Abdome e geral 1 Flashcards

1
Q

Plexo de Sharpey

A

Shunt porto-sistêmico incomum a partir de veias colaterais da parede da vesícula biliar

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2
Q

Veias de Sappey

A

Pequenas veias ao redor do ligamento falciforme que drenam o sangue venoso da parte anterior da parede abdominal diretamente ao fígado.

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3
Q

Síndrome de Cruveilhier-Baumgarten

A

Hipertensão portal, recanalização da veia umbilical e dilatação das veias epigástricas. Sopro contínuo ao nível do umbigo.

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4
Q

Foetor hepaticus

A

Sopro dos mortos. Eliminação amônia pelos pulmões devido a hipertensão portal.

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5
Q

Veias de Retzius

A

Veias localizadas na parede dorsal do abdome formando uma anastomose entre a VCI e VMS e VMI.

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6
Q

Manobra de Schuster

A

Posicionamento do paciente em decúbito lateral D com o MIE flexionado para palpação do baço

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7
Q

Shunt de Rex

A

Derivação meso-porta. Enxerto de jugular entre a VMS e o ramo esquerdo intra-hepático da porta. Usado em trombose da porta extra-hepática.

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8
Q

Anastomose porto-cava calibrada

A

Urgência para sangramento incoercível ou falha na terapia por endoscopia e ausência de TIPS.

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9
Q

Desconexão Ázigo Portal com Esplenectomia - DAPE

A

Facilidade técnica no tratamento de sangramento, porém mais risco de ressangramento e não corrige déficits de proteínas hepáticas.

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10
Q

Cirurgia de Warren

A

Derivação esplenorrenal distal. Terapia de escolha nos casos em que o tratamento endoscópico não proporcionou bons resultados.

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11
Q

Adenoma hepático

A

♀ 10:1 ♂
30 a 40x com anticoncepcional oral
Obesidade, síndrome metabólica
Sangra espontaneamente

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12
Q

Complicações do adenoma hepático

A

Ruptura e hemorragia - > 5 cm e exofíticos

Transformação maligna - beta-catenina

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13
Q

Hiperplasia Nodular Focal hepática

A

2º benigno mais comum
10x mais comum do que adenoma
Fibrose central

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14
Q

Escore de Rockall

A

Risco de ressangramento e mortalidade

Idade, pulso, PAS, comorbidades, EDA

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15
Q

Escore de Rockall - Idade

A

< 60 anos → 0
60 - 80 anos → 1
> 80 anos → 2

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16
Q

Escore de Rockall - Pulso

A

< 100 → 0

> 100 → 1

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17
Q

Escore de Rockall - PAS

A

> 100 → 0

< 100 → 2

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18
Q

Escore do Rockall - Comorbidades

A

ICC, ICo → 2

IRC, hepatopatia, neoplasia → 3

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19
Q

Escore do Rockall - EDA

A

Normal, Mallory-Weiss → 0
Outros → 1
Neoplasia, úlceras, vaso presente → 2

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20
Q

Úlcera péptica

A

Causa mais comum de HDA (50 a 70% das não varicosa)

20% vão sangrar ao menos uma vez na vida

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21
Q

Maior risco de sangramento na DUP

A

Duodenais posteriores (gastroduodenal ou pancreatoduodenal superior)

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22
Q

Indicação cirúrgica na DUP

A

Em 5 a 10% dos casos

  • Choque refratário
  • > 6 U sangue
  • Falha EDA
  • Tipo sanguíneo raro
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23
Q

Epidemiologia da DUP

A

♀ 1 : 4-5 ♂
Representa 40% dos casos de HDA
10 a 15% vão apresentar sangramento em algum momento

