Cirurgia do Trauma Flashcards

1
Q

Protocolo de Transfusão Maciça no Trauma

A

Crioprecipitado no primeiro pacote → corrigir fibrinogênio
Ácido tranexâmico 1 g nas primeiras 3 h
6 U de plaquetas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Trauma renal - I

A

Contusão: hematúria micro ou macroscópica com estudos urológicos normais
Hematoma: subcapsular, não expansível, sem laceração parenquimatosa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Trauma renal - II

A

Hematoma: perirrenal não expansivo confinado ao retroperitônio
Laceração: < 1 cm de profundidade sem extravasamento de urina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Trauma renal - III

A

Laceração: > 1 cm de profundidade sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento de urina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Trauma renal - IV

A

Laceração: através do córtex rena, medula e sistema coletor.

Vascular: hemorragia contida devido a lesão de artéria ou veia principal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Trauma renal - V

A

Laceração: destruição renal completa

Vascular: avulsão do hilo renal com desvascularização

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Indicações absolutas de cirurgia no trauma renal

A

Instabilidade hemodinâmica severa
Hematoma retroperitoneal expansivo, pulsátil
Disjunção pieloureteral total
Lesões de grau 5

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Indicações de toracotomia de reanimação - trauma contuso

A

Sinais vitais na cena, no transporte ou na emergência, com RCP < 5 minutos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Indicações de toracotomia de reanimação - trauma penetrante

A

Sinais vitais na cena, no transporte ou na emergência, com RCP < 15 minutos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Manobra de Cattell-Braasch

A

Hematoma de zona 1 inframesocólica
Rotação visceral medial direita
Acesso a aorta infrarrenal, veia cava infra-hepática

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Manobra de Kocher

A

Mobilização do complexo pancreatoduodenal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Manobra de Mattox

A

Hematoma de zona 1 supramesocólico
Rotação visceral medial esquerda
Acesso a aorta suprarrenal, tronco celíaco, AMS, artéria renal proximal, VMS

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

A regra dos 9 para adultos

A
Cabeça 9%.
Tórax 9%
Abdome 9%
Cada Braço: 9%.
Cada Perna: 18%.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

A regra dos 9 para crianças

A

Redução dos membros inferiores e aumento da cabeça

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Fórmula de Park

A

4 mL/kg por % SCQ

Na décima edição do ATLS 4 ml para elétrica e 2 ml para as demais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Critérios LPD positivo

A
Conteúdo GI - sangue não coagulável
Bactérias pelo Gram
> 100.000 hemácias/ml³
> 500 leucócitos/ml³
Amilase > 175 mg/dl
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Contraindicações a LPD

A

Absoluta:
- Quando há indicação para laparotomia

Relativas:

  • Coagulopatia
  • Gravidez
  • Obesidade
  • Cirurgia prévia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Contraindicações a TC

A

Instabilidade hemodinâmica
Alergia a contraste
Paciente não colaborativo
Demora para realizar o exame

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Tríade da morte

A

Hipotermia
Acidose metabólica
Coagulopatia

Mortalidade 50%

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Critérios para controle de danos

A

pH < 7,25
Tax < 34ºC
Transfusões múltiplas > 10 CHAD
Sangramento difuso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Não explorar hematomas não expansivos

A

Retroperitônio
Perirrenal
Pélvicos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Hematoma retroperitoneal - Zona I

A

Central: compreende o pâncreas, a aorta e a cava abdominal

Devem ser explorados cirurgicamente (manobra de Kocher e gastroepiploico)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Hematoma retroperitoneal - Zona II

A

Laterais: rins, baço, porções retroperitoneais do cólon

Devem ser explorados hematomas expansivos ou pulsáteis (Cattell e Mattox)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Hematoma retroperitoneal - Zona III

A

Compreende a pelve

Não devem ser abordados. Arteriografia diagnóstica e terapêutica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Zona quente

A

Epicentro do acidente. Deve evitar o excesso de pessoas e recursos pelo risco de novos eventos adversos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Zona morna

A

Região segura mais próxima do evento. Posto médico avançado para tratamento inicial das vítimas mais graves.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Zona fria

A

Região mais segura. Maior parte dos recursos humanos e materiais para atendimento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Triagem START

