Avaliação da Resposta Imune na Prática Clínica Flashcards

1
Q

O que é um imunoensaio?

A

Ensaio que deteta ou quantifica uma substância específica numa amostra biológica, usando o princípio da reação antigénio-anticorpo.

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2
Q

Qual é o objetivo do imunoensaio?

A

Estudar o sistema imune:
º Células do sistema imune;
º Proteínas do complemento;
º Avaliar resposta imune.

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3
Q

Como se avalia a resposta imune?

A

Através da presença de Acs:
º Acs contra Ags;
º IgEs (alergia);
º AutoAcs (doença autoimune).

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4
Q

O que são anticorpos policlonais?

A

Formação de clones de Acs para diferentes Ags.
Acs reconhecem diferentes epitopos no antigénio exposto.
São pouco úteis, por serem pouco específicos.

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5
Q

O que são anticorpos monoclonais?

A

Apenas 1 Ac para cada Ag.

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6
Q

Como se obtêm anticorpos monoclonais?

A

1º. Inoculação de um murganho com um determinado Ag.

2º. Retiram-se plasmócitos e faz-se a fusão destes com células do mieloma (confere IMORTALIDADE).

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7
Q

Qual a característica que permite que os imunocomplexos precipitem?

A

Elevado peso molecular.

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8
Q

Quais as técnicas baseadas em reacções de precipitação?

A
Dupla Difusão;
Imunodifusão radial (IDR);
Imunoeletroforese contracorrente;
Imunoeletroforese;
Imunoeletroforese rocket;
Imunofixação.
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9
Q

Em que consiste a imunodifusão radial (IDR)?

A

Técnica manual, que faz avaliação QUANTITATIVA dos anticorpos.
Avalia a presença de antigénios e a sua concentração.
1.- O antigénio é depositado nos poços de um gel que contém o anticorpo, e vai difundir em todas as direções.
2.- Na zona de equivalência Atg-Atc, o complexo imune precipita num anel concêntrico.
3.- Comparando com amostras de concentração conhecida é possível fazer uma avaliação quantitativa da concentração de Ag na amostra.
º Através da curva padrão, relaciona-se o tamanho dos halos de precipitação com a concentração de Ag.

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10
Q

Quais são as aplicações da IDR?

A

Quantificação de Igs, incluindo as subclasses de IgG.

Quantificação das proteínas do complemento e de outras proteínas séricas.

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11
Q

Quais as desvantagens da IDR?

A

Demora muito tempo, tem custos elevados.
Por causa disto, só é usada em ensaios onde não haja opção automática.
É usada em laboratório para quantificar proteínas que raramente são pedidas (C5-C9).

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12
Q

Como funcionam as reações de aglutinação?

A

São testes QUALITATIVOS.
Pressupõem a existência de Ags na superfície de eritrócitos e bactérias, que, se se ligarem a Acs, floculam ou aglutinam.
A aglutinação é visível a olho nu.
São testes rápidos, úteis em situações urgentes.

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13
Q

Quais são as moléculas envolvidas no processo de aglutinação?

A

Aglutininas - são anticorpos.
º IgM (pentamérica) - é aglutinina por excelência, por ter maior tamanho e maior capacidade de fixação do Ag.
º IgG - aglutinina pobre, exige condições ótimas de pH e temperatura para a reação.

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14
Q

Quais são as aplicações das reações de aglutinação?

A

Tipagem sanguínea (sistema AB0, sistema Rh).
Deteção de anticorpos antieritrocitários.
Identificação de agentes microbianos.
Deteção e titulação de anticorpos antiagente microbiano.

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15
Q

Métodos que avaliam a dispersão da luz

A

Automatizados.
- Avaliam interação entre imunocomplexo e radiação que o atravessa.
º Tamanho do imunocomplexo é ponto chave;
º Dispersão da luz será avaliada direta ou indiretamente.
Dois tipos:
a) Nefelometria - mede a intensidade da luz REFRATADA.
b) Turbidimetria - mede a intensidade da luz TRANSMITIDA.