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24
Q

Fatores de risco para DUP

A
AINE, H. pylori
Idade > 60 anos
História de úlcera péptica
Uso de corticoides, anticoagulantes
Desordem sistêmica grave
Tabaco e álcool
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25
Estimulantes da secreção de HCl
Histamina, gastrina e acetilcolina (estímulo do nervo vago)
26
Erradicação do Helicobacter pylori
Todo paciente com úlcera gastroduodenal e diagnóstico de infecção por H. pylori deve ser tratado visando à erradicação da bactéria, independentemente de a úlcera estar ou não associada também ao uso de AINEs.
27
Divertículo de Zenker
2% dos paciente com disfagia (relacionada ao tamanho) > 60 anos ♂ 3:1 ♀ Divertículo falso de pulsão Pronunciamento principalmente a esquerda
28
Triângulo de Killian
Atrofia senil | Ausência de relaxamento do cricofaríngeo
29
Tratamento do divertículo de Zenker
Endoscópico: septotomia ou grampeamento Cirúrgico: diverticulectomia ± miotomia do cricofaríngeo Cervicotomia esquerda na borda anterior do ECOM
30
Síndrome de Plummer-Vinson
``` 10% dos casos de disfagia Disfagia "alta" Perda ponderal e anemia Membranas hipofaríngeas concêntricas ♀ de meia-idade ```
31
Tratamento da Síndrome de Plummer-Vinson
Desbridamento por endoscopia
32
Anel de Schatzki
Anel da mucosa do esôfago localizado na junção escamocolunar ou nas proximidades do esfíncter esofágico inferior
33
Esofagite eosinofílica
♂ 30-40 anos História de atopia Sintomas de refluxo com disfagia precoce e epigastralgia. Anéis mucosos, traqueização e pápulas esbranquiçadas.
34
Histologia da esofagite eosinofílica
2 a 4 biópsias do esôfago distal > 15 eosinófilos/campo Microabscessos eosinofílicos Aumento de células imunes
35
Tratamento da esofagite eosinofílica
Evitar alimentos alergênicos IBP > 8 semanas Corticoide tópico inalatório Dilatações endoscópicas
36
Síndrome de Mallory-Weiss
Lacerações longitudinais da mucosa do esôfago Aumento da pressão intra-abdominal (vômitos) Frequente associação HDA (5%-10% das HDA)
37
Tratamento da Síndrome de Mallory-Weiss
Na maioria das vezes terapia de suporte: estabilização, IBP e antiemético. Controle endoscópico se necessário Embolização por arteriografia Cirurgia
38
Síndrome de Boerhaave
Perfuração esofágica espontânea (exercícios intensos, vômitos, parto, convulsões) 3 a cada 1 milhão/ano 15% das perfurações esofágicas
39
Tratamento da Síndrome de Boerhaave
Tratamento clínico inicial: Jejum, ATB, drenagem se necessário Cirurgia na falha: reparo da laceração e drenagem e em casos extremos esofagectomia.
40
Coledocolitíase primária
Estase biliar: fibrose cística, grandes ductos biliares, divertículos peri-ampulares, infecção recorrente do sistema biliar.
41
Coledocolitíase residual
< 2 anos após colecistectomia
42
Coledocolitíase recorrente
> 2 anos após colecistectomia - estase ou infecção
43
Critérios de Tokyo para colangite aguda A
A: inflamação sistêmica. A1: febre ou calafrios A2: sinais laboratoriais. Leucócitos > 10 mil, PCR >1 mg/dL
44
Critérios de Tokyo para colangite aguda B
B: colestase. B1: icterícia. Bilirrubina total > 2 mg/dL B2: elevação das transaminases e enzimas canaliculares > 1,5 x a referência
45
Critérios de Tokyo para colangite aguda C
C: imagem. C1: dilatação das vias biliares > 0,7 mm C2: evidência de cálculo ou fator obstrutivo
46
Tríade de Charcot
Febre, icterícia, dor abdominal
47
Pêntade de Reynolds
Tríade de Charcot + hipotensão e alteração do estado mental
48
Csendes - I
Incidência 10-52% Compressão extrínseca do ducto biliar por cálculo impactado. Colecistectomia parcial - Torek
49
Csendes - II
Incidência de 23-41% Fístula colecistobiliar envolvendo 1/3 da circunferência do ducto biliar comum Sutura e dreno de Kehr
50
Csendes - III
Incidência de 44% Fístula colecistobiliar envolvendo 2/3 da circunferência do ducto biliar comum Coledocoplastia
51
Csendes - IV
Incidência de 1 - 6% Fístula colecistobiliar envolvendo toda a circunferência do ducto biliar comum Biliodigestiva
52
Csendes - Va
Incidência Va e Vb de 29% Fístula colecistoentérica sem íleo biliar Sutura simples da fístula e víscera, CCT total ou subtotal
53
Csendes - Vb
Incidência Va e Vb de 29% Fístula colecistoentérica com íleo biliar Tratamento do íleo-biliar e em segundo plano CCT total ou subtotal
54
Lesões decorrentes do trauma abdominal contuso
``` Baço (40-55%) Fígado (35-45%) Intestino delgado (5-10%) ```
55
Tumor de apêndice
Identificado em 0,7 - 1,7% das peças Tumores carcinoides, proveniente de células neuroendócrinas (enterocromafins), são os mais frequentes. < 1 cm → curado com apendicectomia 1-2 cm → avaliar outros fatores como metástase > 2 cm na base → hemicolectomia D Adenocarcinoma → colectomia direita com linfadenectomia ± neoadjuvância Mucinoso - se romper pode gerar pseudomixoma peritoneiperitonei PMP → CRS + HIPEC
56
Local de sangramento na HDB
Distal ao ângulo de Treitz | Cólon e reto (95%)
57
Características da HDB
85% autolimitado 3% mortalidade Hematoquezia Enterorragia Melena
58
HDB em crianças
Divertículo de Meckel
59
HDB < 50 anos
Colite infecciosa Anorretal DII
60
HDB > 50 anos
Divertículos colônicos Ectasias vasculares Neoplasias Isquemia mesentérica
61
HDB em imunodeprimidos
Sarcoma de Kaposi - delgado | Colite por CMV ou linfoma
62
Doença diverticular dos cólons
``` 2/3 população > 70 a Hemorragia em 3 a 5% Maioria cessa espontaneamente Ressangramento 25% Forma hipotônicas - sangramento ```
63
Ectasias vasculares e HDB
20 a 30% das HDB | Ceco e cólon ascendente
64
Absorção no Duodeno
Ferro, Cálcio, Ácido fólico, Carboidratos simples, Aminoácidos
65
Absorção no Jejuno
Carboidratos, Aminoácidos, Vitamina C, Ácidos graxos, Zinco, potássio
66
Absorção no Íleo
Sais biliares, Vitamina B12, Na+, Cl-, Mg++
67
Fase aguda da síndrome do intestino curto
Duração de 4 semanas Abordagem hidroeletrolítica: NP - 25-33 kcal/kg/dia - 1 a 4 litros - Carboidratos (2/3 valor energético) - Proteína de 1 a 1,5g/kg/dia Enteral: formas oligoméricas Oral: fracionada e de baixa osmolaridade
68
Fase adaptativa da síndrome do intestino curto
Duração de 1 a 2 anos Progressão da NE e nutrição oral poliméricas, pobre em lipídios e lactose Lipídios - 30 - 50 g/dia - 50% na forma de triglicérides de cadeia média (hidrossolúveis) 30 - 35 kcal/kg/dia 1 - 1,5 g ptn/kg/dia 0,5 - 1,5 g lip/kg/dia Vitaminas e sais minerais
69
Fase de manutenção da síndrome do intestino curto
Alguns necessitam de NP indefinidamente Possibilidade de NE em quem tolera via oral Fracionada, hiperproteica, hipercalórica, hipolipídica, rica em fibras solúveis e com bom aporte hídrico
70
Falência da NPT na síndrome do intestino curto
Falência hepática (icterícia, ↑ enzimas hepáticas, cirrose e hipertensão portal) Trombose das veias centrais (≥ 2) Infecção frequente dos cateteres (≥2/ano, fungemia, choque) Desidratação
71
Tumores primários hepáticos
Hepatocarcinoma (maligno primário mais comum) Colangiocarcinoma Angiossarcoma Hepatoblastoma (crianças)
72
Tumores secundários hepáticos
Metástases (tumor maligno mais comum) | - Mais comum: colorretal
73
Produto das células alfa
Glucagon
74
Produto das células beta
Insulina
75
Produto das células delta
Somatostatina
76
NEM 1 - Síndrome de Werner
Hiperparatireoidismo primário (adenoma de paratireoide funcionante) Tumor hipofisário (prolactinoma é o mais comum) Tumores neuroendócrinos (gastrinoma é o mais comum)
77
NEM 2
Carcinoma medular da tireoide | Feocromocitoma
78
Tumores neuroendócrinos bem diferenciados
G1 - baixo grau (Ki-67 e iM<3%) | G2 - grau intermediário (Ki-67 e iM - 3 - 20%)
79
Carcinomas neuroendócrinos pouco diferenciados
G3 - alto grau (extremamente agressivos) (Ki-67 e iM> 20%)
80
Malignidade em tumores neuroendócrinos pancreáticos
Insulinoma 5 a 10% Gastrinoma 70% Glucagonoma 70% Vipoma 50 a 60%
81
Tumor neuroendócrino na TC
``` Alta acurácia Bem vascularizados Enchimento precoce na fase arterial Wash out na fase tardia Sensibilidade >80% ```
82
Papel do OctreoScan nos tumores neuroendócrinos
Tumores neuroendócrinos expressam receptores de somatostatina. Imagem obtida com análogos marcados.
83
Classificação de Todani - I
Fusiforme → excisão total, colecistectomia e HJ em Y de Roux
84
Classificação de Todani - II
Diverticular → excisão total e HJ em Y de Roux
85
Classificação de Todani - III
