DISLIPIDEMIA e RISCO CARDIOVASCULAR Flashcards
O que é dislipidemia?
Dislipidemia é qualquer alteração nos níveis dos lipídios no sangue (como colesterol e triglicerídeos) em relação aos valores de referência para uma determinada amostra populacional.
Quais são os tipos de dislipidemia?
Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL.
Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicerídeos.
Hiperlipidemia mista: aumento do LDL e dos triglicerídeos.
HDL baixo: níveis reduzidos de colesterol HDL.
Quais são os principais lipídios plasmáticos?
Os principais lipídios plasmáticos são:
Colesterol
Triglicerídeos
Esses lipídios são insolúveis em água e são transportados pelo plasma através de lipoproteínas, como:
Quilomícrons
VLDL
LDL
HDL
Como o metabolismo lipídico é classificado?
O metabolismo lipídico pode ser dividido em três ciclos:
Ciclo exógeno (absorção e transporte de lipídios dos alimentos).
Ciclo endógeno (síntese de lipídios no fígado).
Transporte reverso do colesterol (transporte do colesterol das células para o fígado).
. Como é feita a classificação laboratorial das dislipidemias? Resposta: A fórmula de Friedewald é usada para calcular o LDL-c (colesterol LDL):
LDL-c = CT - HDL-c - (Triglicerídeos/5)
Quais são as causas de dislipidemia?
As causas de dislipidemia podem ser:
Primárias (genéticas, como a hipercolesterolemia familiar).
Secundárias (decorrente de condições como estilo de vida inadequado, doenças como diabetes, hipertensão, uso de medicamentos, etc.).
Quais são as manifestações clínicas associadas a dislipidemias genéticas?
Indivíduos com dislipidemia de causa genética podem apresentar:
Xantomas tendinosos e tuberosos
Xantelasmas (depósitos de gordura nas pálpebras)
Arco corneano (deposição de colesterol na córnea, especialmente em menores de 45 anos)
Histórico de doença arterial coronariana (DAC) precoce.
Por que tratar a hiperlipidemia (aumento de LDL)?
O tratamento do aumento de LDL é importante para prevenir doenças ateroscleróticas, como:
Doença Arterial Coronária (DAC)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Doença Arterial Periférica (DAP)
O tratamento pode ser para prevenção primária (indivíduos sem doença cardiovascular conhecida) ou prevenção secundária (redução de eventos cardiovasculares em pacientes com doenças já diagnosticadas).
Por que tratar a hipertrigliceridemia?
A hipertrigliceridemia grave (TG > 1.000 mg/dL) está associada a um aumento significativo do risco de pancreatite aguda.
Quais são as metas de LDL em relação ao risco cardiovascular (RCV)?
As metas de LDL variam de acordo com o risco cardiovascular do paciente:
Baixo risco: LDL < 130 mg/dL
Risco intermediário: LDL < 100 mg/dL
Alto risco: LDL < 70 mg/dL
Muito alto risco: LDL < 50 mg/dL
Qual o tratamento para dislipidemia?
O tratamento inclui mudanças no estilo de vida (dieta e exercício) e, quando necessário, medicamentos. O tratamento medicamentoso pode incluir:
Estatinas: Inibem a HMG-CoA redutase, reduzindo a produção de colesterol no fígado.
Fibratos: Aumentam a lipase lipoproteica e reduzem a concentração de triglicerídeos.
Inibidores de PCSK9: Aumentam a captação de LDL no fígado, ajudando a reduzir os níveis de LDL.
Quais mudanças de estilo de vida são recomendadas no tratamento da dislipidemia?
Dieta: Evitar gorduras trans e saturadas, priorizar gorduras poli-insaturadas (como peixes de água fria) e monoinsaturadas (como azeite de oliva).
Atividade física: Exercícios aeróbicos e de resistência muscular para aumentar o HDL e reduzir os triglicerídeos.
Quando tratar hipertrigliceridemia com medicação?
Medicamentos para hipertrigliceridemia devem ser considerados quando os triglicerídeos estão elevados acima de 500 mg/dL, para reduzir o risco de pancreatite. O tratamento é geralmente com fibratos (como ciprofibrato, fenofibrato).
Como calcular o risco cardiovascular em um paciente?
O risco cardiovascular é calculado com base em fatores como:
Obstrução arterial ≥ 50% ou histórico de eventos cardiovasculares (AVC, IAM, etc.).
Diabetes
Histórico familiar de doenças cardiovasculares.
O Steno T1 Risk Engine ou a Calculadora SBC são ferramentas úteis para determinar o risco cardiovascular de forma mais precisa.
Caso Clínico 1: Qual o provável diagnóstico para a paciente com triglicerídeos elevados (10.932 mg/dL) e dor abdominal?
O diagnóstico mais provável é pancreatite aguda, devido aos níveis extremamente elevados de triglicerídeos, que estão associados a um risco significativo de desenvolvimento de pancreatite.