GO - SANGRAMENTO 1ª E 2ª METADE GEST. Flashcards
Quais as condições que permitem terapia com metotrexato na gravidez ectópica?
- Estabilidade hemodinâmica;
- Embrião morto - Ausência de BCF;
- HCG 2000-5000;
- Saco < 3,5-4,0 cm;
- IG até 06 sem.
Quais condições indicam cirurgia na gravidez ectopica?
- Instabilidade ou hemoperitônio (ectópica rota)
- Saco > 3,5-4,0 cm (mesmo com estabilidade, escolhe-se a laparoscopia);
- Bebe com BCF (não pode fazer MTX).
Deverá ser de urgência na ectópica rota através de laparotomia exploradora.
Quando devemos pensar em abortamento completo?
- História de saída de restos ovulares;
- Colo fechado;
- Paciente assintomática - geralmente teve episódio de dor que em seguida sumiu;
- Volume uterino incompatível com atraso menstrual - sem conteúdo.
Como deve ser feito o acompanhamento do beta HCG pós esvaziamento uterino na mola hidatiforme?
Acompanhamento semanal até zerar o BHCG por 3 semanas consecutivas.
Depois o seguimento é mensal por 06 meses.
Qual o percentual em que o DPP apresenta sangramento?
80% dos casos.
O que significa “inserção velamentosa de cordão”?
Ocorre quando a inserção do cordão ocorre nas membranas da periferia dos discos placentários, quando normalmente deveria no meio.
Esses vasos não tem a proteção da geleia de Wharton, por isso, são vasos mais susceptíveis a ruptura.
Existe maior risco de vasa prévia e sangramentos de 2 e 3º trimestres.
Cite algumas manifestações clínicas da DTG?
- Presença de cistos tecaluteínicos pela hiperestimulação ovariana (LH);
- Sinais de PE antes das 20 sem (presente em até 10% dos casos - aumento do HCG);
- Náuseas e vômitos (níveis elevados de beta HCG);
- Útero aumentado para IG (grande proliferação trofoblástica);
- Útero em sanfona;
- Sangramento intermitente em aspecto de suco de ameixa;
- Hipertireoidismo (estimulação cruzada pelo HCG que parece com o TSH).
- Tempestade de neve na USG.
Qual é um achado considerado normal pós salpingectomia?
Sangramento vaginal mais intenso que a menstruação habitual.
Isso ocorre devido a redução dos níveis de beta-HCG, levando a involução do corpo lúteo e determinando a ocorrência de sangramento uterino esperado.
Qual conduta deve ser aplicada na gestação pós diagnóstica da SAAF?
- Iniciar AAS quando BHCG positivar até 1 a 2 sem do parto.
- Iniciar HBPM quando confirmar gestação tópica até 36-37 sem.
Se paciente com histórico de tromboses, fazer heparina dose plena.
Qual é o indicador que isoladamente melhor representa a probabilidade de sucesso da terapia com metotrexato?
O beta-HCG.
Quanto menor seu nível, ou níveis em queda, melhor é a resposta da terapia.
É permitida a realização de USG transvaginal no diagnóstico da placenta prévia?
Sim. O transdutor não penetra no canal endocervical.
O que está proscrito é o toque vaginal.
Quais são 02 critérios USG que podem definir abortamento?
1) SG >= 25 mm sem embrião e vesícula.
2) Embrião com CCN > 7 mm sem BCF.
A vesícula vitelina sozinha não da diagnóstico de abortamento.
Se existe VV, existe embrião.
Em qual situação no DPP pode-se fazer o parto vaginal?
Se o feto estiver vivo, apenas se ele já estiver quase nascendo. Deve-se optar pela via mais rápida.
Se o feto estiver morto, opta-se pelo parto vaginal se ocorrer até 6h de evolução.
Quais os critérios para definir o diagnóstico de neoplasia trofoblástica gestacional?
1) Elevação de 10% do HCG por duas semana consecutivas (3 valores);
2) Não houver queda do HCG por três semanas consecutivas, ou seja, mantem-se em platô (4 valores);
3) HCG não negativar após 06 meses.
Ou seja, beta-HCG positivo, vai indicar ou uma gestação (tópica ou ectópica), ou então uma NTG (neoplasia trofoblástica gestacional).
