GINECOLOGIA Flashcards

1
Q

Quando NÃO posso utilizar podofilina tópica no tratamento de condilomas?

A

1) ‼️GESTANTES

2) Áreas de MUCOSA ou feridas abertas

3) Lesões ressecadas previamente (pegadinha de prova!! a podofilina não previne recorrência)

Outros tratamentos possíveis são:

  • Ácido tricloroacético (ATA) 80-90%
  • Eletrocauterização
  • Crioterapia
  • Exérese cirúrgica “shaving”

📌para tratamento DOMICILIAR, só podemos utilizar ativos mais fracos, devido aos riscos de queimadura com o ATA ou com a Podofilina. Exemplos são:

  • Imiquimode 50 mg/g
  • Podofilotoxina
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2
Q

Mulher de 50 anos de idade com história prévia de carcinoma lobular invasivo da mama, em uso de tamoxifeno, apresenta ECO endometrial de 8mm.

Qual a conduta?

A

Acompanhamento clínico.

O tamoxifeno age como bloqueador hormonal nas mamas, porém tem efeito PRÓ-ESTROGÊNIO no ENDOMÉTRIO, favorecendo o espessamento deste. Assim, nessas pacientes, só se investiga câncer de endométrio em casos SINTOMÁTICOS, com SUA.

📍Relembrando os pontos de corte para investigação nas demais pacientes:
> 4-5 mm sem TH
• >8mm com TH

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3
Q

Paciente de 19 anos relata relação desprotegida há quatro dias (100 horas). DUM há duas semanas. Procura UBS para contracepção de emergência.

Qual a conduta?

A

DIU de cobre, pois pode ser utilizado como contracepção de emergência até após 120 horas da relação, além de ser um LARC.

📍 A contracepção de emergência medicamentosa com Levonorgestrel 1,5mg VO deve ser feita IDEALMENTE até 3 dias, mas pode ser tentada até 5 dias.

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4
Q

Descreva as características hormonais, ovarianas, endometriais e do muco cervical durante a fase FOLICULAR

A

A fase FOLICULAR é a primeira do ciclo menstrual e tem duração variável, determinada pelo tempo de evolução do folículo dominante.

A liberação de GNRH é de maior frequência e menor amplitude

Os principais eventos hormonais são:
1º) aumento do FSH
2º) recrutamento do folículo dominante
3º) produção de ESTROGÊNIO e INIBINA B pelo folículo
4º) liberação de pequena quantidade de progesterona, responsável pelo pico de LH
5º) OVULAÇÃO

📍a ovulação ocorre 30-36h após o início do aumento de LH, e 10-12h após o seu pico

‼️Nos OVÁRIOS ocorre a produção de TESTOSTERONA nas células da TECA sob estímulo do LH; e posterior conversão em ESTROGÊNIO nas células da GRANULOSA pela ação da AROMATASE, sob estímulo do FSH‼️

O ENDOMÉTRIO está em fase PROLIFERATIVA

O muco cervical é FINO e TRANSPARENTE, com cristalização

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5
Q

Descreva as características hormonais, ovarianas, endometriais e do muco cervical durante a fase LÚTEA

A

A fase LÚTEA inicia-se após a ovulação e possui duração fixa de 14 dias

A liberação de GNRH ocorre com menor frequência e maior amplitude

Os principais eventos hormonais são a liberação de PROGESTERONA e INIBINA A pelo corpo lúteo, responsáveis por estabilizar o endométrio e diminuir a liberação de gonadotrofinas

O endométrio está em fase SECRETORA

O muco cervical é ESPESSO e ESBRANQUIÇADO, sem cristalização

📍se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo involui, com queda da progesterona e da inibina A, levando ao início de novo ciclo

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6
Q

Quais são os 3 tipos de androgênios e onde eles são produzidos?

A

TESTOSTERONA e ANDROSTENEDIONA são produzidos nas células da TECA, nos OVÁRIOS

DHEA (desidroepiandrostenediona) tem produção pela SUPRARRENAL

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7
Q

Uma mulher que nunca utilizou qualquer tipo de anticoncepcional e nunca engravidou, tendo ciclos regulares, provavelmente ovulou quantas vezes ao longo do menacme?

A

Em torno de 400 vezes

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8
Q

Qual é o tipo de estrogênio predominante em cada fase de vida da mulher?

A

ESTRIOL: infância e gestação (produção placentária e periférica)

ESTRADIOL: menacme (produção ovariana)

ESTRONA: menopausa (produção principal pelo tecido adiposo periférico é um pouco pelos ovários)

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9
Q

Descreva as estruturas responsáveis pela diferenciação sexual masculina e feminina

A

CARIÓTIPO XY:
• Células de SERTOLI -> hormônio ANTIMULLERIANO -> regressão dos ductos paramesonéfricos
• Células de LEYDIG -> TESTOSTERONA -> desenvolvimento dos ductos MESONÉFRICOS/de WOLFF -> ducto deferente + epidídimo

CARIÓTIPO XX:
• ausência de hormônio antimulleriano -> desenvolvimento dos ductos PARAMESONÉFRICOS/de MULLER -> útero + 2/3 superior da vagina
• ausência de testosterona -> regressão dos ductos de wolff

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10
Q

Diferencie as causas de amenorréia primária quanto ao seu cariótipo

A

45, X0: Turner

46, XY: Morris e Swyer

46, XX: Rokitansky, Savage e Kallmann

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11
Q

Qual é a tríade característica da síndrome de Kallmann?

A

Amenorreia + anosmia + cegueira para cores

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12
Q

Como são divididos os compartimentos na investigação das amenorreias?

A

I: útero/vagina
II: ovários
III: hipófise
IV: hipotálamo

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13
Q

Quando iniciar a investigação nas amenorreias PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA?

A

PRIMÁRIA:
13-14 anos SEM características sexuais secundárias;
15-16 anos COM características sexuais secundárias;
5 anos após telarca quando esta ocorreu antes dos 10 anos de idade

SECUNDÁRIA:
3 meses sem menstruação;
3 ciclos sem menstruação;
< 9 menstruações em 1 ano

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14
Q

Descreva as principais síndromes causadoras de amenorreia PRIMÁRIA quanto à sua fisiopatologia

A

ROKITANSKY:
agenesia mulleriana (vagina curta, sem útero)
• cariótipo normal
• mamas e pelos normais

MORRIS:
insensibilidade completa aos androgênios
• vagina curta, sem útero
• mamas normais
• AUSÊNCIA DE PELOS

SAVAGE:
• ovário resistente às gonadotrofinas
• cariótipo normal

SWYER:
• disgenesia gonadal XY
testículos não funcionantes -> GONADECTOMIA❗️

TURNER:
• disgenesia gonadal X0
ovários em fita
• pescoço alado + baixa estatura + linfedema + tórax em escudo

KALLMANN:
• falha na migração dos neurônios produtores de GnRH
• anosmia + cegueira para cores

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15
Q

Qual é a malformação mulleriana de PIOR PROGNÓSTICO?

A

Útero septado

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16
Q

Descreva a sequência da investigação da amenorreia PRIMARIA

A

1) avaliar características sexuais secundárias
AUSENTES -> dosar FSH
• PRESENTES -> avaliar ANATOMIA

📍anatomia:
• vagina curta/ausente -> cariótipo + USG
• vagina normal -> investigação igual à da secundária

📍FSH:
alto = disgenesia gonadal -> cariótipo
• baixo = causa central -> teste de GnRH
- positivo = causa hipotalâmica
- negativo = causa hipofisaria

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17
Q

Descreva a sequência de investigação da amenorreia SECUNDÁRIA

A

1) BHCG

2) TSH + prolactina

3) teste da progesterona
📍positivo = anovulação

4) teste do estrógeno + progesterona
📍negativo = causa uterovaginal

5) dosagem FSH
📍> 20: insuficiência ovariana
📍< 5: causa central

6) teste do GnRH
📍positivo: causa hipotalâmica
📍negativo: causa hipofisária

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18
Q

Como são feitos os testes da PROGESTERONA e do ESTRÓGENO + PROGESTERONA na investigação de amenorreias?

A

PROGESTERONA: acetato de medroxiprogesterona 5-10mg por 7-10 dias

ESTRÓGENO + PROGESTERONA: estrogênio por 21 dias + adição de progesterona nos últimos 5 dias

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19
Q

Quais as malformações cardiovasculares mais comuns na síndrome de Turner?

