Abdome e geral 1 Flashcards
Plexo de Sharpey
Shunt porto-sistêmico incomum a partir de veias colaterais da parede da vesícula biliar
Veias de Sappey
Pequenas veias ao redor do ligamento falciforme que drenam o sangue venoso da parte anterior da parede abdominal diretamente ao fígado.
Síndrome de Cruveilhier-Baumgarten
Hipertensão portal, recanalização da veia umbilical e dilatação das veias epigástricas. Sopro contínuo ao nível do umbigo.
Foetor hepaticus
Sopro dos mortos. Eliminação amônia pelos pulmões devido a hipertensão portal.
Veias de Retzius
Veias localizadas na parede dorsal do abdome formando uma anastomose entre a VCI e VMS e VMI.
Manobra de Schuster
Posicionamento do paciente em decúbito lateral D com o MIE flexionado para palpação do baço
Shunt de Rex
Derivação meso-porta. Enxerto de jugular entre a VMS e o ramo esquerdo intra-hepático da porta. Usado em trombose da porta extra-hepática.
Anastomose porto-cava calibrada
Urgência para sangramento incoercível ou falha na terapia por endoscopia e ausência de TIPS.
Desconexão Ázigo Portal com Esplenectomia - DAPE
Facilidade técnica no tratamento de sangramento, porém mais risco de ressangramento e não corrige déficits de proteínas hepáticas.
Cirurgia de Warren
Derivação esplenorrenal distal. Terapia de escolha nos casos em que o tratamento endoscópico não proporcionou bons resultados.
Adenoma hepático
♀ 10:1 ♂
30 a 40x com anticoncepcional oral
Obesidade, síndrome metabólica
Sangra espontaneamente
Complicações do adenoma hepático
Ruptura e hemorragia - > 5 cm e exofíticos
Transformação maligna - beta-catenina
Hiperplasia Nodular Focal hepática
2º benigno mais comum
10x mais comum do que adenoma
Fibrose central
Escore de Rockall
Risco de ressangramento e mortalidade
Idade, pulso, PAS, comorbidades, EDA
Escore de Rockall - Idade
< 60 anos → 0
60 - 80 anos → 1
> 80 anos → 2
Escore de Rockall - Pulso
< 100 → 0
> 100 → 1
Escore de Rockall - PAS
> 100 → 0
< 100 → 2
Escore do Rockall - Comorbidades
ICC, ICo → 2
IRC, hepatopatia, neoplasia → 3
Escore do Rockall - EDA
Normal, Mallory-Weiss → 0
Outros → 1
Neoplasia, úlceras, vaso presente → 2
Úlcera péptica
Causa mais comum de HDA (50 a 70% das não varicosa)
20% vão sangrar ao menos uma vez na vida
Maior risco de sangramento na DUP
Duodenais posteriores (gastroduodenal ou pancreatoduodenal superior)
Indicação cirúrgica na DUP
Em 5 a 10% dos casos
- Choque refratário
- > 6 U sangue
- Falha EDA
- Tipo sanguíneo raro
Epidemiologia da DUP
♀ 1 : 4-5 ♂
Representa 40% dos casos de HDA
10 a 15% vão apresentar sangramento em algum momento
Fatores de risco para DUP
AINE, H. pylori Idade > 60 anos História de úlcera péptica Uso de corticoides, anticoagulantes Desordem sistêmica grave Tabaco e álcool
Estimulantes da secreção de HCl
Histamina, gastrina e acetilcolina (estímulo do nervo vago)
Erradicação do Helicobacter pylori
Todo paciente com úlcera gastroduodenal e diagnóstico de infecção por H. pylori deve ser tratado visando à erradicação da bactéria, independentemente de a úlcera estar ou não associada também ao uso de AINEs.
Divertículo de Zenker
2% dos paciente com disfagia (relacionada ao tamanho)
> 60 anos ♂ 3:1 ♀
Divertículo falso de pulsão
Pronunciamento principalmente a esquerda
Triângulo de Killian
Atrofia senil
Ausência de relaxamento do cricofaríngeo
Tratamento do divertículo de Zenker
Endoscópico: septotomia ou grampeamento
Cirúrgico: diverticulectomia ± miotomia do cricofaríngeo
Cervicotomia esquerda na borda anterior do ECOM
Síndrome de Plummer-Vinson
10% dos casos de disfagia Disfagia "alta" Perda ponderal e anemia Membranas hipofaríngeas concêntricas ♀ de meia-idade
Tratamento da Síndrome de Plummer-Vinson
Desbridamento por endoscopia
Anel de Schatzki
Anel da mucosa do esôfago localizado na junção escamocolunar ou nas proximidades do esfíncter esofágico inferior
Esofagite eosinofílica
♂ 30-40 anos
História de atopia
Sintomas de refluxo com disfagia precoce e epigastralgia.
