REUMATO Flashcards

1
Q

Classifique as seguintes artrites de acordo com a epidemiologia:

  • Artrite reumatoide
  • Espondilite anquilosante
  • Artrite idiopática juvenil
  • Gota
  • Osteoartrite
A

Artrite reumatoide: mulher 35-55a
Espondilite anquilosante: homem jovem
Artrite idiopática juvenil: até 16a
Gota: homem >40a
Osteoartrite: idosos, obesos, risco ocupacional

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2
Q

Qual é a principal causa de óbito em pacientes com artrite reumatoide?

A

PEGADINHA!

A principal causa de óbito também é doenças cardiovasculares, como na população em geral.

Inclusive, a inflamação crônica acelera a progressão dessas condições, piorando o prognóstico cardiovascular

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3
Q

Descreva as principais alterações ao exame físico da artrite reumatoide

A

Desvio ulnar
Dedo em pescoço de cisne (hiperextensão IFP e flexão IFD)
Dedo em boutonnière/abotoadura/casa de botão (flexão IFP + hiperextensão
IFD)
Mão em dorso de camelo
Dedo em martelo (flexão IFD)

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4
Q

Paciente portadora de artrite reumatoide inicia quadro de perda de força nos 4 membros, com sinais de hiperreflexia e retenção urinária (acometimento esfincteriano).

Qual é o diagnóstico?

A

Subluxação atlantoaxial (C1-C2)

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5
Q

Principais manifestações extra-articulares da artrite reumatoide

A

Mnemônico “PEguei NOJO DE VASCA”

PEricardite
NÓdulos subcutâneos
Jogren
DErrame pleural
VASculites
CAplan (AR + pneumoconioses)

📍+ Síndrome de Felty: AR + esplenomegalia + neutropenia

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6
Q

Anticorpos na artrite reumatoide e suas características

A

Fator Reumatoide: mais sensível
Anti-CCP: mais específico

📍NÃO são obrigatórios para o diagnóstico

📍ambos têm correlação com PIOR PROGNÓSTICO quanto maiores os títulos

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7
Q

Tratamento da artrite reumatoide

A

Sintomático/crises: AINEs ou corticoide em doses baixas

DARMDs:
- 1ª linha = METOTREXATE
‼️CUIDADO: hepatotoxicidade/carência ácido fólico
- Sulfassalazina, leflunomida
- Antimaláricos (cloroquina, hidroxicloroquina) -> pior resposta na AR
- Imunobiológicos (anti-TNF alfa/anti-CD20)
‼️CUIDADO: reativação TB/hepatite B

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8
Q

Diferencie as artrites de acordo com seu padrão de acometimento:

  • Artrite reumatoide
  • Espondilite anquilosante
  • Artrite idiopática juvenil
  • Gota
  • Artrite séptica
  • Artrite gonocócica
  • Osteoartrite
A
  • Artrite reumatoide:
    > simétrica
    > periférica (poupa IFD)
    > aditiva
  • Espondilite anquilosante:
    > axial ascendente
  • Artrite idiopática juvenil:
    > oligoarticular (até 4): mais comum
    > poliarticular (< 4)
  • Gota:
    > monoartrite aguda
    > 1ª metatarsofalangeana (podagra)
  • Artrite séptica
    > monoartrite aguda
    > joelho (+ comum), quadril, tornozelo, punho
  • Artrite gonocócica
    > padrão bifásico:
    1º poliartrite migratória
    2º monoartrite
  • Osteoartrite:
    > joelho, quadril, coluna e mãos (pega IFD)
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9
Q

Principais manifestações extra-articulares da espondilite anquilosante

A

1) UVEÍTE ANTERIOR
2) Insuficiência aórtica

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10
Q

Tratamento espondilite anquilosante

A

ATENÇÃO! Primeira linha é não farmacológica com fisioterapia

AINEs

Refratários: imunobiológicos

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11
Q

Diferencie as 3 apresentações clinicas da Artrite Idiopática Juvenil

A

📍AIJ = < 16 anos com artrite há > 6 semanas

OLIGOARTICULAR:
- mais comum
- até 4 articulações
- predomínio no sexo feminino até 4 anos
- FR negativo