A

Coarctação da AORTA

Valva AÓRTICA bicúspide

Aneurisma/dissecção de AORTA

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20
Q

Critérios diagnósticos para a insuficiência ovariana

A

Alterações menstruais há pelo menos 4 MESES

FSH > 25 em duas medidas com intervalo de 4 SEMANAS

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21
Q

Clínica da hiperprolactinemia

A

• AMENORREIA
• GALACTORREIA
• HIPOESTROGENISMO (inibe a pulsatilidade do GnRH) -> infertilidade, osteoporose
• HIPERANDROGENISMO (aumenta secreção adrenal) -> acne, hirsutismo
se adenoma, sintomas compressivos (cefaleia, alterações visuais)

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22
Q

Principais causas MEDICAMENTOSAS de hiperprolactinemia

A

Antidepressivos/ansiolíticos: amitriptilina, fluoxetina, paroxetina, buspirona

Neurolépticos: clorpromazina, risperidona, haloperidol, prometazina

Antieméticos: metoclopramida, domperidona

Antihipertensivos: verapamil, metildopa

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23
Q

Classificação e conduta nos PROLACTINOMAS

A

Classificação:
• microadenoma < 10mm
• macroadenoma > 10mm
• adenoma gigante > 4cm

Conduta:
1) TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COM AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS: cabergolina, bromocriptina
📍cabergolina mais usada e com menos efeitos adversos
2) cirurgia se falha do tratamento clínico ou sintomas compressivos
3) radioterapia se falha do tratamento cirúrgico

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24
Q

Mulher, 35a, vem encaminhada do ambulatório de gastrocirurgia com queixa de irregularidade menstrual: refere ciclos de 3 a 4 dias de duração, com intervalo de 15 a 40 dias entre os ciclos. Antecedente pessoal: duas gestações prévias, com dois partos vaginais e cirurgia bariátrica disabsortiva há 10 meses, com perda de 30 Kg. Ultrassonografia transvaginal: sem alterações.

Qual é o método contraceptivo mais indicado?

A

Em mulheres submetidas a cirurgias disabsortivas de trato gastrointestinal, formulações de anticoncepcionais orais podem sofrer redução de seus efeitos.

Uma boa opção para a irregularidade menstrual é o INJETÁVEL MENSAL COMBINADO

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25
Q

Mulher de 29 anos procura atendimento devido ao surgimento de nódulos em membros inferiores há 1 mês. Relata que os nódulos surgem espontaneamente em região pré-tibial de ambas as pernas, com cerca de 1 cm de diâmetro, sendo dolorosos e não pruriginosos, com a pele sobrejacente eritematosa. Até o momento, notou 3 nódulos na perna esquerda e 2 na perna direita. Não há erosão, ulceração ou drenagem de material purulento. Nega febre, dor articular ou qualquer outra queixa. A paciente não fez uso de qualquer tratamento para o quadro atual e apenas faz uso de anticoncepcional hormonal oral (associação de etinil estradiol e drospirenona) há 2 meses. Nega comorbidades.

Qual o diagnóstico e conduta?

A

ERITEMA NODOSO por reação adversa ao anticoncepcional com estrogênio

O eritema nodoso é uma forma da paniculite que cursa com nódulos subcutâneos dolorosos, eritematosos, às vezes violáceos, e palpáveis, que se manifestam quase sempre na região da tíbia.

Na maioria das vezes, tende a cursar com doenças sistêmicas, como sarcoidose e doença inflamatória intestinal. Porém, pode também ser causado por uma reação a um medicamento ou por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral).

A conduta é a SUSPENSÃO DO ANTICONCEPCIONAL

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26
Q

Mulher de 32 anos com relato de 2 abortamentos tardios prévios e queixas de fluxo menstrual irregular. Há cerca de 1 ano deseja gestar, porém sem sucesso. Em consulta ginecológica para avaliação de infertilidade, USTV demonstra duplicidade de cavidade endometrial, mas sem conclusão precisa sobre a malformação uterina.

Qual o melhor período da avaliação propedêutica por ultrassonografia para essa finalidade?

A

O melhor momento do ciclo para avaliação de malformações uterinas é na FASE PROLIFERATIVA, uma vez que na secretora o endométrio estará muito espesso e na menstrual haverá resíduos sanguíneos na cavidade.

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27
Q

Uma paciente de 30 anos, em tratamento de mola invasora, com persistência de valores elevados de B-hCG, solicitou aconselhamento de contracepção.

Quais métodos estão CONTRAINDICADOS?

A

DIUs, devido ao maior risco de hemorragia e perfuração uterina, já que o tratamento pode envolver curetagens de repetição.

📍 Os métodos de escolha são os ACOs ou pílulas de progesterona isolada

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28
Q

Na avaliação de hisrutismo, qual o momento ideal do ciclo menstrual para dosagem de testosterona plasmática?

A

A avaliação da testosterona plasmática em mulheres com ciclos regulares é mais fidedigna se realizada pela manhã, entre o 4.° e o 10.° dia do ciclo.

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29
Q

Uma complicação que pode acontecer com o uso de altas doses de Cabergolina é:

A

O aparecimento de LESÕES VALVARES CARDÍACAS

📌 A cabergolina possui grande afinidade por receptores presentes nas valvas cardíacas

São necessárias doses ALTAS (maiores que 2mg por semana) e uso PROLONGADO -> indica ECO de rotina

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30
Q

Quais são as indicações de tratamento cirúrgico na endometriose?

A

Falha do tratamento clínico

Endometrioma > 6cm
📌nesses casos se faz a CISTECTOMIA

Acometimento ureteral com risco de obstrução

Acometimento intestinal com risco de obstrução

Manejo da infertilidade

📌as técnicas utilizadas são: shaving, ressecção em bloco e ressecção segmentar

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31
Q

Quais são os tipos histológicos mais comuns na transformação maligna da endometriose?

A

Carcinoma de células claras e carcinoma endometrioide

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32
Q

Principais causas de SUA segundo a faixa etária

A

Infância: corpo estranho > abuso sexual

Menacme: gestação > PALM COEIN
📌anovulação: extremos da vida reprodutiva

Pós menopausa: atrofia endometrial > câncer de endométrio

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33
Q

Manejo do SUA agudo

A

Primeiro resolve o sangramento, depois investiga causa!!

ESTÁVEL hemodinamicamente:
• EV:
- estrogênio conjugado 25 mg a cada 4h
- ácido tranexâmico / aminocapróico
• VO:
- ACO / progesterona altas doses
- ácido tranexâmico
- AINEs

INSTÁVEL hemodinamicamente:
• ressuscitação volêmica + conduta cirúrgica:
1) curetagem
2) histerectomia (reservada para casos graves refratários)

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34
Q

Classificação dos miomas quanto à sua localização pela FIGO

A

0, 1 e 2: submucosos (mais sintomas de SANGRAMENTO e INFERTILIDADE) -> miomectomia histeroscópica

3 e 4: intramurais (geralmente ASSINTOMÁTICOS)

5, 6 e 7: subserosos (mais sintomas de COMPRESSÃO de órgãos adjacentes) -> miomectomia laparoscópica

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35
Q

Quais são os 3 tipos de degeneração dos miomas e quando pensar em cada uma?

A

1) hialina: mais comum

2) rubra/vermelha/necrose asséptica: DOLOROSA, mais comum na GRAVIDEZ

3) sarcomatosa: MALIGNA, mais comum na PÓS MENOPAUSA (mas muito rara)
📌mioma que crescer nesse período = tirar

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36
Q

VERDADEIRO ou FALSO: a embolização da artéria uterina é a conduta de escolha para miomas volumosos e sintomáticos em pacientes com desejo reprodutivo?

A

FALSO!!

Deve-se EVITAR a embolização de artéria uterina nessas pacientes devido ao risco de insuficiência ovariana.

O tratamento de escolha é a MIOMECTOMIA!

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37
Q

Qual é o exame padrão ouro no diagnóstico de adenomiose?

A

O padrão ouro é a RNM, demonstrando junção mioendometrial >12mm

Na prática, o mais usado é a USTV, demonstrando miométrio heterogêneo

📌bônus pra aproveitar o flashcard: a conduta pode ser DIU MIRENA, ABLACÃO ou HISTERECTOMIA (definitivo)

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38
Q

Quais são as principais causas estruturais e não estruturais de sangramento uterino anormal?

A

PALM = alterações estruturais:
Pólipos
Adenomiose
Leiomiomatose
Malignidade (ca de colo e endométrio)

COEIN = alterações não estruturais
Coagulopatias (Doença de Von-Willebrand)
Ovulatórias (anovulação)
Endometriais (disfunção)
latrogênicas (uso de ACO)
• Não classificadas

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39
Q

Quais são os padrões de frequência, duração e regularidade considerados normais para o ciclo menstrual?