Coledococele (cisto dentro do duodeno) → esfincteroplastia (não neoplásico)
86
Classificação de Todani - IV
IVa: cistos intra e extra-hepáticos → excisão total, hepatectomia parcial e HJ IVb: cistos extra-hepáticos → excisão total, colecistectomia e HJ em Y de Roux
87
Classificação de Todani - V
Doença de Caroli (cistos intra-hepáticos) → hepatectomia ou transplante
88
US Hemangioma
Nódulo hiperecoico
89
TC Hemangioma
Enchimento arterial lento centrípeto | Retenção do contraste
90
RNM Hemangioma
Enchimento arterial lento centrípeto | Hipersinal em T2
91
Hiperplasia nodular focal
2º benigno mais frequente | Apresenta cicatriz central, estrias radiadas, lesão endurecida
92
Epidemiologia do Câncer Colorretal
``` 3º mais frequente nos ♂ 2º mais frequente nas ♀ Distribuição - 18% ascendente - 9% transverso - 5% descendente - 25% sigmoide - 43% reto ``` 80% esporádico (não associado a síndromes)
93
Fatores ambientais para desenvolvimento do CCR
Gordura animal → estímulo de ácidos biliares Carne vermelha → nitrosaminas Tabagismo e etilismo Obesidade
94
Etiologias
DII - RCUI Ureterossigmoidostomia Irradiação
95
Pólipos
Neoplásico - Maligno → adenocarcinoma - Benigno → adenoma (tubular, viloso, tubulovilosos) e serrados Não neoplásicos - Hiperplásicos, inflamatórios e hamartomas (não na síndrome)
96
Pólipos adenomatosos
O risco aumenta conforme aumenta o componente viloso
97
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
Mutação no gene APC Cromossomo 5 - dominante Colectomia total profilática + anastomose ileoanal + bolsa ileal em J
98
Síndrome de Gardner
Pólipos adenomatosos Cistos cutâneos, osteomas e fibromas Tumores desmoides, estômago, pâncreas e delgado 87 a 100% - hipertrofia congênita do epitélio retiniano pigmentado
99
Síndrome de Turcot
Pólipos adenomatosos Tumores SNC (gliomas), neurinomas e tumores intracranianos
100
Polipose Juvenil
0,01% dos casos de CCR 3-100 pólipos hamartomatosos
101
Síndrome de Peutz-Jeghers
Pólipos hamartomatosos em todo TGI (mais frequente no delgado) Manchas melanóticas nos lábios, boca e dedos
102
HNPCC - Hereditary NonPolyposis Colorectal Cancer
Síndrome de Lynch Sem polipose 3 a 5% dos CCR Mais comum no cólon direito Instabilidade de microssatélites Mutações no reparo - MLH1 e MSH2
103
Critérios de Amsterdam - HNPCC
Amsterdam I - Pelo menos 3 membros da família - Um dos membros 1º grau - Duas gerações - Um dos membros < 50 anos - Excluído PAF - Confirmação anatomopatológica Amsterdam II - Incluídos tumores de endométrio, delgado, ureter ou pelve renal
104
Lynch 1
Câncer de cólon em jovem
105
Lynch 2
Câncer colorretal e extracolônico - Mama, útero, endométrio, ovário - Delgado, estômago, via biliar - Trato urinário, cérebro
106
Tumor Familial
Não preenchem critérios para as demais 20% dos casos de CCR
107
Câncer esporádico
70-80% dos CCR Paciente sem HF > 50 anos Pólipos adenomatosos - Tubulares 75% - Tubulovilosos 15% - Vilosos 10% (malignização 40%) Depende do tamanho e grau de displasia Sequência adenoma-carcinoma 5 a 10 anos
108
Seguimento - ausência de pólipo
Repetir em 10 anos
109
Seguimento - pólipo adenomatoso de risco baixo
Repetir em 5 anos < 1 cm < 3 pólipos Histologia favorável
110
Seguimento - pólipo adenomatoso de maior risco
``` Repetir em 3 anos ≥ 3 pólipos ≥ 1 cm Viloso HF positiva ```
111
Seguimento - demais pólipos adenomatosos
Repetir em 6 meses Lesões sésseis, ressecado em fatias Pólipo maligno Displasia de alto grau
112
Clínica em cólon direito
Anemia e massa palpável
113
Clínica em cólon esquerdo
Lesão estenosante
114
Disseminação
Direta Linfática → segue vasos Venosa
115
Rastreamento - Risco moderado
> 50 anos - Sangue oculto anual - Colonoscopia 10/10 anos
116
Rastreamento - Risco alto
HF com CA antes do 45 anos, adenomas múltiplos, DII | - Colonoscopia a cada 1-2 anos
117
Rastreamento - Risco muito alto
HF com transmissão hereditária (PAF e polipose) | - Colonoscopia anual
118
Tomografia
Estadiamento
119
Ressonância
Fundamental no reto
120
CEA
Valor prognóstico Dosado no pré-operatório → linha de base Pode aumentar em fumantes Não tem valor diagnóstico
121
Estadiamento - T1
Invade mucosa e/ou submucosa
122
Estadiamento - T2
Invade muscular própria
123
Estadiamento - T3
Invade subserosa e/ou tecidos pericólicos
124
Estadiamento - T4a
Invade peritônio visceral
125
Estadiamento - T4b
Invade órgãos e estruturas adjacentes
126
Estadiamento - N1a
1 linfonodo
127
Estadiamento - N1b
2-3 linfonodos
128
Estadiamento - N1c
Depósitos tumorais em subserosa ou mesentério
129
Estadiamento - N2a
4-6 linfonodos
130
Estadiamento - N2b
≥ 7 linfonodos
131
Estadiamento - M1a
1 órgão sem acometimento peritoneal
132
Estadiamento - M1b
≥ 2 locais sem acometimento peritoneal
133
Estadiamento - M1c
Carcinomatose
134
Intenção curativa
Tumor primário e linfonodos regionais Margens distais livres 1,5 a 2 cm (reto 1 cm) Margem proximal ≥ 5 cm No mínimo 15 linfonodos
135
Ressecção local - reto
T1 (USG endoanal ou RNM) Bem diferenciado < 3 cm < 40% da circunferência
136
Excisão Total de Mesorreto - ETM
Tumores de reto médio e baixo
137
Neoadjuvância
``` RxT e QxT pré-op Diminuição de recidivas e massa tumoral - Redução de estadiamento em 60 a 80% - Resposta completa em 15 a 30% - Tumores abaixo da reflexão peritoneal e ≥ T3N0M0 ```
138
Resposta completa após neoadjuvância
Ressecção habitual x watch and wait → não há consenso ainda
139
Tumor de reto médio
RxT + QxT → Retossigmoidectomia
140
Tumor de reto baixo
RxT + QxT → Amputação abdominoperineal do reto (operação de Miles) Acometimento do esfincter ou indivíduos com incontinência
141
Adjuvância
Linfonodos + (estádio III) Linfonodos - (estádio II) e pouco diferenciado, localmente avançado, invasão angiolinfática e perineural 4 a 6 semanas após a cirurgia
142
Intenção paliativa
Aliviar ou reduzir sintomas (obstrução) - Metástases irressecáveis - Invasão de estruturas vitais - Carcinomatose Ressecção com anastomose, estoma, colostomia, ileostomia, derivações internas
143
Seguimento
90% das recorrências ocorre em até 48 meses - 3/3 meses por 2 anos: avaliação clínica, CEA - 6/6 meses de 2 a 5 anos: avaliação clínica, imagem e CEA - anualmente após 5 anos: avaliação clínica, imagem e CEA Até 5 anos 1x ao ano: TC de tórax, abdome e pelve Colonoscopia: 1 ano após a cx e a cada 3-5 anos
144
Definição
Sangramento até o ângulo de Treitz
145
Epidemiologia
Mortalidade 10% 3x mais frequente do que a baixa Maioria > 60 anos
146
Melena
50 a 100 ml | Quadro crônico - anemia
147
Enterorragia
> 1.000 ml | Quadro agudo - choque hipovolêmico
148
Varizes de esôfago
``` 20 a 30% dos casos de HDA 60% dos hepatopatas terão varizes 35% dos pacientes com varizes apresentaram sangramento 40% cessam espontaneamente Mortalidade de 50% ```
149
Fisiopatologia
Gradiente de pressão > 6 mmHg → varizes Pressão → desencadeamento de hemorragia
150
Determinantes do risco de sangramento
- Função Hepática comprometida - Grosso calibre - Red spots
151
Reposição sanguínea
Grau III - tipo específico com prova cruzada Grau IV - protocolo de reposição maciça Manter hematócrito entre 25 e 30%
152
Reposição de plaquetas
Valores < 50.000 1 unidade / 10 kg de peso
153
Reposição de plasma fresco
RNI até 1,5 10 a 20 ml/ kg de peso 1 UI / 5 CHAD → 1 UI / 2 CHAD
154
Terlipressina
2 mg IV 4/4h (primeiras 24h) 1 mg IV 4/4h (sequência) Menos reações adversas (isquemia miocárdica)
155
Octreotida
Bolus 100 μg depois 50 μg /h
156
Somatostatina
Bolus 250 μg e depois 250 a 500 μg/h
157
Prevenção da encefalopatia hepática
Lavagem intestinal Lactulose Neomicina 1 g VO 6/6h Restrição proteica
158
Prevenção de infecções bacterianas
Quinolonas: - Ciprofloxacino - EV - Norfloxacino - VO
159
Ligadura elástica
Primeira escolha nas varizes esofágicas Sem necessidade Pode ser realizada com distúrbio de coagulação
160
Cianoacrilato
Indicação precisa nas varizes de fundo gástrico | Sem acesso a ligadura elástica
161
Balão de Sengstaken-Blakemore
Balão esofágico: 40 mmHg (menor do que a PAM) → redução da pressão 12/12h Balão gástrico: 200 ml de ar → redução da pressão 24/24h
162
Derivações não seletivas
Portocava, mesentérico-cava, esplenorrenal proximal com esplenectomia Não recomendada em esquistossomóticos Hipotrofia hepática e encefalopatia
163
Derivações eletivas
``` Indicação em esquistossomose Warren - derivação esplenorrenal distal. Preservação do fluxo hepático Algum grau de encefalopatia hepática Índice de ressangramento mais baixo ```
