Endometriose e adenomiose Flashcards
Definição de endometriose:
tecido endometrial funcional extrauterino
Tecidos de implantação de endometriose: (6)
Ovário: endometrioma Tubas e vísceras pélvicas FSP Peritônio Ligamentos uterossacros Intestinal - retossigmoide (extrapélvica mais comum)
Teorias para explicar a endometriose: (5)
Menstruação retrógrada: 90% das mulheres tem (implantes ectópicos - imunoistoquímica tem levantado ponto contrário)
Metaplasia celômical (pleura e peritônio) embasada na origem comum dos ductos mullerianos e do epitélio celômico
Teoria de Javert: combina as duas
Imunológica: NK - ao invés de remover, elas estimulam o crescimento
Implantação: iatrogenia
Epidemiologia da endometriose:
5 a 15% das mulheres
50 a 60% das mulheres com endometriose apresentam algum grau de infertilidade
acomete mulheres em idade reprodutiva (média de 20 a 30 anos)
Repetição familiar - componente hereditário, provavelmente multigênico
Fatores de risco para endometriose: (4)
Mulheres brancas e asiáticas.
Alto nível socieconômico: primiparidade tardia/nuliparidade/ alto dianóstico.
Baixo IMC e ansiedade
Mulheres com dor pélvica e infertilidade
Hormônio responsável pela formação de endometriose:
Estrogênio - doença típica do menacme
Lesões características da endometriose: (5)
Lesões azuladas, amarronzadas ou amareladas: lesão na superfície da bexiga, sem formar massas ou cistos.
Cicatrizes brancas/aderências: lesões crônicas
Lesões polipoides vermelhas/nódulos
Opacificações peritoneais
Endometriomas - ovário - já considera estágio IV
Quadro clínico da endometriose:
Muitos assintomáticos Principais sintomas: Dor pélvica crônica Dismenorreia Dispareunia à penetração profunda
Outros sintomas: infertilidade, nodulosidade no fundo de saco/aumento do volume abdominal, hematúria (endometriose na parede da bexiga), tenesmo
Características da dor pélvica na endometriose:
Dor cíclica: pouco antes e durante a menstruação
Progressão: as decidualizações geram aderências em volta do útero > inflamação pélvica crônica > a dor vai piorando
Exame físico na endometriose:
Fazer durante o período menstrual
Sensibilidade ao toque no fórnice posterior
Nodularidade em FSV durante o toque vaginal
Mecanismos da infertilidade na endometriose: (6)
Disfunção tubária (aceleração da motilidade tubária pelas prostaglandinas)
FIbrose (depois da inflamação há diminuição da motilidade tubária)
Fatores mecânicos: obstrução por compressão pelo cisto endometriótico
Alterações no líquido tubário: impede a fecundação
Há interferência no desenvolvimento oocitário
Diminuição da receptividade endometrial
Lesão típica da endometriose:
Vermelhas > Pretas > Brancas
Lesões atípicas da endometriose:
vesículas, vermelhas em chama de vela
Diagnóstico de endometriose:
Clínica
Laboratório - não confirma
US transvaginal, TC, TM - não são suficientes para diagnóstico
Videolaparoscopia: definitivo
Laboratório da endometriose:
Aumenta a suspeita, mas não confirma CA-125: alta sensibilidade e baixa especificidade Dosar entre o 1° e 3° dias do ciclo É usado classicamente no CA de ovário Não confirma o diagnóstico
Diagnóstico definitivo de endometriose:
Videolaparoscopia: video + biópsia (anatomopatológico)
Tratamento cirúrgico da endometriose:
A partir do estágio 3
Ressecção dos focos visíveis - ressecção de um para biópsia e cauteriza os outros
Na perimenopausa é expectante
nos graus iniciais o tto cirúrgico e a conduta expectante têm resultados semelhantes
Tratamento clínico da Endometriose:
Progesterona - dienogest (allurene) 2mg/dia
Acetato de medroxiprogesterona 20 a 100mg/dia VO
Análogos de GnRH (Geserelina e Leuprolide - zoladex) - pseudomenopausa (não usa mais que 6 meses)
Não deseja gestar: pode usar ACO contínuo (inibe o estrogênio, mas não trata infertilidade) - pseudogravidez
Paciente com desejo de engravidar e endometriose:
após a laparoscopia há aumento da taxa de fertilidade
Estadiamento da endometriose: (4)
Estágio 1 (doença mínima): implantes isolados e sem aderências significativas
Estágio 2 (doença leve): implantes superficiais com < 5 cm, sem aderências significativas
Estágio 3 (doença moderada): múltiplos implantes, aderências peritubárias e periovarianas evidentes
Estágio 4 (Grave): múltiplos implantes superficiais e profundos, incluindo endometriomas, aderências densas e firmes
Conduta do endometrioma:
> = 3 cm: remoção da cápsula - cistectomia
< 3 cm: aspirar a área de endometrioma
TH em paciente que teve endometriose:
E + P: o P inibe novos focos de endometriose
Controle pós-tratamento de endometriose:
CA-125
OBS: endometriose > 2 a 3x o CA ovariano
Definição de adenomiose:
Presença de tecido endometrial fora do endométrio, mas dentro do útero - miométrio
QC de adenomiose: (5)
DISMENORREIA DISTÚRBIO MENSTRUAL Aumento difuso do útero Dispareunia Infertilidade (diferença de grandiente de presão dentro do útero)
Fatores de risco para adenomiose:
cirurgias prévias (miomectomia ou cesarina) - implantação iatrogênica
Diagnóstico da adenomiose:
Histopatológico - ctz
RNM: espessamento da zona juncional
pensar: útero aumentado no ex, queixa de SUA com cólica
Exame de imagem padrão-ouro para adenomiose:
RNM: espessamento da zona juncional
> 12 mm (quase patognomônico)
OBS: no usg (miométrio hipoecogênico com áreas hiperecogênicasde de tecido endometrial. O limite entre miométrio e endométrio pode não esta nítido)
Tratamento da Adenomiose:
HISTERECTOMIA - definitivo
ablação de endométrio: não quer engravidar, mas quer manter o útero
SIU de levonorgestrel, análogos de GnRH, ressecção parcial via VLSC
Terapia add-back:
usada para diminuir os efeitos colaterais do GnRH
Principal causa isolada de infertilidade feminina:
endometriose
Mecanismos das cólicas menstruais:
Cólicas menstruais: Produção de prostaglandinas e prostaciclinas no final do ciclo menstrual levam à contração uterina da musculatura lisa dos vasos, levando à isquemia e a dor.
Mecanismos da cólica na endometriose:
há reação inflamatória e produção de Pgs e prostaciclinas continuamente levando à dor.
Na adenomiose o processo inflamatório é mais intenso ainda
Rotina diagnóstica na endometriose:
anamnese
EF: com toque vaginal e retal
USG: permite a visualização de endometriomas, primeiro exame a ser solicitado
RNM: para nortear a cirurgia