A

Frequência: entre 24 e 38 dias

Duração: até 8 dias de fluxo

Regularidade: variação entre o mais curto e o mais longo dos ciclos inferior a 7 a 9 dias

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40
Q

Classificação Acosta para endometriose

A

LEVE: lesões disseminadas superficiais, raros implantes superficiais ovarianos, sem cicatrizes, retrações ou aderências

MODERADA: com formação de cicatriz ou retração ou pequenos endometriomas, aderências periovarianas minimas, implantes superficiais nos fundos de saco, algumas aderências peritoneais

ACENTUADA: endometriomas > 2cm, aderências espessas com envolvimento de ovários, tubas, fundo de saco, intestino, trato urinário

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41
Q

O que são miomas parasitas?

A

São miomas subserosos pediculados que, após um contato íntimo com o epiplon intestinal, podem ganhar uma nova vascularização sanguínea com perda do suprimento sanguíneo uterino original, sendo localizados enfim no INTESTINO

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42
Q

Quais são as principais alterações hormonais que marcam a transição menopausica e o pós menopausa?

A

A TRANSIÇÃO MENOPAUSICA inicia-se pela atrofia progressiva de folículos ovarianos, com inicial QUEDA DA INIBINA e AUMENTO DO FSH
📌Fsh altera First do que estrógeno

A MENOPAUSA é definida como a última menstruação, sendo seu diagnóstico RETROSPECTIVO após 1 ano de amenorreia
📌se ocorre em < 40a = insuficiência ovariana prematura

No PÓS MENOPAUSA, já NÃO HÁ PRODUÇÃO DE ESTRADIOL, sendo o único estrógeno produzido por aromatização periférica » ESTRONA
📌 laboratório: FSH >40 e estradiol < 20

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43
Q

Quais são as indicações, contraindicações e vias de escolha para a administração da terapia hormonal no climatério?

A

Indicações:
• presença de FOGACHOS
• estar na JANELA DE OPORTUNIDADE (até 10 anos da menopausa e até 60 anos de idade)

Contraindicações:
risco cardiovascular > 10%
cânceres hormônio dependentes (mama e endométrio)
‼️OVÁRIO NÃO CONTRAINDICA‼️
sangramento uterino a esclarecer
• hepatopatias
• porfiria
• LES
• meningioma (contraindica progesterona)

Via oral:
• escolha em baixo risco cardiovascular e na ausência de comorbidades
reduz LDL -> escolha na hipercolesterolemia
📌COmprimido = COlesterol

Via transdérmica:
• escolha se: hipertrigliceridemia, HAS, DM, colelitíase, doença hepática, obesidade, tabagismo
📌PAtologias = PArenteral

Via vaginal tópica:
• se possui apenas sintomas genitourinários
• NÃO é eficaz para fogachos

OBS: em todas as pacientes com útero, deve-se associar progesterona!

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44
Q

Qual é a situação em que está indicada a associação da progesterona na terapia hormonal em paciente histerectomizada?

A

Naquelas histerectomizadas por ENDOMETRIOSE, pois o estrogênio isolado pode reativar os focos ectópicos

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45
Q

Quais são as outras classes de drogas utilizadas no tratamento dos sintomas climatéricos, sem ser TH?

A

Inibidor receptação serotonina (paroxetina)
📌NÃO pode ser utilizada com tamoxifeno

Inibidor receptação norepinefrina (venlafaxina)
📌1ª escolha

Clonidina (baixa eficácia, muito efeito colateral)

Tibolona para redução de LIBIDO
📌uso off-label e não aprovado pela ANVISA

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46
Q

A terapia hormonal apresenta algum risco aumentado no desenvolvimento de câncer colorretal?

A

NÃO!

A TH tem EFEITO PROTETOR sobre o câncer de cólon!

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47
Q

Quais são os 4 critérios diagnósticos de osteoporose?

A

1) Densidade mineral óssea:
Escore T ≤ -2,5 em coluna ou quadril

2) Ocorrência de fratura por fragilidade em quadril

3) Osteopenia com fratura por fragilidade vertebral, úmero proximal, rádio distal e pelve

4) Risco elevado de fratura calculado por escore FRAX

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48
Q

Quais são as faixas de normalidade, osteopenia e osteoporose apresentadas na densitometria óssea?

A

Normal: T > -1

Osteopenia: T-1 a -2,5

Osteoporose: T < -2,5

📌escore Z é usado para populações jovens e, portanto, não faz de de osteoporose no pós menopausa!

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49
Q

O que é o escore FRAX?

A

Escore que prediz o risco de fraturas osteoporóticas maiores (úmero, vértebra, antebraço) nos próximos 10 anos.

Associa FATORES DE RISCO + valores da DENSIDADE MINERAL ÓSSEA

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50
Q

Mecanismo de ação e principais fármacos utilizados no tratamento da osteoporose

A

Para TODOS (prevenção):

• atividade física de IMPACTO

• dieta rica em CÁLCIO ou suplementação
📌meta: 1,2g/dia a partir de 50 anos

• suplementação de VITAMINA D se necessário

Tratamento farmacológico da osteoporose diagnosticada:

1) ANTICATABÓLICOS:

bifosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato, zoledronato)
📌causam ESOFAGITE

‼️risendronato e alendronato são os mais potentes, sendo as primeiras escolhas

denosumabe (anti RANK-L)
📌principalmente em pacientes com DRC, que é contraindicação aos bifosfonatos

2) ANABÓLICOS:

raloxifeno (modulador do receptor de estrogênio)
📌efeito colateral: FOGACHOS

teriparatida

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51
Q

Como devem ser feitas as profilaxias no caso de violência sexual?

A

Contracepção de emergência:
- Levonorgestrel 1,5mg VO (ideal até 3 dias, mas pode até 5)

HIV:
- tenofovir + lamivudina + dolutegravir (até 72h)

HBV:
- vacina + imunoglobulina para não vacinados (até 14 dias)

HPV:
‼️vacina 9-45 anos não vacinados
(NOVIDADE)

Clamidia:
- Azitromicina 1g VO

Sífilis:
- Penicilina benzatina 2,4 milhões UI IM

Gonorreia:
- Ceftriaxone 500mg IM

Tricomoníase:
- Metronidazol 2g VO

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52
Q

Quando devemos iniciar a avaliação da infertilidade?

A

Em mulheres a partir de 35 anos, começamos após 6 MESES de coito adequado.

Em menores de 35 anos, iniciamos após 1 ANO.

📌 coito adequado: duas a três vezes por semana começando logo após o término da menstruação!

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53
Q

Quais são os valores de referência, ao espermograma, para concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides?
Como são denominadas as alterações nessas variáveis?

A

Concentração > 15 milhões/mL
📌AZOOSPERMIA/OLIGOSPERMIA

Motilidade > 40%
📌 ASTENOZOOSPERMIA

Morfologia > 4%
📌TERATOZOOSPERMIA

Em caso de alteração no espermograma, está indicado repetir em 3 meses (após a conclusão de outro ciclo completo de espermatogênese) e, se mantiver alterações, encaminhar à urologia.

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54
Q

Qual é o fluxo de investigação de infertilidade por fator uterino?

A

Primeiro, faz USTV e, em caso de alteração, procede para histeroscopia.

Exemplos de fatores uterinos são os PÓLIPOS e MIOMAS.

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55
Q

Qual é o fluxo de investigação de infertilidade por fator tubário?

A

Primeiro, faz a histerossalpingografia e, caso a PROVA DE COTTE seja NEGATIVA, indicando obstrução tubária, proceder para videolaparoscopia com cromotubagem com AZUL DE METILENO.

📌no caso de alteração tubária não adianta inseminação, tem que ser FIV

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56
Q

Qual é o fluxo de investigação de infertilidade por fator ovariano?

A

1) INVESTIGAR ANOVULAÇÃO:

  • USTV seriada para avaliar presença de folículo dominante e corpo lúteo
  • Dosagem de progesterona no 21° dia do ciclo
    📌 > 3-5 ng/mL indica ovulação
  • outros: curva de temperatura basal, kits preditores de ovulação, biópsia de endométrio

2) INVESTIGAR RESERVA OVARIANA

  • USTV com contagem de folículos entre o 2° e 5° dia do ciclo
    📌 anormal: < 6 folículos
  • Dosagem de FSH entre o 2° e 5° dia do ciclo
    📌 anormal > 15
  • Dosagem do hormônio antimulleriano (HAM)
    📌preferencial, pois pode ser feita A QUALQUER MOMENTO DO CICLO
57
Q

Cite pelo menos quatro medicamentos que podem causar infertilidade por causa ovulatória.