164
Desconexão ázigo-portal
Diminui chance de hemorragia Não reduz aporte hepático Associado com esplenectomia Indicado em esquistossomóticos
165
Tratamento de sangramento em cirróticos
Mortalidade elevada em ressangramento Após o tratamento: serviço de transplante hepático Até o transplante: tratamento endoscópico e betabloqueador Hemorragia incontrolável ou ressangramento → TIPS
166
Classificação de Child-Pugh
Classe A - 5 a 6 pontos Classe B - 7 a 9 pontos Classe C - 10 a 15 pontos
167
Classificação de Child-Pugh - Bilirrubina
1 ponto: < 2 mg/dl 2 pontos: 2-3 mg/dL 3 pontos: > 3 mg/dL
168
Classificação de Child-Pugh - Encefalopatia
1 ponto: ausente 2 pontos: mínima (estágio 1 e 2) 3 pontos: grave (estágio 3 e 4)
169
Classificação de Child-Pugh - Albumina
1 ponto: > 3,5 g/dL 2 pontos: 2,8 - 3,5 g/dL 3 pontos: < 2,8 g/dL
170
Classificação de Child-Pugh - TAP - INR
1 ponto: INR < 1,7 ou < 4 segundos 2 pontos: INR 1,7 a 2,1 ou 4 a 6 segundos 3 pontos: INR > 2,1 ou > 6 segundos
171
Classificação de Child-Pugh - Ascite
1 ponto: ausente 2 pontos: fácil controle com diurético 3 pontos: refratária a diurético
172
Ulcerorrafia
Desbridamento dos bordos e biopsia Fio inabsorvível ou absorvível duradouro Epiploplastia
173
Piloroplastia
Vagotomia troncular | Complicações: dumping, diarreia
174
Piloroplastia Heineke Mikulicz
Abertura longitudinal fechamento vertical
175
Gastrectomia
Situação de exceção - úlceras gigantes | Antrectomia com vagotomia troncular
176
Billroth I
Gastroduodenoanastomose Úlceras gástrica preferencialmente em situação eletiva Vantagens: preservação do duodeno Não usar em úlceras duodenais por edema da alça
177
Billroth II
Gastroenteroanastomose Isoperistáltica - diminuição a síndrome da alça aferente Anisoperistática - esvaziamento mais lento, redução do dumping
178
Y de Roux
Método preferido Risco de mais anastomoses - deiscência Menor risco de dumping e alça aferente
179
Tratamento clínico de úlcera gástrica perfurada
Casos de exceção sem formação de coleções líquidas, sem peritonite, sem instabilidade. Aspiração contínua, ATB, monitorização
180
Perfuração colônica
Causas: diverticulite perfurada, trauma, objetos perfurantes, neoplasias Mais insidioso Causa peritonite bacteriana
181
Peritonite fecal
Hartmann ou em casos selecionados rafia com colostomia de proteção
182
Dor visceral
``` Distensão, inflamação ou isquemia Vísceras ocas ou órgãos sólidos Fibras nervosas sensitivas ao córtex por troncos autonômicos - Fibras C (visCeral) Múltiplos níveis medulares Difusa e mal localizada Reflexos autonômicos (náuseas e vômitos) ```
183
Dor peritoneal
Irritação peritoneal Visceral - autonômica Parietal - somática
184
Dor da parede abdominal
Somática | Contração da musculatura local - plastrão
185
Secreções irritantes
Mais irritante - suco gástrico | Menos irritante - sangue → contratura muscular mais tardia
186
Ausculta de RHA
Ausentes - 3 minutos de ausculta → íleo paralítico ↓ frequência e ↑ intensidade → obstrução ↑ frequência e ↑ intensidade → gastroenterite
187
Percussão do espaço semilunar
Espaço de Traube | Ausência do timpanismo → esplenomegalia
188
Tempo de dor e procura de atendimento
Inflamatório - longo | Perfurativo, hemorrágico, vascular - curto
189
Cólon e delgado no Rx
Cólon - haustrações Delgado - pregas coniventes (empilhamento de moedas) Jejuno - ausência de pregas
190
Pregas duodenais
Pregas de Kerckring
191
Sinal de Gobiet
Estômago e cólon paralíticos na pancreatite
192
Sinal de Chilaiditi
Interposição de alças sobre o fígado dando a impressão de pneumoperitônio
193
Diverticulose
Presença de divertículos, assintomático.
194
Doença diverticular
Diverticulose com sintomas
195
Diverticulite
Complicação inflamatória da doença diverticular
196
Diverticulite complicada
Abscesso, perfuração Hemorragia Estenose Fístulas
197
Local mais frequente dos divertículos
Borda mesentérica da tênia antimesentérica Não há divertículos no reto
198
Epidemiologia
< 40 anos 10% 40 - 60 anos 30% > 60 anos 60% 10 a 20% sintomáticos 90% cólon esquerdo 60% restritos ao sigmoide
199
Etiologia
Aumento da pressão intraluminal Perda da integridade da parede principalmente aonde há penetração de vasos Aumento da quantidade de elastina
200
Forma HIPOtônica
Maioria dos casos Idosos Complicação com sangramento (óstio largo) Mais no lado direito
201
Forma HIPERtônica
Jovens (constipação) Complicação com diverticulite (óstio estreito) Mais no lado esquerdo
202
LEMON
Look externally: secreção, trauma de face, deformidade, distorção da anatomia local. Evaluate 3-3-2: abertura bocal 3 dedos, mento-hióide 3 dedos, tireo-hióide 2 dedos Mallampati: paciente sentado e com a boca aberta Obstruction: artefato, secreção ou sangue. Neck mobility
203
Cormack I
Visualização completa das pregas vocais, até a comissura anterior
204
Cormack II
Visualização até o terço médio das pregas vocais | No Comarck 2b podemos utilizar o fio bougie
205
Cormack III
Visualização até o terço posterior das pregas vocais | Manobra BURP: back, up, right, position
206
Cormack IV
Visualização apenas da parte posterior da hipofaringe
207
Fatores de risco
``` Idade > 60 anos Historia de úlcera péptica Uso de corticoides, anticoagulantes Desordens sistêmicas graves Tabagismo Etilismo AINE H. pylori ```
208
H. pylori indicação de TTO
Presença de úlceras Gastrite erosiva Indivíduos de risco (AAS, AINE) HF de neoplasia
209
Anatomia gástrica
Células parietais (produtoras de ácido) - fundo e corpo | Células G (produtoras de gastrina) - antro
210
Fases da secreção ácida
Cefálica: sabor, odor - Mecanismo colinérgicos/vagais Gástrica: efeito químico dos alimentos e distensão gástrica - Gastrina Intestinal: pequena secreção relacionada a dieta
211
Classificação de Johnson - Tipo I
Pequena curvatura na parte mais inferior - mais comum de todos
212
Classificação de Johnson - Tipo II
Corpo do estômago associada a duodenal
213
Classificação de Johnson - Tipo III
Pré-pilórica
214
Classificação de Johnson - Tipo IV
Pequena curvatura próximo a JEG
215
Classificação de Johnson - Tipo V
Não classificada em outras partes
216
Úlceras com normo ou hipocloridria
Tipo I e IV
217
Úlceras com hipercloridria
Tipo II, III
218
Clínica
Assintomático Dor abdominal - epigastro com irradiação para HD Náusea e vômitos Perda de peso (dor ao ingerir alimentos) Síndrome dispéptica Clocking (acordar durante a noite com dor - principalmente duodenal)
219
Úlcera gástrica
Dor precipitada por alimentação
220
Úlcera duodenal
Dor em jejum, aliviando com a ingesta alimentar
221
Biópsia de úlcera gástrica
Sempre, mas úlcera não vira câncer Risco de ser uma neoplasia ulcerada
222
Dosagem de gastrina
Quado se suspeita de Síndrome de Zollinger-Ellison Tumor produtor de gastrina (gastrinoma)
223
Classificação de Sakita - A1
Ativa Margens edemaciadas
224
Classificação de Sakita - A2
Ativa Desaparece o edema marginal e forma-se um anel eritematoso
225
Classificação de Sakita - H1
Healing Convergência das pregas com depósito de fibrina delgada
226
Classificação de Sakita - H2
Healing Diminuição da base e depósito de fibrina torna-se uma fina película. Predomina a área cicatricial.
227
Classificação de Sakita - S1
Scar Cicatriz vermelha - área deprimida com convergência de pregas, sem fibrina
228
Classificação de Sakita - S2
Scar Cicatriz branca - linha ou área esbranquiçada sem hiperemia
229
Síndrome de Zollinger-Ellison
Tumores produtores de gastrina - hipersecreção Desconfiar quando apresentar múltiplas úlceras no estômago 70-75% no duodeno e demais no pâncreas
230
Tratamento clínico
Redução da acidez - IBP Erradicação do H. pylori (apenas quando apresenta úlcera)
231
Tratamento ciúrgico
Hemorragia refratária a EDA Obstrução Perfuração Forte suspeita de neoplasia
232
Vagotomia
Troncular - estenose do piloro, cálculo de vesícula Seletiva Superseletiva
233
Técnicas de gastrectomia
B1 - mais fisiológica B2 - duodeno não permite a anastomose primária Y de Roux - gastrectomia subtotal
234
Classificação de Forrest - IA
Sangramento "em jato" | Ressangramento 90%
235
Classificação de Forrest - IB
Sangramento "em babação" | Ressangramento 30 a 50%
236
Classificação de Forrest - IIA
Coto vascular visível | Ressangramento 20 a 30%
237
Classificação de Forrest - IIB