A

Simple Triage and Rapid Treatment
Parâmetros clínicos: capacidade de locomoção, respiração, enchimento capilar e nível de consciência

Verde: estável, deambula, pode aguardar
Amarelo: potencialmente grave, sem riscos em 2 horas
Vermelho: grave, risco em 2 horas (30-2 pode fazer)
Preto: óbito

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Cricotireoidostomia

A

Na suspeita de obstrução completa diminuir o fluxo de O2 de 12l para 6l
Crianças > 12 anos é contraindicado cricotireoidostomia cirúrgica
Retenção de CO2 e relação 4:1

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Complicações da traqueostomia

A

Hemorragia: vasos tireoidianos e jugular anterior

Fístula traqueocutânea: manutenção do tecido epitelizado

Fístula traqueovascular: artérias inominada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Indicação de traqueostomia na sala de emergência

A

Trauma de laringe: rouquidão, enfisema subcutâneo, fratura palpável

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Trauma interpretado pelo SNC

A

SNA - eixo hipotálamo hipofisário → adrenal: catecolaminas e glicocorticoides

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Citocinas anti-inflamatorias

A

IL-4 e IL-10

Inibem a produção de TNF α, IL-1 e IL-6

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

IL-1

A

Baixas concentrações - estímulo imunológico positivo

Altas concentrações - febre, hipotensão e proteólise

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

IL-3

A

Inflamatória

Estimula a proliferação de células medulares progenitoras de eritrócitos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

IL-6

A

Grandes concentrações no politraumatizados
Estimula a produção hepática de proteínas na fase aguda
Altos níveis - associado a maior mortalidade e gravidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Interferon γ

A

Ativação de leucócitos e fibroblastos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Fator de Necrose Tumoral - TNF α

A

Promove a proliferação de células T, células B ativadas
Estimula a secreção de citocinas por células T
Aumenta a citotoxicidade de células NK

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Cortisol

A

Função catabólica, no equilíbrio eletrolítico e no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos
Mobilização de AA na musculatura
Potente efeito anti-inflamatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

NT-κβ

A

Função reduzida pelo cortisol
Influencia a resposta imunológica inata e adaptativa , inflamação, resposta ao estresse, desenvolvimento de células B, organogênese linfoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Neutrófilos

A

Aumento decorrente da mobilização de células agrupadas junto aos vasos sanguíneos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Volume intra e extra-celular

A

1/3 Extracelular - variável

2/3 Intracelular - fixo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Composição de água

A

60% homem jovem

50% mulher jovem

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Movimento diário de água no TGI

A

8 a 10 litros dos quais apenas 200 ml são eliminados nas fezes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Nível de glicemia em paciente internados

A

140 a 180 mg/dL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Redução da glutamina - fase catabólica

A

Mais abundante AA livre intracelular
Tem a mesma origem da alanina (glutamato)
Alanina = gliconeogênese
Aumento da produção de alanina e redução de glutamina
É fonte de energia para enterócitos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Distúrbio metabólico mais comum após gastrectomia

A

Anemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Fase catabólica - endócrina

A

↑ ACTH, cortisol, HAD, hormônio do crescimento, glucagon, renina , aldosterona
↓ Insulina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

Fase catabólica - metabólica

A

Carboidratos: hiperglicemia, aumento da resistência insulínica, intolerância a glicose
Proteínas: aumento do catabolismo
Gorduras: aumento da lipólise

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

Fase catabólica - água e eletrólitos

A

Retenção de água e sódio

Excreção aumentada de potássio

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

Cortisol

A

Mobiliza AA da musculatura
Estímulo a lipólise
Aumento de 4-5 vezes o normal por mais de 24h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
52
Q

Catecolaminas (epinefrina)

A

Vasoconstrição

Estímulo da glicogenólise, gliconeogênese e lipólise
Necessária a presença de glicocorticoides
Elevado de 48 a 72h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
53
Q

ADH

A
Reabsorção de água pelos túbulos renais
Retenção hídrica PO
Oligúria funcional, edema
Vasoconstrição esplâncnica
Estímulo a glicogenólise e gliconeogênese
Pode permanecer elevado por 1 semana
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
54
Q

Aldosterona

A

Lesão tecidual - balanço de K positivo

Manutenção do volume intravascular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
55
Q

