DPOC Flashcards
O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)?
A DPOC é uma doença prevenível e tratável, caracterizada pela obstrução crônica das vias aéreas, geralmente devido à inalação de gases e partículas tóxicas. Ela é marcada pela destruição do parênquima pulmonar e é a 3ª causa de morte no mundo, com prevalência crescente.
Quais são os principais fatores de risco para a DPOC?
Inalação de gases e partículas tóxicas (como tabaco, poluição).
Fatores genéticos, como a deficiência de alfa-1-antitripsina.
Idade (mais comum em idosos).
Sexo feminino.
Prematuridade (dificuldade no desenvolvimento pulmonar).
Baixo status socioeconômico.
Quais são os principais sintomas da DPOC?
Tosse produtiva.
Dispneia progressiva.
Sibilância.
Comprometimento sistêmico, com comorbidades associadas.
Quais são as causas da tosse, sibilância e dispneia na DPOC?
Tosse: metaplasia escamosa e hiperprodução de muco (hipertrofia das glândulas submucosas).
Sibilância: estreitamento das vias aéreas.
Dispneia: limitação da capacidade inspiratória devido à obstrução do fluxo aéreo, levando à hiperinsuflação.
Como é feito o diagnóstico da DPOC?
Sintomas clínicos: tosse, expectoração, dispneia.
Exposição a fatores de risco: como tabagismo, poluição e ocupações.
Espirometria: VEF1/CVF < 0,70 pós-broncodilatador.
Como é feita a classificação da obstrução na DPOC?
A classificação GOLD baseia-se no valor do VEF1:
GOLD 1 (leve): VEF1 ≥ 80% do predito.
GOLD 2 (moderada): VEF1 ≥ 50% e < 80%.
GOLD 3 (grave): VEF1 ≥ 30% e < 50%.
GOLD 4 (muito grave): VEF1 < 30% do predito.
Como a intensidade dos sintomas é classificada na DPOC?
A intensidade dos sintomas é avaliada usando os questionários mMRC e CAT, que medem:
mMRC: A gravidade da dispneia.
CAT: O impacto total da doença na qualidade de vida.
Como é feita a classificação clínica da DPOC?
A classificação clínica considera:
Sintomas: uso dos questionários mMRC e CAT.
Histórico de exacerbações: moderadas (tratamento com antibióticos ou corticoides) e graves (internações).
O paciente é classificado em:
A: Sintomas leves, baixo risco de exacerbações.
B: Sintomas moderados a graves, baixo risco de exacerbações.
E: Sintomas intensos, alto risco de exacerbações.
O que caracteriza um paciente com “fenótipo exacerbador”?
Paciente com pelo menos 2 exacerbações moderadas no ano, que exigem tratamento com antibióticos ou corticoides, mas sem internação.
Quais são as principais medidas não-medicamentosas no tratamento da DPOC?
-Cessar o tabagismo.
-Vacinação: influenza, antipneumocócica, coqueluche, COVID-19.
-Atividade física.
-Reabilitação pulmonar.
-Oxigenoterapia domiciliar prolongada.
Quais são os principais medicamentos inalatórios usados na DPOC?
β-agonistas de curta ação (SABA): Fenoterol, Salbutamol.
β-agonistas de longa ação (LABA): Formoterol, Salmeterol, Vilanterol, Olodaterol, Indacaterol.
Antimuscarínicos de curta ação (SAMA): Ipratrópio.
Antimuscarínicos de longa ação (LAMA): Tiotrópio, Umeclidínio, Glicopirrônio.
Corticoides inalatórios (ICS): Budesonida, Fluticasona, Beclometasona
Como é o tratamento medicamentoso inicial para cada grupo da DPOC?
Grupo A (fase leve): SABA (salbutamol) ou SAMA (ipratrópio).
Grupo B (fase moderada): LABA (formoterol) ou LAMA (tiotrópio).
Grupo E (fase grave): Combinação de LABA + LAMA + CI (budesonida, fluticasona).
Como é o seguimento da DPOC?
- Reavaliação dos sintomas e história de exacerbações.
- Ajuste da medicação conforme o controle dos sintomas.
- Avaliação de comorbidades.
- Verificação da técnica de uso do dispositivo.
- Aderência ao tratamento e tratamentos não-farmacológicos.
Quais são as principais complicações da DPOC?
-Exacerbações (moderadas e graves).
-Insuficiência respiratória crônica.
-Cor pulmonale (insuficiência cardíaca direita).
-Pneumotórax.