A

Metoclopramida, bromoprida, antipsicóticos, amiodarona, AINEs, imunossupressores.

58
Q

Quais são os fármacos utilizados na indução da ovulação em casos de infertilidade?

A

Citrato de clomifeno
📌aumenta o GnRh

Letrozol
📌inibidor de aromatase, 1ªescolha na SOP

Gonadotrofinas

HCG
📌mimetiza o pico de LH

59
Q

Quando podemos utilizar as técnicas de fertilização de baixa complexidade e quando estão indicadas as de alta complexidade?

A

As técnicas de BAIXA complexidade são o COITO PROGRAMADO e a INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA após indução da ovulação.

Elas dependem de ovários funcionantes, tubas pérvias e espermatozoides adequados!

Já as técnicas de ALTA complexidade — FIV e ICSI — são indicadas nas seguintes situações:

  • fator tubário
  • fator masculino
  • ENDOMETRIOSE
  • falha de métodos de baixa complexidade
  • doação de oócitos ou espermatozoides
  • gestação de substituição (barriga de aluguel)
60
Q

Mulher de 30 anos de idade está em processo de fertilização in vitro. Recebeu estimulação hormonal para estimulação ovariana, com boa resposta e o desenvolvimento de múltiplos folículos/oócitos e desenvolvimento acentuado de ambos os ovários.

Qual a principal complicação associada a este procedimento?

A

SÍNDROME DE HIPERESTIMULAÇÃO OVARIANA, que é uma resposta exagerada aos medicamentos indutores de ovulação.

Ela cursa com múltiplos CISTOS ovarianos, AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR, com hipovolemia e hemoconcentração, ASCITE e DERRAME PLEURAL.

📌a maioria dos casos é autolimitada. Em casos raros, podem ocorrer manifestações mais graves, como dispneia, alterações respiratórias, alterações sanguíneas e renais

61
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos?

A

Através da presença de PELO MENOS 2 CRITÉRIOS DE ROTTERDAM:

  • Irregularidade menstrual
  • Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial: índice de Ferriman ≥ 6
  • Ovários policísticos à USG: ≥ 20 folículos ou volume ovariano > 10 cm3

📌lembrar que SOP é diagnóstico de EXCLUSÃO, então devem-se excluir outras causas antes:

DHEAS: tumor adrenal
17-hidroxiprogesterona: HAC
testosterona: tumor ovariano
• prolactina
• TSH

62
Q

Como se encontra o painel hormonal na SOP?

A

Aumentam: LH, estrogênio, androgênios e insulina

Não aumentam: FSH e SHBG

63
Q

Quais são os progestágenos com propriedade antiandrogênica, de escolha no manejo da SOP?

A

Ciproterona e drospirenona

64
Q

Dos métodos anticoncepcionais, aquele com maior potencial trombogênico é o:

A

ANEL VAGINAL

📌sabemos que o de maior risco dentre os contraceptivos são os hormonais combinados, pelo componente estrogênico. Dentre eles, o de maior potencial é o anel…

65
Q

Descreva o aspecto ultrassonográfico dos cistos foliculares, bem como as 3 principais complicações destes.

A

Folículos são estruturas CÍSTICAS ANECOICAS e seguem a regra 1, 2, 3:

  • folículos: < 1 cm
  • folículos dominantes: 1 a 2 cm
  • cistos foliculares: > 3 cm

O cisto folicular surge quando um folículo não se rompe na ovulação e apresenta-se como cisto unilocular de parede fina e regular.

A maioria é assintomática e resolvida em algumas semanas, mas pode evoluir com complicações:

1) CISTOS HEMORRÁGICOS

  • lesão cística com conteúdo heterogêneo interno (coágulos)
  • conduta: analgesia

2) RUPTURA DE CISTO

  • dor pélvica súbita e aguda, de moderada a intensa
  • a rotura de cistos HEMORRÁGICOS pode evoluir com peritonite, instabilidade e necessidade de cirurgia
  • a rotura de cistos FOLICULARES geralmente é assintomática

3) TORÇÃO ANEXIAL

  • US: folículos ovarianos tornam-se periféricos (sinal do anel folicular)
    📌 Doppler é variável! pode ter vascularização ainda
  • conduta cirúrgica: OOFOROPEXIA ou OOFORECTOMIA a depender da viabilidade
66
Q

Quais são os ligamentos ovarianos envolvidos no mecanismo de torção?

A

Ligamento infundibulo-pélvico (suspensor do ovário)

Ligamento útero-ovárico

67
Q

Descreva o aspecto ultrassonográfico do cisto de corpo lúteo:

A

Cisto com parede regular, espessa e vascularização aumentada (sinal do “anel de fogo”)

📌 PEGADINHA: está presente durante o 1º trimestre da gestação, então NÃO representa nenhuma alteração no 1º US

68
Q

Descreva os principais achados ultrassonográficos do teratoma maduro de ovário:

A

O teratoma maduro é um CISTO UNILOCULAR, com conteúdo HETEROGÊNEO e HIPERECOICO, que apresenta áreas de SOMBRA ACÚSTICA.

Além disso, 2 achados podem ser citados nas questões:

1) NÓDULO DE ROKITANSKY (mais comum): também chamado de tubérculo ecogênico ou plug dermoide, é uma projeção da parede que se projeta para o interior do cisto

2) DOT-DASH SIGN: indicativo da presença de cabelos no interior do cisto

69
Q

Como diferenciar, à ultrassonografia, os cistoadenomas seroso e mucinoso?

A

Cistoadenomas são tumores BENIGNOS com risco de malignização e devem ter, portanto, conduta cirúrgica sempre!

  • SEROSO: mais comum, UNILOCULAR, sem septações
  • MUCINOSO: MULTILOCULAR, com septações finas
70
Q

Qual tumor ovariano está associado à síndrome de Meigs?

A

FIBROMA

É um tumor BENIGNO, derivado do estroma/cordão sexual, que apresenta crescimento rápido.

📌o Tumor de Brenner, derivado do epitélio urotelial, também PODE dar Meigs, mas é menos comum

Relembrando a tríade da síndrome de Meigs: tumor ovariano + ascite + derrame pleural.

71
Q

Qual é o principal tumor ovariano benigno associado à produção de estrogênios?

A

TECOMA!!

Os tumores da teca-granulosa são derivados do estroma/cordão sexual e estão associados à puberdade precoce pela produção hormonal!

72
Q

Qual é o principal tumor ovariano benigno associado à produção de androgênios?

A

ANDROBLASTOMA, ou tumor de Leydig-Sertolli.

Derivado do estroma/cordão sexual e está associado à virilização, com aumento de DHEA!

73
Q

Quais são as principais neoplasias ovarianas derivadas de células epiteliais?

A

Cistoadenocarcinoma SEROSO:

  • Derivado do epitélio tubário;
  • É o MAIS COMUM entre todas neoplasias ovarianas;
  • Relacionado ao CA-125.

Cistoadenocarcinoma MUCINOSO:

  • Derivado do epitélio endocervical;
  • Atinge as MAIORES DIMENSÕES;
  • Secreta muco, causando PSEUDOMIXOMA PERITONEAL se
    romper;
  • Relacionado ao CEA.

Tumor de CÉLULAS CLARAS:

  • Derivado do epitélio endometrial;
  • PIOR PROGNÓSTICO entre os tumores epiteliais.

Tumor de BRENNER:

  • Derivado do epitélio urotelial;
  • Pode causar SÍNDROME DE MEIGS (tumor ovariano + ascite + derrame pleural), mas é mais comum no fibroma
74
Q

Quais são as principais neoplasias ovarianas de origem germinativa?

A

DISGERMINOMA: mais comum

TERATOMA MALIGNO:

  • segundo mais comum
  • produz esteroides (virilização)

TUMOR DO SACO VITELÍNICO

TUMOR DO SEIO ENDODÉRMICO:

  • único de prognóstico ruim dentre os germinativos
  • produz AFP

📌 todos atingem JOVENS e elevam LDH

75
Q

Quais são as três principais linhagens de neoplasias ovarianas?

A

Tumores EPITELIAIS → cistoadenocarcinomas seroso e mucinoso, células claras e Brenner.