Anéis mucosos, traqueização e pápulas esbranquiçadas.
Histologia da esofagite eosinofílica
2 a 4 biópsias do esôfago distal
> 15 eosinófilos/campo
Microabscessos eosinofílicos
Aumento de células imunes
Tratamento da esofagite eosinofílica
Evitar alimentos alergênicos
IBP > 8 semanas
Corticoide tópico inalatório
Dilatações endoscópicas
Síndrome de Mallory-Weiss
Lacerações longitudinais da mucosa do esôfago Aumento da pressão intra-abdominal (vômitos)
Frequente associação HDA (5%-10% das HDA)
Tratamento da Síndrome de Mallory-Weiss
Na maioria das vezes terapia de suporte: estabilização, IBP e antiemético.
Controle endoscópico se necessário Embolização por arteriografia Cirurgia
Síndrome de Boerhaave
Perfuração esofágica espontânea (exercícios intensos, vômitos, parto, convulsões)
3 a cada 1 milhão/ano
15% das perfurações esofágicas
Tratamento da Síndrome de Boerhaave
Tratamento clínico inicial: Jejum, ATB, drenagem se necessário
Cirurgia na falha: reparo da laceração e drenagem e em casos extremos esofagectomia.
Coledocolitíase primária
Estase biliar: fibrose cística, grandes ductos biliares, divertículos peri-ampulares, infecção recorrente do sistema biliar.
Coledocolitíase residual
< 2 anos após colecistectomia
Coledocolitíase recorrente
> 2 anos após colecistectomia - estase ou infecção
Critérios de Tokyo para colangite aguda A
A: inflamação sistêmica.
A1: febre ou calafrios
A2: sinais laboratoriais. Leucócitos > 10 mil, PCR >1 mg/dL
Critérios de Tokyo para colangite aguda B
B: colestase.
B1: icterícia. Bilirrubina total > 2 mg/dL
B2: elevação das transaminases e enzimas canaliculares > 1,5 x a referência
Critérios de Tokyo para colangite aguda C
C: imagem.
C1: dilatação das vias biliares > 0,7 mm
C2: evidência de cálculo ou fator obstrutivo
Tríade de Charcot
Febre, icterícia, dor abdominal
Pêntade de Reynolds
Tríade de Charcot + hipotensão e alteração do estado mental
Csendes - I
Incidência 10-52%
Compressão extrínseca do ducto biliar por cálculo impactado.
Colecistectomia parcial - Torek
Csendes - II
Incidência de 23-41%
Fístula colecistobiliar envolvendo 1/3 da circunferência do ducto biliar comum
Sutura e dreno de Kehr
Csendes - III
Incidência de 44%
Fístula colecistobiliar envolvendo 2/3 da circunferência do ducto biliar comum
Coledocoplastia
Csendes - IV
Incidência de 1 - 6%
Fístula colecistobiliar envolvendo toda a circunferência do ducto biliar comum
Biliodigestiva
Csendes - Va
Incidência Va e Vb de 29%
Fístula colecistoentérica sem íleo biliar
Sutura simples da fístula e víscera, CCT total ou subtotal
Csendes - Vb
Incidência Va e Vb de 29%
Fístula colecistoentérica com íleo biliar
Tratamento do íleo-biliar e em segundo plano CCT total ou subtotal
Lesões decorrentes do trauma abdominal contuso
Baço (40-55%) Fígado (35-45%) Intestino delgado (5-10%)
Tumor de apêndice
Identificado em 0,7 - 1,7% das peças
Tumores carcinoides, proveniente de células neuroendócrinas (enterocromafins), são os mais frequentes.