POLIARTICULAR:
- clínica semelhante à AR
- > 4 articulações
- FR pode ser positivo

SISTÊMICA (DOENÇA DE STILL):
- rash salmão-róseo
- linfonodomegalia
- hepatoesplenomegalia

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12
Q

Principal manifestação extra-articular da AIJ

A

UVEÍTE ANTERIOR

📍guarda relação com títulos de FAN

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13
Q

Complicação hematológica grave da doença de Still

A

SÍNDROME DE ATIVAÇÃO MACROFÁGICA
- penias
- elevação de transaminases e ferritina
- queda do fibrinogênio e VHS

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14
Q

Quais são as espondiloartrites soronegativas relacionadas ao HLA-B27?

A

Espondilite anquilosante
Artrite reativa
Artrite psoriásica

📍as três cursam com ENTESITE

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15
Q

Principais achados ao exame físico na artrite psoriática

A

DACTILITE (dedos em salsicha)
Alterações ungueais (pitting, onicólise)
Exantema eritematodescamativo

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16
Q

Descreva a tríade da SÍNDROME DE REITER

A

Artrite + uretrite não gonocócica + conjuntivite não purulenta

📍outros achados da artrite reativa são: úlceras orais, balanite circinada, ceratoderma blenorrágico e uveíte anterior.

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17
Q

Principais microrganismos responsáveis por causar artrite reativa

A

Trato gastrointestinal: Salmonella, Shigella, Campylobacter

Trato urogenital: Clamídia

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18
Q

Diferencie a artrite estafilocócica da gonocócica

A

ESTAFILOCÓCICA:
- crianças, idosos, imunossuprimidos e usuários de drogas injetáveis
- monoartrite de grandes articulações
- conduta: oxacilina/vancomicina

GONOCÓCICA:
- jovens sexualmente ativos
- padrão bifásico: começa MIGRATÓRIA
- associação com dermatite pustulosa
- conduta: ceftriaxona/ciprofloxacino

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19
Q

Achados radiológicos da artrite reumatoide x osteoartrite

A

AR: sinovite crônica com deformidades importantes

Osteoartrite: esclerose subcondral, redução do espaço articular e osteófitos

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20
Q

Diferencie nódulos de Heberden e Bouchard

A

HeberDen: Distais
Bouchard: Broximais

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21
Q

Paciente do sexo masculino, 50 anos, hipertenso e diabético, em uso de Hidroclorotiazida e Metformina, com controle inadequado. Relata dor e edema em 1° pododáctilo há 1 dia. História de libação alcoólica e exagero alimentar em churrasco neste final de semana. Qual é a conduta inicial?

A

ARTROCENTESE DIAGNÓSTICA

Mesmo sendo um quadro típico de gota, sempre pedimos a análise do líquido sinovial para monoartrites agudas devido ao diagnóstico diferencial com artrite séptica!

Nesse caso o achado que corrobora a hipótese seria de CRISTAIS COM FORTE BIRREFRINGÊNCIA NEGATIVA, de urato monossódico

A dosagem de ÁCIDO ÚRICO >7 também é importante, mas não é obrigatória, ele pode estar NORMAL mesmo em crise.

📍esse paciente se beneficiaria da substituição da hidroclorotiazida por losartana

22
Q

Cite 3 medicações que aumentam a chance de crises de gota

A

Tiazídicos
Diuréticos de alça (furosemida)
AAS

23
Q

Diante de cristais com fraca birrefringência positiva à artrocentese, qual é a principal hipótese diagnóstica?