Qual a conduta esperada quando HCG estiver abaixo do limite discriminatório?
Quando isso ocorre, não se pode esperar encontrar nada na USG. Logo, pode-se ter uma gestação inicial, uma gestação ectópica ou até uma não gestação.
A melhor conduta é esperar de 48-72h e repetir o HCG. Se dobrar, indica uma gestação viável.
O que é placenta sucenturiada?
É a placenta que possui um anexo, lóbulos extras que podem recobrir a porção inferior do colo do útero (mesmo que as outras porções estejam localizadas no fundo uterino), gerando sangramento e intercorrências durante o final de gravidez e trabalho de parto.
Como se pode fazer o diagnóstico da incompetência istmo-cervical?
3 maneiras:
1) história clínica - paciente com pelo menos 2 perdas gestacionais de forma rápida, indolor, sem sangramento abundante a partir do 2T.
2) ultrassonográfico - prematuridade + do colo uterino curto (< 25 mm).
3) exame físico - paciente que chega com colo dilatado e apagado, bolsa amniótica protrusa sem trabalho de parto ou infecção.
Qual a conduta para paciente com IIC?
- História típica: Cerclagem;
- História duvidosa: Progesterona vaginal + USG TV de colo.
Se colo < 25 mm: Cerclagem;
Se colo 25-30 mm: Acompanhamento semanal até 26 semana;
Se colo > 30 mm:
Acompanhamento quinzenal até a 26 semana.
Também é recomendado o uso de progesterona tópica.
Quando devemos pensar em ameaça de abortamento?
Quando houver sangramento de pequena quantidade, colo fechado, útero compatível com idade gestacional, podendo ou não haver cólica, atividade cardíaca presente.
Obs: pode ou não ter hematoma subcoriônico.
Quando se deve pensar em pior prognóstico no hematoma subcoriônico?
Quando for > 50% a chance de progredir para um aborto é alta.
Se for <30% a chance da gravidez ser viável e progredir é excelente. Se o feto estiver estável, não é um critério para alto risco.
Qual a conduta no abortamento retido?
A conduta mais preconizada, é a conduta ativa e prosseguir para o esvaziamento uterino.
Hoje, tem ganhado força a conduta conservadora de se aguardar até 04 semanas para expulsão espontânea.
Qual uma conduta acessória extremamente importante no manejo do abortamento?
Lembrar de fazer a imunoglublina anti-D se RH- e > 12 semanas ou se sangramento importante.
Evitar os riscos de eritoblastose fetal no futuro.
A partir de quando é necessário fazer a expulsão medicamentosa do feto no abortamento?
A partir das 12 semanas.
Aqui deve-se expulsar primeiro o feto, para depois fazer o esvaziamento uterino, uma vez que já podem existir partes ósseas.
Quais os locais mais comuns de gestação ectópica?
1) Ampular - 70/80%;
2) Istmica - 12/15%;
3) Fímbrica - 11%.
Até 95% dos casos ocorre na tuba uterina.
Cite alguns fatores de risco para gravidez ectópica.
- DIPA;
- Cirurgia tubária prévia;
- Reprodução assistida;
- DIU;
- Antecedentes de gestação ectópica;
- Tabagismo.
O que é o sinal de Proust?
É o grito de Douglas.
Quando toca no fundo de saco posterior, o paciente grita de dor.
Presente na gestação ectópica.
O que é o sinal de Lafont?
Dor em ombro por irritação do nervo frênico devido a hemorragia intraperitoneal.
Geralmente está presente na gestação ectópica já com sinais de rotura.
Também pode ter sinal de Blumberg positivo.
Descreva a mola completa.
- 46 XX ou 46 XY de origem paterna;
- Sem embrião;
- Aspecto de cacho de uva/floco de neve;
- 20% pode evoluir para forma maligna;
- Cistos tecaluteínicos;
- BHCG muito aumentado.
Descreva a mola incompleta.
- 69 XXX, 69 XXY ou 69 XYY;
- Embrião com multiplas malformações + vilosidades normais e vilosidades hidrópicas;
- 5% pode evoluir para forma maligna.