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16
Q

Quais são as aplicações da nefelometria e da turbidimetria?

A
  • Doseamento de imunoglobulinas, respetivas cadeias leves e subclasses.
  • Doseamento de fatores do complemento (AH50, CH100).
  • Doseamento de proteínas de fase aguda:
    º PCR;
    º alfa-1-antitripsina;
    º ceruloplasmina;
    º haptoglobina;
    º fatores reumatoides;
    º TASO
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17
Q

Qual o objetivo dos métodos que utilizam marcadores/sondas?

A

Perceber se um determinado Ag/Ac está presente na amostra, utilizando depois um Ac com fluorocromo ou enzima que, ao ligar-se, causa mudança no meio.
Todos os ensaios de marcadores/sondas servem para RASTREIO.

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18
Q

Quais os diferentes métodos que utilizam marcadores/sondas?

A
  • Direto;
  • Indireto (+ utilizado);
  • Inibição ou Competitivo Indireto;
  • Competitivo (mede avidez da ligação);
  • Sandwich Simples;
  • Sandwich Dupla.
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19
Q

Em que consiste o EIA?

A

(Enzyme Immuno Assay)

  • Usa as propriedades catalíticas das enzimas.
  • Anticorpo com enzima = Ac-E
    1. - Ac-E liga-se a Ag.
    2. - Adiciona-se substrato da enzima.
    3. - Avalia-se:
    1. 1.- Diminuição do substrato;
    2. 2.- Aumento do produto de degradação.
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20
Q

Quais as enzimas utilizadas no EIA?

A

Fosfatase alcalina;
Peroxidase de rábano (HRP);
G6P desidrogenase;
Beta-galactosidase.

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21
Q

Qual a variante do EIA mais usada?

A

ELISA - Enzyme Lynked Immunosorbent Assay.

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22
Q

Quais as aplicações do EIA?

A

Doseamento de Igs, cadeias leves e subclasses;
Doseamento de avaliação funcional de fatores do complemento;
Monitorização de serologias infecciosas;
Monitorização de imunização;
Doseamento de marcadores tumorais;
Doseamento de hormonas.

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23
Q

Qual o teste usado para ensaios de avaliação de produção de citocinas e perforinas?

A

ELISpot.

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24
Q

Em que consiste o FEIA?

A

(Fluorescente Enzyme ImmunoAssay)

- Semelhante ao ELISA, mas com emissão de fluorescência.

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25
Q

Quais são os quatro elementos do FEIA?

A
  • Ag em fase sólida;
  • Ac da amostra;
  • Ac com enzima conjugada;
  • Substrato fluorogénico.
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26
Q

Quais as aplicações do Fluoro Immuno Assay (FIA)?

A
  • FPIA:
    º Doseamento de hormonas tiroideias (T4);
  • FEIA:
    º Doseamento IgE total e IgEs específicas, IgGs e IgAs específicas;
    º Doseamento de proteína catiónica eosinofílica e triptase;
    º Anticorpos autoimunes;
  • ISAC:
    º Avaliação de IgEs específicas, IgAs e IgGs específicas.
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27
Q

Como se confirma uma infeção identificada em imuno ensaio de marcador/sonda?

A

Eletroforese em gel = Immuno Blot (Western Blot).

Permite confirmação diagnóstica após ELISA.

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28
Q

Em que consiste o Western Blot?

A

Deteta proteínas específicas.
Implica:
- Separação das proteínas num gel de policrilamida;
- Transferência (blotting) das proteínas do gel para uma membrana estável;
- Identificação da proteína com Ac específico.
Permite detetar proteínas em misturas complexas, através da deteção da ligação do anticorpo:
º Anticorpo marcado com radioisótopo ou complexo enzima-substrato.

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29
Q

Western Blot vs. ELISA

A

ELISA é mais sensível.
Western Blot é mais específico - permite confirmar diagnóstico.
Western Blot permite caraterizar algumas propriedades das proteínas, para além de fazer a sua quantificação.