A

CONDROCALCINOSE, ou PSEUDOGOTA, provocada por cristais de pirofosfato de cálcio

📍gota = forte birrefringência negativa, cristais de monourato de sódio

24
Q

Tratamento da gota

A

1) crise aguda:
- AINE (indometacina)
- colchicina
- corticoide oral

2) profilaxia contra novas crises:
- COLCHICINA em dose baixa (mantém até queda da uricemia)

3) redução hiperuricemia:
- inibidor da síntese: alopurinol
- uricosúrico: probenecide

📍não é proibido introduzir o alopurinol em crise, mas deve-se garantir boa ação antiinflamatória primeiro

25
Q

Qual é o tratamento de primeira linha na artrite psoriásica?

A

METOTREXATO

26
Q

Classifique o líquido sinovial quanto às suas características bioquímicas e de celularidade

A

NORMAL:
• claro
• 0-200 células
• < 10% PMN

NÃO INFLAMATÓRIO:
• claro/discretamente turvo
200-2.000 células
< 20% PMN

INFLAMATÓRIO
• discretamente turvo
2.000-50.000 células
20-75% PMN

INFECCIOSO
• turvo/purulento
50.000-100.000 células
> 75% PMN

📍nos casos de artrite séptica espera-se, ainda, redução da glicose e aumento da proteína

27
Q

Resumo dos autoanticorpos presentes no LES e suas particularidades

A

FAN:
• mais sensível (rastreamento)

Anti-DNA dupla hélice:
nefrite lúpica
• segundo mais específico
• relação com atividade da doença

Anti-histona:
• lúpus fármaco induzido (mas também é comum no idiopático)
📌HIstona HIdralazina

Anti-Sm:
mais específico
📌é lúpus SiM

Anti-RNP:
• doença mista do tecido conjuntivo

Anti-La (SS-B):
• Sjogren
• NÃO dá nefrite

Anti-Ro (SS-A):
• Sjogren
• lúpus neonatal (BAVT congênito)
📌NATAL RORORO
• fotossensibilidade / lúpus cutâneo
subagudo

Anti-P:
Psicose lúpica

Anti-membrana:
• penias e encefalite

Antifosfolipídios (SAAF):
• anticoagulante lúpico
• anti-B2 glicoproteína 1
• anticardiolipina

28
Q

Quais são os critérios diagnósticos para lúpus?

A

OBRIGATÓRIO: FAN positivo a partir de 1:80

Manifestações: 10 ou mais pontos

febre >38,3°C

• pele/mucosa:
- alopécia s/ cicatriz ou
- úlcera oral indolor ou
- lúpus cutâneo subagudo / discóide ou
- rash malar

artrite (pelo menos 2 articulações)

• serosa:
- derrame pleural/pericárdico
- pericardite aguda

• penias:
- leucopenia < 4000
- plaquetopenia < 100.000
- anemia hemolítica autoimune com coombs direto positivo
📌anemia de doença crônica não é critério!!

• rim:
- proteinúria >0,5g
- biópsia: nefrite lúpica
📌3 ou 4 já pontuam 10 pontos, fazendo o diagnóstico direto

• neuropsiquiátrico:
- delirium
- psicose
- convulsão

anticorpo antifosfolipídio

consumo de C3/C4

• anticorpo específico: anti-DNA ou
anti-Sm

29
Q

Qual é a clinica do LES fármaco induzido e as principais drogas relacionadas ao seu aparecimento?

A

Apresenta FAN em altos títulos + anti-histona positivo

Geralmente tem quadro clínico LEVE, poupando rim e SNC

Drogas:
procainamida (maior risco)
hidralazina (mais comum)
• isoniazida
• fenitoína

A conduta é apenas a suspensão do fármaco, sem necessidade de antimaláricos

30
Q

Quais são os tipos de acometimento renal presentes no lúpus?

A

I: mesangial mínima

II: mesangial proliferativa

III: proliferativa focal
• nefrítica

IV: proliferativa difusa
• mais comum
• mais grave
• evolução para GNRP

V: membranosa
• nefrótica pura
📌SÓ proteinúria

VI: esclerosante avançada

31
Q

Qual é o tratamento de escolha no lúpus?

