominal Inflamação persistente
86
Hipotensão permissiva
Aceita-se PAS 80 - 90 mmHg Postergar a reposição até que o foco seja controlado Contraindicação - TCE
87
Endpoints para reposição volêmica
Frequência cardíaca, presença de pulso radial Excesso de base > -5 mEq/L Lactato arterial < 3
88
Transfusão Maciça - Modelo Australiano
4 UI de plasma fresco de TAP ou TTP > 1,5 normal 10 unidades de crioprecipitados se fibrinogênio < 1 g/L 4 UI de plaquetas se plaquetas < 75 mil Usar fator VIIa na dose 100 mcg/kg 10 CHAD, 8 plasma, 8 plaquetas e 10 crioprecipitados
89
incisão paramediana interna
Incisão de Lenander
90
incisão paramediana externa
Incisão de Jalaguier
91
Fases da cicatrização
Hemostasia Inflamação Proliferação Remodelação
92
Hemostasia
``` Ativação plaquetária (primeira a entrar na ferida) → liberam citocinas (proliferação e chegada de células) Via intrínseca → rede de fibrina Contração vascular Fatores de coagulação Rede de fibrinas ```
93
Inflamatória
``` Vasodilatação Aumento da permeabilidade capilar Extravasamento de conteúdo plasmático Eritema e edema Quimiotáticos para células inflamatórias ```
94
Citocinas pró-inflamatórias
TNF-α; IL-1; IL-2; IL-6; IL-8; INF-γ
95
TNF-α
Origem nos macrófagos | Recrutamento de PMN e síntese de colágeno
96
IL-1
Origem: macrófagos e queratinócitos | Quimiotaxia de fibroblastos e síntese de colágeno
97
IL-2
Origem: Linfócitos T | Infiltração e metabolismo de fibroblastos
98
IL-6
Macrófagos, PMN e fibroblastos | Proliferação de fibroblastos
99
IL-8
Macrófagos e fibroblastos | Quimiotaxia de macrófagos e PMN
100
INF-γ
Linfócitos T e macrófagos | Ativação de colagenase pela ativação de PMN e macrófagos
101
Interleucinas Anti-Inflamatórias
IL-4; IL-10
102
Neutrófilos
Primeiros a entrar na ferida Pico 24h Fagocitose e desbridamento
103
Macrófagos
Principal célula Produção de fatores de crescimento Transição inflamação-proliferação Recrutamento de fibroblastos
104
Queda de neutrófilos e aumento de fibroblastos
72h = fim da inflamação
105
Célula predominante na fase de maturação
Fibroblastos
106
Fase proliferativa
Diminuição de neutrófilos Proliferação de células endoteliais → neovascularização Proliferação de fibroblastos e deposição de matriz extracelular → tecido de granulação Contração da ferida Reepitelização
107
Colagenogênese
Colágeno III → jovem, tecidos moles. Vaso e derme | Colágeno I → maduro, rígido. Ossos e tendões
108
Cicatriz hipertrófica
Mais frequente, relacionada a tensão Elevada, tensa, dolorosa, pruriginosas e avermelhadas. Não ultrapassa os bordos da lesão Tende a regredir Costuma melhorar com tratamento (instilação de corticoide)
109
Queloide
``` Mais raro Muito doloroso e pruriginoso Não respeita margens da ferida Massas tumorais de tecido fibroso Não regride espontaneamente Predisposição genética (orientais e negras) ```
110
Causa mais frequente de morte evitável
Lesão despercebida - mais frequente no delgado | Letalidade na identificação tardia: 15 a 20%
111
Órgãos lesados no trauma contuso de abdome
``` Baço 32% Fígado 32% Rim 13% Delgado 6% Mesentério 6% ```
112
Indicadores de lesão abdominal
``` BE < -3 mEq/L Lesão torácica significativa - Tórax flácido 21 x - Hemotórax 19 x - Contusão pulmonar 19 x - Fratura de costela 14 x - Pneumotórax 11 x Hipotensão arterial 10 x Fraturas de pelve 21 x ```
113
Indicações de laparotomia exploradora
``` Hemorragia abdominal + choque Peritonite ao exame físico Hérnia diafragmática Lesão intraperitoneal de bexiga Lesão de viscera oca (PP, PRP) Lesão de pâncreas G3 ou superior Líquido livre sem identificação de sua origem Dúvida diagnóstica ```
114
Ferimento por arma branca - parede anterior
50% lesões intra-abdominais significativas | Fígado, intestino delgado e intestino grosso
115