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30
Q

Quais são as aplicações do Western Blot?

A

Ensaios confirmatórios:
º Reações de hipersensibilidade mediadas por IgE;
º Serologias infeciosas;
º Autoanticorpos.

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31
Q

Quais os tipos de ensaios de imunofluorescência?

A

2 tipos:

  • Direta
  • Indireta
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32
Q

Imunofluorescência Direta

A

(Não se usa na Imunologia) => Usado principalmente na Anatomia Patológica.

  • Ac específico marcado com fluorocromo.
  • É aplicado diretamente sobre o corte de tecido onde se quer identificar o Ag.
  • Vê-se a amostra ao microscópio de fluorescência.
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33
Q

Imunofluorescência Indireta (IFI)

A
  • Ac específico e um segundo Ac marcado com fluorocromo.
  • Coloca-se o soro do doente sobre um substrato adequado, que depende do Ac a pesquisar e da dispobilidade de Ag nos tecidos.
  • Adiciona-se antiglobulina humana (2º Ac), marcada com fluorescência.
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34
Q

Quais os fluorocromos mais utilizados?

A

FITC;
PE;
Rodamina B.

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35
Q

Quais as aplicações da IFI?

A

Deteção de autoanticorpos (screening de doenças autoimunes) - ANA, ANCA, ASMA, anti-TSH;
Deteção de Acs contra agentes infeciosos;

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36
Q

Como se avaliam os fatores do complemento através do imunoensaio?

A
Doseamento:
- Nefelometria / Turbidimetria (C3,C4);
- ELISA;
- IDR;
Estudos Funcionais:
- ELISA;
- IDR.
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37
Q

Porque se usam eritrócitos para estudar os fatores do complemento?

A

Estuda-se a atividade hemolítica, porque esta é vísivel a olho nu.

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38
Q

Como se estudam as serologias infecciosas?

A
Serologias virais e doenças congénitas:
- ELISA / EIA;
- Quimioluminescência;
- Imunfluorescência indireta (IFI);
Ensaios confirmatórios:
- Immunoblot;
- Biologia molecular.
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39
Q

Como se distingue uma infeção antiga de uma 1ª infeção?

A

Infeção recente / aguda => IgM aumentado

Infeção antiga / crónica => IgG aumentado

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40
Q

Se estiver perante IgM e IgG aumentados, o que está a acontecer?

A

a) Seroconversão;

b) Reinfeção (há aumento de IgM por causa das células de memória).

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41
Q

Se tiver IgM e IgG aumentados, como distingo uma 1ª infeção de uma reinfeção?

A

Através da avidez da ligação:

  • Avidez maior = infeção antiga;
  • Avidez mais baixa = primeira infeção.
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42
Q

Que ensaios uso para identificar a presença de autoanticorpos?

A
Screening:
- Imunofluorescência indireta (IFI);
Ensaios confirmatórios:
- Ensaios imunoenzimáticos;
- Immunoblot;
- Reações de precipitação;
- Ensaios Multiplex.
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43
Q

Qual o substrato usado nos IFI para avaliar anticorpos antinucleares (ANA)?

A

Células Hep2.

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44
Q

Na IFI, o que devemos também avaliar, para além do estado geral da célula?

A

Mitoses.

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45
Q

A partir de que título se considera o IFI como teste positivo?

A

1/160.

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46
Q

Quais os quatro padrões existentes no IFI?

A
  • Difuso / Homogéneo;
  • Mosqueado;
  • Centrómero;
  • Nucleolar.
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47
Q

Padrão Difuso ou Homogéneo

A
  • Inespecífico;
  • 2º padrão mais comum;
  • Acs contra componentes dos cromossomas (dsDNA, histonas e nucleossomas);
  • Mitoses positivas;
  • Cromatina com coloração intensa, uniforme.
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48
Q

Quais as patologias associadas ao padrão difuso?