Glucagon

A

Estimula a glicogenólise e inibe a síntese de glicogênio

  • Atividade lipolítica
  • Efeito permissivo do cortisol
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
56
Q

Insulina

A

Principal hormônio anabolizante

  • Armazena glicose e ácidos graxos
  • Secreção reduzida pelas catecolaminas
  • Meia vida reduzida
  • Ação periférica bloqueada
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
57
Q

Atrasam a recuperação

A
Ansiedade e medo
Disfunção orgânica
Íleo pós-operatório
Náusea e vômitos
Jejum prolongado
Drenos
Hipoxemia
Tubos
Cateteres
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
58
Q

Perdas ocultas

A

Perdas do intravascular para o intersticial

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
59
Q

Diabetes Insípido

A
↓ ADH (Arginina Vasopressina - AVP)
Poliúria
Hipernatremia
Desidratação
Perda excessiva de fluído
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
60
Q

Ameaça iminente a vida

A

B - pneumotórax hipertensivo ou aberto, hemotórax maciço e contusão pulmonar

C - sangramento ativo por lesões pulmonares, vasos sistêmicos, lesões pulmonares ou cardíacas, tamponamento cardíaco

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
61
Q

Hérnia diafragmática

A

Trauma fechado por aumento da pressão intra-abdominal
Frequência igual a D/E, mas mais diagnosticadas a E
Laparotomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
62
Q

Hemotóroax progressivo

A

> 150 (200) ml/h por 2 a 4 horas
Queda hematimétrica e necessidade de transfusões
Sugere sangramento ativo
Artéria intercostal ou outro vaso sistêmico
VATS, angiografia, toracotomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
63
Q

Hemotórax coagulado

A

Não há expansão após drenagem de tórax
> 500 ml estimado
> 1/3 do tórax ao Rx

Tratamento: VATS 3 a 5 dias, fibrinolítico, toracotomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
64
Q

Pneumotórax

A

A causa mais comum é lesão de parênquima pulmonar
95% tratado pela drenagem do tórax
Pneumotórax laminares podem ser tratados por fisioterapia (desde que não seja necessário IOT)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
65
Q

Pneumotórax oculto

A

Rx normal, encontrado na TC

Não há necessidade de drenagem, mesmo em pressão positiva

66
Q

Borbulhamento pelo dreno

A

1º falha do sistema

Outras: lesão de vias áreas e parênquima pulmonar

67
Q

Lesões de vias aéreas

A

Muito raras
Frequentemente letal na cena
Laringe e traqueia - lesão direta
Brônquios ou traqueia próximo a carina - compressão torácica
Enfisema subcutâneo, fuga aérea pelo dreno, fallen lung
TNO: até 1/3 da circunferência, sem fuga aérea importante

68
Q

Contusão pulmonar

A

Associado a fraturas de costelas, pneumotórax e hemotórax
Potencialmente lesão por shunt D-E
Tratamento das lesões associadas
IOT e FiO2 em casos selecionados

69
Q

Fraturas de costela

A

Fraturas de costelas - indicador de lesão

  • 1 a 3 lesões de mediastino e aorta
  • 4 a 9 pneumotórax, hemotórax e lesões abdominais
  • 10 e 11 lesões abdominais

Tratamento:

  • Analgesia
  • Fisioterapia
  • Fixação (não indicada para fraturas isoladas)
70
Q

Tórax flácido

A

Fratura de duas ou mais costelas em dois ou mais pontos
Respiração paradoxal
Associado a contusão pulmonar

71
Q

Lesões de aorta

A

Mecanismo de desaceleração
Ligamento de Botallo/ducto arterioso
Oligossintomático, alargamento de mediastino

Classificação
I - íntima - TNO
II - dissecção - TNO
III - pseudoaneurisma - cirurgia
IV - sangramento ativo - cirurgia
72
Q

Mecanismo do trauma

A

FAF 52,3%
Abdome e membros inferiores
Lesão depende da energia cinética

FAB 27,3%
Tronco, membros superiores e região cervical
25% dos acidentes são domésticos

