Cirurgia Plástica Flashcards

1
Q

Excisão tangencial em queimaduras

A

Remoção sequencial de finas camadas de tecido queimado necrótico até atingir tecido viável, com enxertia imediata.
Precoce < 7 dias ou tardia > 7 dias
Faz uso de dermátomo ou faca de Blair

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2
Q

Excisão fascial em queimaduras

A

Em desuso

Consistia na remoção da queimadura em bloco, atingindo toda a gordura subjacente, até a fáscia muscular.

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3
Q

Câncer de pele não melanoma

A

Carcinoma basocelular
Carcinoma espinocelular
Neoplasias mais frequentes no Brasil e no mundo

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4
Q

Lesões benignas

A
Ceratose seborreica
Nevo epidérmico linear (verrucoso)
Nevo comedônico
Acantoma de células claras
Cistos
Disceratoma verrucoso
Tumor triquilemal
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5
Q

Lesões pré-malignas

A
Ceratose actínica
Leucoplasia oral
Papilomatose oral florida
Doença de Bowen
Eritroplasia de Queyrat
Corno cutâneo
Ceratoacantoma
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6
Q

Ceratose seborreica

A

Redondas ou ovaladas, round or oval, marrom claro a preto

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7
Q

Ceratose actínica

A

Devido a exposição solar

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8
Q

Leucoplasia oral

A

Relacionado ao CEC da língua

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9
Q

Papilomatose oral florida

A

Possibilidade de carcinoma verrucoso

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10
Q

Doença de Bowen

A

Carcinoma espinocelular in situ

Fase precoce e localizada do CEC

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11
Q

Eritroplasia de Queyrat

A

Relação com papiloma vírus (CEC)
Preferencialmente no pênis (vulva e vagina)
Tratamento tópico com fluorouracil

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12
Q

Ceratoacantoma

A

Crescimento rápido
Involução espontânea (deixa cicatriz)
A partir do folículo piloso
Baixo risco de malignização

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13
Q

Carcinoma basocelular - CBC

A

Mais comum (75% dos tumores malignos)
Face, orelha, pescoço, couro cabeludo, tronco
Tende a ser agressivo localmente
Baixo índice de metástases linfonodais e sistêmicas

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14
Q

Características CBC

A

Pápula rósea, bordos perláceos, aparência translúcida, finas teleangiectasias e crescimento progressivo

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15
Q

Classificação CBC

A

Nodular, ulcerado, superficial, sólido, pigmentado, esclerodermiforme, cístico

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16
Q

Carcinoma espinocelular - CEC

A

Mais agressivo com chance de metástase (linfonodal)
Áreas de exposição, lábio, membros superiores, pênis, queimaduras (Marjolin)
Placas e nódulos (crostas e ulceração)

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17
Q

Úlcera de Marjolin

A

Área de queimadura prévia com histórico de cicatrização deficiente.
Comportamento um pouco mais agressivo que o CEC que costuma ocorrer em outros locais.

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18
Q

Tratamento CBC

A

CBC nodular ≤2 cm: margens de 4 mm
CBC alto risco de recidiva (esclerodermiforme, RTX prévia ou tumores já recidivados): margens de 10 mm
CBC tipo superficial - terapia fotodinâmica

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19
Q

Tratamento CEC

A

Margem 5 mm

Linfonodos suspeitos ou positivo → linfadenectomia ou seletiva + RTX adjuvante

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20
Q

Tratamento CEC in situ

A

Ceratose bowenoide tratamento tópico:
Fluoruracila (Efurix®)
Imiquimode (Aldara®)
Criocirurgia

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21
Q

RxT em carcinoma de pele não melanoma

A

1ª opção: idosos, múltiplas lesões (exemplo: face)

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22
Q

Cirurgia Micrográfica de Mohs

A

Biópsias de congelação sucessivas
Avaliação das margens
Tumores não melanoma

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23
Q

Melanoma

A

Neoplasia de pele mais agressiva (mortalidade 75%)

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24
Q

Tipos de melanoma

A

Extensivo superficial (70%)
Nodular (15%) - pior prognóstico
Lentiginoso maligno (10%) - melhor prognóstico
Acral (5%) - extremidades, principalmente em negros

