Síndrome Álgica 4 - Dor Torácica Flashcards
Doença isquêmica do miocárdio: Critérios para escolha de cirurgia de revascularização ao invés de angioplastia.
Quanto mais acometer a Descendente Anterior (DA) proximal e o tronco da Coronária Esquerda (CE) e quanto maior for a disfunção do VE, maior será a preferência pela cirurgia.
E podemos acrescentar: especialmente em diabéticos, já que os benefícios para esses pacientes são comprovadamente maiores com a cirurgia.
Teste provocativo de escolha para confirmar e estratificar risco de angina estável? Quando não seria confiável realizar este teste?
Teste ergométrico.
Caso o ECG tenha uma alteração basal (exemplo: BRE), o teste ergométrico torna-se não confiável, sendo assim, deve ser feito o eco com stress farmacológico ou cintilografia miocárdica.
Indicação de realização de cateterismo coronário?
Na síndrome coronariana aguda, exemplo:
1 - angina em crescendo, definida como angina estável prévia que vem diminuindo de limiar de forma rápida.
2 - angina de início recente, definida como aquela com menos de 2 meses que rapidamente atinge a classe III da CCS.
3 - angina de repouso, definida como aquela que dura > 20 min no repouso, de início na última semana.
Outra situação em que o CAT pode ser indicado é a refratariedade dos sintomas ao tratamento clinico otimizado, pois neste contexto também se indica a revascularização.
Principal critério de positividade para isquemia miocárdica no teste ergométrico?
Infradesnivelamento do segmento ST de aspecto retificado > 1 mm.
Diferença eletrocardiográfica no IAM e na pericardite aguda?
Alterações no IAM costumam ser regionais, na pericardite são difusas.
Qual o único trombolítico “não fibrina específico” que dispomos?
Estreptoquinase. Degrada tanto a rede de fibrina já formada quanto o fibrinogênio livre circulante.
Além do mais, a estreptoquinase - por ser derivada de uma bactéria, o Streptococcus beta-hemolítico - é o trombolítico que possui maior potencial alergênico, sendo também o que mais causa hipotensão arterial durante a infusão.
Dos quatro trombolíticos que dispomos - estreptoquinase, tenecteplase, alteplase e reteplase - qual é o mais eficaz (maior patência vascular 90 min após a infusão) ?
Tenecteplase.
Tratamento da dissecção aórtica?
Controlar PA, controlar FC e avaliar se há indicação cirúrgica.
Quando há acometimento da aorta ascendente, há indicação cirúrgica.
Por que não se deve fazer trombolítico no IAM sem supra?
Pois tal droga aumenta a mortalidade neste contexto.
Na dissecção aguda de aorta:
- Qual sexo é mais afetado?
- Em geral, os pacientes apresentam hipo ou hipertensão?
- Qual o sintoma mais comum?
- Déficit de pulso é mais comum em disseções proximais ou distais?
- Sexo masculino.
- Hipertensão (sendo, inclusive, uma das causas da dissecção).
- Dor torácica.
- Proximais (emergência da subclávia).
Tratamento da pericardite?
AINES + colchicina.
Após melhora dos sintomas, os AINES podem ser retirados, mas a colchicina deve permanecer por cerca de 3 meses para evitar recidiva do quadro.
Três principais abordagens farmacológicas no paciente com IC com Fração de Ejeção Reduzida?
1) betabloqueadores específicos (carvedilol, bisoprolol ou metoprolol);
2) IECA ou BRA;
3) Antagonistas do receptor da aldosterona (espironolactona).
Quando optar por fazer trombolítico ao invés da angioplastia, no IAM com supra de ST?
Quando o tempo até a angioplastia ser feita ultrapassar 90 minutos, ou 120 minutos caso tenha que transferir o paciente para outro hospital.
Quando o trombolítico for a escolha, deve ser realizado em até 30 minutos.
Qual a indicação mais clássica para realizar cirurgia de revascularização do miocárdio?
Presença de doença trivascular significativa (obstruções > 70% nas três principais coronárias: DA, CD e circunflexa) em paciente que apresenta diminuição da função ventricular esquerda (FE < 50%).