Contuso 14,4%
Abdome, pelve, tórax e membros
Mais grave com lesões associadas

Iatrogênico 5,4%
1-2% cateterismo cardíaco
1,9-12% angioplastias

73
Q

Sinais maiores de trauma vascular

A

Hemorragia ativa
Hematoma expansível ou pulsátil
Sopro ou frêmito
Sinais de isquemia (6 Ps)

74
Q

Sinais menores de trauma vascular

A
Hematoma pequeno e estável
Lesões de trajeto vascular
História de hemorragia pregressa
Diminuição de pulso
Hipotensão persistente
75
Q

Síndrome isquêmica

A

6 Os

  • Pain
  • Palidez
  • Parestesia
  • Paralisa
  • Pulselessness
  • Poiquilotermia
76
Q

Síndrome tumoral

A

Tumor/massa em expansão: pulsátil, frêmito, sopro

77
Q

Secção parcial e total

A

Secção parcial arterial tendem a sangrar mais do que totais por não retrair os cotos

78
Q

Lesão mínima

A

Dano vascular com exame físico normal

79
Q

Duplex scan

A

Operador dependente

50% de sensibilidade em lesões mínimas

80
Q

Angio-TC

A

Sensibilidade 95-100%
Especificidade 87-100%

Vantagens

  • Alta acurácia
  • Rápida realização
  • Avaliação de outros órgãos

Desvantagens

  • Uso de contraste
  • Não transportável
81
Q

Arteriografia

A

Padrão-ouro

Sensibilidade 97-100%
Especificidade 90-98%

Vantagem: propicia tratamento

Desvantagens: invasivo, uso de contraste, trauma iatrogênico

82
Q

Tratamento endovascular no trauma

A

Hemostasia

  • Embolização seletiva
  • Locais de difícil acesso (ramos da carótida externa e femoral profunda)

Controle vascular

  • Oclusão temporária de hemorragia ativa
  • Acesso cirúrgico com menor perda volêmica

Reparo vascular

  • Stent revestido
  • Artérias lesadas de difícil acesos cirúrgico
83
Q

Avaliação da resposta ao choque

A

Rápida, transitória ou sem resposta

84
Q

Grandes quantidades de SF 0,9%

A

Acidose metabólica hiperclorêmica

85
Q

Excesso de volume de cristaloides

A

Edema generalizado
Lesão aguda pulmonar → SARA
Hipertensão intra-abdominal
Inflamação persistente

86
Q

Hipotensão permissiva

A

Aceita-se PAS 80 - 90 mmHg
Postergar a reposição até que o foco seja controlado
Contraindicação - TCE

87
Q

Endpoints para reposição volêmica

A

Frequência cardíaca, presença de pulso radial
Excesso de base > -5 mEq/L
Lactato arterial < 3

88
Q

Transfusão Maciça - Modelo Australiano

A

4 UI de plasma fresco de TAP ou TTP > 1,5 normal
10 unidades de crioprecipitados se fibrinogênio < 1 g/L
4 UI de plaquetas se plaquetas < 75 mil
Usar fator VIIa na dose 100 mcg/kg
10 CHAD, 8 plasma, 8 plaquetas e 10 crioprecipitados

89
Q

incisão paramediana interna

A

Incisão de Lenander

90
Q

incisão paramediana externa

A

Incisão de Jalaguier

91
Q

Fases da cicatrização

A

Hemostasia
Inflamação
Proliferação
Remodelação

92
Q

Hemostasia

A
Ativação plaquetária (primeira a entrar na ferida) → liberam citocinas (proliferação e chegada de células)
Via intrínseca → rede de fibrina
Contração vascular
Fatores de coagulação
Rede de fibrinas
93
Q

Inflamatória

A
Vasodilatação
Aumento da permeabilidade capilar
Extravasamento de conteúdo plasmático
Eritema e edema
Quimiotáticos para células inflamatórias
94
Q

