Doença Renal Crônica Flashcards
Definição de Doença Renal Crônica?
Declínio progressivo da função renal
(Disfunção endócrina, de equilíbrio e exócrina)
Mais acometida - endócrina
+
Declínio progressivo da taxa de filtração glomerular
ou
Albuminúria
Por pelo menos três meses!
Obs.: Função exócrina - depuração de substâncias/metabólitos.
Principais causas de DRC?
No mundo:
Diabetes!
No Brasil:
HAS!
Terceiro lugar:
Glomerulopatias primárias (GESF/Membranosa)
Quais as funções dos rins?
(3)
1. Depuração (Excreção de toxinas);
2. Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico;
3. Função endócrina:
a. Calcitriol (forma ativa da vit. D) - absorve o cálcio intestina, mantendo os níveis séricos;
b. Eritropoietina.
Como quantificar a função renal?
Através da TFG!!
Dosar ureia e creatinina no sangue.
Cr < 1,5 no homem e < 1,3 na mulher
Obs.: Só alteram quando TFG < 50%
Causas de aumento da ureia se função renal preservada?
- HDA;
- Sepse;
- Uso de corticosteroides;
- Desidratação.
Causas de aumento de creatinina se função renal aumentada?
- Rabdomiólise;
- Uso de cimetidina - inibe a secreção tubular.
- Uso de trimetropim.
Como quantificar a função renal?
Incluir uma substância que:
- Eliminada só por filtração glomerular;
- Não reabsorvida pelos túbulos.
Qual? Não tem.
A creatinina se aproxima. (10-20% da creatinina é excretada pelos túbulos).
Logo, as fórmulas superestimam em 10-20% a TFG.
Clearence de 24h = depuração da creatinina de 24h;
Idosos/Incontinência/Trabalho etc…
TFG = creatinina sérica + dados pessoais (gênero, idade, etnina, peso).
Tipos de cálculos?
- MDRD;
- Cockcroft-Gault;
- CKD epi.
Fórmula de Cockcroft-Gault?
(140 - idade) x Peso
___________________________
Cr (plasmática) x 72
Tudo x 0,85 se mulher
E a cistatina C?
Obedece aos critérios, sendo melhor que a creatinina se:
1. Maior acurácia se TFG > 60 mL/min;
2. Melhor em pacientes com menor produção de creatinina: crianças, idosos, transplantados e cirróticos.
(Pode ser metabolizada pelos túbulos renais)
Qual o padrão-ouro para avaliar a TFG?
Marcadores exógenos de TFG!!
Inulina
Diversas coletas
Paciente cateterizado
Iotalamato
Utilizados em níveis de pesquisa.
Quais os estágios de DRC de acordo com a NKF?
Estágios:
I - >/= 90 mL/min;
Mais marcadores de lesão renal (ex.: microalbuminúria, DM, HAS)
II - 60 - 89 mL/min;
Alguns se queixam de noctúria;
III - 30 - 59 mL/min;
**Sinais e sintomas da síndrome urêmica.
a. 45 - 59;
**b. 30 - 44.
IV - 15 - 29 mL/min;
Sintomas mais exuberantes.
V - < 15 mL/min
DR em estágio terminal - diálise ou transplante
Ao especificarmos o estágio do paciente, se:
Transplantado, adicionar a letra “T” (ex: 4T)
Se em diálise, adicionar a letra “D” (ex: 5D)
Quais são os estágios chamados de IRC?
Do III ao V!!
Perda irreversível do número de néfrons + sintomatologia!
Em quem fazer o screening de doença renal crônica?
- Idosos;
- Hipertensos;
- Diabéticos;
- Doença aterosclerótica;
- Insuficiência cardíaca;
- Doenças urológicas (litíase, HPB…);
- Doenças sistêmicas autoimunes (LES, esclerodermia etc);
- Uso crônico de drogas nefrotóxicas (ex.: AINEs);
- IRA prévia;
- Doenças renais císticas;
- Histórico familiar de DRC;
- Outros fatores de RCV: tabagistas/obesos/SAHOP/Sd. metabólica etc.
Função x Avaliação de prognóstico?
Função = Creatinina
Prognóstico = Albuminúria
(Alvo: 30-300 mg/dia)
Ambas associadas à DCV.
Em que consiste a síndrome urêmica?
Manifestações clínico-laboratoriais da DRC! (A partir do estágio III).
Manifestações clínicas da SU?