Coágulo vermelho recente | Ressangramento 5 a 10%
238
Classificação de Forrest - IIC
Coágulo branco fundo hematínico | Ressangramento < 5%
239
Classificação de Forrest - III
Base limpa, sem sinais de sangramento recente | Ressangramento < 2%
240
Tratamento HDA
Omeprazol 80 mg EV em bolus Omeprazol 8 mg/h EV durante 72 horas EDA
241
Indicação de cirurgia em HDA
Tipo sanguíneo raro Recusa de transfusões Sangramento intenso de uma úlcera gástrica Hemorragia refratária ou inacessível a EDA Acima de 6 CHAD
242
Procedimento de Pauchet
Ampliação da gastrectomia para incluir a úlcera
243
Cirurgia de Finsterer-Bancroft
Duodeno difícil - úlcera crônica. Sepultamento do duodeno.
244
Relaxamento transitório do EIE
Relaxamento não dependente da deglutição, mediado por reflexo vagal
245
Hipotensão do EIE
Na minoria dos indivíduos com DRGE, ele é nitidamente hipotenso. Disrupção anatômica da TEG
246
DRGE
Sintomas > 2 vezes por semanas > 4 a 8 semanas.
247
Esofagite de refluxo
Paciente com DRGE e evidência de esofagite na EDA
248
Sintomas típicos
Azia (mensalmente em 50% da população) Queimação subesternal começando no epigastro Piora na posição supina Regurgitação Globus (sensação de bola na garganta)
249
Sintomas atípicos
``` Tosse Rouquidão Laringite Broncoaspiração BCP recorrente Asma Sinusite crônica Afas e lesões dentárias Pigarro Inflamação da mucosa orofaríngea ```
250
Clínica
A intensidade e frequência dos sintomas são fracos preditores da gravidade.
251
Fatores etiológicos
Hérnia de hiato Obesidade Gravidez e estrógenos exógenos Alimentos condimentados, gordurosos, café, chocolate, álcool, tabagismo. Medicações: anticolinérgicos, nitratos, antidepressivos, opioides, diazepam, barbitúricos.
252
Tipos de Hérnia Hiatal
Tipo I - deslizamento. Mais comum. Tipo II - rolamento ou paraesofágica. Tipo III - mista.
253
Classificação de Savary Miller - I
Erosões em apenas uma prega longitudinal
254
Classificação de Savary Miller - II
Erosões em mais de uma prega, confluente ou não, mas não circunferencial.
255
Classificação de Savary Miller - III
Erosões em mais de uma prega, circunferenciais, confluentes.
256
Classificação de Savary Miller - IV
Presença de úlceras esofágicas ou estenose péptica do esôfago distal, associada ou não as lesões graus I a III
257
Classificação de Savary Miller - V
Esôfago de Barrett (confirmação histológica), associado ou não a lesões graus I a IV
258
Classificação de Los Angeles - A
Uma (ou mais) solução de continuidade da mucosa confinada às pregas mucosas, não maiores que 5 mm cada
259
Classificação de Los Angeles - B
Pelo menos uma solução de continuidade da mucosa com mais de 5 mm de comprimento, confinada às pregas mucosas e não contíguas entre o topo de duas pregas
260
Classificação de Los Angeles - C
Pelo menos uma solução de continuidade da mucosa contígua entre o topo de duas (ou mais) pregas mucosas, mas não circunferencial (ocupa menos que 75% da circunferência do esôfago)
261
Classificação de Los Angeles - D
Uma ou mais solução de continuidade da mucosa circunferencial (ocupa no mínimo 75% da circunferência do esôfago)
262
Indicações de EDA
``` Idade > 40 anos com DRGE Manifestações de alarme Manifestações atípicas Evolução desfavorável com TTO clínico Pesquisa de esôfago de Barrett ```
263
Sinais de alarme
``` Dispepsia súbita em . 60 anos Evidência de HDA Anemia ferropriva Anorexia Pera ponderal Disfagia e odinofagia Vômitos persistentes HF de neoplasia (1º grau) ```
264
Fatores de risco para esôfago de Barrett
``` DRGE com duração > 5 - 10 anos ♂ Obesidade Hérnia hiatal Refluxo noturno Tabagismo HF de Barrett (1º grau) ```
265
Esôfago de Barrett
7 a 10% dos portadores de DRGE Substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago por colunar intestinal Curto < 3 cm e longo > 3 cm 5 a 10%/ano progridem para displasia 0,1 a 0,5%/ano para adenocarcinoma
266
Seguimento do Barrett com neoplasia intraepitelial (displasia de baixo grau)
EDA 6/6 meses com bx e TTO antirrefluxo agressivo ou cirúrgico Mucosectomia (se localizado) Radioablação (se circunferencial)
267
Seguimento do Barrett sem displasia
EDA e bx a cada 12/24 meses
268
Barrett com neoplasia intraepitelial indeterminada
IBP 80mg/dia por 3 meses e repetir a EDA com Bx | Se permanecer indeterminada - tratar como baixo grau
269
Barrett com neoplasia intraepitelial de alto grau (displasia de alto grau)
Confirmada por 2 patologistas - Esofagectomia - Mucosectomia (raramente se área bem definida)
270
pHmetria
Melhor método para detectar refluxo ácido Padrão-ouro para o diagnóstico de DRGE (ácido) pH < 4 por mais de 4% do tempo Escore de DeMeester: normal se < 14,7
271
Manometria
Localização da JEG para posicionamento da pHmetria Exclui distúrbios de motilidade como acalásia (influência na técnica cirúrgica) - pré-operatório Pressão normal EEI 12 a 30 mmHg Alterado: - Pressão < 6 mmHg - Comprimento global m 2 cm e abdominal < 1 cm
272
Impedanciometria
PO com sintomas Sintomas persistentes apesar do IBP Sintomas respiratórios atípicos Considerado padrão-ouro para refluxos não-ácidos
273
Tratamento clínico da DRGE
IBP (tratamento padrão) - manter de 2 a 4 meses, se recorrente 6 meses - Omeprazol 40 mg - Lansoprazol 30 mg - Pantoprazol 40 mg - Esomeprazol 40 mg Procinéticos: domperidona, bromoprida, metoclopramida Outros: sucralfato, antiácidos, bloqueadores H2
274
Tratamento cirúrgico da DRGE
Não se indica cirurgia a paciente que não responde a IBP Necessidade manutenção com IBP, especialmente < 40 anos Custos do IBP Manifestações atípicas comprovadas Doença complicada: úlcera, estenose, Barrett Grandes hérnias hiatais sintomáticas
275
Pré-op
EDA: avaliar sinais de malignidade Manometria: avaliar a motilidade do esôfago
276
Fundoplicatura total
Manometria de com bom resultado Com liberação dos vasos curtos: Nissen - Floppy Sem liberação dos vasos curtos: Nissen - Rossetti
277
Fundoplicaturas parciais posteriores
``` Manometria ruim (dismotilidade) Toupet, Lind, Hill ```
278
Fundoplicaturas parciais anteriores
``` Manometria ruim (dismotilidade) Dorr, Thal ```
279
Anéis tipo A
``` Muscular Crianças 2 cm da junção escamocolunar Musculatura hipertrófica no corpo esofágico (região mais forte do EEI) Calibre variável durante a peristalse ```
280
Anel do tipo B
``` Mucoso Adultos e idosos Schatzki na transição esofagogástrica Relacionado a refluxo GE Relacionado a hérnia hiatal (97%) ```
281
Membrana esofágica
``` Cervicais Síndrome de Plummer-Vinson Síndrome de Patterson Kelly ♀ 40 - 70 anos Tríade: membrana esofágica, disfagia e anemia ferropriva ```
282
Divertículos verdadeiros
Envolvem todas as camadas (mucosa, submucosa e muscular)
283
Divertículos falsos
Envolve mucosa e submucosa
284
Divertículos intramurais
Envolve só a submucosa
285
Divertículos de pulsão
Pressão intraluminal aumentada Divertículos falsos - Zenker e epifrênicos Relacionados a anomalias motoras
286
Divertículos de tração
Divertículos verdadeiros em decorrência de processos inflamatórios
287
Divertículo de Zenker
Face posterior da faringe (triângulo de Killian) Disfagia intermitente, halitose, BCP aspirativa, regurgitação de alimentos, massa cervical. Idosos
288
Epidemiologia
CEC + adenocarcinoma = 95% | 50 a 60% são incuráveis ou metastático
289
Fatores predisponentes
Megaesôfago (estase - nitritos) risco de 16x maior Estenose cáustica Tilose (hiperceratose, papilomatose de esôfago) Síndrome de Plummer Vinson Divertículos de esôfago
290
Fatores de risco para Carcinoma Espinocelular
Tabagismo e etilismo Tumores de cabeça e pescoço e trato respiratório Ingesta de componentes nitrosos/sílica Alimentos condimentados, temperatura alta, carne vermelha Zinco e selênio baixos
291
Adenocarcinoma
``` 60% dos casos nos EUA Países ocidentais Caucasianos ♂ 6:1 ♀ Obesidade DRGE (Barret) Tabagismo Baixa ingesta de frutas e vegetais ```
292
Cromoscopia com Lugol
CEC - áreas descoradas (sem glicogênio)
293
Disseminação CEC
Agressivo: invasão linfonodal e local Hematogênica: fígado, pulmão, ossos Contiguidade: traqueobrônquica, aorta, pericárdio
294
Adenocarcinoma
Relação o Barret em pacientes mais jovens Maioria na JEG Menos agressivo, menor disseminação que o CEC Disseminação linfonodal e órgão a distância Classificação de Siewert
295
Classificação de Siewert
Tipo I: esôfago distal (30 a 35%) Tipo II: cárdia (20 a 30%) Tipo III: subcárdico (40 a 50%)