Citocinas pró-inflamatórias

A

TNF-α; IL-1; IL-2; IL-6; IL-8; INF-γ

95
Q

TNF-α

A

Origem nos macrófagos

Recrutamento de PMN e síntese de colágeno

96
Q

IL-1

A

Origem: macrófagos e queratinócitos

Quimiotaxia de fibroblastos e síntese de colágeno

97
Q

IL-2

A

Origem: Linfócitos T

Infiltração e metabolismo de fibroblastos

98
Q

IL-6

A

Macrófagos, PMN e fibroblastos

Proliferação de fibroblastos

99
Q

IL-8

A

Macrófagos e fibroblastos

Quimiotaxia de macrófagos e PMN

100
Q

INF-γ

A

Linfócitos T e macrófagos

Ativação de colagenase pela ativação de PMN e macrófagos

101
Q

Interleucinas Anti-Inflamatórias

A

IL-4; IL-10

102
Q

Neutrófilos

A

Primeiros a entrar na ferida
Pico 24h
Fagocitose e desbridamento

103
Q

Macrófagos

A

Principal célula
Produção de fatores de crescimento
Transição inflamação-proliferação
Recrutamento de fibroblastos

104
Q

Queda de neutrófilos e aumento de fibroblastos

A

72h = fim da inflamação

105
Q

Célula predominante na fase de maturação

A

Fibroblastos

106
Q

Fase proliferativa

A

Diminuição de neutrófilos
Proliferação de células endoteliais → neovascularização
Proliferação de fibroblastos e deposição de matriz extracelular → tecido de granulação
Contração da ferida
Reepitelização

107
Q

Colagenogênese

A

Colágeno III → jovem, tecidos moles. Vaso e derme

Colágeno I → maduro, rígido. Ossos e tendões

108
Q

Cicatriz hipertrófica

A

Mais frequente, relacionada a tensão
Elevada, tensa, dolorosa, pruriginosas e avermelhadas. Não ultrapassa os bordos da lesão
Tende a regredir
Costuma melhorar com tratamento (instilação de corticoide)

109
Q

Queloide

A
Mais raro
Muito doloroso e pruriginoso
Não respeita margens da ferida
Massas tumorais de tecido fibroso
Não regride espontaneamente
Predisposição genética (orientais e negras)
110
Q

Causa mais frequente de morte evitável

A

Lesão despercebida - mais frequente no delgado

Letalidade na identificação tardia: 15 a 20%

111
Q

Órgãos lesados no trauma contuso de abdome

A
Baço 32%
Fígado 32%
Rim 13%
Delgado 6%
Mesentério 6%
112
Q

Indicadores de lesão abdominal

A
BE < -3 mEq/L
Lesão torácica significativa
- Tórax flácido 21 x
- Hemotórax 19 x
- Contusão pulmonar 19 x
- Fratura de costela 14 x
- Pneumotórax 11 x
Hipotensão arterial 10 x
Fraturas de pelve 21 x
113
Q

Indicações de laparotomia exploradora

A
Hemorragia abdominal + choque
Peritonite ao exame físico
Hérnia diafragmática
Lesão intraperitoneal de bexiga
Lesão de viscera oca (PP, PRP)
Lesão de pâncreas G3 ou superior
Líquido livre sem identificação de sua origem
Dúvida diagnóstica
114
Q

Ferimento por arma branca - parede anterior

A

50% lesões intra-abdominais significativas

Fígado, intestino delgado e intestino grosso

115
Q

Ferimento por arma branca - parede posterior

A

15% lesões abdominais significativas

Rins, cólon retroperitoneal, duodeno retroperitoneal

116
Q

Arma branca encravada no abdome

A

Laparotomia para retirada sob visão direta

117
Q

Ferimento por arma de fogo

A

95% apresentam lesões intra-abdominais significativas
Trajeto peritoneal: intestino delgado, intestino grosso, fígado
Trajeto retroperitoneal: rins, vasos, duodeno e cólon

118
Q

Observação clínica de ferimentos penetrantes

A

Lesão não identificada

119
Q

Tratamento não operatório

A

Lesão conhecida, optando por não operar

120
Q

Tratamento conservador de lesão renal por FAB

A

Graus I a III

121
Q

Hematoma retroperitoneais - Kudsk e Sheldon

A

Em ferimentos penetrantes a exploração é obrigatória.
Zona I: centrais
Zona II: laterais
Zona III: pélvicos

122
Q

Causas de abdome agudo hemorróagico

A
Prenhez ectópica rota
Cisto ovariano hemorrágico
Aneurisma roto
Lesão de viscera parenquimatosa
Lesão de vasos abdominais
Rotura de adenoma/hemangioma hepático
123
Q

