Prova Abdominal Internato 2020 Flashcards
Dominar os conceitos mais importantes bora prova, usando como base o Medcurso que já li, e as aulas da SANAR
Cirurgia da obesidade restritivas
- Banda gástrica ajustável - gastrectomia vertical (Sleeve)
Cirurgia da obesidade + restritiva - disabsortiva
Bypass gástrico em Y de Roux
Cirurgia da obesidade disabsortiva
duodenal Switch (gastrectomia vertical + derivação biliopancreática)
Sleeve
- Gastrectomia vertical - Restritiva - não tem anastomose - Diminui grelina - pode dar fístula no ângulo de Hiss - pode aumentar DRGE - sem efeito no DM2
Bypass gástrico em Y de Roux
- restritiva - disabsortiva - 2 anastomoses - ajuda no DM2 - pode dar fístula gastroentérica - pode dar dumping - pode dar perda de nutrientes que dão anemia (Fe, B12) e osteoporose (Ca, D) - pode dar hérnia interna (Petersen)
Indicações Bariátrica:
IMC > 40 - sempre IMC 35-40 - caso complicações que melhore com cirurgia IMC 30-35 - apenas se DM2 descontrolado e menos de 10 anos de DM2 (ainda possui céls. beta) || melhor a técnica do bypass gástrico com Y de Roux
Antes da bariátrica
- mín. 2 anos de tratamento clínico sem sucesso e acompanhamento multidisciplinar - descartar alcoolismo e uso de drogas - descartar transtorno psiquiátrico - pcte com plena convicção da cirurgia e das necessidades da vida de bariátrica
Suspeita de ca de esôfago + exame inicial
disfagia + perda ponderal + fatores de risco EDA (esofagoscopia)
CEC x adenocarcinoma
CEC: esôfago médio fatores de risco: tabagismo, etilismo, acalasia, bebidas quentes estadiamento: usa TC de pescoço, broncosopia, além dos do adenocarcinoma ADENOCARCINOMA: esôfago distal aumentando em frequência no mundo fatores de risco: obesidade, DRGE, esôfago de Barret Estadiamento: TC de tórax, abdôme, pelve
Melhor exame para estadiar T/N/M ca de esôfago
T: USG endoscópico N: PETc M: TC de tórax, abdome e pelve
tx ca de esôfago
MAL ESTADIAMENTO (invasão, linfonodo distante): paliativo sonda nasoentérica ou jejunostomia T1aN0: mucosectomia endoscópica T1bN0: somente esofagectomia bom estadiamento: terapia trimodal (quimio + rádio neoadjuvante + esofagectomia por toracoscopia) linfadenectomia torácica e abdominal
Estadiamento T do esófago
T: até submucosa T1a: restrito à mucosa T1b: restrito à submucosa T2: até muscular própria T3: até adventícia T4: estruturas adjacentes
Esofagografia baritada no ca
sinal da maçã mordida
Indicações de EDA no DRGE
1) sinais de alarme 2) sintomas refratários ao tratamento 3) 5-10 anos de pirose 4) idade 45-55 anos 5) história familiar de ca, sintomas intensos
DRGE DX padrão ouro
pHmetria esofágica indicações: sintomas refratários e EDA duvidosa ou normal sintomas atípicos refratários a terapia medicamentosa confirmação antes de cirurgia antirrefluxo
Esofagomanometria
não dx DRGE serve para auxiliar pHmetria no planejamento cirúrgico ou na suspeita de distúrbio motor associado
Classificação de Los Angeles
Avalia endoscopicamente esofagite de refluxo A - Uma ou mais erosões até 5 mm. B - Uma ou mais erosões > 5 mm em sua maior extensão, não contínuas C - Erosões continuas envolvendo menos do que 75% do órgão. D - Erosões ocupando pelo menos 75% da circunferência do órgão. C e D diagnosticam esofagite (realizar biópsia). A e B não!
