2. Princípios Flashcards

1
Q

Fundamentos do princípios da legalidade

A
  1. Fundamento democrático: revela a aceitação pelo povo, representado pelo Congresso Nacional, da opção legislativa no âmbito criminal.
  2. Fundamento político: é a proteção do ser humano em face do arbítrio do Estado no exercício do seu poder punitivo. Desse modo, enquadra-se entre os direitos fundamentais de 1ª geração (ou dimensão).
  3. Fundamento jurídico: é no sentido de que uma lei prévia e clara tem efeito intimidativo.
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2
Q

C/E
O princípio da legalidade, em sua faceta política, cumpre uma função constitutiva em relação às penas ilegais e uma função de garantia em relação às penas legais.

A

Errado.

O fundamento político do princípio da legalidade é a proteção do ser humano em face do arbítrio do poder de punir do Estado.

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3
Q

A norma penal em branco invertida é admissível, desde que ____ (homogênea/heterogêna).

A

A norma penal em branco invertida (aquela que necessita de complemento no preceito secundário do tipo penal incriminador, na parte em que o legislador comina a pena em razão do descumprimento do preceito primário, na parte que descreve a conduta proibida ou mandamental) é admissível, desde que homogênea (leia-se: desde que o complemento seja uma outra lei, em respeito ao princípio da legalidade

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4
Q

Vertentes/Planos do princípio da individualização.

A

O princípio da individualização da pena desenvolve-se em 3 (três) planos: legislativo, judicial e administrativo.

  1. Legislativo: o legislador descreve o tipo penal e estabelece as sanções adequadas, indicando seus limites e também as circunstâncias;
  2. Judicial: efetivada pelo magistrado, mediante a aplicação da pena, utilizando-se de todos os instrumentais fornecidos pelos autos da ação penal, em obediência ao sistema trifásico.
  3. Administrativa: efetuada durante a execução da pena, quando o Estado deve zelar por cada condenado de forma singular
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5
Q

Aplica-se o princípio da insignificância para crimes tributários estaduais/municipais?

A

O princípio da insignificância é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal estabelecendo os parâmetros de aferição, desconsiderados os juros e a multa.

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6
Q

O garantismo no direito penal

A

O garantismo divide-se em:

a) Garantismo negativo: visa limitar a função punitiva do Estado (proibição de excesso).

b) Garantismo positivo: busca evitar a impunidade e garantir que os bens jurídicos relevantes à sociedade sejam efetivamente protegidos (proibição da proteção insuficiente).

Quando apenas o garantismo negativo é observado, surge o chamado “garantismo hiperbólico monocular”

Hiperbólico: por ser aplicado de modo desproporcional e exagerado. Monocular: por enxergar apenas um lado, opondo-se ao garantismo integral.

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7
Q

O princípio da ofensividade ou lesividade, segundo o qual somente devem ser criminalizadas condutas por violação a um bem jurídico, e não por mero enquadramento legal ou vontade legislativa, foi desenvolvido por____

A

Luigi Ferrajoli.

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8
Q

Princípio da dignidade de pessoa humana e prisão domiciliar

A

O princípio da dignidade da pessoa humana, no âmbito penal, implica vedação de tratamento degradante e cruel, servindo de fundamento, na jurisprudência dos tribunais superiores, à concessão de prisão domiciliar a preso em estado terminal.

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9
Q

O princípio da adequação social funciona como causa supralegal de exclusão da ___ (tipicidade/ilicitude/culpabilidade)

A

O princípio da adequação social funciona como causa supralegal de exclusão da tipicidade, não podendo ser considerado criminoso o comportamento humano socialmente aceito e adequado, que, embora tipificado em lei, não afronte o sentimento social de justiça.

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10
Q

Desdobramento do princípio da legalidade

A

O princípio da legalidade é gênero do qual tem duas espécies:

Reserva legal (Art. 1º do CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.); e

Anterioridade penal (Art. 2º do CP- Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória).

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11
Q

C/E
A norma penal em branco invertida é admissível, desde que homogênea.

A

Certo.

A norma penal em branco invertida (necessita de complemento no preceito secundário) é admissível, desde que homogênea (desde que o complemento seja uma outra lei, em respeito ao princípio da legalidade.

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12
Q

Princípio da alteridade?

A

Assinala que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor.

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13
Q

C/E
O princípio da lesividade ou ofensividade impede que motivações e disposições internas sejam consideradas tanto para a caracterização da tipicidade da conduta quanto para a dosimetria da pena

A

Errado, na parte da dosimetria da pena.

Com base no princípio da ofensividade ou da lesividade, não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico.