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25
Q

Melanoma nodular

A

Pior prognóstico

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26
Q

Estadiamento melanoma

A

Importância prognóstica
Orientação do tratamento
Clark e Breslow

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27
Q

Estadiamento de Clark

A

Crescimento radial - níveis I e II

Crescimento vertical - níveis III, IV e V

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28
Q

Clark - I

A

Proliferação intraepidérmica sem componente invasivo (melanoma in situ)

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29
Q

Clark - II

A

Infiltração de células isoladas na derme papilar

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30
Q

Clark - III

A

Comprometimento da derme papilar por células tumorais, chegando próximas à derme reticular

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31
Q

Clark - IV

A

Franco comprometimento da derme reticular por células tumorais

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32
Q

Clark - V

A

Infiltração das células tumorais no tecido celular subcutâneo

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33
Q

Estadiamento de Breslow

A
Profundidade linear da invasão
Fino < 1 mm
Espesso > 4 mm
> 1 mm - risco de metástase linfonodal
Outros fatores: ulceração, índice mitótico, satelitose, margens comprometidas
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34
Q

Estadiamento sistêmico

A

Casos iniciais: RX tórax e US abdominal

Suspeita de metástase linfonodais ou a distância: RNM de crânio, PET-CT

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35
Q

Ampliação - in situ

A

0,5 a 1 cm

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36
Q

Breslow < 1 mm

A

1 cm de ampliação

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37
Q

Breslow > 1 mm OU ulceração

A

Ampliar 1,0 cm e biópsia de linfonodo sentinela

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38
Q

Breslow 1 - 2 mm

A

Ampliar 1,0 - 2,0 cm e linfonodo

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39
Q

Breslow > 2 mm

A

Ampliar 2,0 cm ou mais e linfonodo

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40
Q

Estádio - IA

A

Breslow <1 mm, sem ulceração, <1 mitose/mm² e N0

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41
Q

Estádio - IB

A

Breslow <1 mm, com ulceração ou >1 mitose/mm² e N0;

Breslow 1,01 a 2,0 mm e sem ulceração e N0

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42
Q

Estádio - IIA

A

Breslow 1,01 a 2,0mm e com ulceração e N0

Breslow 2,01 a 4,0mm e sem ulceração e N0

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43
Q

Estádio - IIB

A

Breslow 2,01 a 4,0 mm e com ulceração e N0

Breslow >4,0 mm e sem ulceração e N0

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44
Q

Estádio - IIC

A

Breslow >4,0 mm e com ulceração e N0

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45
Q

Estádio - III ABC

A

N+ ou metástases em trânsito ou satélites

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46
Q

Estádio - IV

A

Metástase a distância

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47
Q

Linfonodo sentinela

A

1º linfonodo a receber drenagem linfática
Breslow >1 mm
Breslow entre 0,8 e 1 mm com ulceração

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48
Q

Avaliação do linfonodo sentinela

A

Negativo: segurança alta de não disseminação

Positivo: esvaziamento radical

Linfonodo palpáveis: esvaziamento linfonodal radical

Metástase a distância: avaliação individualizada

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49
Q

Tratamento adjuvante

A

Alto risco de recidiva
Antes de 2010: pouco eficazes (dacarbazina) ↑ toxicidade (interleucina 2 - dose alta)
Atual: imunoterapia: ipilimumabe/nivolumabe
Terapia-alvo: vemurafenibe/cobimetinibe

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50
Q

Perfusão/infusão isolada hipertérmica de membros

A

Recidiva em tecidos profundos de MMII sem meta visceral

Circulação extracorpórea do membro/drogas antineoplásicas em hipertermia (melfalana associada ou não a dactinomicina)

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51
Q

Breslow - in situ

A

0,5 cm de margem

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52
Q

Breslow - Espessura < 1 mm

A

Ampliar 1 cm de margem

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53
Q

Breslow - Espessura > 1 mm ou ulceração

A

Ampliar 1,0 cm e biópsia de linfonodo sentinela

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54
Q

Breslow - Espessura 1 - 2 mm

A

Ampliar 1,0 - 2,0 cm e linfonodo

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55
Q

Breslow - Espessura 2,01 - 4,00 mm

A

Ampliar 2,0 cm ou mais e linfonodo

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56
Q

Fatores de pior prognóstico no melanoma

A
Paciente idosos (embora jovens tenham mais metástase linfonodal)
Axial (tronco, cabeça e pescoço)
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57
Q