Tumores GERMINATIVOS → disgerminoma, teratoma maligno, tumor de saco vitelínico e tumor do seio endodérmico.

Tumores do ESTROMA ou do CORDÃO
SEXUAL → fibroma, tecoma e androblastoma (Leydig-Sertolli).

76
Q

O que é o struma ovarii?

A

É um tumor ovariano produtor de hormônio tireoidiano.

77
Q

O que é o Tumor de Krukenberg e qual é o seu achado histológico esperado?

A

É um tumor gástrico com metástase ovariana, que apresenta à histologia CÉLULAS EM ANEL DE SINETE!

📌também pode ter origem na MAMA

78
Q

Cite os principais fatores de risco e de proteção para o câncer de ovário

A

Fator de risco

  • HF (principal)
  • idade
  • mutação BRCA
  • tabagismo
  • ovulação (menacme longo)
  • nuligesta (gestação é período de descanso)
  • uso de indutores de ovulação

Fator de proteção

  • anovulação (amamentação, gestação, ACO)
  • laqueadura, salpingectomia e histerectomia (epitélios que originam os tumores)
79
Q

Quais são os aspectos indicativos de malignidade na avaliação de massas ovarianas ao US?

A

Nódulo sólido irregular

Doppler com baixa resistência / alto fluxo

Septações espessas ou papilas

Tamanho > 8cm

Antes ou após menacme

Ascite associada

80
Q

Qual é o tratamento do câncer de ovário?

A

MASSA SUSPEITA = LAPAROTOMIA (lavado peritoneal + inventário cavidade + excisão completa + biópsia por congelamento)

Malignidade confirmada: múltiplas ressecções

📌 pacientes em idade fértil 1A e não sendo G3 » considerar salpingooforectomia unilateral

QT adjuvante para todas, exceto 1A ou 1B não sendo G3

81
Q

Quando devemos investigar sangramentos vaginais pós menopausa?

A

TODO o sangramento pós menopausa deve ser investigado com US!

Endométrio ≥ 4 mm sem TRH ou > 8 com TRH = BIÓPSIA ENDOMETRIAL

HISTEROSCOPIA: padrão-ouro

📌 outras opções: Pipelle, curetagem uterina ou aspirado endometrial

82
Q

Qual é a conduta diante de uma hiperplasia endometrial?

A

Hiperplasia SEM atipias:

  • DIU-levonorgestrel ou progestágeno VO em baixa dose
  • repetir biópsia em 6 meses:

. progressão = histerectomia
. manutenção = aumentar dose
. regressão = manter dose

Hiperplasia COM atipias:

  • HISTERECTOMIA

📌pode tentar DIU-levonorgestrel ou progestágeno VO em altas doses por 6 meses em casos de desejo reprodutivo ou na ausência de condições cirúrgicas

83
Q

Diferencie o câncer de endométrio tipo I do tipo II:

A

TIPO l:

  • mais comum
  • carcinoma endometrioide
  • exposição ao estrogênio -> hiperplasia
  • diferenciados, melhor prognóstico
  • mutação de PTEN

TIPO II:

  • mais raro
  • subtipos serosos, células claras e carcinossarcoma
  • associado à atrofia
  • indiferenciados, pior prognóstico
  • mutação de p53
84
Q

Qual é o padrão ouro no diagnóstico da vaginose bacteriana?

A

O padrão ouro é o Escore de Nugent, que considera a coloração com Gram da Gardnerella.

Entretanto, o mais utilizado são os Critérios de Amsel (necessários pelo menos três):

  • corrimento branco-acinzentado homogêneo
  • pH > 4,5
  • clue cells no exame a fresco
  • teste de whiff / aminas positivo
85
Q

Tratamento da vaginose bacteriana vs. da tricomoníase

A

Ambos são feitos com METRONIDAZOL, mas o uso tópico só pode ser feito na vaginose!

VAGINOSE:

  • Metronidazol 500 mg VO 12/12h 7 dias
  • Metronidazol gel 1x à noite, 5 dias

TRICOMONÍASE:

  • Metronidazol 500 mg VO 12/12h 7 dias
  • Metronidazol 400 mg 5 cps dose única (total 2 g)

‼️na tricomoníase devemos tratar o parceiro com o mesmo esquema

86
Q

Como é o tratamento da candidíase não complicada vs da complicada?

A

NÃO COMPLICADA:

  • Miconazol tópico 7 dias
  • Nistatina tópico 14 dias
  • Fluconazol 150 mg VO dose única
  • Itraconazol 100 mg, 2 cps, 12/12h, 1 dia

COMPLICADA:
📌 sintomas intensos, episódios recorrentes, candida não albicans, diabetes, HIV

  • Fluconazol 150 mg VO dias 1, 4 e 7 + manutenção 1x/semana, por 6 meses
87
Q

Qual é a clínica e o tratamento da vaginite inflamatória descamativa?

A

É uma forma rara de vaginite purulenta CRÔNICA, de etiologia desconhecida.

Microscopia

  • polimorfonucleares e células parabasais
  • ausência de Lactobacillus

O tratamento é feito com Clindamicina creme vaginal ou hidrocortisona intravaginal

88
Q

Quais são as características da vaginose citolítica e o tratamento de escolha?

A

A vaginose citolitica ocorre por proliferação excessiva de Lactobacillus, com redução do pH vaginal e citólise.

É o principal diagnóstico diferencial da CANDIDÍASE, cursando com corrimento esbranquiçado e prurido.

Microscopia:

  • restos celulares / núcleos desnudos (citólise)

O tratamento é com duchas vaginais com bicarbonato de sódio para alcalinizar o pH.

89
Q

Como é feito o diagnóstico de doença inflamatória pélvica?

A

3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado:

MAIORES:

  • dor hipogástrica
  • dor à mobilização do colo
  • dor à palpação de anexos

MENORES:

  • febre
  • corrimento
  • massa pélvica
  • leucocitose / elevação de PCR
  • confirmação de infecção por clamídia ou gonococo

ELABORADOS:

  • biópsia com endometrite
  • imagem de abscesso tubo ovariano ou de fundo de saco de Douglas
  • laparoscopia com sinais de DIP
90
Q

O que é o sinal da roda dentada à USTV e o que ele representa?

A

O sinal da roda dentada indica dilatação tubária, como na piossalpinge ou hidrossalpinge na DIP

91
Q

O que é a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis e seu achado característico?

A

Aderências peri-hepáticas por complicação da DIP.

📌também chamadas de aderências em corda de violino

92
Q

Classificação de Monif da doença inflamatória pélvica aguda

A

Estágio I

  • sem sinais de peritonite
  • tratamento ambulatorial

Estágio II

  • peritonite
  • tratamento clínico hospitalar

Estágio III

  • abscesso integro
  • tratamento clínico hospitalar

Estágio IV

  • abscesso roto
  • tratamento cirúrgico
93
Q

Qual é o esquema de tratamento antimicrobiano da DIP em ambiente ambulatorial e hospitalar?

A

AMBULATORIAL:

  • Ceftriaxona 500mg IM dose única
  • Doxicilina 100mg VO 12/12h 14 dias
  • Metronidazol 500mg VO 12/12h 14 dias

HOSPITALAR:

  • preferencial: ceftriaxona 1g EV MID + doxicilina 100mg VO BID + metronidazol 400mg EV BID por 14 dias
  • segunda linha: Clinda + Genta EV por 14 dias

📌o antibiótico EV deve ser suspenso 24h após fim dos sintomas, continuando por VO até 14 dias

94
Q

Quando e como devemos tratar as parcerias de pacientes com o diagnóstico de DIP?

A

TODOS os parceiros de até 2 MESES anteriores ao diagnóstico, sintomáticos ou não, devem ser tratados com dose única

  • Ceftriaxona 500 mg, IM +
  • Azitromicina 1 g, VO
95
Q

Um paciente com 22 anos comparece à unidade básica de saúde, sem apoio de exames laboratoriais, referindo corrimento uretral discreto, amarelado e com odor forte, acompanhado de prurido uretral e disúria há 3 dias.

Se os sintomas persistirem após 7 dias do tratamento antibiótico, cite qual agente etiológico deve ser tratado.

A

Diante de um diagnóstico de URETRITE, os principais agentes etiológicos são a Neisseria gonorrheae e a Chlamydia trachomatis, sendo o tratamento com:

  • Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única +
  • Azitromicina 1g, VO, dose única

Caso o paciente submetido à abordagem sindrômica persista com os sintomas após 7 dias de tratamento, deve-se tratar infecção pelo Trichomonas vaginalis:

  • Metronidazol 500mg, 12/12h, 7 dias.

