DIARREIA E OBSTIPAÇÃO Flashcards
O que caracteriza a diarreia?
A diarreia é caracterizada pelo aumento da frequência de evacuações (mais de 3 episódios/dia) e/ou pela diminuição da consistência das fezes (tipos 6 ou 7 na escala de Bristol).
Quais são os mecanismos fisiopatológicos que podem causar diarreia?
Excesso de motilidade: aumento da peristalse, acelerando a passagem das fezes.
Secreção excessiva: aumento das secreções intestinais que não são absorvidas adequadamente.
Osmótico: substâncias que não são absorvidas (como lactose ou sorbitol) atraem água para o intestino.
Exsudativo/inflamatório: lesões no intestino que liberam fluidos ou dificultam a absorção.
Como se classifica a diarreia aguda?
Aguda aquosa: fezes líquidas, sem sangue (geralmente viral ou causada por toxinas).
Aguda sanguinolenta/purulenta: fezes com sangue ou pus, geralmente infecciosa ou inflamatória.
O que é a disenteria?
Disenteria é uma forma específica de diarreia aguda caracterizada pela presença de febre, sangue e/ou muco nas fezes.
Quais são as principais causas de diarreia aguda?
Infecciosas: causadas por vírus, bactérias ou parasitas.
Intoxicação alimentar: causada por toxinas produzidas por bactérias, não pela bactéria em si.
Diarreia do viajante: comum em turistas devido à ingestão de alimentos ou água contaminados.
Uso recente de antibióticos: pode causar disbiose e diarreia associada ao Clostridium difficile.
Diarreia hospitalar: associada a internações e cuidados médicos, como uso de antibióticos ou dieta enteral.
Como é feito o diagnóstico da diarreia?
A avaliação clínica é a principal ferramenta de diagnóstico.
Exames complementares podem incluir coprograma, coprocultura, parasitológico de fezes, PCR e teste de toxinas (ex: para C. difficile).
Qual o tratamento da diarreia aguda?
Reposição hídrica: com soro de reidratação oral (SRO) ou via intravenosa em casos graves.
Dietético: evitar lactose, cafeína e excesso de lipídeos.
Medicamentos: uso de loperamida (anti-diarreico) ou racecadotrila (diminui secreção intestinal).
Probióticos: podem ser úteis em alguns casos.
Antibióticos: indicados apenas para diarreias infecciosas graves (ex: infecção por C. difficile).
Como diferenciar diarreia crônica de diarreia aguda?
Diarreia crônica dura mais de 4 semanas, enquanto a aguda geralmente dura menos de uma semana.
Quais são as principais causas de diarreia crônica?
Infecciosas: Giardia lamblia, HIV/AIDS.
Síndromes disabsortivas: doença celíaca, pancreatite crônica, crescimento bacteriano excessivo.
Inflamatórias: Doença de Crohn, colite ulcerativa.
Mecanismos osmóticos: deficiência de lactase, consumo excessivo de sorbitol ou frutose.
O que caracteriza a obstipação intestinal?
Sensação de evacuação insatisfatória, com redução no número de evacuações (menos de 3 episódios por semana) ou dificuldade na passagem das fezes (necessidade de esforço excessivo, evacuação incompleta, fezes ressecadas).
Quais são as principais causas de obstipação?
Primária: sem causa identificável, também chamada de obstipação funcional.
Secundária: associada a doenças sistêmicas ou uso de medicamentos (ex: bridas, fecaloma, imobilidade).
Quais são os sinais de alerta na obstipação?
Anemia, sangramento retal, perda de peso não intencional, presença de sangue oculto nas fezes, histórico familiar de câncer de cólon ou doença inflamatória intestinal.
Como é feito o diagnóstico da obstipação?
A anamnese detalhada e o exame físico são essenciais. Exames complementares podem incluir colonoscopia, manometria anorretal e tempo de trânsito colônico.
Qual é o tratamento da obstipação?
Medidas não medicamentosa: aumento da ingestão de líquidos, fibras alimentares e atividade física.
Tratamento medicamentoso: uso de laxantes osmóticos, formadores de bolo fecal, lubrificantes ou laxantes estimulantes.
Tratamento cirúrgico: em casos mais graves, como ileorretoanastomose.
Quais são as medidas iniciais para tratar a obstipação?
Mudanças comportamentais e dietéticas: aumento de fibras e líquidos, redução de gorduras, incentivo à prática de exercícios físicos.
Quando investigar causas secundárias de obstipação?
Quando houver sinais de alarme ou se o paciente não responder ao tratamento inicial. Em pacientes com mais de 50 anos, a realização de colonoscopia é recomendada.