Cirurgia de Cabeça e Pescoço Flashcards

1
Q

Nervo laríngeo superior

A

Inerva o cricofaríngeo

Íntima relação com a a. tireoidiana superior

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2
Q

Nervo laríngeo inferior

A

Recorrente

Inervação de praticamente todos os músculos intrínsecos da laringe

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3
Q

Irrigação arterial tireoidiana

A

Carótida externa → tireoidiana superior

Subclávia → tireocervical → tireoidiana inferior

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4
Q

Drenagem venosa tireoidiana

A

Superior e média → jugular interna

Inferior → tronco braquiocefálico esquerdo

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5
Q

Calcitonina

A

Secretado por células para-foliculares C

Inibe a absorção de cálcio no osteoclasto reduz o cálcio

Marcador de carcinoma medular de tireoide

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6
Q

Hipertireoidismo

A

TSH / T3 / T4L / TRAb, US tireoide, cintilografia de tireoide

Tratamento: Metimazol/PTU, I131, cirurgia

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7
Q

Doença de Graves

A
Bócio difuso tóxico
♀ 20-50 anos
60-90% dos casos de tireotoxicose
Auto-imune: linf. B → anticorpo antirreceptor de TSH (TRAb)
Cintilografia de tireoide (RAIU)
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8
Q

Metimazol - MMI

A

Agranulocitose
Mais barato
Uso 1x ao dia

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9
Q

Propiltiouracil - PTU

A

Hepatite medicamentosa

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10
Q

Doença de Plummer

A

Nódulo solitário
Hipertireoidismo leve a moderado
Diagnóstico: cintilografia tireoidiana
Tratamento: I131, nodulectomia ou ablação

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11
Q

Cintilografia de tireoide

A

Indicada no hipertireoidismo e bócio tóxico
Difusa → Graves
Focal → Plummer
Frios → suspeitos

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12
Q

Hipotireoidismo subclínico

A

TSH alterado e T4L normal

Tratar se: TSH > 10, anti-TPO, gestação

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13
Q

Hasimoto

A
Tireoidite crônica autoimune/linfocítica
♀ 3:1 ♂
↑ risco de linfoma de tireoide
↑ anti-TPO e anti-TG
TTO: levotiroxina
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14
Q

DeQuervain

A

Tireoidite subaguda ou granulomatosa

♀ 3:1 a 5:1 ♂

Após infecção viral (coxsackie, adenovírus, sarampo e VSR)

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15
Q

Clínica DeQuervain

A

↑ doloroso (dor que vem) e liberação de hormônios → tireotoxicose → hipotireoidismo → eutireoidismo
20% de recidiva

Diagnóstico: ↑ VHS
TTO: AINE/corticoide

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16
Q

Tireoidite Aguda Piogênica

A

Dor aguda unilobular, febre alta e calafrios

S. aureus, S. pyogenes

FT normal → US e PAAF

TTO: ATB / drenagem

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17
Q

Riedel

A

Tireoidite fibrótica
30-50 anos
Disfagia, dispneia

US, PAAF, Bx a céu aberto

TTO: prednisona/TMX/MTX
Sintomas compressivos → Cx

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18
Q

Bócios

A

Atóxico → endêmico
Tóxico → doença de Graves

UNINODULAR
• Atóxico
• Tóxico → doença de Plummer

MULTINODULAR
• Atóxico
• Tóxico

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19
Q

Anatomia da tireoide

A

Irrigada por 3 pares de artérias: superior, inferior e média (ima)

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20
Q

Veia jugular

A

Apresenta 3 pares: interno, externo e anterior

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21
Q

Vascularização da traqueia

A

Os vasos sanguíneos entram lateralmente com o plano anterior ao longo da traqueia
A parede entre traqueia e esôfago é relativamente avascular

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22
Q

Anatomia nervo vago

A

O nervo laríngeo recorrente corre pelo sulco traqueoesofágico adentrando laringe posterior a articulação cricotireoidea