Choque hipovolêmico

A

Manifestação clínica mais importante do abdome agudo hemorrágico
Sangue irrita menos o abdome

124
Q

Classificação do Choque

A

I: sem alterações de SV. BE 0 a -2
II: taquicardia, diminuição da PP. BE -2 a -6
III: hipotensão, redução GCS. Sangue tipo específico
IV: rebaixamento GCS. Transfusão maciça

125
Q

Prenhez ectópica

A

Dor abdominal aguda
Atraso menstrual
Sangramento vaginal irregular após período de amenorreia
Dor a mobilização uterina
Abaulamento doloroso do fundo de saco (Grito de Douglas - Sinal de Proust)

126
Q

GCS - Ocular

A

4 - Espontânea
3 - Sonoro
2 - Pressão
1 - Nenhuma

127
Q

GCS - Verbal

A
5 - Orientada
4 - Confusa
3 - Palavras soltas - inadequadas
2 - Sons
1 - Nenhuma
128
Q

GCS - Motora

A
6 - Comandos
5 - Localiza estímulo
4 - Flexão normal - afasta o membro
3 - Flexão anormal
2 - Extensão anormal
1 - Ausente
129
Q

IL-12

A

Induz a diferenciação de Linfócitos T em Th1 e ativação de células NK

130
Q

Macrófagos

A

Derivados dos monócitos do sangue, células consideradas essenciais no processo de cicatrização
Invadem a FO de 24-48h do início da lesão (desaparecimento dos neutrófilos)
Produzem TNF-a e IL-12

131
Q

Tromboxano-A2

A

Importante agonista da agregação plaquetária, potente vasoconstritor (atua na musculatura lisa vascular) e promove exposição dos sítios de ligação da GP PIIb/IIIa ao fator de Von Willebrand

132
Q

Zonas de queimadura de Jackson

A

Coagulação: área de necrose com destruição celular. Dano tecidual irreversível.
Estase: ao redor da zona de necrose. Há intensa vasoconstrição, resultando em isquemia local. Uma adequada ressuscitação volêmica ajuda a reperfundi-la. Aderência de neutrófilos ao endotélio.
Hiperemia: área não queimada, mas avermelhada devido a inflamação e aumento do fluxo sanguíneo.

133
Q

Fase inflamatória da cicatrização

A

Dura até 4 dias
Formação de coágulos para controlar o sangramento
Aumento da permeabilidade vascular
Migração de células inflamatórias e secreção de metaloproteinases para desbridamento
Neutralização de bactérias
Macrófagos liberam fator de crescimento e citocinas que estimulam a proliferação de fibroblasto

134
Q

Fase proliferativa da cicatrização

A

Dura de 4 dias a 2 - 6 semanas
Angiogênese, fibroplasia e epitelização
Formação de tecido de granulação

135
Q

Fase de maturação da cicatrização

A

Duração até 18 meses após fechamento da ferida
Maturação e aumento da força do colágeno
Contração da cicatriz - miofibroblastos

136
Q

Reepitelização em queimaduras de 2º grau

A

A partir de queratinócitos presentes nos folículos pilosos e glândulas sudoríparas em cerca de 14-35 dias gerando cicatrizes e sequelas.

137
Q

Reepitelização em queimaduras de 3º grau

A

Cicatrizam através das bordas das feridas pois todos os apêndices dérmicos ou epidérmicos do leito da ferida forma destruídos.

138
Q

Linfócitos Th1

A

Produzem INF-g

139
Q

Citoquinas pró-inflamatórias

A

INF-g, TNF-a, IL-1 e IL-2

140
Q

Citoquinas anti-inflamatórias

A

IL-4 e IL-10

141
Q

Fissura anal aguda

A

< 4 - 6 semanas, vermelhas

Medidas conservadoras

142
Q

Fissura anal crônica

A

> 4 - 6 semanas, brancas, plicoma, papila hipertrófica

Esfincterotomia lateral interna

143
Q

IOT em queimadura de face

A
PaO2 < 60
PaCO2 > 50 (agudo)
PaO2/FiO2 < 200
Insuficiência respiratória iminente
Edema da VAS grave, rouquidão progressiva
144
Q