Aumento da filtração glomerular por hipertensão das arteríolas: noctúria
1. Anemia!!
- Náuseas/vômitos;
- Doença óssea (inicia no estágio III, aumenta no IV, lascou no V).
- Anormalidades cardiovasculares.
- Alterações na hemostasia;
- Altereções gastrointestinais;
- Alterações neurológicas;
- Alterações nutricionais.
- Piora do controle pressórico - reduz massa glomerular, retém-se mais sódio e água + ativação do SRAA;
- Disfunção erétil.
Anemia na Síndrome Urêmica?
- Normo-normo;
- Uma das mais precoces (já no estágio III);
- Deficiência de eritropoietina!!
- Podem contribuir:
a. Carência de ferro - toxinas dialisáveis podem lesar a mucosa gastroduodenal, levando à diminuição do íon;
b. Hiperparatireoidismo secundário - aumento do PTH, levando à mielofibrose;
c. Redução da meia-vida da hemácia - pelo ambiente urêmico;
d. Doença crônica - doença inflamatória;
PCR aumentada em DRC
e. Deficiência de folato - náuseas, vômitos, diálise…
REPOR EM TODO PACIENTE EM DIÁLISE
Piora do status cardiológico
Piora do status funcional e cognitivo em idosos
Tratamento da anemia na SU?
EPO RECOMBINANTE HUMANA (rHuEPO) ou DARBOPOETINA alfa
Objetivo do tratamento?
Hb em torno de (9,5) 10-11,5 (12) (Média = 11)
Saturação de transferrina > 20%
Ferritina > 100
E se aumentar para além disso?
- Aumento do risco de trombose de fístulas artério-venosas;
- Aumento da HAS;
- MAIOR RISCO DE AVEi EM DIABÉTICOS!!!
E a reposição parenteral de ferro?
Se
Saturação de Transferrina < 20%
ou
Ferritina < 100 mg/dL
05 semanas antes da EPO!!!
O que causa a doença óssea?
(Osteodistrofia renal)
1. Alto turn-over;
Hiperparatireoidismo secundário.
2. Baixo turnover (perda maior que reposição):
a. Doença óssea adinâmica;
b. Osteomalácia.
Função da vitamina-D?
Aumentar a absorção intestinal e a reabsorção tubular de cálcio.
Características do Hiperparatireoidismo Secundário?
Paratormônio - uma das principais toxinas urêmicas.
Provoca destruição do osso antigo com formação de osso novo.
(Aumenta a concentração sérica de cálcio, diminuindo a de fosfato)
Nesse caso específico, de mar qualidade, causando:
1. Dor óssea;
2. Fraturas patológicas.
Valores normais do cálcio total?
8,5 - 10,9
Valores normais do cálcio ionizado (difusível)?
4,4 - 5,3
Valores normais do fosfato?
3,0 - 4,5
Valores normais do PTH?
10 - 60
O que estimula o aumento do PTH?
(3)
1. Calcitriol baixo;
a. 1,25-di-OH-vitamina D;
b. Forma ativa;
c. Inibidor fisiológico das paratireoides.
2. Acúmulo de fósforo;
Não secretado pelos rins.
3. Diminuição do cálcio:
O calcitriol é o responsável pela absorção de cálcio do tubo digestivo (pricipal regulador dos níveis séricos).
Deposição junto ao fosfato
Por que o cálcio está baixo mesmo na presença do hiperparatireoidismo secundário?
Devido à resistência óssea à absorção de cálcio do PTH;
(Resistência ao “efeito calcemiante”)
Se o cálcio estiver alto, talvez seja por erro da reposição de vitamina D.
Hiperpara primário?
Nódulo de paratireoide produtor de PTH!
Qual a clínica do hiperpara secundário?
1. Dor óssea (sobretudo lombar);
2. Fraturas patológicas;
3. Prurido de difícil tratamento (estágio V);
Deficiência de vitamina D;
Geralmente resistente à diálise.
4. Mielofibrose.
Qual o laboratório do hiperpara secundário?
- PTH intacto > 200;
- Hiperfosfatemia grave (>6,5);
- Fosfatase alcalina elevada.
Por que, em estando baixo o cálcio, não há manifestações clínicas de hipocalcemia?
A acidose metabólica que acompanha a DRC faz com que a fração livre do cálcio aumente!
Reabsorção subperiosteal das falanges.
(Achado patognomônico)
Crânio em “sal e pimenta”
Áreas líticas entremeadas de áreas blásticas.