Indicações cirurgia antirrefluxo
1) alternativa em pacientes jovens 2) não poder continuar tx clínico 3) DRGE complicada (úlcera, estenose, adenocarcinoma, esofagite grave) 4) sintomas respiratórios muito severos e refratários
Cirurgia antirrefluxo
Não há preferência entre fundoplicatura parcial ou total (Nissen), desde que se evite recidiva na primeira (válvula longa), e disfagia na segunda (válvula curta)
Bx realizada no esôfago de Barret (critérios de seguimento):
- EDA com metaplasia apenas, sem displasia: tratamento com IBP + acompanhar com nova EDA (+ biópsias seriadas a cada 3-5 anos) - - EDA com displasia de baixo grau: tratamento com IBP + ablação endoscópica - - EDA com displasia de alto grau ou adenocarcinoma in situ: tratamento com IBP + ablação endoscópica - - EDA com adenocarcinoma invasivo: ressecção cirúrgica + linfadenectomia - - EDA com biópsia inconclusiva: otimizar tratamento com IBP e repetir EDA após 3-6meses
Síndrome de Plummer-Vinson
mulheres com anemia ferropriva grave (glossite atrófica + coiloníquia) desenvolvem membranas no esôfago risco maior para CEC tx com dilatador endoscópico corrigir causa de base
Divertículo de zenker
herniação da hipofaringe em ambiente de alta pressão com deglutição + EES muito contraído retém alimentos: halitose + aspiração e regurgitação ao deitar não inserir tubos no esôfago (rompimento vai ao mediastino) tx: depende do tamanho: Diverticulopexia, diverticulectomia nos maiores, esofagomiomectomia cervical nos pequenos, procedimentos endoscópicos
Geral sobre hérnia inguinal
mais comum em homens, lado D, tipo indireta
hérnia inguinal direta x indireta
INDIRETA: através do canal inguinal lateral aos vasos epigástricos inferiores DIRETA: sempre defeito de parede posterior ocorre no triângulo de Hesselbach (espaço revestido só por fascia transversalis) medial aos vasos epigástricos inferiores
Triângulo de Hesselbach
vasos epigástricos inferiores + borda lateral do músculo reto abdominal + ligamento inguinal
hérnia em criança
espera até 5 anos se não regride ou estrangula/encarcera: cirurgia
Classificação Nyhus
I. indireta, canal inguinal normal, pediátrica II. indireta, canal inguinal alargado, parede posterior preservada III. parede posterior não preservada: A. direta B. indireta (maior que II; inguinoescrotal; intestino dentro) C. femoral IV. recidivadas
Tx: hérnias II e IIIA e IIIB
hernioplastia inguinal (Lichenstein - tela de polipropileno, livre de tensão) outras cirurgias ou usam tensão, ou não usam tela
Favorece recidiva da hérnia
obesidade (principal) tabagismo com tosse crônica HPB constipação crônica infecção no sítio cirúrgico ascite
conduta perante recidiva de hérnia inguinal
nova hernioplastia com outra técnica: laparoscópica ou Stoppa tela no espaço pré peritoneal cobre todo o orifício miopectíneo de Frouchard (sede das hérnias inguinais e femorais)
Cirúrgia laparoscópica ou Stoppa de hérnia:
para recidivadas para hérnias bilaterais para hérnia femoral
hérnia encarcerada (1) x estrangulada (2) + tx
1 - não reduz 2 - além de não reduzir, isquemia (dor, obstrução, pode vir junto com intestino) tx: inguinotomia + hernioplastia
Hérnia femoral
- abaixo do ligamento inguinal - acima do ligamento de Cooper - medial aos vasos femorais - mais frequente em mulheres - maior chance de estrangulamento - TX: hernioplastia: McVay (usa ligamento de Cooper) Plug de polipropileno Pode usar a técnica de Stoppa se bilateral
Anel de Schatski
distal no esôfago, relacionado à DRGE e hérnia hiatal TX: endoscópico + resolver causa de base
Tratamento da acalasia por grau de dilatação:
Grau i – esofagomiotomia (cardiomiotomia ou cirurgia de heller) ou dilatação endoscópica por balão Grau ii – esofagomiotomia Grau iii – esofagomiotomia Grau iv – esofagomiotomia ou esofagectomia *em toda esofagomiotomia é necessário uma fundoplicatura (válvula antirrefluxo), geralmente é usada a parcial
Identificando e classificando Acalásia
pode aparecer ‘bico de pássaro’ à esofagografia baritada, ou a classificação se dá a partir do padrão ouro: manometria SEMPRE NA ACALÁSIA DEVE-SE FAZER EDA E BIOPSIAR ESÔFAGO DISTAL/CÁRDIA, PARA SE AFASTAR MALIGNIDADE
alterações da Acalásia + etiologia
DEGENERAÇÃO DO PLEXO DE AUERBACH DO ESÔFAGO, RESPONSÁVEL PELA SUA COORDENAÇÃO MOTORA. ETIOLOGIAS: CHAGÁSICA OU IDIOPÁTICA.