Dose de Dopamina

A

0 - 3 mcg/kg/min (vasodilatação esplâncnica - não usada mais)
3-10 mcg/kg/min (beta adrenérgica)
> 10 mcg/kg/min (alfa adrenérgica)
Misturar 400 mg em 250 ml SF

145
Q

Nível glicêmico no choque séptico

A

< 180 mg/dL

146
Q

Dobutamina

A

Melhora a oferta da O2 para os tecidos

Após otimizada a volemia: sat venosa central < 70% ou mista < 65%

147
Q

Hormônios aumentados na REMIT

A

Cortisol, catecolaminas
ADH - oliguria
Aldosterona - excreção de K e H e retenção de Na

148
Q

Fórmula de Parkland

A

V = 2 ml x peso (kg) x %SCQ
Metade em 8 horas e a outra nas 16 horas seguinte
Débito urinário > 0,5 ml/kg/h
Regra de Wallace - 9

149
Q

Volume queimaduras elétricas

A

V = 4 ml x peso (kg) x %SCQ
Metade em 8 horas e a outra nas 16 horas seguinte
Alvo de diurese clara e > 1-1,5 ml/kg/h.

150
Q

Indicações adicionais de IOT precoce

A
Queimadura > 40-50% superfície corporal (SCQ)
Queimadura facial extensa e/ou profunda
Queimadura mucosa oral
Disfagia
Sonolência
151
Q

Intervalo entre IAM e cirurgia eletiva

A

Aguardar de 4-6 semanas após IAM

152
Q

Principal indicação cirúrgica e mortalidade na DUP

A

Classicamente: Sangramento
Sabiston: Perfuração

153
Q

Sangramento maciço na DUP

A

Perfuração da parede posterior do duodeno lesando a gastroduodenal

154
Q

Explosão - Primário, superpressurização

A

Lesão de estruturas ocas

Pneumotórax, ruptura timpânica, lesões de ouvido médio, lesão ocular com descolamento de retina, concussão cerebral.

155
Q

Explosão - Secundária, fragmentos e debris

A

Ferimentos penetrantes ou contusos

Lesões oculares penetrantes

156
Q

Explosão - Terciária, lançado pela onda de ar

A

Fraturas, amputações traumáticas, TCE aberto ou fechado

157
Q

Explosão - Quaternária, miscelânea

A

Queimaduras, TCE aberto ou fechado, asma, DPOC, angina, hipoglicemia, hipertensão, exacerbação de doenças prévias

158
Q

Escala de Injúria Hepática

A

I, II e III → simples

IV, V, VI → complexas

I - H subcapsular < 10% | Laceração < 1 cm de profundidade

II - H 10 a 50% ou intraparenquimatoso < 10 cm de diâmetro | L 1 a 3 cm com < 10 cm de extensão

III - H > 50% , expansivo, roto com sangramento ativo ou intraparenquimatoso > 10 cm | L > 3 cm de profundidade

IV - L Ruptura parenquimatosa 25 a 75% de um lobo ou 1 a 3 segmentos dentro de um lobo

V - L rotura > 75% de um lobo ou > 3 segmentos | V justa-hepática (cava inferior retro-hepática e hepáticas)

VI - venosa - Avulsão hepática

159
Q

Escala de Injúria Esplênica

A

I - H subcapsular < 10% | Laceração < 1 cm de profundidade

II - H 10 a 50% ou intraparenquimatoso < 5 cm de diâmetro | L 1 a 3 cm sem envolvimento das trabéculas

III - H > 50% , expansivo, roto com sangramento ativo ou intraparenquimatoso ≥5 cm | L > 3 cm de profundidade ou envolvendo vasos da trabécula

IV - Laceração com envolvimento segmentar ou hilar produzindo desvascularização (> 25%)

V - baço fragmentado ou desvascularizado

160
Q

Escala de Injúria Renal

A

I - C hematúria, estudos urológicos normais | H subcapsular

II - H perirrenal confinado ao retroperitônio | L < 1 cm sem extravasamento de urina

III - L > 1 cm sem lesão do sistema coletor ou extravasamento de urina

IV - L no córtex, medula e sistema coletor | V veia ou artéria renal principal com hemorragia contida

V - rim fragmentado | desvascularização renal