< 1 cm → curado com apendicectomia
1-2 cm → avaliar outros fatores como metástase
> 2 cm na base → hemicolectomia D
Adenocarcinoma → colectomia direita com linfadenectomia ± neoadjuvância
Mucinoso - se romper pode gerar pseudomixoma peritoneiperitonei
PMP → CRS + HIPEC
Local de sangramento na HDB
Distal ao ângulo de Treitz
Cólon e reto (95%)
Características da HDB
85% autolimitado
3% mortalidade
Hematoquezia
Enterorragia
Melena
HDB em crianças
Divertículo de Meckel
HDB < 50 anos
Colite infecciosa
Anorretal
DII
HDB > 50 anos
Divertículos colônicos
Ectasias vasculares
Neoplasias
Isquemia mesentérica
HDB em imunodeprimidos
Sarcoma de Kaposi - delgado
Colite por CMV ou linfoma
Doença diverticular dos cólons
2/3 população > 70 a Hemorragia em 3 a 5% Maioria cessa espontaneamente Ressangramento 25% Forma hipotônicas - sangramento
Ectasias vasculares e HDB
20 a 30% das HDB
Ceco e cólon ascendente
Absorção no Duodeno
Ferro, Cálcio, Ácido fólico, Carboidratos simples, Aminoácidos
Absorção no Jejuno
Carboidratos, Aminoácidos, Vitamina C, Ácidos graxos, Zinco, potássio
Absorção no Íleo
Sais biliares, Vitamina B12, Na+, Cl-, Mg++
Fase aguda da síndrome do intestino curto
Duração de 4 semanas
Abordagem hidroeletrolítica: NP
- 25-33 kcal/kg/dia
- 1 a 4 litros
- Carboidratos (2/3 valor energético)
- Proteína de 1 a 1,5g/kg/dia
Enteral: formas oligoméricas
Oral: fracionada e de baixa osmolaridade
Fase adaptativa da síndrome do intestino curto
Duração de 1 a 2 anos
Progressão da NE e nutrição oral poliméricas, pobre em lipídios e lactose
Lipídios - 30 - 50 g/dia - 50% na forma de triglicérides de cadeia média (hidrossolúveis)
30 - 35 kcal/kg/dia
1 - 1,5 g ptn/kg/dia
0,5 - 1,5 g lip/kg/dia
Vitaminas e sais minerais
Fase de manutenção da síndrome do intestino curto
Alguns necessitam de NP indefinidamente
Possibilidade de NE em quem tolera via oral
Fracionada, hiperproteica, hipercalórica, hipolipídica, rica em fibras solúveis e com bom aporte hídrico
Falência da NPT na síndrome do intestino curto
Falência hepática (icterícia, ↑ enzimas hepáticas, cirrose e hipertensão portal)
Trombose das veias centrais (≥ 2)
Infecção frequente dos cateteres (≥2/ano, fungemia, choque)
Desidratação
Tumores primários hepáticos
Hepatocarcinoma (maligno primário mais comum)
Colangiocarcinoma
Angiossarcoma
Hepatoblastoma (crianças)
Tumores secundários hepáticos
Metástases (tumor maligno mais comum)
- Mais comum: colorretal
Produto das células alfa
Glucagon
Produto das células beta
Insulina
Produto das células delta
Somatostatina
NEM 1 - Síndrome de Werner
Hiperparatireoidismo primário (adenoma de paratireoide funcionante)
Tumor hipofisário (prolactinoma é o mais comum)
Tumores neuroendócrinos (gastrinoma é o mais comum)
NEM 2
Carcinoma medular da tireoide
Feocromocitoma
Tumores neuroendócrinos bem diferenciados
G1 - baixo grau (Ki-67 e iM<3%)
G2 - grau intermediário (Ki-67 e iM - 3 - 20%)
Carcinomas neuroendócrinos pouco diferenciados
G3 - alto grau (extremamente agressivos) (Ki-67 e iM> 20%)
Malignidade em tumores neuroendócrinos pancreáticos
Insulinoma 5 a 10%
Gastrinoma 70%
Glucagonoma 70%
Vipoma 50 a 60%
Tumor neuroendócrino na TC
Alta acurácia Bem vascularizados Enchimento precoce na fase arterial Wash out na fase tardia Sensibilidade >80%
Papel do OctreoScan nos tumores neuroendócrinos
Tumores neuroendócrinos expressam receptores de somatostatina. Imagem obtida com análogos marcados.
