Prova 2021 Flashcards
Qual é a característica principal da Doença de Hirschsprung?
A ausência congênita dos gânglios dos plexos mioentérico e submucoso, resultando em obstrução funcional.
As células intersticiais de Cajal, presentes na mucosa colônica, são origem dos GISTs?
Não, as células intersticiais de Cajal não estão na mucosa colônica e não são a origem dos GISTs.
Qual é a relação entre constipação de trânsito lento e contrações de alta amplitude?
Pacientes com constipação de trânsito lento apresentam uma redução nas contrações de alta amplitude.
A constipação de trânsito lento está associada a qual etiologia?
Não está necessariamente associada a uma etiologia miopática; envolve disfunção das células intersticiais de Cajal.
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) está associada exclusivamente a uma etiologia neuropática?
Não, a SII é uma doença multifatorial que envolve fatores neuromusculares, sensoriais e psicossociais.
Onde está localizada a junção retossigmoide?
Na confluência das tênias do cólon e no término dos apêndices epiplóicos, sendo a porção mais estreita do cólon.
Qual é a porção mais estreita do cólon?
A junção retossigmoide.
O que identifica a junção retossigmoide?
A confluência das tênias do cólon e o término dos apêndices epiplóicos.
A linha branca de Toldt dá acesso direto ao pâncreas?
Não, a abertura da linha branca de Toldt não dá acesso direto ao pâncreas.
Como devem ser tratadas as lesões retais intraperitoneais?
Devem seguir os mesmos conceitos de tratamento das lesões colônicas.
Ferimentos por arma de fogo na região glútea devem ser investigados mesmo sem sinais evidentes?
Sim, exigem investigação completa, mesmo na ausência de sangue retal.
Quais exames são recomendados para avaliar lesões retais?
Retossigmoidoscopia rígida ou flexível e tomografia com contraste via retal.
Qual a abordagem incorreta sugerida para lesão tipo II por empalamento no reto distal?
Sutura, lavagem retal, antibiótico, terapia e sigmoidostomia em alça, que não é a abordagem mais indicada inicialmente.
É seguro deixar o mesentério aberto após uma anastomose íleocólica por vídeolaparoscopia?
Sim, é seguro e uma prática comum.
A drenagem da anastomose colorretal favorece a detecção precoce de deiscência?
Sim, favorece a detecção precoce e pode atenuar as consequências de uma deiscência anastomótica.
O efluente benigno do dreno exclui a possibilidade de deiscência ou abscesso anastomótico?
Não, o efluente de aparência benigna do dreno não exclui a possibilidade de deiscência ou abscesso anastomótico.
A derivação proximal (ileostomia ou colostomia) evita a ocorrência de deiscência anastomótica?
Não, a derivação proximal pode reduzir o impacto, mas não necessariamente evita a ocorrência de deiscência anastomótica.
A drenagem da anastomose colorretal deve ser realizada por rotina?
A drenagem não é feita por rotina em todos os casos, mas é comum e recomendada dependendo das circunstâncias específicas do paciente.
Quais fatores contribuem para o desenvolvimento da doença pilonidal?
Atrito, calor, umidade, lesão da pele, encarceramento de pelos, mas não exclusivamente no local afetado.
A doença pilonidal adquirida é limitada à área interglútea?
Não, a doença pilonidal adquirida é geralmente encontrada na área interglútea, mas pode ocorrer em outras áreas do corpo.
Quem é mais afetado pela doença pilonidal, congênita ou adquirida?
Homens são mais afetados, tanto na forma congênita quanto na adquirida.
Quais são os fatores de risco para a doença pilonidal?
Higiene precária, histórico familiar, anatomia profunda do sulco interglúteo, obesidade e transpiração excessiva.
Quais condições devem ser consideradas em pacientes jovens sexualmente ativos com úlceras anais e perianais?
Cancroide e donovanose, além de sífilis e herpes.
O que é característico de cancroide e donovanose?
Cancroide causa úlceras dolorosas, enquanto donovanose geralmente causa úlceras indolores na região anogenital.
Molusco contagioso é uma condição primária para suspeita em úlceras anais e perianais?
Não, o molusco contagioso geralmente se apresenta com pápulas e não com úlceras.
Linfogranuloma venéreo é a condição mais comum em úlceras anais?
Não, linfogranuloma venéreo pode causar úlceras, mas não é a condição mais comum para úlceras anais e perianais.
Qual é a probabilidade de um filho herdar a polipose adenomatosa familiar de um dos pais?
50%, uma vez que a polipose adenomatosa familiar é uma condição autossômica dominante.
Quando é indicado testar parentes de primeiro grau para a mutação APC?
Quando o paciente tem uma mutação conhecida no gene APC.
O teste genético para a mutação APC é indicado para parentes de primeiro grau se o paciente não tiver mutação detectável?
