TRAUMA Flashcards

1
Q

Diferencie o quadro clínico e os achados de imagem no hematoma SUBDURAL e EPIDURAL

A

SUBDURAL:
- Ruptura de VEIAS PONTE
- Imagem em CRESCENTE/CÔNCAVO-CONVEXA
- clínica PROGRESSIVA, até hipertensão intracraniana

EPIDURAL:
- Ruptura ARTÉRIA MENÍNGEA
- Imagem BICONVEXA
- clínica súbita com INTERVALO LÚCIDO

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2
Q

Mulher, 60 anos de idade, internada na UTI, foi traqueostomizada há 12 horas. Durante o banho da paciente, ocorre perda da cânula de traqueostomia. Qual é a conduta mais adequada?

A

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

A TQT leva cerca de 1 semana para maturar - ou seja, para que o trajeto da canula na traqueia seja bem estabelecido.
Na situação de decanulação acidental dentro desse período, a reintrodução da cânula pode ser muito difícil, sendo indicada a intubação orotraqueal.

📌 A IOT deve ser realizada com tubo menos calibroso, devido ao risco de estenose de traqueia

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3
Q

Escala de lesão esplênica e conduta para cada grau

A

GRAU 1:
• hematoma subcapsular < 10% da superficie
• laceração capsular < 1 cm de profundidade no parênquima

GRAU 2:
• hematoma subcapsular de 10-50% da superfície / hematoma intraparenquimatoso < 5 cm
• laceração capsular 1-3 cm de profundidade no parênquima, não envolve vaso trabecular

GRAU 3:
• hematoma subcapsular > 50% superfície / hematoma intraparenquimatoso >= 5 cm / hematoma em expansão ou em ruptura
• laceração parenquimatosa > 3 cm de profundidade ou envolvendo vasos trabeculares

GRAU 4:
• lesão vascular esplênica ou sangramento ativo confinado dentro da cápsula
• laceração parenquimatosa envolvendo vasos segmentares ou hilares que produzem > 25% de desvascularização

GRAU 5:
• lesão hilar com desvascularização esplênica
baço quebrado/pulverizado

📌Conduta:
- Graus 1, 2 e 3 = conduta expectante
- Graus 4 e 5 = laparotomia (memorizar DESVASCULARIZAÇÃO, vasos SEGMENTARES e HILARES)
🚨pode-se tentar EMBOLIZAÇÃO nos graus 3 e 4 com extravasamento ativo de contraste (“blush”)

📌para pacientes INSTÁVEIS com peritonite, laparotomia sempre

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4
Q

Classificação Gustillo e Anderson para fraturas expostas e escolha da antibioticoprofilaxia

A

I:
< 1cm
limpa
• lesão de partes moles MÍNIMA
• lesão óssea SIMPLES

II:
1-10cm
• moderadamente suja
• lesão de partes moles MODERADA
• lesão óssea MODERADA

IIIA:
>10cm
contaminada
• lesão de partes moles GRAVE
• lesão óssea MULTIFRAGMENTAR

IIIB: PERDA DA COBERTURA CUTÂNEA

IIIC: LESÃO VASCULAR

📌I e II: cefalosporina de 1ª (cefazolina)

📌III: cefalosporina de 1ª + aminoglicosídeo OU cefalosporina de 3ª (ceftriaxona)

📌PAF ou lesão em região RURAL: associar penicilina

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5
Q

Qual é a 1ª opção para conter hemorragia exsanguinante no atendimento ao trauma extra hospitalar?

A

Lembrar que no PRÉ HOSPITALAR, fazemos a sequência xABCDE, visando conter rapidamente as hemorragias exsanguinantes potencialmente fatais

O método de escolha e a COMPRESSÃO MANUAL, sendo o torniquete reservado apenas para quadros graves e refratários!

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6
Q

Paciente de 10 anos sofreu queda de árvore, batendo com a face diretamente no solo, com grave trauma facial e restrição à abertura da boca.
Seu pai o levou diretamente para o pronto-socorro do hospital mais próximo.

Caso haja comprometimento ventilatório, qual é a melhor escolha para estabelecimento de via aérea neste caso?

A

TRAQUEOSTOMIA!!