Melanoma lentigo maligno

A

Regiões palmar e plantar, no leito ungueal e nas mucosas

Costuma apresentar mau prognóstico

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58
Q

Zona de coagulação

A

Área necrótica central

Dano irreversível

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59
Q

Zona de estase

A

Inicialmente dilatação dos vasos e difusão capilar.
Depois de 24 a 48 horas, os capilares são obstruídos, resultando na zona de coagulação.
↑ Tromboxano A2 (vasoconstritor)
Associado a dano vascular com extravasamento
Pode apresentar evolução favorável se tratado adequadamente

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60
Q

Zona de hiperemia

A

Vasodilatação, inflamação ao redor da queimadura

Tecido claramente viável

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61
Q

Queimadura de 1º grau

A

Acomete a epiderme apenas
Dolorosas, eritematosas esbranquiçadas ao troque com barreira epidermal intacta
Não resulta em cicatriz
AINE e tratamentos tópicos

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62
Q

Queimadura de 2º grau superficial

A

Epiderme e derme superficial
Eritematosa, dolorosa, esbranquiçada ao toque normalmente bom flictenas.
Re-epitelização espontânea em 1-2 semanas
Pode cursar com discromia

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63
Q

Queimadura de 2º grau profunda

A

Epiderme e derme profunda
Pálida, mosqueada, não esbranquece ao toque, dolorosa
Re-epitelização em 2-5 semanas a partir dos folículos pilosos e queratinócitos de glândulas
Normalmente desenvolve cicatriz severa

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64
Q

Queimadura de 3º grau

A

Acomete até a gordura subcutânea
Escara em couro, endurecida, indolor, nacarada
Perda dos anexos, re-epitelização pelas bordas
Desbridamento e enxerto

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65
Q

Queimadura de 4º grau

A

Acometendo músculos e ossos

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66
Q

Se elevam na queimadura

A

Padrão endócrino catabólico, níveis elevados de glucagon, cortisol e catecolaminasõ

67
Q

Reduzem na queimadura

A

Insulina e T3

68
Q

Alterações na queimadura

A

Perda de plasma inicial
Perda da massa eritrocitária (8 a 12% ao dia)
Íleo paralítico (>25% SCQ) retorno do 3º ao 5º dia

69
Q

Principal causa de morte no incêndio

A

Hipóxia - inalação de CO2

70
Q

Principal causa de morte após o incêndio

A

Infecção

71
Q

Regra dos 9 de Wallace Crianças

A
Cabeça: 18%.
Tronco: 36%.
Cada Braço: 9%.
Cada Perna: 14%.
Ou seja, tira das pernas e coloca na cabeça
72
Q

Fórmula de Parkland

A

2mL/kg/SCQ > 14 anos
3mL/kg/SCQ <14 anos ou 30kg
4mL/kg/SCQ em queimadura elétrica

73
Q

Efeitos da queimadura

A
Aumento da permeabilidade vascular, mucosa intestinal e edema
Imunossupressão
Redução do fluxo renal
Alterações hemodinâmicas
Hipermetabolismo
74
Q

Estado catabólico

A

Secreção de catecolamina, glicocorticoide, glucagon e dopamina
IL1 e 6, fator de ativação plaquetário, TNF, endotoxinas, complexos de aderência de neutrófilos, espécies reativas de oxigênio, NO, cascata de coagulação

75
Q

Fase ebb

A

↓ DC, consumo de O2
↓ Metabolismo, insulina, extremidades frias
↑ Glicemia, glucagon

76
Q

Fase flow

A

Estado hiperdinâmico e hipermetabólico
↑ DC, temperatura
↑ catecolaminas, glucagon, glicemia

77
Q

Queimadura elétrica

A
Porta de entrada e saída
Arritmias transitórias
Fasciotomia
Aumento da mioglobina - risco de IR
Hidratação com RL, manitol, alcalinização da urina
78
Q

Queimadura química

A

Afastar do produto químico (remover roupas)