A

Manutenção:
• protetor solar
• cessar tabagismo
hidroxicloroquina / cloroquina
📌lesão de retina = acompanhamento oftalmológico

Crises:
• leve: AINES/corticóide baixa dose
• graves (rim e SNC): corticoide alta dose + imunossupressão (micofenolato/ciclofosfamida)

32
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAAF) e qual é o seu tratamento de escolha?

A

Para o diagnóstico é necessário uma manifestação clínica e uma laboratorial:

Clínica:
trombose arterial/venosa
morbidade gestacional
– 3 perdas < 10 semanas
– 1 perda > 10 semanas
– 1 prematuro morfologicamente normal < 34 semanas

Laboratório:
anticardiolipina ou
anti B2 glicoproteína 1 ou
anticoagulante lúpico
📌positivo em 2 medidas com intervalo de 12 semanas entre elas!

Tratamento:
Varfarina (marevan)
📌em caso de gestantes, utiliza-se heparina em dose profilática + AAS

33
Q

Principais diferenças entre as formas localizada, cutânea difusa e cutânea limitada na esclerose sistêmica (esclerodermia)

A

Localizada:
• acomete SÓ pele
• morfeia, esclerodermia linear, lesão em golpe de sabre, etc.

Cutânea difusa:
• acomete TODAS as regiões da pele
fibrose pulmonar (antitopoisomerase)
crise renal esclerodérmica (anti-RNA polimerase III)
anti-SCL 70
» padrão nucleolar
📌pensar que 70% é uma porcentagem alta, então é difuso

Cutânea limitada:
• acomete regiões PERIFÉRICAS da pele
hipertensão pulmonar
síndrome CREST:
Calcinose
Raynaud
Esofagopatia
Sclerodactilia
Teleangiectasias
anticentrômero
» padrão centrométrico
📌“anti centro da pele”

34
Q

Qual é a principal etiologia do fenômeno de Raynaud?

A

A forma mais comum é a doença de Raynaud primária, mas a causa secundária mais comum é a esclerodermia

35
Q

Principais manifestações clínicas, diferenças e métodos diagnósticos utilizados na polimiosite e dermatomiosite

A

A patogênese de ambas consiste em uma inflamação da musculatura ESQUELÉTICA

A principal manifestação clínica é a fraqueza muscular proximal simétrica, poupando musculatura facial e ocular.

Pode haver doença intersticial pulmonar associada a anti-Jo 1 positivo

‼️ As principais diferenças são que, ao contrário da poliomiosite, a dermatomiosite tem acometimento cutâneo e risco elevado de neoplasias

📌 Pápulas de gottron: pápulas violáceas sobre articulações
📌 Heliotropo: erupção violácea da pálpebra superior

Exames complementares:
- elevação de CPK
- eletroneuromiografia: padrão miopático
- biópsia muscular para confirmação

OBS: dermatomiosite juvenil
- < 16 anos
- muita calcinose
- baixo risco de neoplasia

OBS: miosite por corpúsculos de inclusão
- homens >50a
- fraqueza distal assimétrica
- baixa resposta corticoide

36
Q

V ou F: as medicações mais utilizadas no manejo das exacerbações graves da esclerose sistêmica são os corticoides em dose alta

A

FALSO!

NÃOOOOO faz corticoide na esclerodermia pelo risco de precipitar uma crise renal esclerodérmica

37
Q

Qual é a classe de medicações de escolha para o tratamento da crise renal esclerodérmica?

A

iECA

(geralmente questões colocam Captopril)

38
Q

Qual é a clinica da polimialgia reumática e a qual droga ela apresenta uma resposta importante no tratamento?

A

A principal manifestação clínica é a DOR e RIGIDEZ em cinturas escapular e pélvica
📌não é FRAQUEZA, como na polimiosite

Possui forte associação com arterite de células gigantes

Exames complementares não tem alteração, diferentemente da polimiosite!
📌biópsia muscular, eletroneuromiografia e CPK normais

Apresenta resposta importante ao corticoide

39
Q

Como é feito o diagnóstico da febre reumática de acordo com os critérios de Jones?

