GO - GEMELARIDADE + DHPN Flashcards
Defina zigocidade, corionicidade e amnionicidade.
- Zigocidade - é o numero de óvulos fecundados no mesmo ciclo.
- Corionicidade - numero de placentas existentes.
- Amniocidade - numero de bolsas amnióticas.
Basedo no tempo de clivagem, quando devemos esperar uma gestação:
- dicorionica diamniotica?
- monocorionica diamniotica?
- monocorionica monoamniotica?
Na gestação gemelar, quando se tem clara indicação de cesárea?
- Mesmas indicações de gestações únicas;
- Monocoriônicas monoamnióticas;
- G1 com apresentação não cefálica;
- G2 com peso < 1500g;
- G2 com mais de 500g de G1 (ou 20% maior);
- > = 3 fetos.
Quando vamos ter gemeos identicos nas gestações dicorionicas diamniotica?
Quando tivermos gestação do mesmo sexo.
Se forem sexos diferentes, tendem a ser diferentes.
Qual o melhor momento para interrupção da gestação gemelar a depender da sua característica?
- Monoamniotica - 32-34 semanas;
- Monocorionica diamniotica - 34-37 semanas;
- Dicorionica - 38 semanas.
Gemelares apresentam maior taxa de mortalidade?
Sim.
Isso porque tendem a nascer mais prematuros.
Se estiverem na mesma idade gestacional que um feto único, apresentam a mesma expectativa de vida.
Gestações dizigóticas sempre vão ser dicoriônicas.
V ou F?
Verdade.
Os monozigóticos que podem ser mono e dicoriônicos.
As gestações dicoriônicas sempre serão diaminióticas.
V ou F?
Verdade.
Os monocoriônicos que podem ser mono ou diaminóticos.
Como devemos esperar a apresentação fenotípica das gestações dizigóticas?
Gêmeos não idênticos.
São “gestações independentes”.
Ao que remete o sinal do lambda?
Gestação dicoriônica.
- Todas as gestações dizigóticas;
- As gestações monozigóticas com divisão até o 4º dia.
DICA: lambDDDDDa = DDDDDicoriônica.
Ao que remete o sinal do T?
Gestação monocoriônica + Diamniótica.
Ou seja, gestação monozigótica que se dividiu entre o 4 e 8º dia.
Em que tipo de gestação gemelar vai ocorrer a Síndrome da Transfusão feto-fetal?
Monocoriônica diamniótica.
Qual a fisiopatogenia da Síndrome da Transfusão feto-fetal (STFF)?
Ocorrem anastomoses arteriovenosas unidirecionais profundas. Isso faz com que gere-se um feto receptor e um feto doador, sem compensação hemodinâmica superficial.
Feto doador: Hipotensão, anemia, baixa perfusão renal, oligoâmnio com maior bolsão < 2 cm, bexiga não visível, alterações ao doppler.
Feto receptor: Instabilidade hemodinâmica, alta perfusão renal, polidramnio com maior bolsão > 8 cm, alterações do doppler, ascite.
Em que consiste a Sequência Anemia-Policitemia (TAPS) na gestação gemelar?
Ocorrem anastomoses, porém mais brandas, causando desequilíbrio hematológico.
Feto doador: Anemia;
Feto receptor: Policitemia.
Na STFF o desequilíbrio principal é do ponto de vista hemodinâmico, não apenas hematimétrico.
Como pode-se diagnosticar/identificar a TAPS?
Pode ser evidenciada no doppler da artéria cerebral média»_space; Pico de volocidade sistólica.
Em que consiste a Sequência de Perfusão Reversa do Gemelar (TRAP)?
Ocorre quando existe uma comunicação das artérias umbilicais dos fetos já na embriogênese (anastomoses arterio-arteriais).
O feto receptor tem um coração não funcionante.
Qual a fisiopatologia da doença hemolítica perinatal?
Em que consiste a “Pesquisa de anticorpos irregulares”?
É sinônimo de Coombs indireto.
Quais fatores são capazes de influenciar a sensibilização materna?
- Volume da hemorragia transplacentária;
- Grau de resposta imunológica materna;
- Incompatibilidade ABO.
Cite algumas condições capazes de expor a mãe ao sangue fetal.
Como deve ser feito o rastreio da DHPN?
Existem duas medidas básicas:
- Classificação sanguínea e fator Rh de rotina no pré-natal.
- Coombs indireto na 24 ou 28 semana de gestação.**
**OBS: Divergência na literatura.
MS fala em 24 semanas, FEBRASGGO fala em 28 semanas.
Qual conduta tomar a partir do coombs indireto positivo?
Não existe mais recomendação para imunoglobulina anti-D.
- Se titulação <= 1:8, conduta expectante.
Deve-se repetir o exame em 02 semanas e avaliar se existe curva ascendente da titulação. - Se titulação >= 1:16 realizar diagnóstico e fazer seguimento clínico do binômio.
Quando temos indicação de fazer a imunoglobulina anti-D na gestante? Quais condições remetem a essa necessidade?
Quando temos Rh negativo + Coombs indireto negativo, em:
- > 28 semanas;
- Até 72h pós parto ou abortamento TARDIO (>12 semanas);
- Até 72h pós eventos hemorrágicos (sangramentos na gestação, traumas, versão cefálica externa, medicina fetal);
- Gêmeo Rh negativo, cujo cogêmeo é Rh positivo.
OBS: O Coombs ficará positivo por 8-12 semanas pela administração da IgG. Logo, a depender da indicação, deve-se repetir a cada 12 semanas a dose da imunoglobulina.
Quais repercussões clínicas esperar na hemólise gerada a partir da sensibilização materna no feto?
Como deve ser feito o seguimento das gestantes sensibilizadas que apresentam coombs indireto >= 1:16?
Elas não tem mais indicação de fazer a imunoglobulina anti-D, devendo fazer o seguimento do binômio.
1) USG:
Procurar ascite, hidropsia, aumento do LA.
Avaliar o pico de velocidade sistólica da artéria cerebral média a cada 1-2 semanas (PVS-ACM > 1,5 MoM sugere anemia moderada/grave).
2) Cordocentese:
Faz o diagnóstico da anemia fetal a partir das dosagens de Hb/Ht.
Deve ser feito em fetos < 34 semanas, hidrópico, com aumento da PVS-ACM e coombs > 1:128.
Quais achados remetem a necessidade de realizar a cordocentese no seguimento do binômio com mãe coombs indireto positivo?
- PVS-ACM > 1,5 MoM;
- Coombs indireto > 1:128;
- Hidrópico.
O procedimento só deve ser feito se feto < 34 semanas!
PVS-ACM = Pico de velocidade sistólica da artéria cerebral média.
Qual tratamento pode ser preconizado na abordagem dos RN’s com doença hemolítica perinatal?
Transfusão intrauterina.
Deve-se fazer com:
- Sangue O, Rh negativo;
- Ht 65-85%;
- Irradiada e desloucocitada.
Essas medidas geram uma menor doença enxerto-hospedeiro.
Quando devemos indicar a interrupção da gestação nas gestantes sensibilizadas?
Considera-se sensibilizadas se coombs indireto > 1:16.
- Se doppler ACM normal, sem hidropsia ou derrames cavitários:
Parto com 37-38 semanas por via obstétrica.
Até lá repetir USG semanalmente. - Fetos não transfundidos, ACM > 1,5:
Parto >= 35 semanas por via obstétrica.
Até lá repetir USG semanalmente. - Fetos transfundidos:
Parto cerca de 3 semanas após última transfusão.