Cirurgia Pediátrica Flashcards

1
Q

Enterocolite necrosante

A

Prematuros, asfixia perinatal, cateter umbilical, restrição de crescimento intrauterino, início de dieta enteral
Raro antes do 5º dia de vida
Irritabilidade, hiporexia
Dor, distensão, vômitos, evacuação com sangue, resíduo gástrico

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2
Q

Enterocolite necrosante - Rx

A

Edema de alça, níveis hidroaéreos

Ar na parede das alças (pneumatose intestinal)

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3
Q

Enterocolite necrosante - cirurgia

A

Resseção de área necrosada

Estoma (evitar anastomose primária)

Prematuros extremos (<1 kg) considerar apenas drenagem para alívio de pneumoperitônio

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4
Q

Doença de Hirschsprung

A

♂ 4:1 ♀
Defeito da migração de células ganglionares
-Plexos mioentéricos (Auerbach)
- Plexos submucosos (Meissner e Henle)

Toque retal - fezes “explosivas”
Biópsia retal (padrão ouro)

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5
Q

Doença de Hirschsprung - cirurgia

A

Clássico em 3 tempos

  • Abaixamento colorretal
  • Duhamel / Soave /Swenson
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6
Q

Anomalia anorretal

A

Malformações associadas
- Geniturinárias (20 a 54%)

Tipos mais frequentes:

  • Masculino - Fístula retouretral
  • Feminino - Fístula retovestibular, seguida de fístula perineal
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7
Q

AAR alta

A

Mecônio na urina, ou fístula retovestibular ou cloaca.
Distância entre marca anal e reto > 1 cm

Cirurgia em 2 tempos:

  • Desvio de trânsito e depois anorretoplastia sagital posterior (cirurgia de Peña)
  • Localização do esfíncter - eletroestimulador
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8
Q

AAR baixa

A

Fístula perianal ou invertograma distância entre a marca anal e o reto ≤ 1 cm

Conduta cirurgia perineal sem colostomia

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9
Q

Invaginação intestinal (intussuscepção)

A

Telescopagem de segmento intestinal no lúmem do intestino adjacente (sentido da peristalse)

Íleocecal (80%)

Idiopática (associada a infecção respiratória) 90%

Principal causa de obstrução intestinal no 2º semestre de vida

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10
Q

Invaginação intestinal - quadro clínico e US

A
Quadro obstrutivo - dor tipo cólica
Vômitos e distensão mais tardios
Massa abdominal móvel (chouriço)
Fezes mucosanguinolentas
(geleia de morango)

US:

  • Corte transversal - imagem em “alvo”
  • Corte longitudinal - “pseudo rim”
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11
Q

Invaginação intestinal - Rx

A

Enema opaco - sinal da taça

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12
Q

Hérnia Inguinal

A

Principal causa de obstrução intestinal no 1º semestre de vida

♂ 3:1 até 10:1 ♀
Lado direito - 60%
Incidência - 1º ano
Pico - 1º mês de vida

Persistência do conduto peritônio vaginal

Indireta - tipo 1 de Nyhus

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13
Q

Hérnia Umbilical - cirurgia

A

Anel menor que 1,5 cm (85% fecha até 3 anos e 96% até 6)

Anel Maior que 1,5 cm

Concomitantes com hérnia Inguinal

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14
Q

Distopias testiculares

A

TTO Cirúrgico a partir de 6 meses - orquidopexia

Hormonal com gonadotrofina - não mais utilizado

Considerar estados intersexuais: criptorquidia
bilateral e criptorquidia associada a hipospádia

Casos não palpáveis - laparoscopia (2 tempos)

Maior chance (40 x) de desenvolver Tu testicular

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15
Q

Escroto agudo - Torção de testículo

A

Distribuição bimodal (neonatal e adolescência)

Sinal de Prehn negativo (alivio da dor com elevação)

Extravaginal (neonatal - 12%) - torção em torno do cordão inguinal

Intravaginal: período puberal - torção em torno da circulação dentro da túnica vaginal

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16
Q

Escroto agudo - Cx torção de testículo

A

Tratamento cirúrgico - ideal até 6 horas

Via de acesso - inguinotomia

Testículo viável - distorção e fixação dos 2 testículos

Necrose - orquiectomia e orquidopexia contralateral

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17
Q

Escroto agudo - Orquiepididimite

A

Causas - parotidite epidêmica, trauma e refluxo para ducto deferente (uropatia de refluxo)
Sinal de Prehn positivo

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18
Q

Onfalocele

A

Cordão umbilical sempre no ápice

Alta incidência de mal-formações associadas: Síndrome da linha média, Pentalogia de Cantrell, Síndrome de Beckwith-Wiedmann, Trissomias 13-15 e 16-18

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19
Q

Onfalocele - Tratamento

A

Capsula íntegra - eletivo

Ruptura da cápsula - urgência

Grandes defeitos - escalonado (silos de silicone)

20
Q

Síndrome da linha média

A

Fissura vésico-intestinal, atresia colônica, extrofia da bexiga, ânus imperfurado, defeitos na coluna sacral e meningomielocele

21
Q

Síndrome de Beckwith-Wiedmann

A

Defeitos da região umbilical, macroglossia, gigantismo e hipoglicemia

22
Q

Pentalogia de Cantrell

A

Defeito do esterno, parede abdominal, diafragma, pericárdio, cardíaca

23
Q

Gastrosquise

A

Defeito congênito a direita do cordão umbilical

Conteúdo exteriorizado de vísceras ocas

Sem membranas recobrindo vísceras

Baixa incidência de malformações associadas (15%)

24
Q

Gastrosquise - Tratamento

A

Conduta clínica - sonda orogástrica, proteção das alças (hipotermia - preservação da perfusão)

