Tosse Crônica Flashcards

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1
Q

Como classificar a tosse quanto ao tempo de duração? Exemplos…

A

Aguda: < 3 sem (alérgica)

Subaguda: 3-8 sem

Crônica: > 8 sem (gotejamento, asma, DRGE, IECA, TB, micoses…)

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Q

Qual o grau de infectividade e de patogenicidade da Tuberculose?

A

Alta infectividade e baixa patogenicidade

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3
Q

Agente da tuberculose, modo de transmissão e história natural, incluindo tipo de resposta imune envolvida?

A

Agente: Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) BAAR

Transmissão: aerossois - gotículas de flugge - núcleos de Wells 1 a 2 bacilos dentro (tosse, fala espirro)

Primoinfecção:

  • <3 sem: proliferação, disseminação linfo-hematogênica
  • 3-8 sem: imunidade celular específica (celulas T e IFN-gama), formação de granuloma caseoso com necrose caseosa (isola o bacilo em ambiente anaeróbio)

Nódulo de Gohn: granuloma visível no Rx

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4
Q

Quem é o paciente típico de TB primária, como está o Rx, linfonodos, transmissão e quem pode agravar?

A

Tuberculose primária

Adoecimento logo após o primeiro contato

Típico: crianças

Características:

  • Infiltrado persistente > 2sem, (pneumonia arrastada sem melhora com ATB)
  • Linfonodomegalia hilar unilateral
  • Paucibacilífera (não elimina bacilos, sem importância na cadeia de transmissão)

Forma miliar (micronodular): opacidades < 1-3 mm, disseminadas, em < 2a, não vacinados, imunossuprimidos

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5
Q

Quem é o paciente típico da TB pós-primária, como está o Rx, linfonodos, transmissão e como pode complicar?

A

Tuberculose pós-primária

<strong>Reinfecção </strong>(novo bacilo) ou <strong>reativação </strong>(estava latente e volta a se multiplicar, imunossupressão)

Típico: adolescente/adultos

Características:

  • Lesões cavitárias (bacilíferos, transmissores)
    • Lobo superior: seg apical (1) e posterior (2)
    • Lobo inferior: seg superior (6)

Complicações:

  • Fibrose
  • Bronquiectasias
  • Bola fúngica (Aspergillus), opacidade no interior da caverna (micetoma), hemoptise, purulencia
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6
Q

3 métodos que podem ser utilizados para realizar o diagnóstico de tuberculose?

A
  1. Critério clínico-epidemiológico
    1. Tosse > 3 semanas e/ou febre, sudorese noturna, perda de peso, inapetência
    2. Rx de tórax compatível
  2. Critério laboratorial (escarro, broncoscopia)
    1. Teste rápido molecular (TRM-TB) (escolha, S 90%)
    2. Baciloscopia (BAAR) + cultura
  3. Sistema de pontuação (<10 anos)
    1. Contato domiciliar últimos 2 anos (<u>10 pontos</u>)
    2. História, sintomas > 2 semanas (<u>15 pontos</u>)
    3. Imagem Rx alterado > 2 semanas (<u>15 pontos</u>)
    4. Latente, PPD > 10 mm (<u>10 pontos</u>)
    5. Desnutrição, peso < p10 (<u>5 pontos</u>)
      1. > 30 possível, já trata
      2. > 40 muito provável
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7
Q

Qual a diferença entre o teste rápido molecular para TB (TRM-TB) e a baciloscopia? Qual é preferível? Em quem sempre solicitar cultura?

A

TRM-TB

Preferência (material genético), avalia resistência a Rifampicina, sensibilidade > 90%

Baciloscopia (BAAR) + cultura para mycobacterium

Nem sempre é mycobacteria, não fornece perfil de sensibilidade a droga, sempre realizar duas amostras, sensibilidade 60%

Cultura sempre obrigatória se vulneráveis (indios, HIV…) pelo maior indice de resistência

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8
Q

Forma mais comum de TB extra-pulmonar em paciente não HIV, características, liquido pleural e melhor exame diagnóstico?