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23
Q

Suprimento arterial da traqueia

A
A. tireoidiana inferior
A. subclávia
A. brônquica
A. intercostal suprema
A. torácica interna
A. inominada
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24
Q

Indicações de traqueostomia

A
Obstrução de via aérea superior
Trauma de traqueia
VM prolongada (> 10 dias)
Higiene traqueobrônquica
Apneia do sono obstrutiva severa
Componente de procedimento em CCP
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25
Q

Vantagens da traqueostomia percutânea

A
  • Procedimento a beira leito
  • Pacientes com discrasias sanguíneas
  • Menor risco de sangramento e infecções
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26
Q

Vantagens da traqueostomia convencional

A
  • paciente com Obstrução de vias áreas

- Insuficiência respiratória grave (PEEP > 10 mmHg, FiO2 >70%)

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27
Q

Complicações intraoperatórias da traqueostomia

A
  • hemorragia
  • Embolia gasosa
  • Lesão da traqueia
  • Pneumotórax e pneumomediastino
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28
Q

Complicações precoces da traqueostomia

A
  • hemorragia
  • Decanulação (tempo de maturação 3-7 dias)
  • Obstrução (prevenção com umidificação e aspiração)
  • Enfisema subcutâneo (sutura apertada na pele)
  • Pneumomediastino
  • Infecção
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29
Q

Complicações tardias da traqueostomia

A

Sangramento
• > 48h pós-cirurgia
• 50% dos pacientes (fístula a. inominada)
• Mortalidade 80%
Estenose traqueal
Decanulação/ falso trajeto
Fistula (traqueocutânea, traqueoesofágica, arterial)

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30
Q

Estenose traqueal na traqueostomia

A
Iatrogênica (principal causa)
Inflamatória (granulomatose de Wegner, policondrite recidivante, sarcoidose)/ infecciosa
Neoplasia
Trauma
Inalatória
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31
Q

Fatores de risco para estenose traqueal

A
Trauma durante a IOT
IOT prolongada (> 10 dias)
Cricotireoidostomia
Traqueostomia alta
Cuff insuflado com alta pressão (deve ser <25 cmH2O)
32
Q

Tratamentos endoscópicos da estenose traqueal

A
Dilatação por balão
Ablação com laser CO2
Colocação de stent
Crioterapia
Mitomicina (inibe proliferação de fibroblastos)
33
Q

Indicação de laringotraqueoplastia

A

Obtenção de VA satisfatória durante a decanulação
Falha do TTO endoscópico
Alterações acentuadas de cartilagem

34
Q

Lesões traumáticas de brônquios e traqueia

A
Apesar de correção cirúrgica óbito em 14 a 25% (lesões associadas)
Ferimentos penetrantes (principal causa)
Traqueia cervical (75% dos casos)
35
Q

Tratamento conservador de lesões de traqueia

A

< 1/3 da circunferência traqueobrônquica

Manter o tubo orotraqueal abaixo da lesão com cuff insuflado (24-48h) e após a ferida ocluída manutenção do tubo por mais 24h na posição

Quando houver estabilização do enfisema subcutâneo pode ser retirado o tubo

36
Q

Tratamento cirúrgico de lesões de traqueia

A

Ferimentos graves da laringe (hematoma e edema)
Proteção da sutura da traqueia
Dúvida paralisia bilateral de PPVV

37
Q

Nível IA

A

Limites: entre os ventres anteriores do digástrico, região submentoniana e osso hióide

Conteúdo: gordura e linfonodos

38
Q

Nível IB

A

Limites: ventre anterior e posterior do digástrico e borda inferior do corpo da mandíbula

Conteúdo:

  • Glândula submandibular e sublinguais
  • A. e v. faciais
  • N. marginal da mandíbula
  • N. lingual
  • N. hipoglosso
39
Q

Nível IIA

A

Limites: ventre posterior do digástrico, borda anteiro do ECOM, linha na altura do hióide

Conteúdo:

  • N.auricular magno e raízes sensitivas cervicais
  • N. acessório (divide II e A e B)
  • N. vago
  • N. hipoglosso
  • Alça do hipoglosso
  • V. jugular interna
  • A. carótida interna e externa
40
Q

Nível IIB

A

Limites: borda anterior e posterior do ECOM, linha na altura do hióide.