Conduta cirúrgica - fechamento do defeito - Silo

25
Q

Hérnia de BochdaLek

A

Hérnia mais comum
Póstero Lateral
Mais comum a esquerda (Left) - 90%

Sala de parto: cianose, acidose, desconforto respiratório, apgar baixo, ictus cordis desviado, RX com alças no tórax

26
Q

Hérnia de Bochdalek - Cirurgia

A

Avaliar tratamento clínico e após melhora de hipertensão pulmonar e acidose

  • Laparotomia ou toracotomia a esquerda
  • Reparo do diafragma (primário, ou tela ou pericárdio bovino)
27
Q

Hérnia de MoRgani

A
Antero lateral (Meio)
Mais comum a direita (Right) - 90%

Normalmente com saco herniário
▪ Má formações associadas: cardiopatia, onfalocele e trissomia do 21

28
Q

Hérnia de MoRgani - Cirurgia

A

Tratamento cirúrgico - toracotomia

29
Q

Atresia do Esôfago

A

Interrupção da luz esofágica podendo existir comunicação com a árvore brônquica

1:3.000 a 1:4.500 nascidos vivos

Outras malformações em 50 a 70% (Cardíacas - 20 a 25%)
VACTERL

30
Q

VACTERL

A
Anomalias
Vertebrais
Anorretais
Cardíacas
Traqueais
Esofágicas
Renais e osso Rádio
Membros (Limbs)
31
Q

Atresia do Esôfago - Quadro clínico

A

Pré-natal: Polidrâmnio, estômago pequeno ou ausente, coto esofágico proximal dilatado

Sala de parto: impossibilidade de progredir a sonda

Berçário: salivação excessiva, sintomas respiratórios (aspiração da saliva)

32
Q

Atresia do Esôfago - Conduta

A

Inicial: Jejum, decúbito elevado e suporte nutricional e avaliação radiológica (contraste)

Toracotomia posterolateral direita com acesso extrapleural

33
Q

Estenose hipertrófica do piloro

A

1:400 nascidos vivos
Primogênitos do ♂

85% massa móvel palpável (oliva pilórica)
Peristaltismo de luta (Kussmaul)
Depleção / alcalose metabólica, acidúria paradoxal e hipopotassemia
Sinal do estômago cheio - vascolejo

Ausência de bilirrubina no vômito

34
Q

Estenose hipertrófica do piloro - cirurgia

A

Piloromiotomia (Fredet-Ramstedt - Weber)

Possibilidade de dieta via oral logo após a cirurgia

35
Q

Atresias e obstruções duodenais

A

Intrínsecas: atresia, estenose e membranas
Extrínsecas: pâncreas anular, má rotação intestinal com bandas de Ladd e duplicidade duodenal

Mais comum: distal a papila → vômitos biliosos cursando com acidose

Associado a Down (20 a 30%), VACTERL, anomalias do SNC e cardíacas

36
Q

Atresia de vias biliares

A

Anemia, má nutrição, deficiência de vitaminas lipossolúveis, esplenomegalia, ascite e cirrose
Aumento de bilirrubinas direta, enzimas canaliculares (FA e GGT)

Cintilografia hepática (DISIDA) - drenagem biliar
Biópsia hepática percutânea (antes do 10º dia)

37
Q

Atresia de vias biliares - cirurgia

A

Aceito até idade de 10 semanas

Procedimento de Kasai: portoenteroanastomose em Y de Roux

Ponto de entrada da via biliar no fígado - “Porta hepatis”

38
Q

Atresia de vias biliares - acompanhamento PO

A

Complicação mais importante: colangite

Falência hepática ou da anastomose: transplante

Doença evolutiva - 90% evolui a transplante

39
Q

Dilatação congênita de vias biliares

A
Prevalência em orientais e sexo ♀ (4 : 1)
Tríade clássica (1º década)
- Dor abdominal
- Icterícia
- Lesão palpável no hipocôndrio direito

Problemas:

  • Colangite destruição do parênquima hepático
  • Cursam com neoplasia maligna
40
Q

Classificação de Todani - I

A

Fusiforme → excisão total, colecistectomia e HJ em Y de Roux

41
Q

Classificação de Todani - II

A

Diverticular → excisão total e HJ em Y de Roux

42
Q

Classificação de Todani - III

A

Coledococele (cisto dentro do duodeno) → esfincteroplastia (não neoplásico)

43
Q

Classificação de Todani - IV

A

IVa: cistos intra e extra-hepáticos → excisão total, hepatectomia parcial e HJ

IVb: cistos extra-hepáticos → excisão total, colecistectomia e HJ em Y de Roux

44
Q

Classificação de Todani - V

A

Doença de Caroli (cistos intra-hepáticos) → hepatectomia ou transplante

45
Q

Principal causa de obstrução em crianças no 1º semestre

A

Hérnias da parede abdominal estranguladas (principalmente inguinal)

46
Q

Principal causa de obstrução em crianças no 2º semestre

A

Intussuscepção, invaginação

47
Q

Neuroblastoma

A

Tumores sólido extracraniano mais comum na infância
90% < 5 anos e 30% no primeiro ano
65% no abdome, sendo 50% na medula adrenal
20% tórax, 5% no pescoço e 5% na pelve
35% disseminação linfonodal
Tratamento: iniciar com QxT, RxT (associada, pacientes de alto risco)
Cirurgia: até estágios 2B (localizados, N0 ou ipsilateral), nos demais laparoscopia para biópsia
3: bilateral ou linfonodo contralateral
4: linfonodo a distância ou metástase
4S: < 1 ano com metástase, tumor primário localizado e alto risco de diferenciação espontânea.