O paciente apresenta contraindicação à IOT (restrição à abertura da boca) e à intubação nasotraqueal (risco de fratura de base de crânio).

Nesse caso, ficamos com as VIAS AÉREAS CIRÚRGICAS:

  • <12a ou fratura de laringe: traqueostomia
  • > 12a: cricotireoidostomia

📌se houver sinais de APNEIA IMINENTE, utilizamos a crico por PUNÇÃO como medida de resgate (dura no máximo 45 minutos)

‼️GUARDA ASSIM: sempre faz crico cirúrgica, exceto em < 12 anos, trauma laríngeo ou apneia iminente

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7
Q

De acordo com a 10ª edição do ATLS, são indicações para retirada do colar cervical:

A

Paciente consciente

Glasgow = 15

Sem dor à palpação da coluna

📌também existem os critérios NEXUS:

  • Neuro déficit (sem déficits focais)
  • Exógeno (sem intoxicações exógenas)
  • Xtreme injury (sem lesões dolorosas que distraiam o paciente)
  • Unable (sem alteração no nível de consciência)
  • Spinal (sem dor à palpação de coluna)
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8
Q

Descreva a distribuição trimodal da mortalidade por trauma

A

1º pico (50%):

  • segundos após o trauma
  • ex: ruptura de aorta/grandes vasos, lesão medular ou cerebral severa, etc.
  • prevenção: EVITAR O TRAUMA (segurança do trânsito, EPI’s)

2° pico (30%):

  • minutos a horas após o trauma
  • lesões potencialmente tratáveis (hemotórax, pneumotórax, laceração hepática, etc.)
  • prevenção: ATENDIMENTO INICIAL

3° pico (20%):

  • dias a semanas após o trauma
  • complicações do trauma (sepse, disfunções organicas, etc.)
  • prevenção: TREINAMENTO DE EQUIPES e melhor oferta de insumos aos centros de trauma
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9
Q

Classificação de graus do choque, percentual de perda de volume e conduta quanto à reanimação volêmica:

A

GRAU 1 (< 15%): parâmetros normais
📌cd: cristaloide

GRAU 2 (15-30%): FC > 100 + redução do pulso
📌cd: cristaloide (considerar hemotransfusão)

GRAU 3 (31-40%): hipotensão
📌cd: hemotransfusão

GRAU 4 (> 40%): hipotensão + FC > 140
📌cd: protocolo de transfusão maciça

‼️ PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA = ≥ 10 CH em 24h ou > 4 CH em 1h

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10
Q

Qual é a tríade letal do trauma?

A

Acidose + hipotermia + coagulopatia

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11
Q

Escala de coma de Glasgow aplicada no TCE:

A

ABERTURA OCULAR:

  • Espontânea (4)
  • Ao estímulo sonoro (3)
  • Ao estímulo de pressão (2)
  • Nenhuma (1)

RESPOSTA VERBAL

  • Orientada (5)
  • Confusa (4)
  • Palavras soltas (3)
  • Sons incompreensíveis (2)
  • Nenhuma (1)

RESPOSTA MOTORA

  • Obedece a comandos (6)
  • Localiza o estímulo (5)
  • Flexão normal (4)
    📌retira membro com dor
  • Flexão anormal (3)
    📌decorticação
  • Extensão anormal (2)
    📌descerebração
  • Nenhuma (1)

+ REAÇÃO PUPILAR

  • Inexistente (-2)
  • Unilateral (-1)
  • Bilateral (0)

CLASSIFICAÇÃO

  • leve: 13-15
  • moderado: 9-12
  • grave: 3-8
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12
Q

Qual é o melhor parâmetro utilizado na avaliação da reposição volêmica no trauma e em qual contexto a sua mensuração é prejudicada?

A

Débito urinário (0,5 mL/kg/h em adultos)

📌a cateterização vesical está contraindicada se houver lesão uretral!

Suspeitar diante de:

  • sangue no meato uretral/saco escrotal
  • fratura de pelve
  • equimose perineal
  • próstata cefálica (flutuante) no toque NÃO é isoladamente confiável para suspeição de lesão uretral!
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13
Q

Como é feita a administração de ácido tranexâmico no trauma?