- Raros cistos.
- BHCG menos aumentado que na mola completa.
A partir de qual semana pode ser fechado o diagnóstico de PP?
A partir da 28ª semana.
O que é a placenta prévia marginal?
É aquele que o bordo da placenta está a margeando o orifício uterino interno.
Cite alguns fatores de risco para PP?
- Número de cesáreas (principal);
- História prévia;
- Gestação múltipla;
- Multiparidade;
- Curetagens;
- Miomectomia;
- Tabagismo;
- Idade avançada;
- Ausência da camada de Nitabuch.
Defina os tipos de acretismo.
- Acrestimo: até esponjosa do endométrio;
- Incretismo: penetra miométrio;
- Percretismo: atinge serosa.
Qual a diferença de quadro clínico da PP para o DPPNI?
PP:
- progressivo;
- se repete;
- espontâneo;
- vermelho vivo;
- indolor;
- hipertonia ausente.
DPPNI:
- Dor;
- Hipertonia;
- Hipertensão;
- FCF não tranquilizadora;
- Sangue escuro/coagulado.
Na DPP ocorre repercussão fetal, diferente da PP.
Defina a Classificação de Sher para DPP.
Grau I: quadro clínico frusto, com diagnóstico retrospectivo e vitalidade fetal preservada.
Grau II: quadro clássico, com sangramento, hipertonia e vitalidade fetal comprometida.
Grau III: óbito fetal, podendo ser com (IIIa) ou sem coagulopatia (IIIb).
Defina o sinal de Band.
Formação de um anel entre o corpo e o segmento uterino inferior, é o sinal da ampulheta.
Define iminência de rotura uterina.
Defina o sinal de Frommel.
Distensão e cisalhamento dos ligamentos redondos, tornando-os palpáveis.
Define iminência de rotura uterina.
Qual é um sinal patognomônico da rotura uterina?
Partes fetais que eram palpáveis pelo canal vaginal, agora são nitidamente palpáveis no abdome e não mais no que toque vaginal.
A elevação da apresentação remete a isso também.
Defina o sinal de Clark e Reasens, e quando esperamos encontrá-lo.
Sinal de Clarks - enfisema subcutâneo em região uterina;
Sinal de Reasens: subida da apresentação.
Presentes na rotura uterina.
Quando devemos pensar em abortamento incompleto?
- Colo aberto;
- Restos ovulares;
- Útero reduzido.
Quando devemos pensar em abortamento inevitável?
É o abortamento em curso.
- Colo aberto;
- BCF + ou -;
- Útero compatível inicialmente, mas depois reduz.
Quando devemos pensar em abortamento infectado?
- Colo aberto;
- Restos ovulares;
- Febre
- Sinais de flogose e secreções purulentas.
Quais os tratamentos podem ser aplicados no abortamento?
- Se infectado: antibioticoterapia
- Para todos: esvaziamento uterio, que pode ser:
1) Clínico: misoprostol ou mifepristone;
2) Cirúrgico: AMIU ou curetagem.
OBS 1: AMIU só pode ser realizada abaixo de 12 semanas.
OBS 2: A curetagem só deve ser feita a partir de 12-14 semanas.
Quais as duas principais causas de abortamentos recorrentes?
- Incompetencia istmo-cervical;
- SAAF.
Qual a técnica cirúrgica para tratar a incompetência istmo cervical?
A cerclagem uterina, com técnica de Mc Donald.
Realizar entre 12/16 e 24/26 semanas de IG.
Quais achados da USG TV do colo que vão sugerir as condutas na incompetência istmo cervical?
- Colo < 25 mm: cerclagem.
- Colo 26-30 mm: acompanhamento semanal até a 26 semana.
- Colo > 30 mm: acompanhamento quinzenal até a 26 semana.
Como é fechado o diagnóstico de SAAF?
1 critério clínico + 1 critério laboratorial.
Clinico:
- >= 1 abortamento depois de 10 semanas;
- >= 3 abortamentos antes de 10 semanas;
- >= 1 episódio de parto prematuro (antes de 34 semanas) por PE grave.
Laboratorial:
- anticardiolipina;
- Anticoagulante lúpico;
- Anti-B2-glicoproteína-1.