Lavagem exaustiva

79
Q

Queimadura por ácidos

A

Dor, ulceração e necrose

80
Q

Queimadura por bases

A

Mais comuns - mais profundas com necrose de liquefação e coagulação

81
Q

Aumentar o aporte calórico

A

Fator injúria na nutrição x2 no grande queimado e sepse

Fórmula de Curreri e Luterman = (25 kcal/kg peso) + (40 kcal x %SCQ)

82
Q

Úlceras de Curling

A

Úlcera gástrica pelo estresse da queimadura

Profilaxia com protetor gástrico

83
Q

Sulfadiazina de prata

A

Vantagens: indolor, visibilidade na ferida, fácil uso, mantém mobilidade
Desvantagens: neutropenia

84
Q

Acetato de mafenida

A

Vantagens: boa penetração, visibilidade na ferida, sem resistência bacteriana, mantém mobilidade
Desvantagens: dor, droga de 2ª escolha, hipocalemia, inibição da anidrase carbônica pulmonar

85
Q

Nitrato de prata a 0,5%

A

Vantagens: não causa hipersensibilidade, indolor, não tem resistência bacteriana
Desvantagens: pouca penetração na escara, descoloração da ferida, troca várias vezes/dia, hiponatremia e hipocalemia

86
Q

Excisão e enxertia da pele

A

Após estabilização
Debridamento do tecido queimado inviável
Padrão-ouro - excisão tangencial do tecido queimado e cobertura cutânea imediata

87
Q

Cicatriz hipertrófica

A

Tendem a regredir
Mantém-se no leito das feridas
Surgem nas primeira 4 semanas

88
Q

Queloides

A

Estendem-se além das bordas das feridas
Costumas aparecer alguns meses após a lesão inicial
Predisposição genética e alterações no processo de cicatrização

89
Q

Choque da queimadura

A

Aumento da permeabilidade → intensa perda de líquido do intravascular para o terceiro espaço.

90
Q

Responsáveis pela vasodilatação

A

Histamina, bradicinina, prostaciclina (PGI2) e prostaglandina E2 (PGE2)

91
Q

Fórmula de Curreri

A

Calorias = 25 kcal/kg/dia + 40 Kcal/SCQ

92
Q

Sinais de lesão por inalação

A

Tosse com escorro carbonáceo, rouquidão, sibilos, broncorreia e hipoxemia sem causa aparente

93
Q

Microrganismo na BCP 5-7 dias da queimadura

A

Staphylococcus resistente a meticilina

94
Q

Microrganismos na BCP após 7 dias da queimadura

A

Gram-negativos (Pseudomonas aeruginosa)

95
Q

Indicações de via aérea definitiva

A

PaO2 < 60 mmHg; PaCO2 > 50 mmHg; PaO2 / FiO2 < 200 mmHg (SDRA); sinais de insuficiência respiratória

96
Q

Parâmetros em VM

A

Pressão platô < 30 cmH2O; VC 4 a 6 ml/kg; PEEP titulada

97
Q

Clínica intoxicação por Cianeto

A

História compatível, evolução rápida para o coma, apneia central, acidose lática severa

98
Q

Antidoto para Cianeto

A

Hidroxocobalamina 70 mg/kg e Tiossulfato de sódio

99
Q

Quando realizar reposição volêmica

A

Apresentar > 20% de SCQ (exceto primeiro grau)

100
Q

Reposição PH segundo Sabiston

A

VR = peso (kg) x SCQ (%)/8

101
Q

Usar na reposição em crianças < 30 kg

A

Acrescentar dextrose a reposição volêmica

102
Q

ATLS 10ª - precisam ser transferidos para CTQ

A

Queimaduras de espessura parcial com SQC > 10%
Envolvendo face, mãos, pés, genitália e períneo
Comprometam pele sobre principais articulações
Terceiro grau em qualquer paciente
Elétricas, incluindo raios
Químicas
Lesões por inalação
Comorbidades que podem se agravar em decorrência do trauma
Queimaduras e traumas concomitantes
Crianças queimadas em hospitais sem pessoal qualificado ou equipamentos inadequados
Intervenção especial: social, emocional ou reabilitação

103
Q

Referenciar pela SCQ segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras

A

Queimaduras de 2º grau > 20% SCQ em adultos
2º grau > 10% em crianças ou maiores de 50 anos
3º grau em qualquer extensão

104
Q

Queimadura de primeiro grau

A

Superficiais. Eritema, dor moderada, não ocorrendo bolhas. AINE e hidratantes.