Se após essa terapia o paciente persiste com sintomas por 14 dias, está indicado o encaminhamento para um centro de referência.

📌 a uretrite é agravo de notificação compulsória

96
Q

Quais são as úlceras genitais sem dor e quais são dolorosas?

A

Lesão Sem Dor

  • Linfogranuloma
  • Sífilis
  • Donovanose

Lesão dolorosa

  • Cancro mole
  • Herpes
97
Q

Qual é o agente etiológico, quadro clínico e tratamento do cancro mole?

A

O cancro mole é causado pelo Haemophilus Ducreyi, bacilo Gram-negativo que apresenta-se em correntes tipo “cardume de peixes”, “vias férreas” ou “impressões digitais”.

A clínica é de úlceras irregulares de fundo necrótico, amarelado, com odor fétido, DOLOROSAS e múltiplas.

📌autoinoculação causa aspecto “em espelho” ou “em beijo”

Pode apresentar linfadenopatia inguinal (bulbão), com fistulização em orifício ÚNICO.

Tratamento:

  • Azitromicina 1 g, VO, dose única

📌 tratar parcerias sexuais com mesmo esquema

98
Q

Qual é o agente etiológico, quadro clínico e tratamento do linfogranuloma venéreo?

A

O linfogranuloma venéreo é causado pela Clamidia trachomatis L1, L2 e L3

Apresenta-se clinicamente como:

  • inoculação: úlcera indolor, que desaparece sem deixar sequela
  • disseminação linfática: adenopatia com fistulização em “bico de regador”
  • sequelas: obstrução linfática crônica -> elefantíase genital (estiomene)

Tratamento:

  • Doxiciclina 100mg VO, 12/12h, por 21 dias

📌2ª opção: Azitromicina 1 g, VO, 1 vez por semana durante 3 semanas

99
Q

Qual é o agente etiológico, quadro clínico e tratamento da donovanose?

A

A donovanose é causada pela Klebsiella granulomatis

Apresenta-se como uma úlcera única indolor, que não cicatriza e se aprofunda progressivamente.

📌simula apresentação clínica do CÂNCER DE VULVA!

‼️ Lembrar que Donovadose dá nas Dobras

À biópsia, observam-se corpúsculos de Donovan.

Tratamento:

  • Azitromicina 1g VO 1 vez por semana, durante 3 semanas ou até a cicatrização das lesões.

📌opções: Doxiciclina, ciprofloxacina e sulfametoxazol-trimetoprima

100
Q

Como é feito o tratamento da herpes genital (primeiro episódio, recidiva e profilaxia)?

A

1º episódio = 7 a 10 dias de tratamento

  • Aciclovir 400mg 8/8h
  • Aciclovir 200 mg 5x/dia (pula a dose da madrugada)

Recidiva = 5 dias de tratamento

  • Aciclovir 400mg 8/8h
  • Aciclovir 800mg, 12/12h

6 ou mais episódios/ano = profilaxia

  • Aciclovir 400mg, 12/12h, por 6 meses até 2 anos
101
Q

Como é feita a abordagem sindrômica das úlceras genitais na APS?

A

1) IST é causa provável?

  • < 30 anos
  • múltiplas parcerias sexuais
  • história prévia/presença de outras ISTs
  • uso irregular de preservativo

2) Há lesões vesiculosas?

  • SIM: herpes genital
  • NÃO: próxima etapa

3) Lesões tem mais de 4 semanas?

  • SIM: investigar linfogranuloma e donovanose e realizar BIÓPSIA
  • NÃO: tratar sífilis e cancro mole

📌 Referenciar se sinais e sintomas persistirem após 14 dias

102
Q

Paciente de 19 anos, não teve coitarca, apresenta úlcera na face interna de pequeno lábio, com lesão semelhante no pequeno lábio contralateral (“úlceras que se beijam”). Ambas as lesões são dolorosas, profundas, com bordas delimitadas e fundo recoberto por exsudado acinzentado.

A paciente afirma que teve por alguns dias antes do quadro febre, mal-estar e aftas bucais.

Qual é o diagnóstico?

A

ÚLCERA DE LIPSCHUTZ

É a úlcera genital não relacionada com atividade sexual, de diagnóstico clínico:

  • 1º episódio de ulceração genital aguda
  • < 20 anos
  • uma ou múltiplas úlceras profundas, dolorosas, com base necrótica em pequenos ou grandes lábios em padrão de “beijo”;

‼️parece cancro mole

  • ausência de história sexual ou de contato sexual últimos 3 meses.

Costuma manifestar-se após infecção viral, principalmente INFLUENZA e MONONUCLEOSE.

O tratamento é de SUPORTE, cicatrizando espontaneamente.

103
Q

Quais são situações que podem causar um resultado de VDRL falso positivo?

A

Lúpus, SAF e outras colagenoses

Hepatite crônica

Usuários de drogas ilícitas injetáveis

Hanseníase

Malária

Gravidez

104
Q

V ou F: a neurossífilis é, essencialmente, uma manifestação clínica da sífilis terciária

A

FALSO!

Apesar de a sífilis terciária ser a maior representante dos sintomas neurológicos, na sífilis secundária podemos ter UVEÍTE e NEUROSSÍFILIS MENINGOVASCULAR, com sintomas de meningite e alterações de pares cranianos.

Aproveitando para relembrar as manifestações da sífilis terciária:

  • Gomas sifilíticas
  • AVC
  • Demência
  • Tabes dorsalis (ataxia locomotora)

📌o tratamento da neurossífilis deve ser feito com Benzilpenicilina potássica/cristalina EV por 14 dias

105
Q

O que é o fenômeno prozona?

A

É o resultado NÃO REAGENTE de uma amostra que contém anticorpos não treponêmicos, devido à testagem sem diluição ou em baixas diluições.

106
Q

Como deve ser feita a investigação diante da suspeita clínica de sífilis?

A

1) TESTE RÁPIDO (treponêmico)

  • resultado positivo indica que já teve contato com sífilis
  • solicitar teste não treponêmico

2) VDRL

  • positivo = sífilis ou cicatriz sorológica
    📌avaliar titulação e histórico de tratamento prévio
  • negativo: solicitar outro teste não treponêmico
    📌diante de 2 negativos, infere-se que o teste rápido foi falso positivo

Algo a mais:

A investigação das parcerias deve ser feita com teste rápido:

  • negativo: tratar com dose única‼️
  • positivo: tratar conforme estágio clínico
107
Q

Um evento que pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina.
Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas.
Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade, sem que o tratamento precise ser descontinuado.

É conhecido como:

A

REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER

‼️lembrar que NÃO suspende o tratamento

108
Q

Qual é o intervalo máximo tolerado entre doses de penicilina no tratamento da sífilis tardia ou de duração desconhecida?

A

NÃO GESTANTES: 14 dias

GESTANTES: 7 dias, sem tolerância para atrasos

📌se ultrapassados, o tratamento deve ser reiniciado

109
Q

Quais são os grupos elegíveis para a vacina de HPV pelo SUS?

A

Meninos e meninas de 9-14 anos: dose única

Imunossuprimidos de 9-45 anos: 3 doses (0, 2, 6)

Vítimas de violência sexual:

  • 9 a 14 anos: 2 doses (0, 6)
  • 15 a 45 anos: 3 doses (0, 2, 6)

Portadores de papilomatose respiratória recorrente (PRR)

📌 Estratégia de resgate em < 20 anos:

  • pacientes não vacinados
  • início na região Norte (menor cobertura vacinal e maior mortalidade por câncer de colo)

‼️lembrando que a vacina disponível é a quadrivalente (sorotipos 16, 18, 6 e 11)

110
Q

Quais são as indicações e principais situações especiais no rastreio do câncer de colo uterino?