A

1ª dose: bolus de 1g, idealmente nos primeiros 10 min pós-trauma (fase pré-hospitalar), mas pode ser feito em até 3 horas do trauma

2ª dose: 1g EV ao longo de 8 horas

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14
Q

Diferencie as queimaduras de 1°, 2° e 3° graus quanto à apresentação clínica e profundidade do acometimento:

A

1° GRAU:

  • apenas até a epiderme
    📌não entra no cálculo da SCQ
  • vermelhidão, dor e descamação
  • cd: limpeza, analgesia e hidratação

2° GRAU:

  • superficial:

• até derme papilar
• bolha + eritema que empalidece à digitopressão
• cd: limpeza + curativo com sulfadiazina de prata

  • profunda:

• até derme reticular
• bolha + eritema que NÃO empalidece
pouco dolorida
• cd: limpeza + desbridamento + curativo com sulfadiazina de prata + enxerto

3° GRAU:

  • até subcutâneo
  • aparência coriácea, brancacenta ou carbonácea, SEM bolhas
  • indolor na lesão, mas com dor perilesional
  • cd: limpeza + desbridamento + curativo com sulfadiazina de prata + enxerto

‼️algumas referências não ATLS citam a queimadura de 4° grau, acometendo músculos e ossos

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15
Q

A partir de quantos % de superfície corporal queimada, isoladamente, indica-se intubação precoce?

A

> 40 a 50%

Aproveitando para relembrar as outras indicações:

  • queimaduras faciais extensas e profundas
  • queimaduras/edema de orofaringe
  • queimaduras circunferenciais de espessura total (3° grau) no pescoço
  • dificuldade de deglutição
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16
Q

Como calcular o volume a ser infundido em 24 horas no paciente queimado? Como deve ser feita essa reposição?

A

Fórmula de Brooke:

  • 2 mL x peso (kg) x SCQ

Fórmula de Parkland

  • 4 mL x peso (kg) x SCQ

Se houver queimadura elétrica

  • 4 mL x peso (kg) x SCQ sempre

📌 50% nas primeiras 8h DESDE O ACIDENTE + 50% nas 16 horas restantes

‼️CÁLCULO DA SCQ: regra dos 9 de Wallace
• cabeça = 9%
• MMSS = 9% cada braço
• MMII = 18% cada perna
• tronco = 18%
• dorso = 18%
• genitália = 1%

17
Q

Indicações de transferência a hospital de referência para grandes queimados:

A

Pacientes com queimadura de 2° grau >10% SCQ

TODOS com queimadura de 3° grau

Queimadura em local nobre (face, mãos, pés, genitália, períneo e grandes articulações)

Queimaduras especiais: química, elétrica ou por inalação

18
Q

Qual é a única profilaxia indicada para paciente vítima de queimaduras?

A

Antitetânica se houver queimadura de 2.° grau ou superior!!

  • vacinados com ultima dose > 5 anos: vacina
  • não vacinados: imunoglobulina

‼️NÃO há indicação de antibioticoprofilaxia sistêmica‼️

19
Q

Cite 2 complicações ulcerativas das queimaduras:

A

Úlcera de Curling: HDA

Lesão de Marjolin: neoplasia maligna (СЕС) e sobre áreas de queimaduras de 3.° grau

20
Q

Quais são os principais órgãos afetados no trauma abdominal por arma branca, arma de fogo e contuso?

A

Facada = Fígado

Tiro = Tripa (delgado)

Batida = Baço

21
Q

Qual é a Tríade de Beck? O que ela indica?

A

A tríade de Beck indica tamponamento cardíaco e é composta por:

  • Hipotensão;
  • Hipofonese de bulhas;
  • Turgência jugular.

