TERAPIA INTENSIVA Flashcards
A presença de descerebração ou decorticação invalida o diagnóstico de ME? E a presença de sudorese, movimento de membro, elevação de ombro? E a presença de hipernatremia grave refratária? Qual a definição de coma não perceptivo
- Invalidam
- Não invalidam - indicam presença de atividade medular somente
- Não invalida, exceto quando essa for a única causa conhecida
Inconsciencia permanente com ausencia de resposta supraespinhal a qualquer estimulação, pp a dolorosa em região supraorbitaria ou trapezio e leito ungueal dos 4 membros
Quantos são necessários e como é feito o teste de apneia?
Apenas 1 teste, em que se retira ventilação mecanica e é definido quando ausência de respiração na vigência de PCO2 > 55 mmHg
Cite outros critérios ME
- Lesão estrutural conhecida e sem causa reversível
- Delta T de 6 hrs (ou 24 hrs se lesão hipoxico isquemica) + suporte, com SatO2 > 94, PAM > ou = 65 (ou PAS 100), temperatura > 35
- Dois exames clinicos por medico capacitado que determine: Coma + ausencia de todos reflexos do tronco (olhos de boneca, fotomotor, oculovestibular - jogar agua no pavilhao, corneopalpebral - algodao na cornea)
Entre os dois exames: 1 hr em > 2a, 12 hrs em <2a, 24 hrs em <2m - 1 teste de apneia
- Exame complementar: Ausencia de perfusao (arteriografia ou dopplertranscraniano), atividade eletrica (EEG) ou atividade metabolica (cintilografia cerebral)
VM controlada por pressão x volume
PVC: Cicla por tempo e é limitado por pressão, fluxo livre
VCV: Cicla por volume e é limitado por fluxo
Quando entrar com vasopressor no choque septico? Qual de escolha?
Se hiporresponsivo ao volume (30 ml/kg adultos), mantendo lactato >2.
Noradrenalina é a escolha. Se refratario iniciar vasopressina. Se refratário e disfunção miocardica, dobuta
Em crianças, se choque frio, adrenalina
Tratamento permanente x temporario hidrocefalia com HIC
Temporario: DVE, aumenta o risco de infecção e deslocamento do cateter, por isso n pode ser permanente
Permanente: DVP ou DVA (atrial)
Criterios de SIRS
Presença de 2/4 criterios:
1. Temperatura > 38 ou <36
2. FC > 90
3. FR > 20 ou PCO2 < 32
4. LG > 12 mil ou < 4 mil ou >10% de bastões
Drogas que devem ser evitadas e quais podem ser utilizadas na intubação orotraqueal no choque séptico, instável hemodinamicamente
Evitadas: Fentanil, midazolan, propofol
podem agravar hipotensao
Permitidas: Quetamina, etomidato, succinilcolina ou rocuronio
O que poderia CI doação de orgaos
Condições infecciosas, sepse nao controlada, neoplasias
Tumores mais comuns da infância
1-3 anos: Neuroblastoma, seguido de teratoma
> 3 anos: Linfomas (pp nao Hodgkin)
Criterios qSOFA
FR > 22, PAS < ou = 100, ECG < 15
Se > ou = 2, pior prognóstico
Explicação do que é choque. Cateter de Swan-Gan aumentou a sobrevida? Como está o DC, RVP, PVC e PCAP nos choques cardiogênico, hipovolêmico, obstrutivo e distributivo?
Choque é uma hipoperfusão tecidual. Perfusão = DC X RVP
Cardiogênico: DC reduzido, RVP aumentada, PVC e PCAP aumentadas. Pressões de enchimento ventricular aumentadas.
Hipovolêmico: DC reduzido, RVP aumentada, PVC e PCAP reduzidas.