Não, se a mutação não for detectável no paciente, o teste genético não está indicado para os parentes de primeiro grau.
Como deve ser feito o rastreamento em parentes de primeiro grau sem diagnóstico genético de polipose adenomatosa familiar?
Se não apresentarem pólipos aos 40 anos, o rastreamento pode ser feito como na população geral.
Qual é a conduta indicada para um implante único de endometriose profunda na transição retossigmoide?
Excisão de toda a espessura da parede juntamente com a lesão e sutura primária transversal.
É indicada a retossigmoidectomia com anastomose término-terminal para um único implante de endometriose?
Não, essa intervenção seria excessiva para um implante único e localizado.
A excisão da lesão de endometriose sem abertura da mucosa e com margem de segurança de 1 cm é adequada?
Não, a remoção completa da lesão e da parede acometida é necessária para evitar recorrências.
A vaporização da lesão com laser de CO2 ou eletrocautério é adequada para endometriose profunda na parede intestinal?
Não, pois não garante a remoção completa do tecido endometriótico em casos de acometimento profundo.
Os divertículos do ceco podem ser de que tipo?
Verdadeiros ou falsos, dependendo das camadas da parede intestinal que envolvem.
Qual é o principal diagnóstico diferencial para diverticulite cecal?
Apendicite aguda, devido aos sintomas semelhantes e localização da dor.
Como são geralmente os divertículos do reto?
Habitualmente únicos e verdadeiros, envolvendo todas as camadas da parede intestinal.
Diverticulite pode ocorrer no cólon transverso?
Sim, pode ocorrer em qualquer parte do cólon onde existam divertículos, embora seja menos comum no cólon transverso.
Qual é o tratamento mais adequado para um divertículo gigante do cólon?
A ressecção segmentar pode ser necessária, e não apenas a diverticulectomia isolada.
Qual é o tratamento de escolha na maioria dos casos de câncer de canal anal?
A associação de mitomicina e 5-fluorouracil (5-FU).
O câncer de canal anal é mais comum em qual gênero?
Mais comum em mulheres.
Os linfonodos inguinais sempre estão envolvidos no câncer de canal anal?
Não, eles podem estar envolvidos, mas a remoção pode ser necessária se estiverem aumentados ou clinicamente suspeitos.
Tumores maiores que 2 cm no canal anal são geralmente tratados com ressecção local e linfadenectomia?
Não, o tratamento padrão para esses tumores geralmente envolve quimiorradioterapia.
Quando a apendicectomia é suficiente para tratar tumores do apêndice?
Adenocarcinoma T1
Net: menor que 1 cm
De 1 a 2 cm sem mas nenhum fator de risco
Sem invasão do mesoapendice
Não estar na base
Ki < 2%
Sem angio ou neuro invasão
Margem cirúrgicas livres
Um tumor carcinoide entre 1 e 2 cm com margens livres pode ser tratado apenas com apendicectomia?
Não, esses casos podem necessitar de ressecção adicional, dependendo da invasão e localização.
O que se considera ao decidir entre apendicectomia e colectomia para adenocarcinomas do apêndice?
Considera-se o tamanho, invasão e localização do tumor, além das margens cirúrgicas.
O que diferencia a abordagem cirúrgica para mucocele intacta do apêndice e adenocarcinoma?
A mucocele pode ser tratada com apendicectomia, enquanto o adenocarcinoma pode requerer colectomia.
Quais lesões podem causar ejaculação retrógrada e disfunção erétil após amputação abdominoperineal do reto?
Lesão do plexo simpático durante a ligadura da artéria mesentérica inferior (ejaculação retrógrada) e lesão dos nervos erigentes (disfunção erétil).
Qual é uma causa comum de disfunção erétil após a dissecção da fáscia de Denonvilliers?
Lesão dos nervos erigentes.
A radioterapia de curso longo é a principal causa das complicações descritas?
Não, as complicações descritas são mais relacionadas ao procedimento cirúrgico.
Lesão do nervo hipogástrico superior é a causa mais comum para disfunção erétil e ejaculação retrógrada?
Não, a lesão do plexo simpático e dos nervos erigentes é mais comum.
Durante o esforço físico, os coxins hemorroidários ingurgitam para evitar o escape de material fecal e gás?
Sim, esse é um processo normal, mas não é diretamente responsável pelo aparecimento da doença hemorroidária.
Hemorroidas fazem parte da anatomia normal do canal anal?
Sim, elas fazem parte da anatomia normal e ajudam na continência anal.
A contração do esfíncter anal interno pode contribuir para o ingurgitamento dos coxins hemorroidários?
Sim, a contração pode diminuir o retorno venoso, contribuindo para o ingurgitamento.
As fibras musculares que sustentam os coxins hemorroidários provêm do esfíncter anal interno e externo?