📌MACETE:
Bulhas
Estase jugular
Choque
Kussmaul (aumento do pulso venoso central na inspiração)

22
Q

Defina e dê a conduta para as principais lesões torácicas ameaçadoras à vida no contexto do trauma:

  • Hemotórax maciço
  • Pneumotórax hipertensivo
  • Pneumotórax aberto
  • Tórax instável
A

Hemotórax maciço:

  • drenagem imediata de 1.500mL de sangue ou 200 mL/h nas primeiras 2-4h
  • conduta: toracotomia de urgência

Pneumotórax hipertensivo

  • pneumotórax que provoca desvio de estruturas e choque obstrutivo
  • conduta: toracocentese de alívio seguida de drenagem em selo d’água

Pneumotórax aberto

  • diâmetro ≥ 2/3 da traqueia
  • conduta: curativo de 3 pontas, seguido de drenagem em selo d’água e toracotomia para reparo definitivo

Tórax instável

  • duas ou mais fraturas em duas ou mais costelas consecutivas
    📌causa respiração paradoxal e está associado com contusão pulmonar
  • conduta: ANALGESIA + oxigênio + hidratação CAUTELOSA
    📌hiperhidratação piora edema no pulmão lesado
23
Q

Paciente de 55 anos, vítima de ferimento por arma branca em hemitórax esquerdo, apresenta vias aéreas pérvias, FR: 18 pm, SatO2: 99% com máscara 10 L/min, MV diminuído à esquerda, timpânico, PA: 60 x 36 mmHg, FC: 121 bpm, bulhas ritmicas, hipofonéticas, descorado 3+/4+, Glasgow 15. FAST com líquido no pericárdio, sem líquido livre abdominal.

Na sala de emergência evoluiu com atividade elétrica sem pulso e foi intubado. A melhor conduta IMEDIATA nesse momento deve ser:

A

TORACOTOMIA LATERAL ESQUERDA EM SALA DE URGÊNCIA, ou toracotomia de reanimação.

Está indicada na presença da combinação de TRAUMA PENETRANTE + PCR EM AESP, permitindo a realização de massagem cardíaca aberta

24
Q

Mulher, 20 anos, vítima de ferimento por arma branca em hemitórax esquerdo, chega à sala de trauma com SatO2: 88%.

O tórax foi drenado com dreno tubular em selo d’água, com saturação após drenagem de 90%. RX de tórax mostra dreno bem posicionado com pneumotórax persistente, apesar do coletor borbulhar bastante.

Qual a hipótese e as próximas condutas?

A

PNEUMOTÓRAX QUE NÃO MELHORA = PENSAR EM LESÃO TRAQUEOBRÔNQUICA!

A conduta imediata será posicionar um 2º dreno de tórax para melhora clínica do paciente e, após, solicitar broncoscopia para pesquisa de lesão traqueobrônquica

25
Q

Qual é o principal local de lesão aórtica no contexto do trauma?

A

LIGAMENTO ARTERIOSO, na aorta descendente, seguido pela região próxima à valva aórtica, na aorta ascendente.

26
Q

Quais são os principais sinais de fratura de base de crânio e os pares cranianos mais lesados nessas situações?

A

Equimose periorbitária: sinal do Guaxinim

Equimose retroauricular: sinal de Battle

Rinorreia / otorreia

Hemotímpano

📌os nervos cranianos mais acometidos são o VI (abducente) e o VIII (vestibulococlear)

27
Q

Quais são as 3 zonas cervicais e quando está indicada a cervicotomia no contexto do trauma?

A

Zona I: clavícula até cartilagem cricoide.

Zona II: cartilagem cricoide até ângulo da mandíbula.
📌melhor prognóstico por ter acesso mais fácil

Zona III: ângulo da mandíbula até base do crânio.

INDICAÇÕES DE CERVICOTOMIA:

  • instabilidade hemodinâmica
  • sangramento ativo
  • hematoma em expansão
  • perfuração do trato aerodigestivo

📌ferimentos que ultrapassam o músculo platisma são considerados profundos! isso por si só não indica a cervicotomia, mas é um preditor de gravidade

28
Q

Escala de lesão renal e conduta segundo o grau de acometimento:

A

Grau I: hematoma SUBCAPSULAR não expansível e contusão sem laceração.

Grau II: hematoma PERIRRENAL não expansível confinado ao retroperitônio e LACERAÇÃO ≤1 cm.

Grau III: LACERAÇÃO > 1 cm.

Grau IV: EXTRAVASAMENTO URINÁRIO, ruptura ureteropélvica, lesão de veia ou artéria renal SEGMENTAR, infartos renais segmentares.

Grau V: lesão de veia ou artéria renal PRINCIPAL, avulsão do hilo, rim desvascularizado, rim quebrado.