Por outro lado, não se considera violado o princípio da ofensividade quando a motivação do agente é empregado para fins de aumento de pena, tendo em vista que está relacionada à culpabilidade, e não ao reconhecimento da tipicidade.

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14
Q

De acordo com o STF, a aplicabilidade do princípio da insignificância deve ser analisada em conexão com os postulados da … (2)

A

Fragmentariedade e da intervenção mínima.

Princípio da Fragmentariedade: o Direito Penal deve tutelar somente os bens jurídicos mais relevantes para a sociedade e contra os ataques mais intoleráveis.

Princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio: orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. Se outras formas de sanções ou outros meios de controle social revelarem-se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização será inadequada e desnecessária.

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15
Q

Requisitos do princípio da insignificância?

A

Mínima ofensividade da conduta;

Ausência de periculosidade social;

Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

Inexpressividade da lesão jurídica.

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16
Q

Características da insignificância (3)

A
  1. Exclui a tipicidade material;
  2. Aplica-se quando o patamar foi 1/10 do salário mínimo;
  3. Prática constante afasta o princípio.
17
Q

Insignificância própria x imprópria

A

Própria: exclui a tipicidade material;

Imprópria: exclui a punibilidade. A pena torna-se desnecessária. Ex: pai que matou o filho culposamente.

18
Q

Situações nas quais não se aplica a insignificância?

A
  1. Furto qualificado (salvo clandestinidade);
  2. Crimes ambientais (salvo situações específicas);
  3. Moeda falta;
  4. Tráfico de drogas;
  5. Roubo;
  6. Crimes contra administração pública (sum 599 do STJ);
  7. Violência doméstica;
  8. Crimes contra a previdência social;
  9. Porte de drogas para consumo (há decisões aceitando).
19
Q

Aplica-se a insignificância nos crimes de contrabando e descaminho?

A

Contrabando não.

Descaminho sim, desde que o valor do tributo for de até R$ 20 mil reais.

20
Q

C/E
A reincidência impede o reconhecimento da insignificância.

A

Errado.

A reincidência, por si só, não impede o reconhecimento da insignificância.

21
Q

C/E
O princípio da insignificância é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal estabelecendo os parâmetros de aferição, desconsiderados os juros e a multa.

A

Certo.

Para se verificar a insignificância da conduta, deve-se levar em consideração o valor do crédito tributário apurado originalmente no procedimento de lançamento.

Assim, os juros, a correção monetária e eventuais multas de ofício que incidem sobre o crédito tributário quando ele é cobrado em execução fiscal não devem ser considerados para fins de cálculo do princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. RHC 74.756/PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/12/2016.

22
Q

Princípio da culpabilidade?

A

Assevera que a pessoa somente pode ser apenada por fato o qual seja reprovada.

Segundo a teoria finalista do delito essa reprovabilidade funciona como principal fundamento e critério de medida da pena.

Características:
1. Não há responsabilidade objetiva pelo simples resultado;

  1. A responsabilidade penal é pelo fato e não pelo autor;
  2. A culpabilidade é a medida da pena.
23
Q

Vertentes ou sentidos do princípio da culpabilidade (3)

A

Segundo Greco, O Princípio da Culpabilidade possui TRÊS sentidos fundamentais:

i) Culpabilidade como elemento integrante do conceito analítico de crime. É a terceira característica integrante do conceito analítico de crime, sendo estudada, após a análise do fato típico e da ilicitude;

ii) Culpabilidade como princípio medidor da pena (é uma das condições judiciais do art. 59). A culpabilidade, uma vez condenado o agente, exercerá uma função medidora da sanção penal que a ele será aplicada.

iii) Culpabilidade como princípio impedidor da Responsabilidade Penal Objetiva. Isto significa que para determinado resultado ser atribuído ao agente é preciso que a sua conduta tenha sido dolosa ou culposa, se não houver dolo ou culpa é sinal de que não houve conduta;

24
Q

C/E
O princípio da culpabilidade afasta a responsabilização objetiva em matéria penal, de modo que a punição penal exige a demonstração de conduta dolosa ou culposa.

A

Certo.

Terceira vertente do princípio da culpabilidade.

Na lição de Nilo Batista, o princípio da culpabilidade impõe a subjetividade da responsabilidade penal. Não cabe, em direito penal, uma responsabilidade objetiva, derivada tão-só de um a associação causal entre a conduta e um resultado de lesão o u perigo para um bem jurídico

25
Q

C/E
A proibição da previsão de tipos penais vagos decorre do princípio da reserva legal em matéria penal.

A

Errado.

Decorre da taxatividade.