A

Tuberculose pleural

Características

Adulto jovem com febre + emagrecimento + dor torácica (pleurítica, piora com tosse)

Derrame:

  • Exsudato (aumento de proteinas)
  • Diminuição de glicose
  • Predomínio linfomonocitário (PMN no início)
  • ADA > 40U muito sugestivo
  • Sem células mesoteliais ou eosinófilos

Diagnóstico:

Biópsia pleural (P.O.)

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9
Q

Forma mais comum de TB extra-pulmonar no paciente com HIV?

A

Tuberculose ganglionar

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10
Q

Forma mais grave de TB extra-pulmonar, características, exames diagnósticos e como se encontram?

A

Tuberculose meníngea

Não vacinados, imunodeprimidos

Características:

Subaguda, quadro arrastado, sem sinais meníngeos, acometimento de par craniano

Líquor (parece exsudato):

  • Aumento de proteínas
  • Diminuição de glicose
  • Predomínio linfomonocitário

TC: Hidrocefalia

Diagnóstico: BAAR, TRM-TB, cultura (melhor)

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11
Q

Base do tratamento de tuberculose se caso novo, se retratamento, se TB meningea ou TB osteoarticular?

A

Rifampicina (R) + Isoniazida (I) + Pirazinamida (P) + Etambutol (E)

Caso novo (<30 dias) ou retratamento (abandono ou cura):

6 meses de tratamento

Esquema: RIPE (2 meses) + RI (4 meses)

TB meningea ou osteoarticular

12 meses de tratamento

Esquema: RIPE (2 meses) + RI (10 meses)

+ corticoide 4-8 sem se meningea

Falência ou multissistêmica

18 meses de tratamento (CLEPT)

Capseomicina, Levofloxacino, Etambutol, Pirazinamida, Terizidona

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12
Q

Efeitos adversos das drogas anti-tuberculínicas

  • Comum a R, I, P
  • Rifampicina
  • Isoniazida
  • Pirazinamida
  • Etambutol
A
  • RIPE: intolerância gástrica
  • RIP: hepatotóxicos (P é a Pior)
  • RIMfampicina: urina/suor laranja, NIA, …penias
  • Isoniazida: neuropatia periférica (deficiência de B6 pipridoxina)… repor piridoxina em HIV, álcool e gestante
  • Pirazinamida: hiperuricemia (gota), rabdomiólise
  • EtambutOLHO: neurite óptica (CI em < 10 anos)
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13
Q

Se efeito adverso que contra indica tratamento com alguma droga na tuberculose, o que fazer?

A

R e I são substituidos por Levofloxacino

Se R retirada, prolongar tratamento para 12 meses

Se P retirada, prolongar tratamento para 9 meses

Sem R: esquema LIPE 12 meses

Sem P: esquema REI 9 meses

Sem I: esquema RELP 6 meses

Sem E: esquema RIP 6 meses

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14
Q

O que fazer se lesão hepática pelo esquema RIPE?

A

Suspender RIPE por até 30 dias se:

  • Icterícia
  • Transaminases > 3x + sintomas
  • Transaminases > 5x

Em 30 dias, melhorou:

Reintroduzir medicações da menos para mais hepatotóxica: RE -> I -> P

Não melhorou ou cirrose:

Não usar RIP: Capteomicina, Etambutol, Levofloxacino 12 meses

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15
Q

Quem obrigatoriamente, se usa esquema RIPE no tratamento da tuberculose, deve receber suplementação com piridoxina?

A

HIV

Etilistas

Grávidas

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16
Q

Como realizar o seguimento após iniciar tratamento para tuberculose?

Critérios de falência e o que fazer?

A

Seguimento:

Baciloscopia mensal (2, 4, 6 meses pelo menos)

TRM-TB não serve

Falência:

  • BAAR (+) ao final do tratamento
  • BAAR (2-3 +/4+) até o 4o mês
  • BAAR (-) que volta a ser (+) por 2 meses consecutivos

Se falência: cultura + iniciar esquema CLEPT + tratamento por sensibilidade após + referenciamento

17
Q

Como realizar o controle de tuberculose (5)?