Obstrutivo (exceto pneumotórax, que se comporta como hipov): DC reduzido, RVP aumentada, PVC e PCAP aumentadas (ex: tamponamento, no TEP maciço a PCAP está normal)
Distributivo: DC aumentado, RVP reduzida, PVC e PCAP reduzidas
Como é caracterizada SVCO2 e SVO2 e quando estão reduzidas
- Saturação de O2 central (lado direito): < 70%;
- Saturação de O2 mista: < 65%
Quanto se espera do débito urinário
Avaliar em 30 min
Minimo 0,5 ml/kg/hr
O que indica GAPCO2
É a diferença entre CO2 arterial e venoso, que, em geral, não é muito distinta
No choque, o CO2 se acumula no sangue venoso, gerando um GAP > 5-6
Qual a diferença da dopamina dose alfa e dose beta
Dose alfa: > 10 ug/kg/min, tem aplicação no choque séptico refratário, tem efeito alfa (semelhante a noradrenalina)
Dose beta: Dose intermediária (3-10 ug/kg/min), tem efeito inotrópico positivo, pode ser indicado no choque cardiogênico
Quais parâmetros são utilizados no SOFA
6 parâmetros - 6 sistemas
Respiratório: PaO2/FiO2 < 400/300
CV: PAM (PAS + 2X PAD /3) < 70/65 e uso de drogas vasoativas
Coagulação: Plaquetas < 150/100
SNC: ECG < 15
Fígado: Bilirrubina >1,2
Renal: Creatinina >1,2; débito urinário < 0,5 ml/kg/hr por 2 hrs, mesmo após reposição volêmica
Se > ou = 2: Disfunção grave
Critérios NEWS
q-SOFA + 3
PAS < 100
ECG < 15
FR > 22
SATO2 < 94
FC > 90 ou < 50
Temperatura: Hipo ou hipertermia
Quais as medidas de pacote da primeira hora no choque séptico
Choque séptico é a sepse refratária a reposição volêmica e que é necessário de vesopressor para manter PAM > ou = 65
- Reduzir lactato e TEC
- Colher hemocultura e iniciar ATB
- Adm volume 30 ml/kg em 3 horas - avaliar se paciente tolera
- Se refratário, iniciar noradrenalina (se refratário, iniciar vasopressina).
Se refratário:
- Corticoide
- Dobutamina - se componente cardiogênico
- Hemotransfusão Hb < 7
Como avaliar se o paciente tolera volume (fluidorreponsividade)
Elevação das pernas: Espera-se aumento de > 10% DC
Pressão de pulso (diferença PAS e PAD) > 13%
Ultrassom veia cava
Como é calculada a pressão de perfusão cerebral, qual valor normal
PPC = PAM - PIC
VR > 70
Quais são os reflexos do tronco que devem estar ausentes no exame clínico do protocolo de morte encefálica. Qual o tempo entre os dois exames e qual médico realiza
Fotomotor (reatividade pupilar)
Oculocefálico (olhos de boneca, não acompanham movimento)
Oculo vestibular (instilar água gelada no pavilhão)
Córneo-palpebral (colocar algodão na córnea, ausência de movimentação palpebral)
Tempo: < 2m 24 hrs; < 2 anos 12 hrs; > 2 anos 2 horas
São necessários 2 médicos: Um médico intensivista, emergencista ou neuro
Outro com capacitação
NÃO podem pertencer a equipe de transplante
Pré-requisitos para iniciar protocolo ME e como proceder no teste de apneia
Pré-requisitos: 1. Lesão conhecida e ausência de causas reversíveis; 2. Delta T 6 hrs (se lesão hipoxico-isquêmica, 24 hrs); 3. Garantir temp > 35°, PAM > ou = 65; Sato2 > 94%
É necessário um teste de apneia, antes de iniciar PCO2 deve estar entre 35-45, então, ventilador é desligado, e paciente não responde quando PCO2 > 55
Qual a diferença de déficit neurológico focal e difuso
Focal: Geralmente lesão estrutural irreversível, compromete uma área
Difusa: Pode ser tóxico-metabólica e reversível (exceto hipoglicemia que inicia com deficit focal)
Diferença IR tipo 1 e tipo 2
Tipo 1: Distúrbio ventilação/perfusão. PaO2/Fio2 < 300. G (A-a) >10-15. Causas: TEP (perfusão inadequada), SDRA e EAP (ventilação inadequada - alvéolo inundado).