Ferimento por arma branca - parede posterior
15% lesões abdominais significativas | Rins, cólon retroperitoneal, duodeno retroperitoneal
116
Arma branca encravada no abdome
Laparotomia para retirada sob visão direta
117
Ferimento por arma de fogo
95% apresentam lesões intra-abdominais significativas Trajeto peritoneal: intestino delgado, intestino grosso, fígado Trajeto retroperitoneal: rins, vasos, duodeno e cólon
118
Observação clínica de ferimentos penetrantes
Lesão não identificada
119
Tratamento não operatório
Lesão conhecida, optando por não operar
120
Tratamento conservador de lesão renal por FAB
Graus I a III
121
Hematoma retroperitoneais - Kudsk e Sheldon
Em ferimentos penetrantes a exploração é obrigatória. Zona I: centrais Zona II: laterais Zona III: pélvicos
122
Causas de abdome agudo hemorróagico
``` Prenhez ectópica rota Cisto ovariano hemorrágico Aneurisma roto Lesão de viscera parenquimatosa Lesão de vasos abdominais Rotura de adenoma/hemangioma hepático ```
123
Choque hipovolêmico
Manifestação clínica mais importante do abdome agudo hemorrágico Sangue irrita menos o abdome
124
Classificação do Choque
I: sem alterações de SV. BE 0 a -2 II: taquicardia, diminuição da PP. BE -2 a -6 III: hipotensão, redução GCS. Sangue tipo específico IV: rebaixamento GCS. Transfusão maciça
125
Prenhez ectópica
Dor abdominal aguda Atraso menstrual Sangramento vaginal irregular após período de amenorreia Dor a mobilização uterina Abaulamento doloroso do fundo de saco (Grito de Douglas - Sinal de Proust)
126
GCS - Ocular
4 - Espontânea 3 - Sonoro 2 - Pressão 1 - Nenhuma
127
GCS - Verbal
``` 5 - Orientada 4 - Confusa 3 - Palavras soltas - inadequadas 2 - Sons 1 - Nenhuma ```
128
GCS - Motora
``` 6 - Comandos 5 - Localiza estímulo 4 - Flexão normal - afasta o membro 3 - Flexão anormal 2 - Extensão anormal 1 - Ausente ```
129
IL-12
Induz a diferenciação de Linfócitos T em Th1 e ativação de células NK
130
Macrófagos
Derivados dos monócitos do sangue, células consideradas essenciais no processo de cicatrização Invadem a FO de 24-48h do início da lesão (desaparecimento dos neutrófilos) Produzem TNF-a e IL-12
131
Tromboxano-A2
Importante agonista da agregação plaquetária, potente vasoconstritor (atua na musculatura lisa vascular) e promove exposição dos sítios de ligação da GP PIIb/IIIa ao fator de Von Willebrand
132
Zonas de queimadura de Jackson
Coagulação: área de necrose com destruição celular. Dano tecidual irreversível. Estase: ao redor da zona de necrose. Há intensa vasoconstrição, resultando em isquemia local. Uma adequada ressuscitação volêmica ajuda a reperfundi-la. Aderência de neutrófilos ao endotélio. Hiperemia: área não queimada, mas avermelhada devido a inflamação e aumento do fluxo sanguíneo.
133
Fase inflamatória da cicatrização
Dura até 4 dias Formação de coágulos para controlar o sangramento Aumento da permeabilidade vascular Migração de células inflamatórias e secreção de metaloproteinases para desbridamento Neutralização de bactérias Macrófagos liberam fator de crescimento e citocinas que estimulam a proliferação de fibroblasto
134
Fase proliferativa da cicatrização
Dura de 4 dias a 2 - 6 semanas Angiogênese, fibroplasia e epitelização Formação de tecido de granulação
135
Fase de maturação da cicatrização
Duração até 18 meses após fechamento da ferida Maturação e aumento da força do colágeno Contração da cicatriz - miofibroblastos
136
Reepitelização em queimaduras de 2º grau
A partir de queratinócitos presentes nos folículos pilosos e glândulas sudoríparas em cerca de 14-35 dias gerando cicatrizes e sequelas.
137
Reepitelização em queimaduras de 3º grau
Cicatrizam através das bordas das feridas pois todos os apêndices dérmicos ou epidérmicos do leito da ferida forma destruídos.