Conduta não operatória: I, II e III
📌angioembolização em caso de sangramento ativo

Cirurgia: IV e V

29
Q

O que é a manobra de Pringle?

A

No trauma hepático, é o clampeamento do ligamento hepatoduodenal (colédoco + artéria hepática + veia porta).

  • cessou o sangramento: origem na aa hepática ou na veia porta
  • NÃO cessou: origem na veia hepática ou na cava inferior
    📌PÉSSIMO prognóstico
30
Q

No trauma de vísceras parenquimatosas quando tendemos, em geral, à conduta conservadora vs. conduta cirúrgica?

A

Em geral, no trauma HEPÁTICO, RENAL e ESPLÊNICO, a tendência é a conduta não operatória, exceto em casos de instabilidade hemodinâmica, pulverização do órgão ou desvascularização total.

No trauma PANCREÁTICO, quase sempre se faz pancreatectomia, mesmo em baixos graus (I-II).

31
Q

No trauma de cólon, quando está indicada a ressecção do segmento lesionado?

A

Em casos de comprometimento vascular ou > 50% da circunferência! Fora isso podemos apenas realizar a ráfia simples da lesão.

32
Q

Paciente vítima de trauma contuso apresentando sinal do cinto de segurança e retropneumoperitôneo. Qual é a principal hipótese?

A

Lesão de INTESTINO DELGADO, em sua porção retroperitoneal: duodeno.

📌o principal mecanismo de trauma cobrado nesse caso é a lesão contusa pelo cinto de segurança

33
Q

No intraoperatório de uma laparotomia exploradora em um paciente vítima de ferimento por arma branca na parede anterior do abdome o cirurgião se depara com um hematoma retroperitonial em expansão na zona 2 ESQUERDA.

A melhor conduta, neste caso, é:

A

Explorar o hematoma pela manobra de MATTOX!

Primeiro, vamos relembrar a divisão do retroperitoneo em zonas:

  • ZONA 1: central (contém aorta e cava inferior)
    📌SEMPRE explorar hematomas dessa área
  • ZONA 2: laterais
    📌explorar hematomas EM EXPANSÃO
  • ZONA 3: pelve (decorrente de fratura pélvica)
    📌não explorar!! exceto se HEMORRAGIA EXSANGUINANTE

Principais manobras para exploração dos hematomas retroperitoneais:

  • MATTOX: lado esquerdo e zona 1 (aorta)
  • CATTELL-BRAASCH: lado direito
  • KOCHER: região infra-hepática da cava inferior, aorta supraceliaca e origem da artéria mesentérica superior

Assim, no caso, como queremos avaliar a zona 2 ESQUERDA, utilizamos a manobra de MATTOX.

34
Q

Quais são os tipos principais de fratura de pelve? Qual está mais associada à instabilidade hemodinâmica?

A

Compressão LATERAL ”alça de balde” (60-70%)

Compressão VERTICAL (5-15%)

Compressão ANTEROPOSTERIOR “open book” (15-20%)

  • causa hemorragia do plexo venoso com INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
  • AMARRAR ao nível do trocanter maior

📌sangramento que não cessa à amarração -> origem arterial (ilíaca interna) -> angioembolização

35
Q

Qual é o aspecto de imagem característico da lesão de bexiga intraperitoneal e da extraperitoneal? Qual é a conduta em cada um dos casos?

A

INTRAPERITONEAL = orelha de mickey
📌cd: laparotomia + rafia

EXTRAPERITONEAL = chama de vela
📌cd: conservadora (cateterização por 10-14 dias)

36
Q

Quais são os 2 tipos de lesão traumática de uretra e a conduta?

A

Uretra POSTERIOR:

  • prostática + membranosa (mais acometida)
  • associação com fraturas Pélvicas

Uretra ANTERIOR:

  • bulbar + peniana
  • acometida na queda em CAVALEIRO

📌o diagnóstico de lesão de uretra é feito por uretrocistografia retrógrada e a conduta é CISTOSTOMIA (sondagem contraindicada)

37
Q

O chamado sinal de HONDA está relacionado à fratura:

A

De SACRO

📌nas asas sacrais, paralelamente as articulações sacroilíacas, podendo existir um componente horizontal, formando um sinal em “H” (sinal de Honda)