Cirurgia do Trauma Flashcards
Protocolo de Transfusão Maciça no Trauma
Crioprecipitado no primeiro pacote → corrigir fibrinogênio
Ácido tranexâmico 1 g nas primeiras 3 h
6 U de plaquetas
Trauma renal - I
Contusão: hematúria micro ou macroscópica com estudos urológicos normais
Hematoma: subcapsular, não expansível, sem laceração parenquimatosa
Trauma renal - II
Hematoma: perirrenal não expansivo confinado ao retroperitônio
Laceração: < 1 cm de profundidade sem extravasamento de urina
Trauma renal - III
Laceração: > 1 cm de profundidade sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento de urina
Trauma renal - IV
Laceração: através do córtex rena, medula e sistema coletor.
Vascular: hemorragia contida devido a lesão de artéria ou veia principal
Trauma renal - V
Laceração: destruição renal completa
Vascular: avulsão do hilo renal com desvascularização
Indicações absolutas de cirurgia no trauma renal
Instabilidade hemodinâmica severa
Hematoma retroperitoneal expansivo, pulsátil
Disjunção pieloureteral total
Lesões de grau 5
Indicações de toracotomia de reanimação - trauma contuso
Sinais vitais na cena, no transporte ou na emergência, com RCP < 5 minutos
Indicações de toracotomia de reanimação - trauma penetrante
Sinais vitais na cena, no transporte ou na emergência, com RCP < 15 minutos
Manobra de Cattell-Braasch
Hematoma de zona 1 inframesocólica
Rotação visceral medial direita
Acesso a aorta infrarrenal, veia cava infra-hepática
Manobra de Kocher
Mobilização do complexo pancreatoduodenal
Manobra de Mattox
Hematoma de zona 1 supramesocólico
Rotação visceral medial esquerda
Acesso a aorta suprarrenal, tronco celíaco, AMS, artéria renal proximal, VMS
A regra dos 9 para adultos
Cabeça 9%. Tórax 9% Abdome 9% Cada Braço: 9%. Cada Perna: 18%.
A regra dos 9 para crianças
Redução dos membros inferiores e aumento da cabeça
Fórmula de Park
4 mL/kg por % SCQ
Na décima edição do ATLS 4 ml para elétrica e 2 ml para as demais.
Critérios LPD positivo
Conteúdo GI - sangue não coagulável Bactérias pelo Gram > 100.000 hemácias/ml³ > 500 leucócitos/ml³ Amilase > 175 mg/dl
Contraindicações a LPD
Absoluta:
- Quando há indicação para laparotomia
Relativas:
- Coagulopatia
- Gravidez
- Obesidade
- Cirurgia prévia
Contraindicações a TC
Instabilidade hemodinâmica
Alergia a contraste
Paciente não colaborativo
Demora para realizar o exame
Tríade da morte
Hipotermia
Acidose metabólica
Coagulopatia
Mortalidade 50%
Critérios para controle de danos
pH < 7,25
Tax < 34ºC
Transfusões múltiplas > 10 CHAD
Sangramento difuso
Não explorar hematomas não expansivos
Retroperitônio
Perirrenal
Pélvicos
Hematoma retroperitoneal - Zona I
Central: compreende o pâncreas, a aorta e a cava abdominal
Devem ser explorados cirurgicamente (manobra de Kocher e gastroepiploico)
Hematoma retroperitoneal - Zona II
Laterais: rins, baço, porções retroperitoneais do cólon
Devem ser explorados hematomas expansivos ou pulsáteis (Cattell e Mattox)
Hematoma retroperitoneal - Zona III
Compreende a pelve
Não devem ser abordados. Arteriografia diagnóstica e terapêutica.
Zona quente
Epicentro do acidente. Deve evitar o excesso de pessoas e recursos pelo risco de novos eventos adversos.
Zona morna
Região segura mais próxima do evento. Posto médico avançado para tratamento inicial das vítimas mais graves.
Zona fria
Região mais segura. Maior parte dos recursos humanos e materiais para atendimento.