A
  • Lúpus Eritematoso Sistémico (LES);

- Lúpus induzido por fármaco.

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49
Q

Padrão Mosqueado

A
  • Inespecífico;
  • Padrão mais comum;
  • Acs contra ENAs (Ags nucleares extraíveis) [antiRNP, antiSm, antiSSA, antiSSB);
  • Mitoses negativas;
  • Cromatina sem coloração.
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50
Q

Quais as patologias associadas ao padrão mosqueado?

A
  • LES (antiSm);
  • Mixed connective tissue disease (MCTD) [antiRNP];
  • Síndrome de Sjorgen (antiSSA, antiSSB).
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51
Q

Padrão Centrómero

A
  • Específico para CREST;
  • Acs dirigidos contra centrómeros;
  • Mitoses positivas;
  • Pequenos pontos fluorescentes no núcleo, agrupados ao longo do eixo mitótico.
52
Q

Quais as patologias associadas ao padrão centrómero?

A
  • CREST (calcinose, fenómeno de Raynaud, dismotilidade esofágica, esclerodermia, telangiectasias);
  • Cirrose biliar primária.
53
Q

Padrão Nucleolar

A
  • Relativamente específico para ES Difusa;
  • Acs dirigidos contra os nucléolos;
  • Pode surgir associado a outros padrões;
  • Mitoses: a cromatina pode aparecer negativa, positiva, ou com alguns pontilhados.
  • OBRIGATÓRIO pesquisar Scl-70 (Ac antiDNAtopoisomerase I) e Ac antifibrilarina (esclerose sistémica).
54
Q

Quais as patologias associadas ao padrão nucleolar?

A
  • Esclerodermia;
  • Doenças autoimunes reumáticas;
  • Miosite.
55
Q

Como se avaliam as Igs e as proteínas de fase aguda?

A
Doseamento:
- Nefelometria / turbidimetria;
- ELISA;
- IDR;
- Eletroforese das proteínas séricas;
Estudo da monoclonalidade das Igs:
- Imunofixação;
- Imunoeletroforese;
- Eletroforese das proteínas séricas.
56
Q

Pré-albumina

A

Sintetizada no fígado;
Nem sempre aparece;
Transporta hormonas tiroideias e derivados da vitamina A.

57
Q

Quais as diferentes bandas de proteínas séricas?

A
(da esquerda para a direita):
[Pré albumina];
Albumina;
Alfa 1;
Alfa 2;
Beta;
Gama.
58
Q

Proteínas séricas

A

Macromoléculas, compostas por a.a. com ligações covalentes entre si.

59
Q

De que depende a separação eletroforética?

A

pH do meio;

força iónica da solução tampão.

60
Q

Níveis baixos de pré albumina sugerem…

A

Reações de fase aguda;
Má nutrição proteica;
Doença hepática.

61
Q

Qual a proteína mais abundante do soro?

A

Albumina.

62
Q

Onde é sintetizada a albumina?

A

No fígado.

63
Q

Qual a função da albumina?

A

Transporta várias substâncias.

Mantém pressão oncótica.

64
Q

O que sugere um aumento da albumina?

A

(Aumento é relativo, e raro)

- Desidratação.

65
Q

O que sugere uma diminuição da albumina?

A
  • Baixa produção hepática (má nutrição, doença hepática grave);
  • Aumenta da perda ou degradação (síndrome nefrótico - perda renal, queimadura - perda pela pele);
  • Inflamação crónica ou aguda;
  • Gravidez (aumenta volume sanguíneo);
  • Analbuminémia congénita.
66
Q

Bisalbuminémia

A

Duplo pico de albumina;
Pode ser congénita ou induzida por drogas;
Associada a pancreatites agudas.

67
Q

Qual a proteína que consitui cerca de 90% da região alfa 1?

A

Alfa 1 antitripsina.

68
Q

Quais são as restantes proteínas da região alfa 1?