A

Pacientes sexualmente ativas de 25-64 anos

📌 em paciente com apenas relações homoafetivas, rastrear se houver história de penetração, mesmo que com objetos sexuais

SITUAÇÕES ESPECIAIS:

  • Gestantes:

• rastrear normalmente, mas só faz biópsia na suspeita de INVASÃO! se não, reavaliar 90 dias pós parto

  • Histerectomizadas:

rastrear se histerectomia PARCIAL ou histerectomia total por doença MALIGNA
• interromper rastreamento se histerectomia total por doença benigna

  • HIV:

• iniciar rastreamento na sexarca
semestral até 2 negativos, após, anual
📌CD4 < 200 = semestral sempre
qualquer alteração indica colposcopia

‼️ATUALIZAÇÃO 2024: TESTE MOLECULAR PARA HPV
-> foi incluído pelo Ministério da Saúde, podendo estender o intervalo de rastreamento para até 5 anos

111
Q

Cite 3 fatores que podem prejudicar a coleta adequada do citopatológico:

A

1) Atrofia:

  • nesse caso, indica-se terapia estrogênica tópica por 21 dias, seguida de nova coleta

2) Período menstrual

3) Uso de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais nas últimas 48 horas

📌algo a mais: a citologia em meio líquido é preferencial pois diminui artefatos de fixação e permite que a mesma amostra seja utilizada para pesquisa de HPV-DNA

112
Q

Qual é a conduta frente a cada um dos resultados de papanicolau possíveis: LSIL, ASCUS, ASCH, AGC e HSIL?

A
  1. LIEBG/LSIL (baixo grau)
  • < 25a: repetir em 3 anos
  • > = 25a: repetir em 6 meses
  1. ASCUS (atipia indeterminada)
  • < 25a: repetir em 3 anos
  • 25-29a: repetir em 1 ano
  • > = 30a: repetir em 6 meses
  1. ASCH (atipia, não podendo descartar lesão de alto grau)
  • colposcopia
  1. AGC/AGUS (atipia glandular)
  • colposcopia + avaliação do canal (escovado ou curetagem endocervical)

📌> 35 anos ou com SUA: histeroscopia para avaliação endometrial

  1. LIEAG/HSIL (alto grau)
  • colposcopia

‼️casos especiais que vão DIRETO para colposcopia:
AOl (origem indefinida)
• qualquer alteração em HIV+
• aspecto macroscópico suspeito ao exame especular

113
Q

Quais são os critérios à colposcopia para se realizar o see & treat?

A

Conduta “ver e tratar” = exérese da zona de transformação antes de biópsia dirigida

INDICAÇÕES:

  • HSIL na citologia
  • > 25 anos
  • colposcopia com JEC totalmente visível (tipo 1 ou 2)
  • achado maior
    📌epitélio acetobranco denso, mosaico grosseiro
  • sem achados suspeitos de invasão
    📌vasos atípicos, lesão exofítica, necrose, ulceração
114
Q

Qual é a conduta frente os possíveis achados histológicos na biópsia do colo uterino: NIC 1, NIC 2 e NIC 3?

A

NIC1:

  • acompanhamento semestral por 2 anos
  • se manutenção: crioterapia/cauterização

NIC2/NIC3 (carcinoma in situ):

  • exérese da zona de transformação:

•tipo 1: 1cm

•tipo 2: 1,5cm

tipo 3: cone
📌escolha diante da suspeita de invasão, não vê limite da lesão, JEC não visível

‼️No caso de MARGENS COMPROMETIDAS após EZT:

  • comprometidas por NIC1: citologia semestral entre 6 e 12 meses e, depois, anual por 5 anos
  • comprometidas por NIC2/NIC3: citologia + colposcopia semestrais por 2 anos e, depois, citologia anual por 5 anos
115
Q

👹 estadiamento e conduta no câncer de colo uterino

A

0: in situ

I: restrito ao colo (3524)

  • la1: < 3mm
  • la2: 3-5mm
  • Ib1: 5mm-2cm
  • Ib2: 2cm-4cm
  • Ib3: >4cm

II:

  • lla: ⅓ superior da vagina
  • Ilb: invade paramétrio
    ‼️já não é mais cirúrgico‼️

III:

  • llla: ⅓ inferior da vagina
  • Illb: parede pélvica ou hidronefrose
  • Illc: linfonodos
    📌c1 pélvico / c2 para aórtico

• IV:

  • IVa: bexiga e reto
  • IVb: metástase à distância

TRATAMENTO:

  • cone: estádio 0 (in situ)
  • histerectomia tipo 1: estádio la1 (< 3mm)
  • histerectomia tipo 2 + linfadenectomia pélvica: estádio la2 (até 5mm)
  • histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs = radical): a partir de Ib1 (> 5mm)
  • quimiorradio: a partir de lIb (paramétrio)
116
Q

Qual é o estádio do câncer de colo uterino que determina intratabilidade cirúrgica?

A

IIB: invasão de PARAMÉTRIOS!

Nesses casos, está indicada a QUIMIORRADIOTERAPIA

📌 cisplatina = quimioterápico de escolha para radiossensibilização na radioterapia externa

117
Q

Características diferenciais entre HSIL vulvar e DNIV

A

HSIL vulvar

  • lesão intraepitelial de alto grau ou neoplasia intraepitelial vulvar usual
  • associada ao HPV
  • mais frequente
  • jovens (30-40 anos)
  • multifocal, confluente e multicentrica
  • BAIXO potencial de evolução para carcinoma

DNIV

  • neoplasia intraepitelial diferenciada vulvar
  • associada ao líquen escleroso
  • menos frequente
  • idosas (60-70 anos)
  • unifocal e unilateral
  • ALTO potencial de evolução para carcinoma
118
Q

Mulher, 44 anos, apresenta lesão esbranquiçada em vulva, associada à prurido. Ao exame físico, nota-se apagamento dos pequenos lábios com lesão branca simétrica em formato de 8 e alteração da textura da pele (pele apergaminhada).

Qual é a hipótese diagnóstica?

A

LÍQUEN ESCLEROSO!

📌lembrar do apagamento de pequenos lábios e da lesão simétrica em formato de 8

Como há risco de desenvolvimento de NIV, a biópsia é considerada boa prática (mas não é obrigatória).

O tratamento é feito com CORTICOIDE TÓPICO DE ALTA POTÊNCIA

119
Q

Adolescente, 12a, refere menstruações com ciclos regulares com fluxo aumentado, desde a menarca há 1 ano. Antecedentes Pessoais: nega procedimentos cirúrgicos.

Qual é a conduta?

A

INVESTIGAR COAGULOPATIAS, sendo a principal a doença de Von Willebrand

Na adolescência, a principal causa de SUA é a anovulação por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, mas, nesses casos, temos ciclos irregulares!

Como a paciente apresenta ciclos REGULARES, a hipótese recai sobre as coaguloparias, sendo a PTI a mais frequente, seguida pela doença de Von Willebrand.

120
Q

Que significa o achado de “coilocitose” ao citopatológico de colo uterino?

A

Coilocitose indica a presença de células grandes balonadas com fragmentos de
núcleo na periferia e é sinônimo de INFECÇÃO PELO HPV

121
Q

Indicações de rastreamento do câncer de mama segundo o Ministério da Saúde e FEBRASGO

A

MS: Mamografia bienal de 50-69 anos

FEBRASGO: Mamografia anual de 40-74 anos

📌populações de alto risco:

  • Mutação BRCA1 e BRCA2
    • ANUAL com mamografia a partir de 30 anos e RNM a partir de 25 anos
  • Risco ≥ 20% (lifetime risk)
    • ANUAL, iniciado 10 anos antes da idade do familiar mais jovem no diagnóstico de câncer de mama
  • Irradiação prévia do tórax entre 10 e 30 anos
    • ANUAL, iniciado 8 anos após o término da radioterapia
122
Q

Quando estão indicadas as medidas profiláticas para o câncer de mama (quimioprofilaxia e cirurgia redutora de risco)?

A

QUIMIOPROFILAXIA:

  • radioterapia torácica antes de 30 anos
  • carcinoma lobular in situ ou hiperplasia atípica
  • lifetime risk > 20%

📌Pré-menopausa: tamoxifeno
📌Pós-menopausa: exemestano ou anastrozol

CIRURGIA REDUTORA DE RISCO:

  • mutação BRCA1/BRCA2

📌 Salpingo-ooforectomia bilateral

123
Q

Classificação BIRADS e conduta em cada classe:

A

BI-RADS 0: inconclusivo
📌complementar com outros exames

  • nódulo: USG
  • assimetria: MMG com compressão
  • microcalcificações: MMG com amplificação

BI-RADS 1: sem alterações
📌manter rastreamento de rotina

BI-RADS 2: achado benigno
📌manter rastreamento de rotina

BI-RADS 3: achado provavelmente benigno
📌repetir com 6 meses

BI-RADS 4: achado suspeito
📌biópsia

  • nódulo: CORE biopsy/agulha grossa
  • microcalcificações: biópsia a vácuo/mamotomia

BI-RADS 5: achado altamente suspeito
📌biópsia

  • nódulo espiculado
  • calcificações finas, lineares, ramificadas em distribuição segmentar

BI-RADS 6: malignidade confirmada

124
Q

Qual é o tipo de neoplasia invasora da mama mais comum?