Classificação de Todani - I
Fusiforme → excisão total, colecistectomia e HJ em Y de Roux
Classificação de Todani - II
Diverticular → excisão total e HJ em Y de Roux
Classificação de Todani - III
Coledococele (cisto dentro do duodeno) → esfincteroplastia (não neoplásico)
Classificação de Todani - IV
IVa: cistos intra e extra-hepáticos → excisão total, hepatectomia parcial e HJ
IVb: cistos extra-hepáticos → excisão total, colecistectomia e HJ em Y de Roux
Classificação de Todani - V
Doença de Caroli (cistos intra-hepáticos) → hepatectomia ou transplante
US Hemangioma
Nódulo hiperecoico
TC Hemangioma
Enchimento arterial lento centrípeto
Retenção do contraste
RNM Hemangioma
Enchimento arterial lento centrípeto
Hipersinal em T2
Hiperplasia nodular focal
2º benigno mais frequente
Apresenta cicatriz central, estrias radiadas, lesão endurecida
Epidemiologia do Câncer Colorretal
3º mais frequente nos ♂ 2º mais frequente nas ♀ Distribuição - 18% ascendente - 9% transverso - 5% descendente - 25% sigmoide - 43% reto
80% esporádico (não associado a síndromes)
Fatores ambientais para desenvolvimento do CCR
Gordura animal → estímulo de ácidos biliares
Carne vermelha → nitrosaminas
Tabagismo e etilismo
Obesidade
Etiologias
DII - RCUI
Ureterossigmoidostomia
Irradiação
Pólipos
Neoplásico
- Maligno → adenocarcinoma
- Benigno → adenoma (tubular, viloso, tubulovilosos) e serrados
Não neoplásicos
- Hiperplásicos, inflamatórios e hamartomas (não na síndrome)
Pólipos adenomatosos
O risco aumenta conforme aumenta o componente viloso
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
Mutação no gene APC
Cromossomo 5 - dominante
Colectomia total profilática + anastomose ileoanal + bolsa ileal em J
Síndrome de Gardner
Pólipos adenomatosos
Cistos cutâneos, osteomas e fibromas
Tumores desmoides, estômago, pâncreas e delgado
87 a 100% - hipertrofia congênita do epitélio retiniano pigmentado
Síndrome de Turcot
Pólipos adenomatosos
Tumores SNC (gliomas), neurinomas e tumores intracranianos
Polipose Juvenil
0,01% dos casos de CCR
3-100 pólipos hamartomatosos
Síndrome de Peutz-Jeghers
Pólipos hamartomatosos em todo TGI (mais frequente no delgado)
Manchas melanóticas nos lábios, boca e dedos
HNPCC - Hereditary NonPolyposis Colorectal Cancer
Síndrome de Lynch
Sem polipose
3 a 5% dos CCR
Mais comum no cólon direito
Instabilidade de microssatélites
Mutações no reparo - MLH1 e MSH2
Critérios de Amsterdam - HNPCC
Amsterdam I
- Pelo menos 3 membros da família
- Um dos membros 1º grau
- Duas gerações
- Um dos membros < 50 anos
- Excluído PAF
- Confirmação anatomopatológica
Amsterdam II
- Incluídos tumores de endométrio, delgado, ureter ou pelve renal
Lynch 1
Câncer de cólon em jovem
Lynch 2
Câncer colorretal e extracolônico
- Mama, útero, endométrio, ovário
- Delgado, estômago, via biliar
- Trato urinário, cérebro
Tumor Familial
Não preenchem critérios para as demais
20% dos casos de CCR
Câncer esporádico
70-80% dos CCR
Paciente sem HF > 50 anos
Pólipos adenomatosos
- Tubulares 75%
- Tubulovilosos 15%
- Vilosos 10% (malignização 40%)
Depende do tamanho e grau de displasia
Sequência adenoma-carcinoma 5 a 10 anos
Seguimento - ausência de pólipo
Repetir em 10 anos
Seguimento - pólipo adenomatoso de risco baixo
Repetir em 5 anos
< 1 cm
< 3 pólipos
Histologia favorável
Seguimento - pólipo adenomatoso de maior risco
Repetir em 3 anos ≥ 3 pólipos ≥ 1 cm Viloso HF positiva
Seguimento - demais pólipos adenomatosos
Repetir em 6 meses
Lesões sésseis, ressecado em fatias
Pólipo maligno