Tipo 2: Excesso de CO2 (>50) por falha na bomba respiratória. Causa: DPOC. Necessita melhorar ventilação, não necessariamente oferecer O2
Diagnóstico definições de berlim - quais são os critérios e o que determina
Síndrome desconforto respiratório agudo
Todos os critérios devem estar presentes:
1. Sintomas respiratórios AGUDOS (<7d) + fator de risco
2. Opacidade pulmonar bilateral, não explicada por outras causas
3. Edema inflamatório, não cardiogênico
4. PaO2/FiO2 reduzida com PEEP > ou = 5: < 300 (leve); < 200 (moderada); < 150-100 (grave)
Quais são as 3 medidas de ventilação protetora e quais as condutas caso necessite ajustar. Quais as medidas para refratários.
- Volume corrente < ou = 6 ml/kg. Tolerar hipercapnia permissiva. Se ph < 7,2: Aumentar FR ou adm BIC
- Pressão de platô < 30. Se elevada, reduzir volume.
- Drive pressure (pressão de platô - PEEP) < 15. Se elevada, aumentar PEEP.
- Se PaO2 baixa: Aumentar PEEP ou FiO2
Refratários: Posição prona: Precoce e min 16 hrs/dia
Se CI a posição prona ou refratários: Bloqueador neuromuscular, ECMO, recrutamento (elevada PEEP)
Ventilação mecânica: Como é o disparo, a ciclagem e o limite da VCV, PCV, PSV
VCV: Disparo assisto-controlado. Ciclagem por volume (6-8 ml/kg), limitado pelo fluxo (observa um teto no gráfico). Quanto maior o volume, maior a pressão - vigiar.
PCV: Disparo assisto-controlado (assistido quando tem deflexão na pressão). Ciclagem por tempo (1 s - 1,2s), limitado por pressão (12-20). Quanto maior a pressão, maior o volume - vigiar.
PSV: Disparo espontâneo (desmame VM). Ciclagem por % de fluxo, limitado por pressão. Para identificar, os ciclos tem intervalos irregulares, pico de fluxo e volume variam.
Como é a relação I:E normal, como conduzir essa relação e a FR no DPOC
1:2/1:3
- Aumentar o tempo expiratório
- Manter FR mais baixa (se FR elevada, o tempo expiratório fica reduzido, levando a aprisionamento aéreo - auto-PEEP.
- Aumentar fluxo inspiratório (assim, o ar entra mais rápido, diminuindo o tempo inspiratório)
Qual é uma causa de choque distributivo (que não seja sepse) que pode ocorrer no pós-operatório, qual conduta
Vasoplegia pós circulação extra-córporea - materiais estranhos geram inflamação: RVP reduzida (vasodilatação), DC aumentado, PVC e PCAP normal ou reduzidas
Noradrenalina, igual na sepse.
Como são as fases do choque séptico
- Quente –> 2. Fria: Falha na bomba cardíaca
Quando a levosimendan pode ser utilizada
No choque cardiogênico refratário, tem atividade inotrópica (sensibilizador canais de cálcio)
Como indicar nutrição parenteral em pacientes que usam drogas vasoativas
Está CI nos 7 primeiros dias pelo risco de infecção
Quando e como indicar profilaxia para TEP na sepse
Sempre que possível, com heparina de baixo peso molecular
Por que o volume deve ser limitado na ventilação protetora?
PP em casos de baixa complacência pulmonar, existe o risco de lesão induzida por volume corrente
O que indica ausência de CO2 na PETCO2 após intubação
Intubação esofágica
Qual é uma medida para diminuir o consumo de O2 em uma paciente com febre
Administrar anti-térmico
Além das deflexões negativas, qual a outra forma de ver que as ventilações estão sendo assistidas (o paciente está respirando espontaneamente)
Quando a FR do paciente está diferente da FR programada