A

OBRIGATÓRIO: evidência de infecção recente pelo Streptococcus pyogenes
(ASLO ou anti-DNase B; ou cultura de orofaringe positiva).

Além disso, de acordo com os critérios de Jones, deve haver 2 ACHADOS MAIORES OU 1 MAIOR + 2 MENORES:

  • MAIORES: artrite, cardite, coréia de Sydenham, eritema marginado ou nódulos subcutâneos;

📌ARTRITE é o sintoma MAIS COMUM

📌NÓDULOS indicam PIOR PROGNÓSTICO

  • MENORES: artralgia, alargamento do iPR, febre ou aumento de PCR/VHS.

‼️ a febre reumática só ocorre após FARINGITE (e não piodermites).

40
Q

Como deve ser feita a profilaxia secundária de febre reumática?

A

Penicilina benzatina IM a cada 21 dias.

A duração do uso varia de acordo com a presença de lesões cardíacas:

  • SEM cardite → até 21 anos ou 5 anos após o último surto
  • cardite LEVE → até 25 anos ou 10 anos após o último surto
  • lesão valvar MODERADA a GRAVE → até 40 anos ou para sempre
  • cirurgia valvar → para sempre

📌se alergia à penicilina = sulfadiazina

41
Q

Quais são as vasculites relacionadas ao ANCA?

A

C-ANCA (antígeno antiproteinase 3) » WEGENER (poliangeíte granulomatosa)

P-ANCA (antígeno antimieloperoxidase) » CHURG STRAUSS, poliangeíte microscópica

📌todas as 3 são de pequenos vasos e têm comportamento pauci-imune à imunofluorescência

42
Q

Classifique as vasculites quanto ao calibre dos vasos acometidos por elas:

A

GRANDE calibre: mulher que claudica

  • arterite temporal/células gigantes
  • arterite de Takayasu

MÉDIO calibre: homem com aneurisma

  • doença de Kawasaki
  • doença de Buerger/tromboangeíte obliterante
  • poliarterite nodosa (PAN)

PEQUENO calibre:

  • poliangeíte microscópica
  • Churg-Strauss
  • Wegener
  • Henoch-Schonlein
  • Crioglobulinemia

Calibre VARIÁVEL: Behçet

43
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da arterite de células gigantes?

A

Epidemiologia

  • sexo feminino
  • > 50 anos

Clínica

  • cefaleia
  • espessamento visível e palpável da artéria temporal
  • hipersensibilidade do escalpo por necrose do couro cabeludo
  • claudicação de mandíbula
  • 50% tem polimialgia reumática associada
    📌DOR + RIGIDEZ matinal em cinturas escapular e pélvica
  • amaurose por oclusão de vasos oftálmicos
  • AVEi

Laboratório

  • VHS >100
  • não possui anticorpo específico

Diagnóstico

  • biópsia de artéria temporal
    📌5-15% de falso negativo

Tratamento

  • prednisona » RESPOSTA IMPORTANTE!!
    📌doses altas: 40-60mg
  • pode tratar ANTES da biópsia, pois continua positiva por 14 dias :)
  • AAS para evitar complicações » amaurose e AVEi
44
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da arterite de Takayasu?

A

Epidemiologia

  • sexo feminino
  • < 40 anos

Clínica

  • claudicação de MMSS
    📌takayaSUbclávia
  • sopro carotídeo, subclávia e aorta
  • pulsos e pressões assimétricos em mmss
  • HAS renovascular

Tratamento

  • prednisona dose alta + metotrexato
  • angioplastia » SÓ APÓS REMISSÃO
45
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da doença de Buerger?

A

Também chamada de TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE, é uma vasculite de MÉDIO CALIBRE que acomete HOMENS TABAGISTAS.

Clínica

  • necrose de extremidades
  • fenômeno de Raynaud
  • tromboflebite migratória
  • NÃO altera pulsos proximais, só distais

📌À angiografia apresenta padrão tipo “saca rolhas/vasos espiralados” e em “contas de rosário

Tratamento: cessar tabagismo‼️

46
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da poliarterite nodosa?