Displasia de alto grau
Clínica em cólon direito
Anemia e massa palpável
Clínica em cólon esquerdo
Lesão estenosante
Disseminação
Direta
Linfática → segue vasos
Venosa
Rastreamento - Risco moderado
> 50 anos
- Sangue oculto anual
- Colonoscopia 10/10 anos
Rastreamento - Risco alto
HF com CA antes do 45 anos, adenomas múltiplos, DII
- Colonoscopia a cada 1-2 anos
Rastreamento - Risco muito alto
HF com transmissão hereditária (PAF e polipose)
- Colonoscopia anual
Tomografia
Estadiamento
Ressonância
Fundamental no reto
CEA
Valor prognóstico
Dosado no pré-operatório → linha de base
Pode aumentar em fumantes
Não tem valor diagnóstico
Estadiamento - T1
Invade mucosa e/ou submucosa
Estadiamento - T2
Invade muscular própria
Estadiamento - T3
Invade subserosa e/ou tecidos pericólicos
Estadiamento - T4a
Invade peritônio visceral
Estadiamento - T4b
Invade órgãos e estruturas adjacentes
Estadiamento - N1a
1 linfonodo
Estadiamento - N1b
2-3 linfonodos
Estadiamento - N1c
Depósitos tumorais em subserosa ou mesentério
Estadiamento - N2a
4-6 linfonodos
Estadiamento - N2b
≥ 7 linfonodos
Estadiamento - M1a
1 órgão sem acometimento peritoneal
Estadiamento - M1b
≥ 2 locais sem acometimento peritoneal
Estadiamento - M1c
Carcinomatose
Intenção curativa
Tumor primário e linfonodos regionais
Margens distais livres 1,5 a 2 cm (reto 1 cm)
Margem proximal ≥ 5 cm
No mínimo 15 linfonodos
Ressecção local - reto
T1 (USG endoanal ou RNM)
Bem diferenciado
< 3 cm
< 40% da circunferência
Excisão Total de Mesorreto - ETM
Tumores de reto médio e baixo
Neoadjuvância
RxT e QxT pré-op Diminuição de recidivas e massa tumoral - Redução de estadiamento em 60 a 80% - Resposta completa em 15 a 30% - Tumores abaixo da reflexão peritoneal e ≥ T3N0M0
Resposta completa após neoadjuvância
Ressecção habitual x watch and wait → não há consenso ainda
Tumor de reto médio
RxT + QxT → Retossigmoidectomia
Tumor de reto baixo
RxT + QxT → Amputação abdominoperineal do reto (operação de Miles)
Acometimento do esfincter ou indivíduos com incontinência
Adjuvância
Linfonodos + (estádio III)
Linfonodos - (estádio II) e pouco diferenciado, localmente avançado, invasão angiolinfática e perineural
4 a 6 semanas após a cirurgia
Intenção paliativa
Aliviar ou reduzir sintomas (obstrução)
- Metástases irressecáveis
- Invasão de estruturas vitais
- Carcinomatose
Ressecção com anastomose, estoma, colostomia, ileostomia, derivações internas
Seguimento
90% das recorrências ocorre em até 48 meses
- 3/3 meses por 2 anos: avaliação clínica, CEA
- 6/6 meses de 2 a 5 anos: avaliação clínica, imagem e CEA
- anualmente após 5 anos: avaliação clínica, imagem e CEA
Até 5 anos 1x ao ano: TC de tórax, abdome e pelve
Colonoscopia: 1 ano após a cx e a cada 3-5 anos
Definição
Sangramento até o ângulo de Treitz
Epidemiologia
Mortalidade 10%
3x mais frequente do que a baixa
Maioria > 60 anos
Melena
50 a 100 ml
Quadro crônico - anemia
Enterorragia
> 1.000 ml
Quadro agudo - choque hipovolêmico
Varizes de esôfago
20 a 30% dos casos de HDA 60% dos hepatopatas terão varizes 35% dos pacientes com varizes apresentaram sangramento 40% cessam espontaneamente Mortalidade de 50%
Fisiopatologia
Gradiente de pressão > 6 mmHg → varizes
Pressão → desencadeamento de hemorragia
Determinantes do risco de sangramento
- Função Hepática comprometida
- Grosso calibre
- Red spots
Reposição sanguínea
Grau III - tipo específico com prova cruzada
Grau IV - protocolo de reposição maciça
Manter hematócrito entre 25 e 30%
Reposição de plaquetas
Valores < 50.000