Nível de manutenção do LDL para profilaxia secundária de DAC?
LDL < 70 mg/dL
No ECG, DII, DIII e AVF, avalia qual parede do coração?
Parede inferior.
O que diferencia uma angina instável de um IAM sem supra de ST?
No IAM sem supra, as troponinas estão positivas.
Supra em V3R e V4R, acometimento de…
Ventrículo direito.
Supra em V7 e V8, acometimento de…
Parede dorsal.
A AngioTC de coronárias apresenta … sensibilidade e … especificidade para detecção de estenose coronariana.
Alta sensibilidade e baixa especificidade (alto valor preditivo negativo).
Possui baixa especificidade pois sofre influência de fatores como a quantidade de cálcio intracoronariano, podendo apresentar resultados falso-positivos.
Correlação entre a derivação alterada, o tipo de infarto e a artéria acometida:
- V1 e V2: IAM septal - Descendente Anterior (DA);
- V1 a V4: IAM anterior (ou anterosseptal) - DA;
- V5, V6, DI e aVL: IAM anterolateral ou lateral - Circunflexa (Cx);
- DI e aVL: IAM lateral alto - Cx;
- V1 a V6, DI e aVL: IAM de parede anterior extensa - Tronco da Coronária Esquerda (DA e Cx);
- DII, DIII e aVF: IAM inferior - Coronária Direita (70%) ou circunflexa (30%);
- “Imagem em espelho” de V1 a V4 ou supra de V7 e V8: IAM dorsal (posterior) - CD (70%) ou Cx (30%);
- V1, V3R e V4R: IAM de ventrículo direito - coronária direita.
Dizer que um paciente tem uma lesão coronariana subepicárdica, é o mesmo que dizer … ?
Infarto transmural ou infarto com supra de ST.
Classificações de DeBakey na dissecção de aorta?
Tipo I: dissecção acomete a aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente;
Tipo II: dissecção restrita à aorta ascendente, não ultrapassando a artéria inominada.
Tipo III: dissecção restrita à aorta descendente.
Há uma segunda classificação (de Stanford) que divide a dissecção aórtica em dois tipos: tipo A - comprometimento da aorta ascendente (tipos I e II de DeBakey) e tipo B: ausência de comprometimento da aorta ascendente (tipo III de DeBakey).
Novamente, correlação das derivações do ECG com as paredes acometidas no IAM…
- IAM anterosseptal: V1-V2; V1-V3; V1-V4;
- IAM anterolateral: V5, V6, DI e aVL;
- IAM anterior extenso: V1-V6 + DI e aVL;
- IAM lateral alto: DI e aVL;
- IAM inferior: DII, DIII e aVF;
- IAM dorsal: imagem em espelho em V1-V4 ou supra ST em V7 e V8;
- IAM inferodorsal: parede inferior + dorsal;
- IAM laterodorsal: parede lateral alta + dorsal;
- IAM inferolateral: DII, DIII e aVF, V5 e V6;
- IAM de VD: V3R e V4R +/- V1
Quais os 3 quesitos para uma angina ser considerada como típica?
1) sensação de aperto, peso ou pressão retroesternal (as vezes queimação ou pontada, mas raramente “dor”).
2) início durante esforço físico ou emoções;
3) alívio após repouso, ou nitrato sublingual (em 1-5 min).
A presença de apenas 2 das características acima define o desconforto torácico como “atípico”.
Qual classe medicamentosa é contraindicada na intoxicação por cocaína, pela chance de levar à um quadro de isquemia miocardica?
Betabloqueadores.
Por que o IAM inferior de VE está associado ao IAM de VD?
Pois a parede inferior do VE (visualizada no ECG pelas derivações DII, DIII e aVF) é suprida pela coronária direita, a mesma coronária que irriga a parede livre do ventrículo direito.
Logo, é frequente, na prática, a associação de IAM inferior com IAM de VD, o que obriga a realização de ECG com derivações precordiais direitas (V3R e V4R) em todo paciente com IAM inferior.
Pacientes acima de 75 anos com quadro de precordialgia, deve receber quantos mg de clopidogrel?
75 mg (01 comprimido).