105
Q

Queimadura de segundo grau superficial

A

Epiderme e derme superficial. Eritematosas, dolorosas e com bolhas. Empalidecem com a compressão

106
Q

Queimadura de segundo grau profunda

A

Epiderme e profundamente na derme. Dolorosas, maior palidez e eventualmente mosqueada. Não empalidecem a compressão. Cicatriz com resultado estético ruim

107
Q

Queimadura de terceiro grau

A

Atinge o subcutâneo. Pele endurecida com aspecto de couro, translúcida ou mosqueada com aspecto de cera. Indolor, sexa, não empalidece a compressão. ATLS ESPESSURA TOTAL.

108
Q

Queimadura de quarto grau (Sabiston)

A

Ossos, tendões, músculos. Queimadura elétrica de alta voltagem. (ATLS e SBQ não consideram)

109
Q

Zonas de Jackson

A

Necrose: central. Debridamento.
Estase: ao redor. Reanimação volêmica.
Hiperemia: vasodilatação. Sem risco.

110
Q

Sulfadiazina de prata

A

Amplo espectro, não causa dor, não penetra na escara, discreta inibição da epitelização. Leucopenia (5-15%)

111
Q

Acetato de Mafenida

A

Amplo espectro, causa dor, penetra na escara, discreta inibição da epitelização. Acidose metabólica. Pequenas áreas de queimadura de 3º grau

112
Q

Bacitracina, Neomicina e Poli B

A

Espectro não tão amplo. Queimaduras faciais, enxertos, regiões doadoras de pele e pequenas queimaduras de 2º grau

113
Q

Nistatina

A

Inibe crescimento fúngico, não pode ser usado com mafenida

114
Q

Mupirocina

A

Cobertura com estafilococos, caro, não inibe epitelização.

115
Q

Nitrato de Prata 0,5%

A

Alterações eletrolíticas, metaemoglobinemia. Capaz de manchar a pele

116
Q

Hipoclorito de sódio 0,025% (Dakin)

A

Maior parte dos microrganismos, sobretudo Gram-positivo. Inibe a epitelização. Rápida inativação.

117
Q

Ácido acético 0,25%

A

Maior parte dos microrganismos, sobretudo Pseudomonas. Inibe a epitelização. Rápida inativação.

118
Q

Principal fator de proteção contra falência múltipla de órgãos em grandes queimados

A

Excisão precoce de queimadura de 2º grau profundas e 3º grau

119
Q

Excisão tangencial

A

Raspagem do segmento (0,01 a 0,03 cm). Até sangramento tecidual.

120
Q

Excisão de espessura total

A

Fatias de 0,04 a 0,08 cm. Raspagem até o tecido adiposo saudável.

121
Q

Excisão fascial

A

Queimadura de 4º grau, infecção local extensa ou fúngica que ameace a vida do paciente. Complica com linfedema.

122
Q

Prevenção de tétano (degermante)

A

MS indica o uso de degermante. ATLS ed apenas SF.

123
Q

Escarotomia

A

Queimadura profundas circunferenciais nas extremidades acometendo suprimento arterial ou no tórax limitando a ventilação. Incisão dupla

124
Q

Fasciotomia

A

Aparecimento de síndrome compartimental. Trauma ósseo com esmagamento, lesão elétrica, acometimento do tecido abaixo da aponeurose.

125
Q

Principais evidências de processo infeccioso

A

1) Evolução para necrose de toda espessura da derme. 2) Surgimento de focos de hemorragia, escuros ou negros. 3) Lesões sépticas na pele íntegra como ectima gangrenoso (Pseudomonas) ou celulite em áreas adjacentes.

126
Q

Diagnóstico definitivo de infecção em queimadura

A

Biópsia demonstrando invasão bacteriana e contagem de 104 a 107 UFC/g.