A
  1. Busca ativa de sintomáticos respiratórios (campanhas)
  2. Investigar mais vulneráveis (HIV, índios, moradores de rua, presos, imigrantes), sem importar tempo de sintomas
  3. Notificação e tratamento diretamento observado (TDO)
  4. Vacina BCG (formas graves: disseminada e meningea)
  5. Controle de contactantes (PPD)
18
Q

Como realizar o controle de contactantes de TB?

A
  • Sintomáticos: pesquisar TB ativa (doença)
  • Assintomáticos: pesquisar TB latente (risco de infecção)
    • PPD (prova tuberculínica)
      • Maior área endurada > 5mm: reator (latente)
      • < 5mm: repetir em 8 semanas
    • IGRA (ensaio de liberação de IFN-gama)
      • IGRA (+): reator
      • IGRA (-): não reator
19
Q

Em quem realizar prevenção de TB latente (quimioprofilaxia primária) e como?

A

RN contactante de bacilíferos

Não vacinar com BCG ao nascer

  • Iniciar (I) ou (R) por 3 meses + PPD ao final dos 3 meses:
    • Se > 5mm: infectado e assintomático. Completar tratamento com + 3 m de (I) ou + 1 m de (R) e não vacinar
    • Se < 5mm: não reator, vacina BCG
20
Q

Em quem realizar tratamento de infecção latente por tuberculose e como fazer o tratamento?

A

Indicação: risco elevado de adoecimento

PPD > 5 mm: CInco

  • Contactantes (independente do tempo de vacinação)
  • Imunossupressão (CTC, inibidor TNF-alfa)

PPD > 10 mm: DEz

  • DEbilitados (diálise, DM, silicose, neoplasias cabeça e pescoço ou hematológicas)
  • DEz de aumento (conversão no segun-do PPD, viragem)

HIV: CCC

  • PPD > 5mm ou reator prévio
  • Contactante
  • CD4 < 350
  • Cicatriz de TB no Rx de tórax nunca tratado

Como:

  • Isoniazida (270 doses 9-12m)
  • Rifampicina (120 doses, 4-6 meses): < 10a ou >50a, hepatomegalia, intolerância ou contato de resistente a isoniazida
21
Q

Paciente, morador de área rural, com quadro agudo de tosse e febre, linfonodomegalias, hepatoesplenomegalia, que evolui cronicamente com quadro de tosse e infiltrado pulmonar perihilar poupando periferia e lesões cutâneo mucosas ulceradas…

Diagnóstico, exames, e tratamento?

A

Paracoccidioidomicose

Agente: Paracoccidioides braziliensis (BK rural)

Forma aguda: mononucleose-like

Forma crônica: infiltrado em asa de morcego + lesões ulceradas (PLECT)

Diagnóstico: escarro, raspado cutâneo, aspirado linfonodal

Aspecto roda de leme na biópsia

Tratamento: itraconazol 6-18 meses // anfotericina B se graves

22
Q

Paciente, frequentador de caverna ou galinheiros, desenvolver sintomas gripais agudamente, evoluindo de forma cronica com pneumopatia e sintomas respiratórios arrastados, com infiltrado pulmonar…

Diagnóstico, exames e tratamento?

A

Histoplasmose

Agente: Histoplasma capsulatum (BK da caverna/morcegos ou galinheiros)

Forma aguda: sindrome gripal

Forma crônica: pneumopatias, DPOC, sintomas respiratorios arrastados, muito parecido com TB

Diagnóstico: escarro, sorologia, medula

Tratamento: itraconazol 12m // anfotericina B se graves

23
Q

A que doença se relaciona esse achado?

A

Paracoccidioidomicose

24
Q

Paciente com história de surtos infecciosos pulmonares recorrentes, com hipersecretividade e ausculta cardiaca mais audivel em hemitórax direito…

Diagnóstico e tratamento…

A

Síndrome de Kartagener

(Discinesia ciliar primária)

Otites e pneumonias de repetição, situs inversus…

Teste do oxido nitrico nasal, biopsias, testes geneticos…

Acompanhar paciente, fisioterapia respiratoria, mucoliticos, ATB se necessario, evitar tabagismo