Transplantação Flashcards
Quais as células da medula óssea mais resistentes a quimio e radioterapia?
Células dendríticas
No contexto da imunologia, falamos em transplantação de que tipo?
Alogénica: de órgãos, tecidos ou células de um organismo para outro.
A autóloga, por ser dum organismo para ele próprio, não implica rejeição.
Quando se fazem transplantes autólogos?
Recuperação hematopoiética - após tratamento muito agressivo para células
Quais os mecanismos imunológicos do recetor contra o órgão transplantado?
Resposta universal contra antigénios (fagocitose e anticorpos); Resposta T (depende da apresentação antigénica pelo MHC)
Quais os fatores benéficos da espécie e os “azares” da transplantação?
SORTE DA ESPÉCIE:
- Polimorfismo genético dos loci dos MHC;
- Universalidade da resposta imunitária B;
- Restrição das células T ao MHC;
AZAR DA TRANSPLANTAÇÃO:
- Alta percentagem cél. T aloreativas;
- Universalidade da resposta imunitária B;
- Polimorfismo dos loci dos MHC;
HLA
Genes no cromossoma 6 que codificam MHC:
- MHC I: HLA A,B e C;
- MHC II: HLA DR, DQ e DP;
MHC liga-se aos TCR e apresenta antigénio => marca self
Triângulo da compatibilização
Necessário para que transplantação seja possível:
- Células B;
- Células T;
- MHC
A transplantação é um ato natural?
NÃO
É contranatura - a diversidade que temos intraespécie é sinal disso
Que tipos de transplantação podemos fazer?
Células;
Tecidos;
Órgãos;
Qual a origem dos tecidos e órgãos?
Dador cadáver (+ frequente): - Em morte cerebral; - Em assistolia Dador vivo (muito frequente para:) - Rim; - Fígado; - Osso; - Membrana amniótica
Qual a origem das células?
Auto enxerto => células do próprio (ex: transplantação medula óssea);
Alo enxerto => células de outros indíviduos da mesma espécie:
- Dadores familiares:
a) Irmãos (compatibilidade entre 0 e 100% = gémeos homozigóticos);
b) Haploidênticos (pais ou filhos, com aproximadamente 50% do genoma igual ao do recetor)
- Dadores não familiares:
a) Registo de dadores de células do sangue periférico;
b) Bancos de sangue do cordão (células estaminais do cordão e células da placenta)
No caso de alo enxerto em que o dador é um gémeo homozigótico, é necessário terapêutica imunosupressora na mesma?
SIM:
- Apesar de ser menor, é necessário imunosupressão na mesma, devido a alterações epigenéticas
Quais são as principais dificuldades encontradas na transplantação de órgãos?
São dificuldades de ordem imunobiológica, visto que muito cedo a técnica cirúrgica deixou de ser um obstáculo
Quem foram os pais da cirurgia vascular aplicada à transplantação?
Jaboulay e Carrel
Quando foi feita a primeira transplantação com sucesso?
Em 1954, Merril realizou a 1ª transplantação renal em 2 gémeos. O sucesso deste transplante apontou para o facto dos fatores genéticos serem a barreira à alotransplantação
Formas de aloreconhecimento
- Direto => no órgão linfoide secundário, os linfócitos T do recetor reconhecem Ags do daor apresentados por MHC do dador, presente nas APC do dador;
- Indireto => cél. T do recetor reconhecem Ags do dador, através do MHC do recetor, presente nas APC do recetor;
- Semidireto (+ recente) => cél. T do recetor reconhece Ag do dador através do MHC do dador, presente nas APC do recetor
- 1.- A transferência do MHC ocorre por fagocitose e degradação das células do dador pelas APC do recetor: estas reexpressam MHC do dador à superfície (não se sabe porquê)
Consequências da ativação da célula T helper
- Expansão clonal e diferenciação de células de memória => resposta anamnéstica a um 2º estímulo;
- Ativação de células T citotóxicas aloespecíficas => rejeição celular;
- Diferenciação de células B com especificada para os aloepitopos => Reações transfusionais, rejeição humoral
Causas de alossensibilização
Transfusão (reações cruzadas);
Transplantação anterior (cada vez + comum);
Gerstalçao (Ags anti-feto => reações cruzadas);
Reações cruzadas;
Consequências imunológicas da alossenbilização
a) Rejeição hiperaguda;
b) Rejeição aguda;
c) Rejeição crónica;
Células citotóxicas específicas para os aloantigénios;
Anticorpos específicos para aloantigénios;
Memória imunológica;
Rejeição hiperaguda
Em horas ou dias;
Pode ser autolimitada;
Por falha cirúrgica ou resposta imune a anticorpos anti dador;
Há agressão endotelial + isquemia;
Hoje em dia já não se justificam => há testes para prever este tipo de rejeição, através da medição dos Acs anti-HLA;
Rejeição aguda
Até 100 dias;
Há sempre ativação de células do sistema imune adaptativo;
Passa maioritariamente por ativação da inflamação:
- Há libertação de citocinas proinflamatórias, ativação de células endoteliais e aumento da expressão de HLA => isto leva ao ALORECONHECIMENTO
Além da ativação antigénica, há libertação de macrógafos ou células T herlper => muitas vezes acontece por isquemia e não por mecanismos imunes;
Rejeição crónica
É a principal causa de perda de órgãos;
Fenómeno caracterizado por arterioesclerose dos vasos do enxerto juntamente com fibrose tubular e atrofia;
Há secreção de quimiocinas e quimiotaxia, que levam ao recrutamento de macrófagos e células inflamatórias, com consequente libertação de citocinas (IL-6, TNF) que levam à INFLAMAÇÃO CRÓNICA;
Causas podem ser:
a) Imunológicas:
- Inflamação secundária a tempo de isquemia;
- Episódios de crise de rejeição aguda;
- Presença de alo anticorpos após transplantação;
- Inflamação por infeção CMV;
b) Não imunológicas:
- Citotoxicidade secundária à terapêutica imunosupressora inadequada
Técnicas para estudo da alossensibilização
Para evitar retransplantes; Três principais: permitem estudar e classificar anticorpos anti HLA específicos - Microlinfotoxicidade; - Citometria de fluxo; - ELISA;
Microlinfotoxicidade
Técnica para estudo da alossensibilização;
Serve para perceber se existem Acs no recetor que reconheçam Ags das células do dador;
Placa com 96 poços:
- Cada poço tem células com HLA de um painel standard de dadores;
- A cada poço juntamos soro do recetor => para anticorpos anti HLA do recetor se ligarem às células do dador;
- Juntamos moléculas do complemento => vão revelar reação através da hemólise nos poços onde se formam IMUNOCOMPLEXOS;