127
Q

Principais agentes infecciosos em queimaduras

A

S. aureus, P. aeruginosa e C. albicans

128
Q

Úlcera de Curling

A

Ulceração aguda do estômago e duodeno

129
Q

Síndrome de Ogilvie

A

Condição clínica com sinais, sintomas e aparência radiológica de dilatação acentuada do cólon sem causa mecânica

130
Q

Úlcera de Marjolin

A

Carcinoma de células escamosas que ocorre na cicatriz da queimadura (média de 35 anos após). Comportamento agressivo (35% metástases nodais no diagnóstico)

131
Q

Fatores externos (trauma, infecção)

A

Ativação da via extrínseca

132
Q

Trombina e demais fatores de coagulação

A

Ativação da via intrínseca

133
Q

Tromboxano

A

Produzido e liberado por plaquetas ativadas

134
Q

Polimorfonucleares

A

Primeiras células a chegarem no tecido lesado

135
Q

Macrófagos (monócitos ativados)

A

Chegam após 24h o tecido lesionado

136
Q

Macrófagos

A

Responsáveis pela produção de citocinas pró e anti-inflamatórias

137
Q

Reparação

A

Fechamento de feridas com formação de cicatrizes

138
Q

Regeneração

A

Fechamento perfeito de tecido danificado

139
Q

Primário

A

Fechamento por sutura simples, enxerto ou retalho

140
Q

Secundário ou espontâneo

A

Não são feitas suturas e os bordos ficam aberto

141
Q

Terciário ou primário tardio

A

Inicialmente a feirada é deixada aberta. Peritoniostomia.

142
Q

Inflamação, proliferação, maturação

A

Fases da cicatrização

143
Q

Inflamatória. 1 a 4 dias

A

Primeira fase. Interromper o sangramento e evitar danos maiores. Aumento da permeabilidade e migração de células

144
Q

PNM - Neutrófilos

A

Primeira célula a chegar na ferida. Responsáveis pela limpeza de debris celulares e fagocitose de bactérias.

145
Q

Macrófagos

A

Maestro da cicatrização. Célula mais importante do processo inflamatório.

146
Q

Proliferativa

A

Segunda fase. Angiogênese, fibroplasia e epitelização

147
Q

Segunda fase

A

Formação de tecido de granulação. Leito capilar, fibroblastos, macrófagos, arranjo frouxo de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico

148
Q

Angiogênese

A

Formação de novos vasos sanguíneos. Citocinas produzidas por macrófagos e plaquetas

149
Q

Fibroplasia

A

Produção de matriz extracelular, síntese de colágeno na presença de vitamina C

150
Q

Epitelização

A

Alterações nos queratinócitos: destacamento, migração, proliferação, diferenciação e estratificação

151
Q

Linfócitos

A

Mais evidentes no 5º dia com pico no 7º, correspondendo a fase proliferativa. Produzem citocinas além de manter a presença de macrófagos. Presentes em infecções bacterianas mais importantes

152
Q

Fase de maturação

A

Formação do tecido cicatricial propriamente. Equilíbrio entre síntese e degradação de colágeno, redução da vascularização e infiltração

153
Q

Contração da ferida

A

Miofibroblasto. Movimento centrípeto de toda a espessura. Reduz a quantidade de tecido cicatricial

154
Q

Miofibroblastos

A

Presentes na fase de maturação. Fibroblastos diferenciados, apresentando actina-miosina.

155
Q

Citocinas pró-inflamatórias

A

TNF-α (caquexina); IL-1, 6, 8; INF-γ

IL 2 - age na fase 2 (proliferação)

156
Q

Citocinas anti-inflamatórias

A

IL-4, 10. Aparecem na segunda fase

157
Q

Fatores de crescimento

A

PDGF; TGF-β; EGF; TGF-α; FGF; KGF; IGF-1; VEGF

158
Q

IL-4, 10 e 2

A

Produzido por linfócitos na fase proliferativa

159
Q

TNF

A

Febre anorexia, cefaleia, hipotensão, hemorragia e edema pulmonar

160
Q

LT-α

A

Febre anorexia, cefaleia, hipotensão, hemorragia e edema pulmonar

161
Q

GM-CSF

A

Produção de granulócitos e monócitos pela medula marrom e produção de mediadores pró-inflamatórios

162
Q

IFN-α

A

Inibe a replicação viral

163
Q

IL-2

A

Proliferação de células T, B ativadas, secreção de citocinas e aumenta a citotoxicidade de células NK