A

Thyroid binding globulin;
Alfafetoproteína (AFP);
Alfa 1 glicoproteína ácida;
Alfa 1 lipoproteína (HDL).

69
Q

Onde são sintetizadas as proteínas da região alfa 1?

A

Fígado.

70
Q

A região alfa 1 engloba proteínas de fase aguda positivas ou negativas?

A

Positivas.

71
Q

O que leva a um aumento da região alfa 1?

A
Inflamação aguda e crónica;
Neoplasia (ex: aumento de AFP = hepatocarcinoma);
Pós trauma ou cirurgia;
Gravidez;
Estrogenoterapia.
72
Q

O que leva a uma redução da região alfa 1?

A

Deficiência em alfa 1 antitripsina (enfisema, cirrose hepática);
Doença hepática.

73
Q

Quais as proteínas que fazem parte da região alfa 2?

A

Haptoglobina;
Ceruloplasmina;
Alfa 2 macroglobulina.

74
Q

Onde são sintetizadas as proteínas da região alfa 2?

A

Fígado.

75
Q

Qual(is) a(s) proteína(s) responsáveis pelo metabolismo do cobre?

A

Haptoglobina;

Ceruloplasmina.

76
Q

Qual a proteína sérica de maior tamanho?

A

Alfa 2 macroglobulina.

77
Q

A região alfa 2 engloba proteínas de fase aguda positivas ou negativas?

A

Positivas.

78
Q

O que leva a um aumento da região alfa 2?

A
  • Proteínas de fase aguda ( ceruloplasmina e haptoglobina);

- Síndrome nefrótico (diminuição da albumina e aumento de alfa 2 macroglobulina).

79
Q

O que leva a diminuição da região alfa 2?

A
Diminuição da ceruloplasmina:
- Doença de Wilson
- Má nutrição
- Síndrome nefrótico
- Enteropatia com perda de proteína
Diminuição haptoglobina:
- Hepatopatias graves
- Anemia megaloblástica
- Hemólise intravascular
- Anemia hemolítica
80
Q

O que são os anéis de Kayser-Fleischer?

A

Aparecem na doença de Wilson, à volta da íris, devido à deposição de cobre.

81
Q

Quais as proteínas da região beta?

A
Beta1:
- transferrina;
- beta lipoproteínas;
- outros fatores do complemento;
Beta 2:
- C3;
IgA, IgM, IgG: também podem aparecer nesta região
82
Q

A região beta engloba proteínas de fase aguda positivas ou negativas?

A

Negativas.

83
Q

O que leva a um aumento da região beta?

A

º Aumento da transferrina: anemia ferropénica, gravidez e estrogenoterapia;
º Aumento das betalipoproteínas: hipercolesterolémia de tipo II, hipotiroidismo, cirrose biliar, síndrome nefrótico, alguns casos de DM;
º Aumento de C3: inflamação, hipertensão maligna, doença de Cushing, carcinomas.

84
Q

O que leva a diminuição da região beta?

A

º Diminuição da transferrina: inflamação aguda (diminui síntese hepática);
º Diminuição C3: deficiências genéticas.

85
Q

Quais as proteínas da região gama?

A

Igs: IgA, IgG, IgD, IgM e IgE.
Maioritariamente constituída por IgG.
PCR migra entre região beta e gama.

86
Q

O que traduz um aumento da região gama?

A
Síndromes linfoproliferativos;
Hiperimunização;
Infeções agudas;
Doença hepática crónica;
Doença inflamatória crónica;
Neoplasias disseminadas.
87
Q

O que traduz uma diminuição da região gama?

A

Idade;
Deficiência congénita ou adquirida;
Tratamento imunosupressor (HIV, transplantação).

88
Q

Quais os perfis existentes em eletroforese de proteínas séricas?

