Avaliação da Função Hepática, Doença hepática esteatótica associada a disfunção metabólica (DHEADM) e Hepatites Virais Flashcards
Como é a circulação hepática?
A circulação hepática é dupla:
Circulação portal (~75-80% do fluxo) carrega nutrientes (exceto lipídeos) ao fígado.
Circulação arterial (~20-25% do fluxo) oxigena as estruturas não parenquimatosas, como os ductos biliares.
Anastomoses portossistêmicas ocorrem na hipertensão portal.
Como ocorre o ciclo da bilirrubina?
Bilirrubina indireta (não conjugada) é formada pela quebra das hemácias, é insolúvel e transportada ao fígado pela albumina.
Bilirrubina direta (conjugada) é formada no fígado, solúvel em água e excretada na bile.
Bilirrubina total é a soma da direta e indireta.
Quais são as principais funções do fígado?
-Filtração e armazenamento de sangue.
-Metabolismo de carboidratos, gorduras, proteínas, hormônios e substâncias químicas.
-Formação de bile.
-Armazenamento de vitaminas e ferro.
-Produção de fatores de coagulação.
Como se avalia a função hepática e a lesão hepática?
Exames de função hepática: bilirrubina, albumina, tempo de protrombina.
Exames de lesão hepática: AST/TGO, ALT/TGP, fosfatase alcalina, gama GT.
O que caracteriza a Doença Hepática Esteatótica Associada a Disfunção Metabólica (DHEADM)?
Presença de esteatose (mais de 5% dos hepatócitos) sem consumo excessivo de álcool e sem outras doenças hepáticas crônicas.
Fatores de risco incluem obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.
Quais são os principais sintomas da DHEADM?
Na maioria dos casos, a doença é assintomática, mas pode causar fadiga e dor no quadrante superior direito do abdome.
Como é feito o diagnóstico da DHEADM?
Excluir consumo significativo de álcool e outras causas de doença hepática (como hepatites virais).
O diagnóstico pode ser confirmado por biópsia hepática, mas é raro devido à disponibilidade de exames não invasivos.
A triagem inclui exames de imagem (como ultrassonografia, TC ou RM) e avaliação de fatores de risco.
Como é tratado a DHEADM?
Perda de peso, exercícios físicos e mudança no estilo de vida (dieta mediterrânea, redução de carboidratos, aumento de proteínas, redução de gorduras saturadas, aumento de fibras).
Medicações como metformina, orlistate, análogos do GLP-1 e pioglitazona.
Em casos graves, cirurgia bariátrica.
. O que são hepatites virais e como elas se classificam?
Hepatite A: infecção aguda, rara evolução para crônica, transmitida por via fecal-oral. O prognóstico é bom.
Hepatite B: pode evoluir para cronicidade em 90% dos casos de infecção perinatal. Pode causar cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC).
Hepatite C: cronicidade em 70-85% dos casos. Evolui para cirrose em 25-33% dos casos sem tratamento.
Hepatite D: ocorre apenas em coinfecção ou superinfecção com o vírus da hepatite B (HBV), com pior prognóstico.
Hepatite E: geralmente aguda e autolimitada, preocupante em gestantes.
Como é o tratamento das hepatites virais?
Hepatite A: tratamento de suporte e prevenção por vacinação e medidas de higiene.
Hepatite B: antivirais como interferona e análogos de nucleosídeos (entecavir, tenofovir). Vacinação disponível.
Hepatite C: tratamento com antivirais orais (sofosbuvir, paritaprevir, glecaprevir). Cura em 12 semanas.
Hepatite D: trata-se a hepatite B com interferona.
Hepatite E: não há tratamento específico, mas a doença é autolimitada.
Quais são as complicações das hepatites virais?
Hepatite B: pode levar à cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC).
Hepatite C: evolução para cirrose em 25-33% dos casos após 20 anos, com menor risco de CHC em comparação com a hepatite B.
Quais são as principais formas de transmissão das hepatites virais?
Hepatite A: transmissão fecal-oral, principalmente por água e alimentos contaminados.
Hepatite B: transmissão sexual, perinatal e parenteral.
Hepatite C: transmissão parenteral (sangue, transfusões, uso de drogas injetáveis).
Hepatite D: depende da infecção prévia pelo HBV.
Hepatite E: transmissão fecal-oral, especialmente por ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais infectados.
O que caracteriza a Doença Hepática Esteatótica Associada à Disfunção Metabólica (DHEADM)?
A presença de esteatose em mais de 5% dos hepatócitos sem consumo excessivo de álcool ou outras doenças hepáticas crônicas.
O que pode indicar o diagnóstico de DHEADM?
Um aumento das aminotransferases (ALT/TGP) em um paciente assintomático com fatores de risco metabólicos, como obesidade, diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica.
Qual é a forma de prevenção da Hepatite A?
A prevenção é feita por medidas de higiene, saneamento básico e vacinação.