Conteúdo:

  • N. acessório (invernação do ECOM e trapézio)
  • Linfonodos
  • Tecido gorduroso
  • A. occipital
41
Q

Nível III

A

Limites: linha do hióide e linha da borda inferior da cricoide, borda posterior do ECOM, nível VI

Conteúdo:

  • V. jugular interna
  • A. carótida (interna, externa e bifurcação)
  • N. vago
  • Tronco tireolinguofacial
  • ECOM
  • M. pré-tireoidianos
  • Alça do hipoglosso
  • A. tireoidiana superior
42
Q

Nível IV

A

Limites: borda inferior da cricoide, clavícula, nível VI e ECOM

  • Ducto torácico (esquerda)
  • A. carótida comum
  • V. jugular interna
  • A. e v. cervical transversa
  • A. tireoidiana inferior
  • N. frênico
  • Plexo braquial
43
Q

Nível VA

A

Limites: borda posterior do ECOM, linha da borada inferior da cricoide, borda anterior do trapézio

Conteúdo:
- N. acessório

44
Q

Nível VI

A

Limites: hióide, fúrcula esternal

Conteúdo:

  • Tireoide
  • Paratireoides
  • A. tireoidiana inferior
  • A. carótida comum
  • N. laríngeo recorrente
  • Traqueia
  • Timo
45
Q

Nível VB

A

Limites: borda posterior do ECOM, linha da borada inferior da cricoide, borda anterior do trapézio, clavícula

Conteúdo:

  • A. e v. cervical transversa
  • N. acessório
  • Plexo braquial
46
Q

Estadiamento - N1

A

1 linfonodo ipsilateral, ≤ 3 cm na maior dimensão e ENE (-)

47
Q

Estadiamento - N2a

A

1 linfonodo ipsilateral ou contralateral > 3 cm e ≤ 6 cm na maior dimensão e ENE(-)

48
Q

Estadiamento - N2b

A

Múltiplos linfonodos ipsilaterais < 6 cm na maior dimensão e ENE (-)

49
Q

Estadiamento - N2c

A

Bilateral ou contralateral < 6 cm na maior dimensão e ENE (-)

50
Q

Estadiamento - N3a

A

Linfonodo > 6 cm na maior dimensão e ENE (-)

51
Q

Estadiamento - N3b

A

Qualquer linfonodo com ENE (+)

52
Q

Esvaziamento radical

A

Níveis I a V
V. jugular interna
ECOM
N. acessório

53
Q

Esvaziamento radical ampliado

A

Níveis I a V
V. jugular interna
ECOM
N. acessório

Outras estruturas acometidas: n. vago, a. carótida externa, n. frênico

54
Q

Esvaziamento radical modificado

A

Tipo I - poupa 1 estrutura (n. acessório)
Tipo II - poupa 2 estrutura…
Tipo III

55
Q

Esvaziamento seletivo - Supra omo-hioideo

A

I a III → câncer de cavidade oral, drenagem de pele da face, couro cabeludo anterior

56
Q

Esvaziamento seletivo - Níveis II, III, IV

A

Orofaringe, laringe e hipofaringe

Avaliar drenagem cruzada - esvaziamento bilateral

57
Q

Esvaziamento seletivo - Níveis II a V

A

Ca de tireoide com metástase lateral

58
Q

Esvaziamento seletivo - Níveis IV (recorrencial)

A

Ca de tireoide com metástase para nível central (ou suspeita)
Ca de tireoide T3 ou T4

Ca avançado de laringe

59
Q

Cisto Tireoglosso

A

Nodulação na região cervical anterior ± sinais flogísticos

USG cervical - PAAF

Diagnóstico diferencial: cisto dermoide, lipoma, adenomegalia, hemangioma, cisto sebáceo, lobo piramidal

Sinal de Sistrunk: movimentação do nódulo com protusão da língua

Cirurgia de Sistrunk: ressecção central do hioide e ressecção até o forame cego.