296
Quadro clínico
``` Disfagia progressiva (50% da luz) Perda rápida de peso Odinofagia Regurgitação Anemia ferropriva ```
297
Sinal de Troisier
Linfonodo supraclavicular
298
Síndrome de Claude Bernard Horner
Lesão das fibras simpáticas - Ptose palpebral parcial - Miose - Anidrose de uma hemiface ipsilateral ao local acometido
299
EDA
Primeiro exame ser solicitado na disfagia Possibilidade de biópsia 7 biópsias + escovado citológico = 100% de acurácia
300
Estadiamento - TC
Melhor método para: - Estruturas cervicais - torácica e abdominais - Metástases
301
Ângulo de Picus
Ângulo de contato do tumor coma a aorta . 90º - invasão da aorta
302
Laringobroncoscopia
Comprometimento da árvore brônquica por tumores proximais ou médios
303
Ultrassonografia endoscópica
Melhor método para avaliar a profundidade | Melhor acurácia para estadiamento locorregional
304
PET - CT
Elevado custo Avaliação de lesões suspeitas (metástases à distância) Indicado para mudança terapêutica
305
T1a
Invasão até a lâmia própria ou muscular da mucosa | TTO: mucosectomia endoscópica
306
T1b
Invasão da submucosa | TTO: T1b a T4a - esofagectomia com linfadenectomia
307
T2
Invasão da muscular própria TTO: esofagectomia com linfadenectomia T2 ou N + → QxT e RxT neoadjuvantes
308
T3
Atinge a adventícia TTO: esofagectomia com linfadenectomia T2 ou N + → QxT e RxT neoadjuvantes
309
T4
Invasão de estruturas adjacentes (periesofágicas) → IVA a IVB TTO: T1b a T4a - esofagectomia com linfadenectomia T2 ou N + → QxT e RxT neoadjuvantes
310
Grau histológico
Gx - impossível definir G1 - bem diferenciado G2 - moderadamente G3 - indiferenciado
311
Classificação da localização
Superior: até a borda inferior da veia ázigos Médio: até a borda inferior da veia pulmonar Inferior: até o estômago
312
Esofagectomia
Lesão distante > 5 cm do cricofaríngeo A partir de T1b até T4a T4b é irressecável (aorta, corpo vertebral, via aéreas)
313
Esofagectomia com 1ª linha de tratamento
T1-T2N0M0
314
Candidatos a esofagectomia após neoadjuvância
T3 com ou sem doença nodal T4 com invasão de estruturas passíveis de ressecção em bloco e sem metástase a distância
315
Neoadjuvância
QxT ± RxT Avaliar cirurgia com radiologia e endoscopia após 4-6 semanas AdenoCA de JEG - terapia neoadjuvante preferencial com químio e rádio
316
Irressecabilidade
T4b Tumores da JEG com N supraclavicular, metástase a distância incluindo N não regional
317
Ivor-Lewis (1940)
Laparotomia e toracotomia direita Anastomose intratorácica (menor chance de deiscência, mas muito mais perigosa)
318
McKeown (1976)
Toracotomia direita, laparotomia, cervicotomia Anastomose cervical
319
Orringer (1978)
Laparotomia e esofagogastrectomia trans-hiatal com anastomose cervical Funciona melhor nos tumores distais.
320
Esofagocoloplastia
Preferência pelo transverso
321
Câncer de esôfago cervical
Normalmente é indicado QxT e RxT Cirurgia: remoção da laringe, faringe, tireoide, esôfago proximal e traqueostomia permanente
322
Tratamento Siewert I
Esofagectomia transtorácica, gastrectomia parcial e linfadenectomia D2
323
Tratamento Siewert II e III
Gastrectomia total, esofagectomia trans hiatal e linfadenectomia do mediastino baixo e linfadenectomia D2
324
Ressecção completa de JEG
Esofágica 5 cm Gástrica 4 cm Linfonodos ≥ 15
325
Prognóstico
Sobrevida global em 5 anos - 25% Estágios mais avançado - 10% Diagnóstico habitualmente tardio
326
Prótese endoscópica
Fístula traqueoesofágica (oclusão - 70 a 100%)
327
Neoadjuvância
Controle de micrometástases Irressecável → ressecável Cisplatina e 5FU (Fluorouracil) 3 ciclos RxT - dose total 4.000 a 4.500 cGy Cirurgia após melhora da neutropenia (3-6 semanas)
328
Acalásia
Relaxamento parcial ou ausente do EEI por destruição do plexo de Auerbach e Meissner Brasil 90% devido a chagas
329
Quadro clínico
Disfagia progressiva e lenta Eructação 85% Reflexo esôfagossalivar de Roger (com hipertrofia das glândulas) Regurgitação 76 a 95%
330
Divertículos esofágicos
Zenker e epifrênico - falsos, de propulsão | Parabrônquico - verdadeiro, de tração
331
Diagnóstico de Doença de Chagas
Fixação de complemento - Machado guerreiro Teste de ELISA Hemaglutinação indireta Necessidade de pelo menos dois testes
332
Achados radiológicos
Afinamento gradual do esôfago distal (bico de pássaro ou rabo de rato)
333
Classificação radiológica do megaesôfago
Grau I - normal < 4 cm - retardado esvaziamento e retenção de contraste Grau II - 4 a 7 cm - hipotonia do EEI e ondas terciárias Grau III - 7 a 10 cm - grande retenção de contaste, afilamento distal, hipotonia do EEI Grau IV - > 10 cm, grandes retenções de contraste, ultrapassa os limites do mediastino invadindo campos pulmonares e repousa sobre a cúpula frênica esquerda. Dolicomegaesôfago.
334
Manometria esofágica
Padrão-ouro Ausência de peristaltismo do esôfago Relaxamento ausente do EEI (pressão residual > 8 mmHg) Tônus pressóricos basais do EEI > 45 mmHg ou normal Pressão intraesofágica > gástrica
335
Tratamento clínico
``` Pacientes sem condições cirúrgicas - Anticolinérgicos - Nitratos - Bloqueadores do canais de cálcio - Agonista beta adrenérgico - Teofilina Suporte nutricional ```
336
Tratamento endoscópico
Grau I e II, incipientes, cirurgia prévia realizada, gestantes, pacientes sem condições cirúrgicas Complicações: perfuração (2%), refluxo, aspiração Toxina botulínica - Falha no tratamento cirúrgico - Múltiplas dilatações - Risco cirúrgico elevado
337
Miotomia Endoscópica Peroral - POEM
Miotomia da musculatura circular do EEI, preservando a longitudinal Parece não estar relacionado a refluxo
338
Tratamento cirúrgico - Cardiomiotomias
Heller e suas modificações Grau I e II Refluxo importante - Fundoplicatura Avaliar grau III (paciente idoso, cirurgia mais simples)
339
Heller modificado
Remoção de parte da musculatura
340
Tratamento cirúrgico - Cardioplastia
Thal e suas modificações
341
Tratamento cirúrgico - Ressecções
Esofagectomia Merendino Serra Dória
342
Cirurgia de Thal-Hatafuku
Cardioplastia | Grau I a IV
343
Cirurgia de Merendino
Cardiectomia com interposição de alça Realizando vagotomia lembrar de realizar piloroplastia Dificuldades: toracotomia com anastomose intra-torácica
344
Cirurgia de Serra Dória
Cardioplastia com antrectomia em Y de Roux Prevenção do refluxo Considerar vagotomia troncular Indicado em graus maiores recidiva e estenose péptica
345
Esofagectomia subtotal
Transmediastinal ou não Grau IV Associação com carcinoma
346
Obstrução Intestinal Alta
Alcalose metabólica hipoclorêmica Hipocalemia Acidúria paradoxal
347
Obstrução Intestinal Baixa
Vômitos fecaloides tardios Acidose metabólica Maior distensão
348
Principal causa de obstrução em adultos
Aderências e bridas Aderências - entre órgãos Bridas - ponte mesotelial
349
Obstrução em alça fechada
Obstrução colônica com válvula íleo-cecal competente Rompimento do CECO pela lei de Laplace
350
Volvo de sigmoide
Sigmoide redundante, megacólon Torção de 90º ou mais Distensão abdominal irregular Sinal do grão de café
351
Tratamento do volvo de sigmoide
Tratamento endoscópico - Quando afastado o risco de isquemia ou necrose - Manobra de Bruusgaard - Risco de nova torção → planejar tratamento definitivo
352
Tratamento cirúrgico do volvo
Hartmann Enteropexia Ressecção com anastomose primária
353
Sinal do grão de café
Frimann-Dahl
354
Íleo biliar
Fístula entre a vesícula e o intestino Obstrução na válvula ileocecal Causa de obstrução não neoplásica mais comum em idosos sem cirurgias prévias Tríade de Rigler
355
Tríade de Rigler
Obstrução ileal, cálculo radiopaco e aerobilia
356
Tratamento do íleo biliar
Ileotomia e retirada do cálculo Se possível fazer o tratamento da fístula em segundo tempo
357
Intussuscepção
Crianças 2º semestre: causa idiopática (infecção respiratória) Necessário cabeça de invaginação Mais comum: 1º ileocólica, 2º íleo-ileal e 3º ceco-cólica Crianças > 2 anos: divertículo de Meckel Adultos: neoplasia, pólipos, linfomas
358
Quadro clínico intussuscepção
Quadro obstrutivo tipo cólica Vômitos e distensão mais tardios Massa abdominal móvel (chouriço) Fezes mucossanguinolentas (geleia de morango)
359
Tratamento de intussuscepção em crianças
SNG, correção hidroeletrolítica Sem sofrimento vascular → padrão-ouro redução com infusão de solução salina aquecida via retal Sinais de necrose → ressecção
360
Tratamento de intussuscepção em adultos