Triagem START
Simple Triage and Rapid Treatment
Parâmetros clínicos: capacidade de locomoção, respiração, enchimento capilar e nível de consciência
Verde: estável, deambula, pode aguardar
Amarelo: potencialmente grave, sem riscos em 2 horas
Vermelho: grave, risco em 2 horas (30-2 pode fazer)
Preto: óbito
Cricotireoidostomia
Na suspeita de obstrução completa diminuir o fluxo de O2 de 12l para 6l
Crianças > 12 anos é contraindicado cricotireoidostomia cirúrgica
Retenção de CO2 e relação 4:1
Complicações da traqueostomia
Hemorragia: vasos tireoidianos e jugular anterior
Fístula traqueocutânea: manutenção do tecido epitelizado
Fístula traqueovascular: artérias inominada
Indicação de traqueostomia na sala de emergência
Trauma de laringe: rouquidão, enfisema subcutâneo, fratura palpável
Trauma interpretado pelo SNC
SNA - eixo hipotálamo hipofisário → adrenal: catecolaminas e glicocorticoides
Citocinas anti-inflamatorias
IL-4 e IL-10
Inibem a produção de TNF α, IL-1 e IL-6
IL-1
Baixas concentrações - estímulo imunológico positivo
Altas concentrações - febre, hipotensão e proteólise
IL-3
Inflamatória
Estimula a proliferação de células medulares progenitoras de eritrócitos
IL-6
Grandes concentrações no politraumatizados
Estimula a produção hepática de proteínas na fase aguda
Altos níveis - associado a maior mortalidade e gravidade
Interferon γ
Ativação de leucócitos e fibroblastos
Fator de Necrose Tumoral - TNF α
Promove a proliferação de células T, células B ativadas
Estimula a secreção de citocinas por células T
Aumenta a citotoxicidade de células NK
Cortisol
Função catabólica, no equilíbrio eletrolítico e no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos
Mobilização de AA na musculatura
Potente efeito anti-inflamatório.
NT-κβ
Função reduzida pelo cortisol
Influencia a resposta imunológica inata e adaptativa , inflamação, resposta ao estresse, desenvolvimento de células B, organogênese linfoide
Neutrófilos
Aumento decorrente da mobilização de células agrupadas junto aos vasos sanguíneos
Volume intra e extra-celular
1/3 Extracelular - variável
2/3 Intracelular - fixo
Composição de água
60% homem jovem
50% mulher jovem
Movimento diário de água no TGI
8 a 10 litros dos quais apenas 200 ml são eliminados nas fezes
Nível de glicemia em paciente internados
140 a 180 mg/dL
Redução da glutamina - fase catabólica
Mais abundante AA livre intracelular
Tem a mesma origem da alanina (glutamato)
Alanina = gliconeogênese
Aumento da produção de alanina e redução de glutamina
É fonte de energia para enterócitos
Distúrbio metabólico mais comum após gastrectomia
Anemia
Fase catabólica - endócrina
↑ ACTH, cortisol, HAD, hormônio do crescimento, glucagon, renina , aldosterona
↓ Insulina
Fase catabólica - metabólica
Carboidratos: hiperglicemia, aumento da resistência insulínica, intolerância a glicose
Proteínas: aumento do catabolismo
Gorduras: aumento da lipólise
Fase catabólica - água e eletrólitos
Retenção de água e sódio
Excreção aumentada de potássio
Cortisol
Mobiliza AA da musculatura
Estímulo a lipólise
Aumento de 4-5 vezes o normal por mais de 24h
Catecolaminas (epinefrina)
Vasoconstrição
Estímulo da glicogenólise, gliconeogênese e lipólise
Necessária a presença de glicocorticoides
Elevado de 48 a 72h
ADH
Reabsorção de água pelos túbulos renais Retenção hídrica PO Oligúria funcional, edema Vasoconstrição esplâncnica Estímulo a glicogenólise e gliconeogênese Pode permanecer elevado por 1 semana
Aldosterona
Lesão tecidual - balanço de K positivo
Manutenção do volume intravascular
Glucagon
Estimula a glicogenólise e inibe a síntese de glicogênio
- Atividade lipolítica
- Efeito permissivo do cortisol
Insulina
Principal hormônio anabolizante
- Armazena glicose e ácidos graxos
- Secreção reduzida pelas catecolaminas
- Meia vida reduzida
- Ação periférica bloqueada
Atrasam a recuperação
Ansiedade e medo Disfunção orgânica Íleo pós-operatório Náusea e vômitos Jejum prolongado Drenos Hipoxemia Tubos Cateteres
Perdas ocultas
Perdas do intravascular para o intersticial
Diabetes Insípido
↓ ADH (Arginina Vasopressina - AVP) Poliúria Hipernatremia Desidratação Perda excessiva de fluído
Ameaça iminente a vida
B - pneumotórax hipertensivo ou aberto, hemotórax maciço e contusão pulmonar
C - sangramento ativo por lesões pulmonares, vasos sistêmicos, lesões pulmonares ou cardíacas, tamponamento cardíaco
Hérnia diafragmática
Trauma fechado por aumento da pressão intra-abdominal
Frequência igual a D/E, mas mais diagnosticadas a E
Laparotomia
Hemotóroax progressivo
> 150 (200) ml/h por 2 a 4 horas
Queda hematimétrica e necessidade de transfusões
Sugere sangramento ativo
Artéria intercostal ou outro vaso sistêmico
VATS, angiografia, toracotomia
Hemotórax coagulado
Não há expansão após drenagem de tórax
> 500 ml estimado
> 1/3 do tórax ao Rx
Tratamento: VATS 3 a 5 dias, fibrinolítico, toracotomia
Pneumotórax
A causa mais comum é lesão de parênquima pulmonar
95% tratado pela drenagem do tórax
Pneumotórax laminares podem ser tratados por fisioterapia (desde que não seja necessário IOT)