60
Q

Cistos branquiais

A

Nodulação em região lateral do pescoço
Associação com sintomas gripais ± formação de processo inflamatório

DD: hidroma cístico, adenomegalia, linfangioma, lipoma, schwanoma

61
Q

Cisto Branquial - 1º arco

A

Sínus pré-auriculares

Laterais ao trajeto do nervo facial e não tem relação com o conduto auditivo externo

62
Q

Cisto Branquial - 2º arco

A

Mais comuns: cistos ou fístulas

Abertura ao longo da borda anterior do ECOM (terço médio)

Trajeto segue bainha carotídea cruzando n. hipoglosso e chegando a tonsila

63
Q

Cisto Branquial - 3º arco

A

São raras e geralmente representados por fístulas

Orifício externo pode estar na mesma topografia das fístulas

64
Q

Cisto Branquial - 4º arco

A

Trajeto descendente, em direção ao tórax, recorrendo ao pescoço após passar sob aorta ou subclávia, abertura em esôfago cervical

65
Q

Torcicolo congênito

A

Contratura unilateral do ECOM no período neonatal e lactentes

Cabeça inclinada para o lado do músculo afetado e rodada para o lado oposto

Associado com nódulos em 20%

Tratamento com fisioterapia

Tratamento cirúrgico: ressecção do ECOM, alongamento em Z, tenotomia das porções proximais e distais

66
Q

Classificação de Bethesda

A

I - resultado inconclusivo, repetir
II - benigno, seguimento clínico
III - atipia indeterminada ou padrão follicular indeterminado, cintilografia. Se quente tratamento clínico, se frio considerar cirurgia
IV - neoplasia follicular confirmada ou suspeita, cirurgia
V - malignidade suspeita, cirurgia
VI - malignidade, cirurgia

67
Q

Cadeia linfonodal cervical I

A

IA delimitado pelo ventre anterior do músculo digástrico, osso hioide e linha média.
IB ambos os ventres do digástrico e pela borda inferior da mandíbula

68
Q

Cadeia linfonodal cervical II

A

Delimitado pela base do crânio, músculo estilo-hióide anteriormente, posteriormente pela borda posterior do ECOM e inferiormente por uma linha imaginaria do osso hioide ao ECOM.
IIA anterior ao nervo acessório
IIB posterior

69
Q

Cadeia linfonodal cervical III

A

Inferior ao nível II, vai do músculo omohióide ao ECOM, sendo limitado inferiormente por uma linha imaginaria da cartilagem cricóide ao ECOM

70
Q

Cadeia linfonodal cervical IV

A

Inferior ao nível III, também é delimitado pelo omohióide e pelo ECOM, terminando na clavícula

71
Q

Cadeia linfonodal cervical V

A

Posterior ao ECOM, tem como limite superior a base do crânio, inferior a clavícula e posterior o trapézio.

72
Q

Cadeia linfonodal cervical VI

A

Anterior no pescoço, delimitado superiormente pelo osso hioide, lateralmente pelas carótidas comuns e inferiormente pelo esterno. Contém a tireoide e os linfonodos pré-traqueais.

73
Q

Cadeia linfonodal cervical VII

A

Corresponde ao mediastino superior. Se localiza acima do arco aórtico e abaixo da borda superior do esterno.

74
Q

Complicação mais comum em uma tireoidectomia

A

Hipocalcemia transitória

75
Q

Complicação mais grave em um tireoidectomia

A

Lesão bilateral do nervo laringeo recorrente (inferior), causando paralisia bilateral das cordas vocais e insuficiência respiratória aguda