A

Carcinoma DUCTAL invasivo sem outra especificação (SOE)

125
Q

Qual é o estádio clínico do carcinoma inflamatório da mama?

A

É sempre T4D, com características altamente invasoras!

📌clinicamente, apresenta-se com acometimento da pele (eritema, edema, calor e peau d’orange - “pele em casca de laranja”)

“MASTITE QUE NÃO MELHORA COM ATB”

126
Q

Caracterize os 3 principais grupos de câncer de mama segundo a imunohistoquímica e a terapia direcionada para cada um deles:

A

Luminal (70%):

  • ESTROGÊNIO e/ou PROGESTERONA positivo
  • HER2 negativo
  • conduta: TAMOXIFENO ou letrozol

📌 luminal A: Ki67 < 14%
📌 luminal B: Ki67 ≥ 14%
📌 luminal híbrido: HER2 positivo

HER2+ (15%):

  • receptores hormonais negativos
  • HER2 positivo
  • conduta: TRASTUZUMABE ou pertuzumabe

Basal-símile ou triplo negativo (15%):

  • receptores hormonais negativos
  • HER2 negativo
  • CK5/6 e/ou EGFR+
  • conduta: QUIMIOTERAPIA
127
Q

Quais são as contraindicações à setorectomia no tratamento do câncer de mama?

A

1) Doença multicêntrica

2) Tumor > 20% do tamanho da mama

3) Microcalcificações extensas e difusas

4) Margens persistentemente positivas

5) Contraindicações à radioterapia:

  • HP de radioterapia no tórax
  • gravidez

‼️lembrando que a setorectomia SEMPRE é seguida de radioterapia

📌 LINFONODO POSITIVO NÃO CONTRAINDICA SETORECTOMIA!! apenas acrescenta neoadjuvância/linfadenectomia axilar

128
Q

Quais são as principais técnicas cirúrgicas radicais do tratamento do câncer de mama?

A

Halsted: tira 2 peitorais (RALdical)

Patey: tira peitoral menor (P pequeno)

Madden: não tira peitoral (Mantém)

129
Q

O que é a síndrome de Mondor?

A

Tromboflebite superficial das veias da mama

Manifesta-se com cordão palpável, espesso e doloroso, sendo autolimitada (4-8 semanas)

📌cd: analgesia simples!

130
Q

Qual é o principal fator de risco associado ao abscesso subareolar crônico recidivante?

A

TABAGISMO!

131
Q

Quais são as principais patologias associadas às descargas papilares dos seguintes aspectos:

  • Multicolorido
  • Leitoso
  • Amarelo-esverdeado
  • Sanguinolento
  • Cristalino ou “água de rocha”
  • Purulento
A

Multicolorido: alteração funcional benigna da mama

Leitoso: galactorreia

Amarelo-esverdeado: ectasia ductal

Sanguinolento: papiloma intraductal (mais comum!!) e câncer de mama

Cristalino ou “água de rocha”: câncer de mama

Purulento: infecções/mastites

132
Q

Diferencie o eczema areolar da doença de Paget

A

ECZEMA AREOLAR

  • bilateral
  • pruriginosa
  • melhora c/ corticoide tópico

DOENÇA DE PAGET

  • unilateral
  • pouco prurido
  • destruição do complexo areolopapilar
  • não responde ao corticoide
    📌2 semanas de teste » biópsia
133
Q

Ao realizar uma colposcopia, observa-se uma área de leucoplasia.

A embrocação desta área com lugol, mostrará Schiller ___________ e iodo _____________.

A

Schiller POSITIVO e iodo NEGATIVO

134
Q

Quais são as estruturas responsáveis pela suspensão e sustentação do útero?

A

SUSPENSÃO = LIGAMENTOS

  • anterior: pubovesicouterino
  • laterAL: paramétrio/cardinAL
  • posterior: uterossacro

‼️LIGAMENTO REDONDO NÃO‼️

SUSTENTAÇÃO = MÚSCULOS

  • diafragma urogenital:
    • TRANSVERSOS superficial e profundo do períneo
    • ESFÍNCTERES anal e uretral externo
    • CAVERNOSOS (isquiocavernoso e bulbocavernoso)
  • diafragma pELvico: ELevador do ânus + isquiococcígeo

📌OBS: eLevador do ânus = iLiococcígeo + pubococcígeo + puborretal

135
Q

POPQ (significado de cada letra e estadiamento):

A

Aa Ba: anterior » VR: -3

Ap Bp: posterior » VR: -3

C: colo/cúpula

D: Douglas (só tem se tiver colo uterino -> omitido após histerectomias)

CVT: comprimento vaginal total

CP: corpo perineal

ESTADIAMENTO:

1) < -1
2) -1 até +1
3) > +1
4) >= CVT -2

📌tudo que é “negativo” é “para dentro” da vagina; e tudo que é “positivo” é “para fora”, sendo o ponto 0 o hímen

136
Q

Quais são as técnicas utilizadas no tratamento dos prolapsos de órgãos pélvicos? Quando cada uma está indicada?

A

O primeiro ponto é que só tratamos prolapsos SINTOMÁTICOS! Não há indicação de tratar mulheres assintomáticas.

1) PESSÁRIO para pacientes sem condições cirúrgicas ou que não desejam a cirurgia

2) COLPOCLEISE ou LEFORT:

  • cirurgia obliterativa
  • vantagens: menor morbidade
  • NÃO fazemos em pacientes sexualmente ativas

3) COLPOPERINEOPLASTIAS

  • anterior
  • posterior

4) COMPARTIMENTO APICAL

  • histeropexia ou colpopexia
  • histerectomia vaginal para pacientes sem desejo reprodutivo

5) CIRURGIA DE MANCHESTER

  • indicada para alongamento hipertrófico do colo uterino
    📌diferença entre pontos C e D > 4cm
  • amputação parcial do colo + fixação nos ligamento cardinais
137
Q

Como diferenciar as 2 etiologias de incontinência urinária de esforço pela urodinâmica?

A

Deficiência do esfincter (fator intrínseco): pressão de perda < 60 cmH2O
📌aqui, preferimos o sling retropúbico (TVT)

Hipermobilidade da uretra: pressão de perda > 90 cmH2O

138
Q

Qual é o tratamento inicial para a incontinência urinária de esforço?

Vamos aproveitar também para rever as 3 técnicas cirúrgicas disponíveis :)

A

O tratamento INICAL e de PRIMEIRA LINHA consiste em medidas de estilo de vida, principalmente perda de peso e fisioterapia pélvica.

Não existe tratamento medicamentoso para IUE, mas podemos associar o estrogênio vaginal tópico se houver SGM.

TÉCNICAS CIRÚRGICAS:

1) Sling RETROPÚBICO (TVT)

  • pelo risco de lesão Vesical, devemos sempre fazer CISTOSCOPIA

📌tVt lesão Vesical

  • indicado para pacientes JOVENS e para defeito de esfíncter (< 60 cmH2O)

2) Sling TRANSOBTURATÓRIO (TOT)

3) Cirurgia de BURCH

  • fixação da fáscia pubovesical ao ligamento de Cooper/femoral
  • em desuso

📌se houver incontinência MISTA, tratamos sempre o componente de urgência primeiro.

139
Q

Qual é o tratamento inicial para a incontinência urinária de urgência?

Vamos também aproveitar para rever as principais classes de medicamentos utilizados no manejo :)

A

O tratamento INICAL e de PRIMEIRA LINHA consiste em medidas de estilo de vida, principalmente treinamento vesical e fisioterapia pélvica.

‼️as provas gostam de cobrar: DIMINUIR ALIMENTOS CÍTRICOS

MEDICAMENTOS:

1) Agonistas B3

  • primeira escolha
  • mecanismo: relaxamento do detrusor
  • exemplo: mirabegrona
  • ❌NÃO recomendado na HAS grave

2) Anticolinérgicos

  • mecanismo: inibição da contração do detrusor
  • exemplos: oxibutinina, tolterodina, darifenacina
  • muitos efeitos adversos: taquicardia, constipação, boca e olhos secos, tontura
  • ❌CONTRAINDICADOS em glaucoma de ângulo FECHADO, arritmias cardíacas e idosos (risco de demência)

Outros:

  • toxina botulínica
  • neuromodulação sacral
  • imipramina (tricíclico)
  • estrogênio tópico

📌se houver incontinência MISTA, tratamos sempre o componente de urgência primeiro.