Complete até artéria cística e diga onde ela está: Tronco celíaco ->
Está no trígono de Callot (ducto cístico + borda inferior do fígado direito + ducto hepático comum) Tronco celíaco -> artéria gástrica esquerda -> artéria esplênica -> artéria hepática comum Artéria hepática comum: artéria hepática própria -> artéria hepática D -> artéria cística
Defina: COLELITÍASE COLELITÍASE SINTOMÁTICA COLEDOCOLITÍASE COLECISTITE AGUDA COLANGITE PANCREATITE AGUDA BILIAR SÍNDROME DE MIRIZZI FÍSTULA BILIODIGESTIVA
COLELITÍASE: cálculos na vesícula COLELITÍASE SINTOMÁTICA: cálculos impactam o infundíbulo da vesícula temporariamente COLEDOCOLITÍASE: cálculo migra para o colédoco COLECISTITE AGUDA: cálculo impacta o infundíbulo e não retorna, levando à inflamação/infecção COLANGITE: cálculo no colédoco obstrui passagem da bile levando a inflamação e infecção superior PANCREATITE AGUDA BILIAR: cálculo migra para ducto pancreático SÍNDROME DE MIRIZZI: cálculo cresce e de dentro da vesícula ou no ducto cístico impacta ducto hepático comum FÍSTULA BILIODIGESTIVA: cálculo cresce e impacta duodeno localizado abaixo da vesícula
Maioria dos cálculos da vesícula x minoria
maioria: colesterol (amarelos) minoria: bilirrubina (preto/marrom)
4F dos fatores de risco colelitíase
Female Forty Fertility Fat
sintomas típicos x atípicos de colelitíase
TÍPICOS: dor HCD, pós prandial ou alimentos gordurosos, com menos de 6h de duração = cólica biliar ATÍPICOS: sintomas dispépticos (plenitude, epigastralgia)
DX de colelitíase
USG abdominal cálculos: hiperecogênicos com sombra acústica posterior) os pretos e marrons são bem visualizados no RX
Indicação cirúrgica colecistectomia:
- tipicamente sintomáticos - complicações
Indicações absolutas colecistectomia assintomáticos
- cálculo grande (> 3 cm) - vesícula em porcelana, ou cálculo + pólipo, ou pólipo > 1cm = risco de ca de vesícula - anemia hemolítica (falciforme, esferocitose) = “fábrica de cálculos” BÔNUS: indicação relativa: pós bypass gástrico em Y de Roux (perda ponderal rápida leva a sintomas)
Colecistite aguda: quadro clínico
dor > 6h (impactação no infundíbulo) sinal de Murphy (para inspiração à palpação profunda de HCD) leucocitose + febre
Dx colecistite aguda
Padrão ouro: colecintilografia (anasarca, acalculosa) - não enche a vesícula achados ultrassonográficos: espessamento > 4mm líquido livre
Tx: colecistite aguda
ATBTX: e. coli + anaeróbicos (clavulin ou cipro + metro ou cef + metro) opera em até 72h, exceto se complicada (opera logo) se complicada e muito grave: drenagem (colecistostomia percutânea guiada por USG ou TC)
Fatores de risco para colecistite aguda e para colecistite alitiásica
homem, DM, idoso alitiásica = déficit perfusional (choque, grande queimado, nutrição parenteral, piora se imunossupresso)
Complicações da colecistite aguda
- empiema da VB - colecistite necrosante - colecistite enfisematosa (necrose + gas -anaeróbicos- : ao US, vê gás na parede da VB; gás melhor visualizado no RX ou TC | acalculosa dá mais esse achado) - perfurada
Síndrome colestática e labs
icterícia + colúria + acolia fecal labs elevados: TGO, TGP, GGT, FA, BT (BD)
DX coledocolitíase
USG pra verificar colecistolitíase, ou dilatação da via biliar melhor pra via biliar: CPRM CPRE não é exame
TX coledocolitíase
papilotomia (esfincterotomia) endoscópica com extração dos cálculos colecistectomia depoid se colédoco > 2 cm, não funcionante, necessário cirurgia aberta com anastomose biliodigestiva