138
Linfócitos Th1
Produzem INF-g
139
Citoquinas pró-inflamatórias
INF-g, TNF-a, IL-1 e IL-2
140
Citoquinas anti-inflamatórias
IL-4 e IL-10
141
Fissura anal aguda
< 4 - 6 semanas, vermelhas | Medidas conservadoras
142
Fissura anal crônica
> 4 - 6 semanas, brancas, plicoma, papila hipertrófica | Esfincterotomia lateral interna
143
IOT em queimadura de face
``` PaO2 < 60 PaCO2 > 50 (agudo) PaO2/FiO2 < 200 Insuficiência respiratória iminente Edema da VAS grave, rouquidão progressiva ```
144
Dose de Dopamina
0 - 3 mcg/kg/min (vasodilatação esplâncnica - não usada mais) 3-10 mcg/kg/min (beta adrenérgica) > 10 mcg/kg/min (alfa adrenérgica) Misturar 400 mg em 250 ml SF
145
Nível glicêmico no choque séptico
< 180 mg/dL
146
Dobutamina
Melhora a oferta da O2 para os tecidos | Após otimizada a volemia: sat venosa central < 70% ou mista < 65%
147
Hormônios aumentados na REMIT
Cortisol, catecolaminas ADH - oliguria Aldosterona - excreção de K e H e retenção de Na
148
Fórmula de Parkland
V = 2 ml x peso (kg) x %SCQ Metade em 8 horas e a outra nas 16 horas seguinte Débito urinário > 0,5 ml/kg/h Regra de Wallace - 9
149
Volume queimaduras elétricas
V = 4 ml x peso (kg) x %SCQ Metade em 8 horas e a outra nas 16 horas seguinte Alvo de diurese clara e > 1-1,5 ml/kg/h.
150
Indicações adicionais de IOT precoce
``` Queimadura > 40-50% superfície corporal (SCQ) Queimadura facial extensa e/ou profunda Queimadura mucosa oral Disfagia Sonolência ```
151
Intervalo entre IAM e cirurgia eletiva
Aguardar de 4-6 semanas após IAM
152
Principal indicação cirúrgica e mortalidade na DUP
Classicamente: Sangramento Sabiston: Perfuração
153
Sangramento maciço na DUP
Perfuração da parede posterior do duodeno lesando a gastroduodenal
154
Explosão - Primário, superpressurização
Lesão de estruturas ocas | Pneumotórax, ruptura timpânica, lesões de ouvido médio, lesão ocular com descolamento de retina, concussão cerebral.
155
Explosão - Secundária, fragmentos e debris
Ferimentos penetrantes ou contusos | Lesões oculares penetrantes
156
Explosão - Terciária, lançado pela onda de ar
Fraturas, amputações traumáticas, TCE aberto ou fechado
157
Explosão - Quaternária, miscelânea
Queimaduras, TCE aberto ou fechado, asma, DPOC, angina, hipoglicemia, hipertensão, exacerbação de doenças prévias
158
Escala de Injúria Hepática
I, II e III → simples IV, V, VI → complexas I - H subcapsular < 10% | Laceração < 1 cm de profundidade II - H 10 a 50% ou intraparenquimatoso < 10 cm de diâmetro | L 1 a 3 cm com < 10 cm de extensão III - H > 50% , expansivo, roto com sangramento ativo ou intraparenquimatoso > 10 cm | L > 3 cm de profundidade IV - L Ruptura parenquimatosa 25 a 75% de um lobo ou 1 a 3 segmentos dentro de um lobo V - L rotura > 75% de um lobo ou > 3 segmentos | V justa-hepática (cava inferior retro-hepática e hepáticas) VI - venosa - Avulsão hepática
159
Escala de Injúria Esplênica
I - H subcapsular < 10% | Laceração < 1 cm de profundidade II - H 10 a 50% ou intraparenquimatoso < 5 cm de diâmetro | L 1 a 3 cm sem envolvimento das trabéculas III - H > 50% , expansivo, roto com sangramento ativo ou intraparenquimatoso ≥5 cm | L > 3 cm de profundidade ou envolvendo vasos da trabécula IV - Laceração com envolvimento segmentar ou hilar produzindo desvascularização (> 25%) V - baço fragmentado ou desvascularizado
160
Escala de Injúria Renal
I - C hematúria, estudos urológicos normais | H subcapsular II - H perirrenal confinado ao retroperitônio | L < 1 cm sem extravasamento de urina III - L > 1 cm sem lesão do sistema coletor ou extravasamento de urina IV - L no córtex, medula e sistema coletor | V veia ou artéria renal principal com hemorragia contida V - rim fragmentado | desvascularização renal