A
  • Perfil normal;
  • Hipogamaglobulinémia /agamaglobulinémia;
  • Pico policlonal (com diminuição Alb = não muito grave);
  • Pico monoclonal (diminuição relativa Alb = neoplasia);
  • Reação de fase aguda (aumento alfa 1 e 2, diminuição Alb como compensação rápida);
  • Inflamação crónica (aumento gama, parece pico policlonal, mas Alb mantém-se =).
89
Q

Imunoeletroforese

A

Praticamente substituída por imunofixação.

Feita no soro ou na urina.

90
Q

Na imunofixação há controlo?

A

Não. Prescinde-se do controlo.

91
Q

Quais as amostras possíveis para imunofixação?

A

Soro, urina, LCR.

92
Q

Como se faz imunofixação?

A
  1. Separação eletroforética da amostra;
  2. Aplicação de tira de acetato de celulose com antisoro embebido;
  3. Antisoro difunde-se no gel;
  4. Complexos Ac-Ag precipitam;
  5. Coloração dos complexos.
93
Q

Que tipos de gamapatia existem?

A

Hipogamaglobulinémias:
º Agamaglobulinémia (diminuição acentuada de todas as Igs);
º Hipogamaglobulinémia (diminuição de todas as Igs);
º Disgamaglobulinémia (deficiência seletiva).
Hipergamaglobulinémias:
º Monoclonal (elevação em pico, monoclonalidade da linhagem B, maligno);
º Policlonal (elevação em barriga, estados cirróticos);
º Oligoclonal.

94
Q

Quais os testes laboratoriais ideias para identificações de hipogamaglobulinémia?

A

Doseamento das Igs;
Eletroforese das proteínas;
Imunofixação.

95
Q

Nas hipergamaglobulinémias, é importante distinguir um pico monoclonal de um pico policlonal?

A

SIM.

Os picos monoclonais estão associados a processos clonais malignos (neoplasias).

96
Q

Exemplos de gamapatias monoclonais

A
Mieloma múltiplo;
Mieloma múltiplo assintomático;
Plasmocitoma solitário;
MGUS (pico monoclonal de origem indeterminada);
Macroglobulinémia de Waldenstrom;
Amiloidose;
Doença de cadeias pesadas;
Doenças linfoproliferativas B (linfomas, LLC).
97
Q

Quais os testes laboratoriais usados para detetar gamapatias monoclonais?

A
Eletroforese de proteínas séricas;
Imunofixação / Imunoeletroforese;
Doseamento de Igs;
Doseamento de cadeias leves integrais;
Doseamento de cadeias leves livres séricas.
98
Q

Doseamento de cadeias leves integrais

A

Determinado pela concentração de Igs intactas, normalmente IgA, IgG e IgM.

99
Q

Aumento das cadeias leves integrais

A

Proliferação poli ou monoclonal.

Gamapatia monoclonal implica alteração da razão kappa:lambda.

100
Q

Diminuição das cadeias leves integrais

A

Declínio de Igs intactas.

101
Q

Doseamento de cadeias leves livres (CLLs)

A

CLLs são filtradas no glomérulo e reabsorvidas nos túbulos renais;
CLLs kappa: monómeros, eliminadas 2-4 horas;
CLLs lambda: dímeros, 3-6 horas.

102
Q

Proteinúria de Bence Jones

A

Quando o aumento de CLLs excede a capacidade de reabsorção tubular, ou seja, há excreção de CLLs pela urina.

103
Q

O soro contém mais CLL kappa ou lambda?

A

Mais CLL lambda, porque a filtração kappa é três vezes mais rápida que a filtração lambda.

104
Q

Quantos sistemas tem a citometria de fluxo?

A

Três:

  • Sistema de fluidos;
  • Sistema óptico;
  • Sistema eletrónico.
105
Q

Quais os parâmetros avaliados pela citometria de fluxo?

A

> Side scatter - 90º, complexidade e granularidade;

> Forward scatter - 180º, tamanho e superfície.

106
Q

Quais os marcadores específicos das subpopulações linfocitárias?