Ressecção do segmento
361
Hérnias internas
Congênita: paraduodenais Pós-bariátrica - Mesocólon transverso - Petersen - Mesentério jejunal
362
Síndrome de Wilkie
Síndrome da artéria mesentérica superior Compressão da 3ª porção do duodeno pela AMS Redução do ângulo entre AMS e Aorta → pinçamento aortomesentérico
363
Clínica e TTO da Síndrome de Wilkie
Dor, náusea, perda de peso → catabolismo e perda de peso Alívio ao decúbito lateral esquerdo TTO conservador ou cirúrgico na falha
364
Ângulo aortomesentérico
< 22 a 25º
365
Bezoar
Pacientes que foram submetidos a ressecção do piloro (gastrectomizados) Fitobezoar, tricobezoar, metais
366
Síndrome de Ogilvie
Pseudo-obstrução colônica aguda por distúrbio hidroeletrolítico ou metabólico Descompressão colonoscópica Risco de perfuração se ceco > 12 a 14 cm → avaliar cecostomia
367
Tipo mais comum
Adenocarcinoma (90%)
368
Fatores de risco
``` Litíase biliar (70 - 90%) Vesícula em porcelana Pólipos biliares Colangite esclerosante primária Junção biliar anômala → gene K-RAS Obesidade Tabagismo ```
369
Vesícula em porcelana
Colecistite crônica Associação com litíase (95%) Prevalência em colecistectomias (0,06 a 0,8%) Lesão neoplásica mais comum: adenoma
370
Pólipos da Vesícula Biliar
Maioria não é neoplasia - Hiperplasia da mucosa - Depósito de lípides (colesterolose) Na USG - Sem sombra acústica posterior - Imóvel a mudança de decúbito
371
Risco de malignidade de pólipo
> 1 cm → 43 a 70% de malignidade | > 2 cm → 100%
372
Características ultrassonográficas
Imóveis e sem sombra acústica posterior Colesterol: múltiplos, pediculados, < 1 cm Adenomas: homogêneos, isoecóicos, sem pedículo AdenoCA: isoecóicos e superfície em "amora"
373
Indicações de colecistectomia
Sintomáticos Maiores de 1 cm Associados a litíase biliar Crescimento acelerado
374
Conduta e acompanhamento de pólipos de vesícula
Pólipos > 2 cm → estadiamento (TC + US-EDA) - CCT estendidas (malignidade) Pólipo 1-2 cm → cirurgia Pólipo 0,6-0,9 cm → acompanhamento 3 e 6 meses - CCT se crescimento Pólipo ≤ 0,5 cm → acompanhamento 12 meses Adenomiose assintomática → cirurgia não recomendada
375
Quadro clínico do câncer de vesícula
Assintomático → normalmente desenvolve sintomas quando avançado ou associado a litíase biliar Dor, nausea, vômitos, anorexia e emagrecimento, massa palpável, icterícia, obstrução duodenal
376
Diagnóstico do câncer de vesícula
RNM - diferencia polipos benignos e malignos e invasão → ColângioRNM (pré-operatório) CEA/CA 19-9 elevados (não sensíveis ou específicos) US-EDA → invasão e linfonodos locais
377
T - carcinoma de vesícula
T1a - lâmina própria T1b - muscular T2 - conectivo perimuscular T3 - Perfura a serosa, invade o fígado e/ou órgãos/estruturas adjacentes T4 - Porta, artéria hepática ou ≥ 2 órgãos/estruturas extra-hepáticas
378
T1a - carcinoma de vesícula
Tumor que invade a lâmina própria
379
T1b - carcinoma de vesícula
Tumor que invade a muscular
380
T2 - carcinoma de vesícula
Invade o tecido conectivo perimuscular, sem extensão além da serosa ou no fígado
381
T3 - carcinoma de vesícula
Perfura a serosa (peritônio visceral) e/ou invade o fígado e/ou órgãos/estruturas adjacentes
382
T4 - carcinoma de vesícula
Invade a veia porta principal, artéria hepática ou invade ≥ 2 órgãos/estruturas extra-hepáticas
383
N - carcinoma de vesícula
N1 - metástase para linfonodo ao longo do ducto cístico, colédoco, artéria hepática e/ou veia porta N2 - metástase para linfonodo peri-aórticos, peri-cava, AMS e/ou artéria celíaca
384
Estadiamento - Carcinoma de vesícula
``` I - T1 II - T2 IIIA - T3 IIIB - N1 IVA - T4 N0-1 IVB - N2 ou M1 ```
385
Contraindicações a cirurgia
Metástases hepáticas ou peritoneais N2 (celíaco, peri-pancreático, peri-duodenal, MS) Ascite maligna Envolvimento extenso do ligamento hepatoduodenal Englobamento ou oclusão de vasos maiores
386
Ressecções curativas
Estádios 0, I e II (Tis, T1 e T2) Tis e T1a - CCT isolada Outros - CCT aberta estendida
387
Colecistectomia aberta estendida/radical
Ressecção dos segmentos IV e V Pode incluir ressecção de ducto biliar, linfonodos, hepática mais extensa e/ou órgãos adjacentes envolvidos
388
Ressecção linfonodal
Controvérsia → preferencialmente D2 D1 - hilo hepático e ligamento hepatoduodenal (a. cística, hepática, v. porta e colédoco) D2 - peri-aórticos, a. celíaca, AMS, v. cava inferior
389
Achado incidental no anatomopatológico
Se > T1b → CCT ampliada a D2 Ressecção da entrada dos portais
390
Duração da cólica biliar
Até 4 horas, após torna-se colecistite
391
Critérios de Gravidade - Diretrizes de Tóquio
III - Grave: repercussão sistêmica importante II - Moderada: inflamação bem definida. I - Leve: demais casos
392
Tóquio II
Leucócitos > 18 mil Massa cística palpável Duração das queixas > 72 horas Inflamação local bem definida (gangrenosa, abscesso, peritonite biliar).
393
Tóquio III
Choque séptico
394
Esfriar o processo - pacientes sem condições cirúrgicas
Sepse ASA III, IV ou V Baixo risco em curso tardio Antibiótico e drenagem percutânea
395
Colecistite aguda alitiásica
Trauma, sepse, queimaduras Múltiplas transfusões de sangue Curso clínico fulminante Mortalidade extremamente elevada
396
Tríade de Charcot
Febre, icterícia, dor em HD
397
Pentade de Reynolds
Tríade de Charcot + confusão mental e hipotensão
398
Patógenos na colangite aguda
E.coli (25-50%) Klebsiella (15 a 20%) Enterobacter (5 a 10%) Gram +: Enterococcus (15 a 20%)
399
Ranson (alcoólica ou outras)
Admissão: - Idade > 55 anos - GB > 16 mil - LDH > 350 - AST > 250 - Glicemia > 200 48 horas - Queda no Ht > 10% - Aumento da BUN > 5 mg/dL - Ca < 8 mg/dL - PO2 < 60 mmHg - BE > 4 mEq/L - Perda de fluidos > 6 L
400
Ranson (biliar)
Admissão: - Idade > 70 anos - GB > 18 mil - LDH > 250 - AST > 250 - Glicemia > 220 48 horas - Queda no Ht > 10% - Aumento da BUN > 2 mg/dL - Ca < 8 mg/dL - PO2 < 60 mmHg - BE > 5 mEq/L - Perda de fluidos > 4 L
401
Sinal de Gobiet
Colon transverso dilatado
402
Critérios de Balthazar
A - Pâncreas normal B - Aumento focal difuso C - Inflamação do pâncreas ou gordura peripancreática D - Coleção líquida única E - Duas ou mais coleções líquidas e/ou gás Grau de necrose - Leve < 30% - Moderada 30-50% - Acentuada > 50% Mortalidade 0-1 pts → 0% 4-6 pts → 6% 7-10 pts → 17%
403
Critérios de Atlanta
Leve: sem falência orgânicas ou complicações Moderada: falência transitória < 48 h ou complicações locais Grave: falência orgânica persistente ou pseudocisto
404
Sinais de prognóstico desfavoráveis na pancreatite
Ranson ≥ 3 APACHE-II ≥ 8 Falência orgânica Complicações locais: coleções agudas, pseudocisto, coleção necrótica e derrame pleural
405
Não realizar na suspeita de diverticulite
``` Colonoscopia Enema opaco (peritonite por bário) ```
406
Classificação de Hinchey
I - abscesso intramural II - abscesso pélvico III - peritonite purulenta IV - peritonite fecal
407
Tratamento da diverticulite
I - TTO clínico (ATB e antiespasmódico) II - clínico e drenagem do abscesso III - ressecção com anastomose ou colostomia IV - Hartmann
408
Fatores associados à alta probabilidade de tratamento cirúrgico
Dor abdominal com mais de 6 horas de duração, dor de início súbito e intenso, pouca resposta a analgesia potente, pacientes idosos.
409
Diagnósticos mais frequentes de dor abdominal
Inespecífica (31,4%); cólica renal (31,1%); cólica biliar/colecistite (7,7%); apendicite (3,8%); diverticulite (3,6%), ITU dor urológica testicular e prostática (2,7%)
410
Oclusão trombótica
Menos abrupta com, distensão abdominal, seguida de peritonite e choque séptico
411
Oclusão arterial aguda - embolia
Dor intensa, súbita e difusa
412
Obstruções intestinais baixas
Dores mais espaçadas e vômitos fecaloides
413
Obstruções intestinais altas
Dores mais frequentes e vômitos entéricos
414
Características do pneumoperitônio
Perfurações gástricas e duodenais - gás livre no abdome superior Perfurações jejunal, ileal e colônica - gás livre abaixo do mesocólon transverso.
415
Principais causas de pneumoperitônio
Úlcera péptica gastroduodenal e diverticulite
416
Sinal de isquemia irreversível, transmural
Pneumatose intestinal e gás no sistema venoso portal.
417
Etiologias isquemia mesentérica
Oclusão arterial (60-70%) - embolo arterial cardíaco ou séptico (40-50%) Oclusão venosa (20-30%) Causas não oclusivas (5 a 10%)
418
Dilatação do delgado antes da obstrução