A

A PAN é uma vasculite de MÉDIO CALIBRE que acomete mais HOMENS de 40-60 anos.

📌possui correlação com HEPATITE B

Clínica

  • aneurisma de artéria renal:
    HAS renovascular
    • azotemia
  • angina mesentérica
  • angina testicular
  • mononeurite múltipla (“angina do nervo”)
  • livedo reticular

‼️A PAN POUPA PULMÃO‼️

Tratamento

  • prednisona + ciclofosfamida
47
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da poliangeíte microscópica?

A

É uma vasculite de PEQUENOS VASOS, relacionada ao p-ANCA (antimieloperoxidase)

A clínica é semelhante à PAN, mas com acometimento pulmonar (é uma das causas de síndrome pulmão rim):

  • capilarite pulmonar -> hemoptise
  • glomerulonefrite: GEFS com crescentes

Tratamento

  • prednisona + ciclofosfamida
48
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da poliangeíte granulomatosa eosinofílica?

A

Também conhecida como Churg-Strauss, é uma vasculite de PEQUENOS VASOS, relacionada ao p-ANCA (antimieloperoxidase).

Clínica

  • asma refratária
  • infiltrado pulmonar migratório
    📌biópsia: granulomas eosinofílicos
  • eosinofilia >1000
  • mononeurite múltipla
  • síndrome pulmão rim: GEFS leve
  • gastroenterite e miocardite eosinofílicas

Tratamento

  • prednisona + ciclofosfamida
49
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da poliangeíte com granulomatose?

A

Também conhecida como Wegener, é uma vasculite de PEQUENOS VASOS, relacionada ao c-ANCA (antiproteinase 3).

Clínica

  • sinusite + rinorreia purulenta
  • perfuração em via aérea superior
  • nariz em sela
  • síndrome pulmão rim:
    • hemoptise
    📌biópsia: granulomas necrosantes
    • GEFS com crescentes
  • exoftalmia

Tratamento

  • prednisona + ciclofosfamida
50
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da púrpura de Henoch-Schonlein?

A

Também chamada de VASCULITE POR IGA, é uma vasculite de PEQUENOS VASOS, que acomete principalmente < 20 anos e pode ser precedida por IVAS ou vacinação.

Clínica (tétrade):

1) púrpura palpável com PLAQUETAS NORMAIS

2) artrite não deformante
📌schonLein Lambe a articulação, não morde

3) dor abdominal

4) glomerulopatia por IgA (Berger)

  • outras:
    • invaginação intestinal ileo sobre íleo
    📌SEMPRE solicitar USG abdominal
    • orquiepididimite
    • hemorragia conjuntival
    • manifestações neuropsiquiátricas (cefaleia, convulsão, coma)

‼️biópsia: leucocitoclástica

Tratamento

  • suporte
  • corticóide se complicações
51
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da vasculite crioglobulinêmica?

A

‼️ MAIS IMPORTANTE: Crio hepatite C Cai Complemento e não responde ao Corticoide

Manifesta-se com púrpura desencadeada por estresse, além de poliartralgia, glomerulonefrite branda e neuropatia periférica.

O tratamento é com IMUNOSSUPRESSOR e PLASMAFÉRESE

52
Q

Qual é a epidemiologia, manifestações clínicas e tratamento da doença de Behçet?

A

É uma vasculite de CALIBRE VARIÁVEL, relacionada ao ASCA que acomete pacientes JOVENS (25-35 anos).

Clínica

  • patergia (hipersensibilidade cutânea):
    • acne “pseudofoliculite”
    • úlceras orais
  • acometimento ocular:
    • hipópio: leucócitos em câmara anterior do olho
    • uveíte anterior/pan uveíte
    • neovascularização
  • úlceras genitais
  • aneurismas pulmonares: hemoptise
  • meningite asséptica

Tratamento

  • prednisona + ciclofosfamida