A
Linf. T: CD3+ 
 - T Helper: CD3+ CD4+;
 - T citotóxica: CD3+ CD8+;
Linf. B: CD19+
Cél. NK: CD56+, CD16+, CD3-
107
Q

A citometria de fluxo traduz-se graficamente em…

A

Dot plots.

108
Q

Para que serve o valor absoluto da citometria de fluxo?

A

Prognóstico;

Terapêutica.

109
Q

Quais as aplicações clínicas da citometria de fluxo das subpopulações linfocitárias?

A
  • Estudo e caracterização de imunodeficiências;
  • VIH / SIDA;
  • Estudo e caracterização de doenças autoimunes;
  • Despiste de leucemias / linfomas.
110
Q

Como é a razão CD4/CD8 normal?

A

O normal é ter mais CD4.

Uma inversão desta razão é sinal de patologia.

111
Q

O que é avaliado num ensaio funcional?

A
Funções da resposta inata:
 - Fagocitose;
 - Metabolismo oxidativo;
 - Ativação de TLR;
 - Citotoxicidade NK;
 - Desgranulação de basófilos.
Funções da resposta adaptativa:
 - Proliferação em resposta a estímulos;
 - Produção de citocinas;
 - Citotoxicidade T.
112
Q

Como se faz um ensaio funcional da fagocitose?

A

Com E.coli opsonizada com Ig e complemento e marcadas com FITC.

113
Q

Qual é o estímulo necessário para a ativação do burst oxidativo dos neutrófilos?

A

PMA.

114
Q

Como se faz um ensaio funcional do metabolismo oxidativo?

A
    • Dá-se PMA para estimular neutrófilos.
    • Marca-se substrato DHR123 com corante encarnado.
    • Se houver oxidação, DHR123 passa a R123 e fica verde.
115
Q

Doença granulomatosa crónica

A
  • 70% dos casos de défice no metabolismo oxidativo.
  • Défice de NADPH oxidase.
  • Ligada ao X.
  • Mais raro: autossómica recessiva.
116
Q

Portadora sintomática

A

Menos sintomas, porque X normal compensa.

117
Q

O que leva a diminuição da fagocitose?

A
Defeitos no neutrófilo;
Alterações do complemento;
Diminuição das Igs;
Trauma;
DM;
Falha renal;
SIDA.
118
Q

O que leva a aumento da fagocitose?

A

Ação imunomoduladora:
º IL-2;
º Interferão gama;
º Ácido lático.

119
Q

O que leva a diminuição do metabolismo oxidativo?

A
  • Doença granulomatosa crónica (NADPH oxidase);
  • Transplantação;
  • SIDA;
  • Idade.
120
Q

Como se avalia a função linfocitária?

A

Isolamento de PBMCs (peripheral blood mononuclear cells) por gradiente de densidade;
Avaliação da proliferação celular (num citómetro de fluxo, com marcadores de proliferação).

121
Q

O que são ensaios Multiplex?

A

Permitem avaliação e doseamento de citocinas e outras moléculas.
Semelhante a 10 placas de ELISA num só teste, mas utiliza esferas para identificar moléculas.

122
Q

Quais as amostras dos Multiplex?

A

Soro / plasma;
Outros líquidos biológicos;
Sobrenadantes de culturas celulares.

123
Q

O que é a alossensibilização?

A

Existência de Acs contra Ags da própria espécie.

124
Q

Quando pode ser feito o estudo da alossensibilização?

A
  • PRA (panel reactive antibodies) pré transplantação;
  • Crossmatch na altura da transplantação;
  • PRA após transplantação ou estudo específico em crossmatch com células do dador previamente congeladas.
125
Q

O que significa existirem anticorpos anti-HLA?

A

Rejeição de um transplante.

126
Q

Entre 2 doentes, um mais alossensibilizado que outro, qual vamos escolher transplantar?

A

O mais alossensibilizado, porque tem menor probabilidade de voltar a encontrar compatibilidade.

127
Q

Como se faz o estudo crossmatch dador - recetor?

A
  • CDC;

- Citometria de fluxo.