> 2,5 - 3 cm
419
Acometimento de obstrução intestinal
80% intestino delgado - bridas | 20% intestino grosso - neoplasias
420
Adenoma hepático
Relação 1M:9F (25x contraceptivos orais) Único no lobo direito 50% assintomáticos Dor, massa palpável, sangramento, malignização Nódulo sólido, heterogêneo, hipervascular, capsula e pseudocápsula, conteúdo gorduroso Sangramento arterial. Risco de malignização se > 5 cm
421
Classificação de Adenoma Hepático
Grupo de Bordeaux 1 - HCA inflamatório: risco de sangramento e malignização - 40 a 50% 2 - HNF 1 α (esteatótico) mínimas complicações 3 - Mutação β catenina. Alto risco de malignidade , RM variável 4 - Não classificados
422
Fáscia de Denonvillier
Anterior ao reto e o separa da próstata e vesícula seminal no homem e vagina na mulher.
423
Fáscia de Waldeyer
Fáscia retossacral e separa o reto do sacro, inferiormente ao promontório.
424
Prateleira de Plummer
Superiormente a fáscia de Denonvillier, local de aparecimento de metástases linfonodais de tumores do TGI.
425
Espaço de Retzius
Posteriormente ao púbis e anteriormente à bexiga.
426
Lipossarcomas
Recorrência de 50% retroperitoneais dos tumores bem-diferenciados e 80% nos indiferenciados. Crescimento > 1 cm/mês: QxT com Imatinibe Cirurgia: sintomáticos, assintomático com acometimento de órgãos adjacentes, sangramento tumoral ou obstrução. QxT e cirurgia planejada: tumores bem diferenciados
427
Sarcomas de partes moles
Raro (1% dos tumores malignos nos adultos e 15% nas crianças) Oriundos das células mesenquimais Acomete principalmente as extremidades (MMIIs) seguido de acometimento visceral e retroperitônio
428
Úlcera gástrica
Hipercloridria: Tipo I e IV → gastrectomia Hipocloridria: Tipo II e III→ vagotomia e gastrectomia Classificação de Johnson Tipo I: pequena curvatura na parte mais inferior - mais comum Tipo II: corpo do estômago associada a duodenal Tipo III: pré-pilórica Tipo IV: pequena curvatura próximo a JEG Tipo V: não classificada em outras partes, AINE
429
Classificação de Bormann
``` Tipo I: polipoide Tipo II: úlcera com bordas bem delimitada Tipo III: ulcerado infiltrativo Tipo IV: infiltrativo difuso Tipo V: não se encaixa nas outras ```
430
Classificação de Lauren
Intestinal: mais comum, padrão. Atrofia da mucosa gástrica por gastrite crônica. Difuso: paciente mais jovem, presença de células em anel de sinete. Menor relação com fatores ambientais e sim síndromes hereditárias.
431
Trauma cervical
Zona I e III: na maioria das vezes é necessário arteriografia Zona II: abordagem cirúrgica permite diagnóstico preciso e tratamento
432
Contraindicações à CVL
Absoluta: intolerância a anestesia geral. Relativas: hepatopata terminal com hipertensão portal (dificultando a ressecção portal), coagulopatia, DPOC grave (piora com o acúmulo de CO2), ICC (piora com o aumento da pressão abdominal).
433
Síndrome de Zollinger-Ellison
Triângulo dos gastrinomas - Trígono de Passaro Quadro clínico de úlceras pépticas múltiplas e/ou locais atípicos Cerca de 20% fazem parte da NEM 1
434
NEM 1
Síndrome de Werner Pituitária → adenoma de hipófise (prolactinoma - galactorreia) Paratireoide → hiperparatireoidismo (90% dos casos) Hipercalcemia assintomática. Cerca de 25% dos pacientes apresentam evidência de nefrolitíase ou nefrocalcinose. Pâncreas (ou duodeno) → gastrinoma (SZE) Mutação do gene NEM1
435
NEM 2
Carcinoma medular de tireoide (alteração mais comum - 100% dos casos) Feocromocitoma NEM 2A → hiperparatireoidismo. Síndrome de Sipple NEM 2B → neuroma e hábito marfanoide Mutação do gene RET
436
Hipofunção Adrenal
Astenia, perda de peso, hiponatremia, acidose metabólica, hipotensão arterial e hiperpigmentação (não ocorre na secundária, pois depende do ACTH) Addison → insuficiência primária (menos comum). ACTH alto Interrupção abrupta de corticoides → secundária. ACTH baixo 1º Exame de rastreio (sensível) Dosagem do cortisol (sérico ou salivar) → baixo 2º Exame confirmatório (específico) Teste da cortrosina (ACTH) → sem resposta 3º Exame para definir a etiologia Dosagem de ACTH
437
Hiperfunção Adrenal - Hiperaldosteronismo
Hiperaldosteronismo primário → Granulosa Hipertensão refratária grave, alcalose metabólica, hipocalemia. Dosagem de aldosterona/renina (razão aumentada) Teste de sobrecarga oral de sódio → confirmatório TC de abdome Adenoma → cirurgia Hiperplasia → medicamentoso
438
Hiperfunção Adrenal - Síndrome de Cushing
Síndrome de Cushing → Fasciculada Dosagem de cortisol urinário, salivar ou teste com supressão da Dexametasona. Teste com ACTH → primário ou secundário Exame de imagem para identificar a adrenal acometida ou tumor de hipófise (tamanho)
439
Hiperfunção Adrenal - Tumores virilizantes
Tumores virilizantes → Reticular
440
Hiperfunção Adrenal - Feocromocitomas
Feocromocitomas → Medula 10% tumores bilaterais, 10% doença extra adrenal, 10% jovens < 20 anos, 10% tumores malignos, 10% ausência de hipertensão, 10% recidivam após ressecção, 10% aparecem como incidentaloma Metanefrinas séricas positivas → Metanefrinas urinárias Exame de imagem para identificar o sítio Preparo pré-op: alfa bloqueio. Beta bloqueio se paciente taquicárdico após os 14 dias de alfa bloqueio.
441
Incidentaloma de Adrenal
Funcional → cirurgia (Cushing - cortisol, Feocromocitoma - metanefrina/catecolamina) Tamanho > 4 cm → cirurgia.
442
Hipertensão intra-abdominal
PIA > 12 mmHg
443
Síndrome Compartimental Abdominal
PIA > 20 mmHg associado a disfunção orgânica em pelo menos 3 medidas sequenciais com intervalo de 1-6 horas. Medidas iniciais: SNG, sonda retal, enemas, sedação, paracentese, reposição volêmica cautelosa. Indicação cirúrgica se: PIA > 25 mmHg ou PIA entre 21 - 25 mmHg e falha nas terapias clínicas
444
Indicações de Transplante Hepático
- Hepatite fulminante - Cirrose alcoólica, criptogênica e por vírus B e C - Cirrose biliar primária e colangite esclerosante primária - Hepatite autoimune - Carcinoma hepatocelular - Atresia biliar (crianças) - Erros inatos do metabolismo (crianças) - Síndrome de Allagile (crianças)
445
Síndrome Hepatopulmonar
Vasodilatação pulmonar → capilares muito dilatados → maior velocidade do fluxo sanguíneo → shunt - hipoxemia crônica Tríade clínica: - Doença hepática e/ou hipertensão portal - Dilatações vasculares intra-pulmonares - Anormalidades da oxigenação arterial (ppO2 < 70 mmHg ou gradiente alvéolo-arterial > 20 mmHg) O transplante hepático apresenta alta mortalidade se: hipoxemia refratária, falência múltipla de órgãos, hemorragia intracerebral, sepse e trombose de veia porta.
446
Síndrome Hepatorrenal
Elevada concentração de óxido nítrico → vasodilatação sistêmica → queda da perfusão → vasoconstrição renal ultrapassando o limite de filtração renal.
447
Classificação de Child
BEATA → escalonar a sobrevida do paciente em 1 a dois anos Child A 5 a 6 pontos Child B 7 a 9 pontos Child C 10 a 15 pontos
448
MELD - Model for End-stage Live Disease
BIC - Bilirrubina, INR, Creatinina | Se MELD > 20 está indicado transplante hepático.
449
Transplante Hepático - Clichy - Paul Brousse
Fator V < 30% se idade > 30 anos Fator V < 20% se idade < 30 anos Encefalopatia grau 3 ou 4
450
Transplante Hepático - King's College
Paracetamol: - pH < 7,3 (sozinho) - TP > 100 s E Cr > 3,4 mg% E encefalopatia grau 3 ou 4 Não paracetamol: - TP > 100 s (sozinho) - TP > 50 s, bilirrubina > 17,5 mg% E etiologia desfavorável (hepatite não-A, não-B, halotano, subfulminantes)
451
Classificação de Todani
I: fusiforme - excisão, CCT e HJ em Y de Roux II: diverticular - excisão e HJ em Y de Roux III: coledococele (dentro do duodeno) - esfincteroplastia IVa: intra e extra-hepáticos - excisão, hepatec parcial e HJ IVb: extra-hepáticos → excisão, CCT e HJ em Y de Roux V: Caroli (intra-hepáticos) → hepatectomia ou transplante
452
Classificação de Csendes - Mirizzi
Tipo I - colecistectomia parcial - Torek Tipo II - invasão de 1/3 do colédoco: sutura e dreno de Kehr Tipo III - coledocoplastia Tipo IV - biliodigestiva
453
Tumor de Klatskin
Diagnóstico: TC de abdome e CRNM Sempre ressecção cirúrgica (não responde bem a QxT) Critérios de irressecabilidade: comprometimento do ducto hepático bilateral até os ductos secundários, envolvimento bilateral da artéria hepática, envolvimento da veia porta próximo a sua bifurcação e metástases distantes. Classificação de Bismuth-Corlette