Tríade de Charcot
Dor abdominal Icterícia Febre alta indica colangite
Pêntade de Reynolds
Dor abdominal Icterícia Febre alta Hipotensão Alteração do estado mental
Conduta suspeita de colangite
clínica + USG evidenciando colecistolitíase indica TX TX: CPRE pra descompressão colecistectomia depois
Complicações CPRE
mais comum: PANCREATITE AGUDA dor em faixa no abd superior + náuseas e vômitos + taquicardia amilase e lipase 3x o valor normal TC com edema de corpo pancreático SANGRAMENTO lesão duodenal HDA (pois acima do ângulo de Treitz) = hematêmese, melena PERFURAÇÃO lesão duodenal muita dor, com amilase e lipase < 3x elevadas ou normal TC com bolhas e líquido livre retroperitoneal
Fístula biliodigestiva
maioria no duodeno aerobilia à imagem TX: ATB, CPRE talvez
íleo biliar
devido à fístula, cálculo impacta íleo tríade de Rigler (dilatação delgado + aerobilia + cálculo FID) Tx: laparotomia
Dx Mirizzi
CPRM ou CPRM intraoperatória (devido a quadro clínico inespecífico, gera baixa suspeição antes)
Classificação Mirizzi + tx
I - compressão extrínseca = colecistectomia II - destrói 1/3 do colédoco = coledocoplastia ou derivação biliodigestiva III - destrói 2/3 do colédoco = mesmo do II IV - destrói todo o colédoco = derivação biliodigestiva
Ca de vesícula
se atinge muscular (T1b) pra cima: tx = colecistectomia + hepatectomia (4b + 5) + linfadenectomia do hilo se linfonodo positivo = mau prognóstico
Fatores de risco e sintomas ca gástrico
Fatores de risco: sangue A, dieta, tabagismo, infecção crônica por H pilory, gastrite atrófica, metaplasia intestinal do estômago, pólipos Maioria assintomático. Quando tem, principal é melena
DX ca gástrico
EDA (critérios de Bormann - macroscópico | Lauren - microscópico após biópsia; células de anel de sinete = pior prognóstico)
Classificação de Borrmann
I - polipoide = ressecção endoscópica II - úlcera (perdeu integridade) com bordos bem delimitados III - úlcera (perdeu integridade) sem bordos bem delimitados (infiltração) IV - lesão difusa (limite plástica - todo o estômago tomado) = gastrectomia total
Classificação de Lauren + pacientes tipo
Tipo intestinal (bem diferenciado) - homens, idosos, dieta ocidental, gastrite atrófica (infecção crônica do h pilry), gastrite perniciosa, metástase hematogênica tardia; Tipo difuso (indiferenciado) - pior prognóstico, mulheres, jovens, hereditariedade, tipo sanguíneo A, metástases linfáticas ou peritoneais precoces
Estadiamento ca gástrico
mx com tc de tórax abdome pelve laparoscopia é melhor que TC para observar implante peritoneal marcadores = CEA (comum a todos os ca digestivos) + CA72.4 (específico pro estômago)
Ca gástrico precoce
Restrito à mucosa ou submucosa ( pode ter N positivo) - ECOEDA vê essa informação T1a: mucosa (geralmente N0) - pode ressecção endoscópica -mucosectomia- (se Borrmann, até 1cm, lauren intestinal) T1b: submucosa (pode ter N positivo) - gastrectomia D2 (faz também se não atende todos os critérios para mucosectomia)
Tx ca gástrico
gastrectomia com linfadenectomia D2 tirando no mínimo 15 linfonodos ( perigástricos + hepática comum, hepática própria, gástrica esquerda, esplênica = ramos do tronco celíaco) intenção curativa: sem infiltração a órgãos adjacentes nem metástases reconstrução do trânsito intestinal: Y de Roux (logo, complicação possível: fístula do coto duodenal - dreno bilioso)