Não, as fibras musculares que sustentam os coxins hemorroidários não são provenientes do esfíncter anal interno e externo.
A fissura anal crônica tem necessariamente mais de 6 meses de evolução?
Não, o termo “crônica” se refere à persistência e características associadas, não necessariamente à duração específica de 6 meses.
Qual tratamento é mais indicado para fissura anal crônica: bloqueador de canal de cálcio ou óxido nítrico?
Ambos podem ser usados, e a escolha depende da tolerância a efeitos colaterais e disponibilidade.
O fato de uma fissura estar localizada em linha média posterior exclui outras causas?
Não, a localização em linha média posterior não exclui a possibilidade de doenças inflamatórias, neoplasias ou infecções.
Fissuras anais crônicas têm alta taxa de cicatrização espontânea sem tratamento?
Não, a maioria das fissuras anais crônicas requer tratamento para cicatrização.
Qual é o tratamento inicial indicado para fístula transesfincteriana com drenagem purulenta?
Curetagem e sedenho frouxo como ponte para um segundo procedimento cirúrgico.
A ligadura do trajeto interesfincteriano (LIFT) é indicada como primeira linha para fístula com drenagem purulenta?
Não, a LIFT não é o tratamento inicial para uma fístula com drenagem purulenta ativa.
Quando é adequada a realização de fistulotomia em casos de fístula transesfincteriana?
A fistulotomia não é ideal em fístulas transesfincterianas com risco significativo de incontinência.
O infliximab é utilizado como tratamento inicial para fístulas transesfincterianas não associadas a doenças inflamatórias intestinais?
Não, infliximab é reservado para fístulas complexas associadas a doenças inflamatórias intestinais como a doença de Crohn.
Qual a alternativa para melhorar o alcance da bolsa em “J” durante a cirurgia de polipose adenomatosa familiar?
A mudança para uma configuração em “S”, que adiciona aproximadamente 2 cm de comprimento.
O que deve ser feito com a mucosa anorretal comprometida em casos de polipose adenomatosa familiar?
Toda a mucosa comprometida, incluindo a zona de transição, deve ser removida para eliminar o risco de câncer.
Quando a bolsa em “J” é preferível em relação à bolsa em “S”?
A bolsa em “J” é geralmente preferível, mas a configuração pode ser alterada conforme necessário intraoperatório.
Por que a bolsa em “W” é menos utilizada?
A bolsa em “W” é tecnicamente mais complicada, usa mais íleo distal e possui menor complacência.
Qual grupo de pacientes com Doença de Crohn tem maior probabilidade de necessitar de cirurgia?
Pacientes diagnosticados abaixo dos 40 anos.
A localização ileal ou ileocecal da Doença de Crohn tem a mesma chance de necessitar de cirurgia que a localização colônica?
Não, a doença ileal ou ileocecal tem maior probabilidade de requerer cirurgia.
As taxas de cirurgia para Doença de Crohn permaneceram estáveis apesar dos avanços nos tratamentos medicamentosos?
Não, as taxas de cirurgia diminuíram com os avanços dos tratamentos, incluindo terapias biológicas.
Pacientes com comportamento inflamatório da Doença de Crohn têm maior chance de cirurgia?
Não necessariamente; a cirurgia é mais comum em casos com complicações como estenoses ou fístulas.
Qual princípio técnico está incorreto para a ressecção transanal convencional de lesão benigna de reto baixo?
Realizar a ressecção sem preparo de cólon, sem antibiótico profilaxia e com anestesia geral ou raquianestesia.
Qual é a posição recomendada para lesões anteriores e posteriores durante a ressecção transanal convencional?
Litotomia para lesões posteriores e de canivete para lesões anteriores.
Qual é o procedimento recomendado caso o defeito criado na ressecção transanal seja muito grande?
O defeito pode ser deixado aberto se for muito grande, caso o fechamento não seja adequado.
Qual é a margem recomendada para a ressecção transanal de lesões benignas de reto baixo?
A margem recomendada é de 5 a 10 mm lateral e no plano submucoso de profundidade.
Qual é a característica fundamental da retocolite ulcerativa microscópica?
Distorção disseminada das criptas.
Qual exame é considerado superior para monitorização de recidiva e resposta ao tratamento na DII?
A calprotectina é superior ao PCR para essa função.
O que é a ileíte por contracorrente e em que condição ela pode ser observada?
É uma inflamação contínua no íleo distal, correlacionada com a inflamação cecal, e pode ser observada na retocolite ulcerativa.
A biopsia dos quatro quadrantes do cólon durante a colonoscopia é equivalente à cromoendoscopia na detecção de displasia?
Não, a cromoendoscopia é mais sensível na detecção de displasia.
Qual exame tem maior sensibilidade para lesões do intestino delgado: enterotomografia ou enterorressonância?
A enterorressonância tem maior sensibilidade.