1 unidade / 10 kg de peso
Reposição de plasma fresco
RNI até 1,5
10 a 20 ml/ kg de peso
1 UI / 5 CHAD → 1 UI / 2 CHAD
Terlipressina
2 mg IV 4/4h (primeiras 24h)
1 mg IV 4/4h (sequência)
Menos reações adversas (isquemia miocárdica)
Octreotida
Bolus 100 μg depois 50 μg /h
Somatostatina
Bolus 250 μg e depois 250 a 500 μg/h
Prevenção da encefalopatia hepática
Lavagem intestinal
Lactulose
Neomicina 1 g VO 6/6h
Restrição proteica
Prevenção de infecções bacterianas
Quinolonas:
- Ciprofloxacino - EV
- Norfloxacino - VO
Ligadura elástica
Primeira escolha nas varizes esofágicas
Sem necessidade
Pode ser realizada com distúrbio de coagulação
Cianoacrilato
Indicação precisa nas varizes de fundo gástrico
Sem acesso a ligadura elástica
Balão de Sengstaken-Blakemore
Balão esofágico: 40 mmHg (menor do que a PAM) → redução da pressão 12/12h
Balão gástrico: 200 ml de ar → redução da pressão 24/24h
Derivações não seletivas
Portocava, mesentérico-cava, esplenorrenal proximal com esplenectomia
Não recomendada em esquistossomóticos
Hipotrofia hepática e encefalopatia
Derivações eletivas
Indicação em esquistossomose Warren - derivação esplenorrenal distal. Preservação do fluxo hepático Algum grau de encefalopatia hepática Índice de ressangramento mais baixo
Desconexão ázigo-portal
Diminui chance de hemorragia
Não reduz aporte hepático
Associado com esplenectomia
Indicado em esquistossomóticos
Tratamento de sangramento em cirróticos
Mortalidade elevada em ressangramento
Após o tratamento: serviço de transplante hepático
Até o transplante: tratamento endoscópico e betabloqueador
Hemorragia incontrolável ou ressangramento → TIPS
Classificação de Child-Pugh
Classe A - 5 a 6 pontos
Classe B - 7 a 9 pontos
Classe C - 10 a 15 pontos
Classificação de Child-Pugh - Bilirrubina
1 ponto: < 2 mg/dl
2 pontos: 2-3 mg/dL
3 pontos: > 3 mg/dL
Classificação de Child-Pugh - Encefalopatia
1 ponto: ausente
2 pontos: mínima (estágio 1 e 2)
3 pontos: grave (estágio 3 e 4)
Classificação de Child-Pugh - Albumina
1 ponto: > 3,5 g/dL
2 pontos: 2,8 - 3,5 g/dL
3 pontos: < 2,8 g/dL
Classificação de Child-Pugh - TAP - INR
1 ponto: INR < 1,7 ou < 4 segundos
2 pontos: INR 1,7 a 2,1 ou 4 a 6 segundos
3 pontos: INR > 2,1 ou > 6 segundos
Classificação de Child-Pugh - Ascite
1 ponto: ausente
2 pontos: fácil controle com diurético
3 pontos: refratária a diurético
Ulcerorrafia
Desbridamento dos bordos e biopsia
Fio inabsorvível ou absorvível duradouro
Epiploplastia
Piloroplastia
Vagotomia troncular
Complicações: dumping, diarreia
Piloroplastia Heineke Mikulicz
Abertura longitudinal fechamento vertical
Gastrectomia
Situação de exceção - úlceras gigantes
Antrectomia com vagotomia troncular
Billroth I
Gastroduodenoanastomose
Úlceras gástrica preferencialmente em situação eletiva
Vantagens: preservação do duodeno
Não usar em úlceras duodenais por edema da alça
Billroth II
Gastroenteroanastomose
Isoperistáltica - diminuição a síndrome da alça aferente
Anisoperistática - esvaziamento mais lento, redução do dumping
Y de Roux
Método preferido
Risco de mais anastomoses - deiscência
Menor risco de dumping e alça aferente
Tratamento clínico de úlcera gástrica perfurada
Casos de exceção sem formação de coleções líquidas, sem peritonite, sem instabilidade.
Aspiração contínua, ATB, monitorização
Perfuração colônica
Causas: diverticulite perfurada, trauma, objetos perfurantes, neoplasias
Mais insidioso
Causa peritonite bacteriana
Peritonite fecal
Hartmann ou em casos selecionados rafia com colostomia de proteção